segunda-feira, 6 de abril de 2015

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 (2º trimestre de 2015) JESUS, O ESPÍRITO SANTO E A ORAÇÃO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 (2º trimestre de 2015) JESUS, O ESPÍRITO SANTO E A ORAÇÃO

VERSO ÁUREO: “E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á.” Lucas 11:9-10

INTRODUÇÃO (sábado 9 de maio) – Na lição desta semana vamos estudar a relação entre Jesus, o Espírito Santo e a vida de oração de Jesus, incluindo a oração do “Pai Nosso”. Dos três evangelhos sinoticos Lucas é o que mais enfatiza a função do Espírito Santo. Entre os livros de Lucas e Atos, o seu autor menciona 57 vezes a terceira pessoa da Divindade.

Assim como Jesus teve uma vida de íntima comunhão com o Pai, nós também devemos ter. Assim como necessitamos do ar para sobreviver, a oração é a respiração da alma. Devemos orar não só quando as coisas vão mal, mas, “sem cessar”, como a respiração. Sem oração a nossa saúde espiritual estará em perigo. Em nossas orações devemos atentar para dois princípios intrínsecos: a) A vontade de Deus deve ser feita: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” I João 5:14. b) Devemos confessar os pecados: “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Provérbios 28:9 – “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Isaías 59:1-2.

Se Jesus sentiu a necessidade de oração, quanto mais você necessita, não é? Vejas estes textos inspirados: “Sem oração constante e diligente vigilância, estamos em perigo de tornar-nos descuidosos e desviar-nos do caminho verdadeiro. O adversário procura continuamente obstruir o caminho para o trono da graça, para que não obtenhamos, pela súplica fervorosa e fé, graça e poder para resistir à tentação. Caminho a Cristo, 94

“Há certas condições sob as quais podemos esperar que Deus ouça nossas orações e a elas atenda. Uma das primeiras delas é sentirmos nossa necessidade de Seu auxílio. Ele prometeu: “Derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca.” Isaías 44:3. Os que têm fome e sede de justiça, que anelam a Deus, podem estar certos de que serão satisfeitos. O coração tem de estar aberto à influência do Espírito; ao contrário não pode ser obtida a bênção de Deus.” Caminho a Cristo, 95

Quando Jesus aqui esteve, Ele foi guiado pelo Espírito Santo; assim devemos nós também seguir os mesmos passos do Senhor, e ser guiados pelo Espírito Santo à toda a verdade. Mas só poderemos percorrer este mesmo caminho através da orientação do Espírito Santo; por isso devemos levar uma vida de oração. Quando arrependemos da condição de pecadores e confessamos os nossos pecados a Jesus, então nascemos de novo, e a nossa vida antes morta pelo pecado, agora nasce de novo, gerada pelo Espírito Santo. E cheios do poder de Deus, iniciamos uma vida de frutos para o Seu reino.

O Espírito Santo é uma pessoa Divina distinta de Jesus e de Jeová. Jesus disse: “E eu rogarei ao pai, e ele vos dará outro consolador, para que fique convosco para sempre.” João 14:16. Neste verso, Jesus trata Seu Pai como igual e solicita o Espírito Santo para Seus seguidores. No grego, a palavra traduzida aqui como "outro" é allos e significa "outro do mesmo tipo", ao contrário de héteros, que significa "outro de outro tipo". Jesus tinha a intenção de enviar alguém para os discípulos, e para as gerações sucessivas de Seus seguidores, que fosse semelhante a Ele mesmo, isto é; Divino e capaz de salvar. Veja este texto sobre o Espírito Santo: "Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade”. I João 5:6. Graças a Deus, hoje temos o Espírito Santo trabalhando em favor da humanidade para “convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” João 16:8. Somente o meu Deus, Espírito Santo pode fazer este trabalho!

DOMINGO (10 de maio) JESUS E O ESPÍRITO SANTO – A relação entre Jesus e o Espírito Santo foi muito íntima, inclusive na concepção e nascimento de Cristo. Veja os textos para hoje:
“E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há-de nascer, será chamado Filho de Deus.” Lucas 1:34-35

“E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo.” Lucas 1:41

“Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei, ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, Segundo a tua palavra; pois já os meus olhos viram a tua salvação, a qual tu preparaste perante a face de todos os povos; luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Israel.” Lucas 2:25-32.

Durante o ministério de Cristo, Ele sempre enalteceu a pessoa do Espírito Santo. Não só na concepção e nascimento, mas em todo o período da vida terrestre de Jesus, o Divino Espírito Santo esteve envolvido com Cristo. Antes de entrar em Seu ministério público, Jesus foi capacitado pelo Espírito Santo, que no batismo desceu sobre Ele em forma de pomba. Após o seu batismo, o Espírito Santo O levou para o deserto, e ao longo de todo o Seu ministério Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo. Ele Se comprometeu sem reservas com o cumprimento da vontade do Pai, conforme se desvendava nas Escrituras Sagradas e pelas sugestões do Espírito Santo. O ministério de Cristo com os Seus milagres, foram realizados, com o auxílio do Espírito Santo. Cumpriu-se em Cristo a profecia de Isaías 61: "O Espírito do Senhor está sobre Mim, pelo que Me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-Me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor". Luc. 4:18,19.

Como o Espírito Santo atuou no ministério de Cristo? Leia Mat. 3:16,17; Mar. 1:10; Luc. 3:21,22; João 1:32-34. Embora Jesus fosse o Filho imaculado de Deus, em Sua manifestação humana, Ele dependia totalmente da atuação do Espírito Santo em Sua vida. Isto é, na humanidade, Ele Se permitiu ser guiado e fortalecido pelo Espírito Santo. Quarenta dias depois da ressurreição de Cristo, ele prometeu enviar o Espírito Santo: “E eu rogarei ao pai, e ele vos dará outro consolador, para que fique convosco para sempre.” João 14:16. Desde então o Espírito Santo desempenha o papel principal junto aos pecadores. Enquanto Deus Pai e Filho estão no céu governando o mundo, o Espírito Santo está na terra “convencendo-nos do pecado da justiça e do juízo.” Uma unidade perfeita de amor entre a trindade Divina!

Veja nesta oração de Ellen White como ela pediu o Espírito Santo: “Suplico-Te, Pai celestial, que deixes Teu Santo Espírito vir a este povo. Seja revelada a Tua salvação. Toca os seus corações e torna-os muito afetuosos. Enternece-os com o Teu Espírito Santo e ajuda-os a ver o trabalho a ser realizado em favor de seus vizinhos e das almas que perecem ao seu redor. Oh, desperta-os para suas responsabilidades! Lavem eles as vestiduras de seu caráter e as alvejem no sangue do Cordeiro. Envolvê-los-ás nos braços de Tua misericórdia? Insta com eles por meio das impressões de Teu Espírito Santo, para que procurem deixar sua luz brilhar para os que não conhecem a verdade. Põe Tua igreja em ordem, ó Senhor, para que trabalhem pelas almas.” Recebereis Poder, 190

“Não há limites à utilidade de uma pessoa que, pondo de parte o próprio eu, oferece margem à operação do Espírito Santo na pessoa, e vive uma vida de inteira consagração a Deus”. Desejado de Todas as Nações, 168

SEGUNDA-FEIRA (11 de maio) A VIDA DE ORAÇÃO DE JESUS – Jesus passava momentos preciosos em oração. É-nos dito que Jesus certa vez orou a noite toda: “E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.” Lucas 6:12. É-nos dito também que Ele levantava muito cedo para orar: “E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.” Marcos 1:35

Jesus quebrou um pouco o ritmo de oração dos judeus; pela manhã, ao meio-dia e à tarde. Ver  Sal. 55.17 e  Dan 6:10. Ele orava mais durante a noite do que de dia, e escolhia os lugares desertos e junto a natureza. Uma coisa é certa: as orações do Senhor não eram rotineiras, mas sim cheias de virtude e poder.

Mas Jesus, também sendo Deus necessitava de oração? Sabe que muita gente faz confusão com este ponto, e com isso ficam desanimados na vida religiosa. Alguns pensam: “eu sou pecador e nunca vou conseguir vencer as tentações mesmo, logo nem vou orar”. Os estudiosos da Bíblia classificam a natureza de Cristo, idêntica a de Adão antes da queda, como pré-lapsariana e a natureza de Cristo, idêntica a nossa, como pós lapsariana. Na condição idêntica a de Adão Jesus não tinha pendor para o pecado, não tinha paixão ou qualquer inclinação para cometer pecados. E entendemos que Jesus era idêntico a nós apenas no sentido físico e morfológico; isto é Jesus sentia frio, fome, sede, cansaço e veio na estatura dos homens de sua época. Portanto A Igreja Adventista crê que Cristo veio com as duas naturezas humanas de Adão. Eu explico: Em certo sentido antes da queda e em outro, depois da queda. Como assim? Antes da queda, com a natureza sem propensão para o pecado e depois da queda apenas com as mesmas necessidades físicas dos homens da Sua época, mas sem propensão para pecar. Ok? 

Veja alguns textos inspirados que esclarecem muito bem esta questão: “Porque nos convinha tal sumo-sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus.” Hebreus 7:26. Este verso descreve a condição pré-lapsariana.

“Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.” Hebreus 2:17. Aqui sugere uma condição pós-lapsariana.

“Sede cuidadosos, extremamente cuidadosos quanto a como vos ocupais com a natureza humana de Cristo. Não O coloqueis diante do povo como um homem com propensões para o pecado.” SDABC, vol. 5, págs. 1128 e 1129, Carta 8, 1895

“Nunca de forma alguma, deixeis a mais leve impressão sobre mentes humanas de que uma mancha, ou corrupção, ou inclinação para a corrupção se apegou a Cristo.” SDABC, vol. 5, págs. 1128 e 1129. Carta 8, 1895.

“Que cada ser humano seja advertido contra a ideia de tornar Cristo totalmente humano tal como um de nós; isto não pode ser.” SDABC, vol. 5, págs. 1128 e 1129. Carta 8, 1895.

“Cristo não tinha a mesma deslealdade pecaminosa, corrupta e decaída que nós possuímos.” Mensagens Escolhidas, vol. 3, 131

Lucas menciona vários momentos importantes da vida de Cristo onde Ele orou ao Pai. Veja alguns exemplos a) Na escolha dos discípulos: “Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus. Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolo.” Lucas 6:12-13. b) Na oração pelos discípulos e confissão de Pedro: “Um dia, quando orava em particular, estando com ele apenas os discípulos, perguntou-lhes: Quem dizem as multidões que Eu sou?...E vós, quem dizeis que Eu sou? Pedro tomou a palavra e respondeu: O Messias de Deus.” Luc. 9:18-22. c) No monte da transfiguração: “Levando consigo Pedro, João e Tiago, Jesus subiu ao monte para orar. Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se, e as suas vestes tornaram-se de uma brancura fulgurante. E dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias, os quais, aparecendo rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém. ... Surgiu uma nuvem que os cobriu; ...)E da nuvem veio uma voz que disse: Este é o meu Filho predilecto. Escutai-o.”. Lucas 9, 28-36. d) A oração no Getsemani: “Saiu então e foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras. E os discípulos seguiram também com Ele. Quando chegou ao local, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação. Depois afastou-se deles, à distância de um tiro de pedra, aproximadamente; e, pondo-se de joelhos, começou a orar, dizendo: Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua. Então, vindo do Céu, apareceu-lhe um anjo que o confortava. Cheio de angústia, pôs-se a orar mais instantemente, e o suor tornou-se-lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra. Depois de orar, levantou-se e foi ter com os discípulos, encontrando-os a dormir, devido à tristeza. Disse-lhes: Porque dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.” Lucas 22: 39-46.  Jesus dirigiu várias outras orações ao Pai. e) Tem também a oração de Jesus na cruz: “Pai, Perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”, e “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.” Lucas 23: 34 e 46.

Tendo em vista que Jesus veio com a natureza espiritual antes da queda e assim mesmo deixou-nos o exemplo de oração onde dependeu totalmente do Pai e do Espírito Santo, assim também nós necessitamos dedicar tempo precioso à oração cada dia, pois somente o poder do Espírito Santo pode sustentar a nossa fé e conservar-nos puros do lado de Cristo e de Sua palavra, em um mundo contaminado. Amém?

TERÇA-FEIRA (12 de maio) A ORAÇÃO MODELO: PARTE I - Influenciado pela vida de oração de Jesus, um dos discípulos lhe disse: “Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou os discípulos dele” Luc 11:1. Foi nessa ocasião que Jesus ensinou a oração do “Pai Nosso” e falou sobre necessidade de perseverarmos na oração.

Eis a oração do Pai-nosso conforme Lucas: “E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos. E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai-nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu. Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano; e perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve, e não nos conduzas à tentação, mas livra-nos do mal.” Lucas 11:1-4

Percebe que Lucas não coloca na oração do “Pai-nosso” a doxologia? A doxologia do Pai-nosso é a parte final da oração do Senhor: “pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre, Amém.” Esta doxologia tem sido questionada pelos eruditos da crítica textual como não estando na língua original e Lucas como sendo muito minucioso, provavelmente colocou apenas aquilo que estava no original, grego. Mas, como estamos acostumados a usá-la não encontramos problemas em o fazer. Quase todas as Bíblias evangélicas registram estas palavras finais, enquanto as Bíblias católicas não colocam. E há uma tendência das sociedades bíblicas de tirar do Pai-nosso essa doxologia. Na verdade a doxologia não está nos principais manuscritos e sim apenas em seis manuscritos secundários. Dos 2.700 manuscritos cursivos, apenas 19 apresentam a doxologia. Poucas das inúmeras versões antigas, como a siríaca, copta, latinas, etíope, armênia, egípcia, gótica a confirmam. Diante desta realidade os entendidos da crítica textual da Bíblia aconselham os tradutores a suprimirem definitivamente a doxologia. Os comentaristas concluíram que a ração de Davi relatada I Crôn. 29:10-19, onde há uma doxologia deve ter influenciado algum copista a imitar na oração de Cristo. Note bem as palavras dos versos 11 a 13. Ninguém precisa ficar preocupado com a possibilidade de Lucas ter escrito a oração da forma como Jesus ensinou, de qualquer modo, não há porque interromper o costume de usar estas formosas palavras quando oramos: “Porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém”, pois não fere princípios, não acrescenta e nem diminui doutrinas, apenas deixa a oração mais bonita.

“Pai-nosso”. Por filiação somos descendentes de Adão e Eva, logo somos todos irmãos. Seria inútil eu orar: “Pai-nosso” se desprezo o meu irmão que necessita de mim. As pessoas carenciadas devem ser atendidas por todas as pessoas que ousam fazer a oração do Pai-nosso. Pai é a maneira favorita de Jesus dirigir-Se a Deus. Jesus usou essa referência pelo menos 170 vezes. Isso mostra-nos pelo menos duas coisas: a ligação íntima que Ele sempre teve com o Pai desde a eternidade, e a dependência que devemos ter de Deus assim como Jesus nos ensinou.

“Que estás nos céus”. Esta expressão separa Deus de todas as criações humanas. O homem tem a tendência de criar os seus ídolos e deuses. Jesus classificou Deus como o Criador. Deus é o Todo-poderoso que criou todas as coisas e que está entronizado e é o único que merece toda a honra, louvor e adoração de Suas criaturas.

"Santificado seja o Teu Nome". Esta parte da oração mostra que devemos considerar Deus como Santo, e é um apelo para também sermos santos, como Ele é. Como lidamos com o nome de Deus? Algumas pessoas utilizam desnecessariamente e de forma desrespeitosa, não só em palavras mas também em atos.

“Venha o Teu reino”. Existe o reino da graça e o reino da glória. Recebemos o reino da graça quando aceitamos Jesus como nosso salvador e receberemos o reino da glória quando Jesus retornar. Eis os textos: “Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.” Lucas 17:21

“Guiar-me-ás com o teu conselho, e depois me receberás na glória.” Salmos 73:24

É vão dizer para Jesus voltar em Seu reino, se as minhas atenções e energias estão concentradas nas coisas deste mundo. Eu devo olhar para Jesus e manter um relacionamento de amizade muito íntimo com Ele para desejar o céu, caso contrário eu não estarei adaptado para o reino da glória e Deus fará o favor de não me levar para lá. 

Seja feita a tua vontade na terra como é no céu”. A vontade de Deus é obedecida sem questionamentos no céu. No governo de Deus existem ordem e disciplina. Se eu desejo estar lá, necessito praticar a obediência aos Seus mandamentos aqui. Jesus foi perfeito em cumprir a vontade de Deus. Veja dois textos: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” João 14:21

“Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.” Mateus 26:39

A vontade de Deus está acima de todas as coisas e pessoas na sua vida?

QUARTA-FEIRA (13 de maio) A ORAÇÃO MODELO: PARTE II – “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”. Esta parte da oração de Jesus é um antídoto contra a ansiedade e preocupações. Enquanto dormimos Deus trabalha em nosso favor: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois aos seus amados Ele o dá enquanto dormem.” Salmo 127:1-2. Seria vão orar esta parte do Pai-nosso se eu não aprender confiar que Deus me dá o pão de cada dia.

Por que pensar em enriquecer se Deus quer me dar a apenas a porção diária? A grande verdade é que acordamos de manhã para um mundo que não criamos e para uma salvação pela qual não fizemos nada para ganhar. Jesus já fez tudo por nós e infelizmente, temos a tendência de querer estar no controle de todas as coisas e nossa inquietude nos leva a elaborar planos e fazer projetos que, as vezes, Deus não aprova. Necessitamos aprender deixar Deus agir em nós, pois Deus trabalha em nosso favor e conhece-nos perfeitamente e nos mínimos detalhes.

Deus sempre responde as nossas orações? “E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” Lucas 11:9-13

“Perdoa-nos os nossos pecados assim como perdoamos a quem nos deve.” Para solicitarmos o perdão de Deus necessitamos conceder o perdão a quem nos ofendeu. No final da oração, conforme Mateus, Jesus mesmo disse: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.” Mateus 6:14-15.

Somente aqueles que consideram-se pecadores e crêem no evangelho de Jesus podem receber de Deus a graça da remissão de pecados. As condições básicas para recebermos o perdão são; o arrependimento e a confissão. Ver Atos 2:38 e I João 1:9. Por sermos pecadores necessitamos de arrepender e confessar, sempre que isso se fizer necessário! O crente aceita pela fé que comer da carne do Senhor e beber do Seu sangue significa que devemos crer que Jesus levou sobre Si todos os pecados do mundo, inclusive os meus. Jesus disse: “na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.” João 6:53-55.

“Não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal”. Muitos têm ficado perplexos ao lerem: "e não nos induzas ou conduzas à tentação". Afinal, "induzir" significa; causar, incutir, arrastar, instigar, incitar ou fazer cair. Mas Deus quer o mal dos Seus filhos? Jamais! Pois a Palavra menciona: "Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.". Tiago 1:13. A ideia da oração é pedir para Deus livrar-nos das tentações, pois estamos sujeitos a elas. Se ficarmos livres das tentações viveremos mais felizes, mas como vivemos no mundo maculado pelo pecado sofremos várias tentações.

O Espírito Santo conduziu Cristo para ser provado no deserto, Deus conduziu Abraão para ser provado no Monte Moriá e Deus também nos conduz para sermos provados de várias maneiras: "Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência." Tiago1:2-3.

“Livra-nos do mal”. Este pedido envolve eu fugir do foco das tentações. Eu devo fugir da roda dos escarnecedores e de tudo aquilo que me vai lançar fora e longe da presença de Cristo. O crente é convidado à abandonar muitas coisas; alimentos impróprios, diversões prejudiciais, amizades perniciosas, etc… Ver Salmo 1

Você já consegue orar o Pai-nosso vivendo e praticando cada detalhe da oração?

QUINTA-FEIRA (14 de maio) MAIS LIÇÕES SOBRE A ORAÇÃOO que a parábola do amigo da meia noite nos ensina sobre a necessidade de perseverar na oração? Eis o texto: “Disse-lhes também: Qual de vós terá um amigo, e, se for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou a minha casa, vindo de caminho, e não tenho que apresentar-lhe; se ele, respondendo de dentro, disser: Não me importunes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhos, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister. E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” Lucas 11:5-13.

Emersom disse assim: “Os vencedores das batalhas da vida são homens perseverantes que, sem se julgarem gênios, convenceram-se de que só pela perseverança no esforço podem chegar ao almejado fim”. Em Lucas 18: 1-8 Jesus conta outra parábola sobre o dever de orar sempre sem nunca esmorecer. Aprendemos com a parábola que há situações da vida que podem parecer tão pesadas ou longas como a tarefa de tornar uma barra de ferro em uma agulha, conforme outra história popular. Segundo o texto de Jesus, havia numa certa cidade uma viúva que enfrentava um problema e que, insistentemente, procurou certo juiz para julgar a sua causa. A princípio o juiz nada fez pela mulher, mas, devido a sua perseverança, o juiz, que nem temia Deus e nem respeitava os homens, decidiu atender o pedido da mulher. Ele disse: “Como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça...”. v. 5. O que chama a tenção neste texto é o espírito de perseverança que impulsionou a mulher a buscar a solução para a sua vida. Assim também Deus nos convida a termos uma vida de oração perseverante, pois só assim podemos desenvolver a paciência.

Além da perseverança na oração, o crente necessita desenvolver outras condições para terem as orações atendidas. a) Deve obedecer Deus: “Se permaneceis em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito”. João 15: 7. b) Deve ser humilde: “Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes”.Tiago 4:6. É próprio do ser humano ser presunçoso e depositar a sua segurança nas capacidades que tem, sejam elas reais ou imaginárias, e confiar em suas próprias forças. O orgulhoso tem uma venda nos olhos e não quer pedir para ver a luz. O humilde, pelo contrário, reconhece que toda sua energia vem de Deus e nada pode realizar sem Jesus Cristo. c) Deve pedir coisas lícitas: "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres". Tiago 4:3. Deus não responde nenhuma oração que favoreça as nossas tentações. Deus não responde nenhuma oração de uma pessoa que abrigue cobiça no coração. Todas as respostas são em função do arrancar de nossos corações o mal, a lascívia, e os pecados que nos assediam: "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido". Salmo 66:18. d) Deve colaborar com Deus. Alguns esperam que suas orações façam com que Deus trabalhe para eles, enquanto ficam sentados esperando e pensando na vida: "Ele tem todo o poder, então vou simplesmente ficar quietinho, e deixar que Ele faça tudo". Deus abomina a preguiça e não vai admitir a presença de nenhum pedinte preguiçoso à Sua porta. Geralmente pessoas assim ficam dependendo de instituições de caridades ou de favores de pessoas para sobreviver, e em alguns casos, Deus mesmo não vai nem deixar sermos caridosos para com aqueles que na terra se recusam a trabalhar: "Vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma" II Tessalonicenses 3:10.

SEXTA-FEIRA (15 de maio) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO: JESUS, O ESPÍRITO SANTO E A ORAÇÃO - Há interpretações erradas sobre a identidade do Espírito Santo. Alguns vêem o Espírito Santo apenas como uma força mística e outros entendem o Espírito Santo como sendo um poder impessoal que Deus disponibiliza aos Seus filhos. O fato de aceitarmos o Espírito Santo como Deus é claramente apoiado na Bíblia Sagrada, incluindo Atos 5:3-4. Neste texto Pedro confronta Ananias, porque ele tinha mentido ao Espírito Santo, e a ele diz: “não mentiste aos homens, mas a Deus”. É uma declaração clara de que mentir ao Espírito Santo é mentir a Deus. Outra evidência de que o Espírito Santo é Deus é porque Ele possui os atributos ou características de Deus. A onipresença do Espírito Santo é vista em Salmo 139:7-8: “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.” Em I Coríntios 2:10 vemos a característica de onisciência do Espírito Santo: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” O Espírito Santo é uma pessoa Divina! Podemos saber que o Espírito Santo é mesmo uma pessoa porque Ele possui uma mente, emoções e vontade. Ver I Coríntios 2:10, Efésios 4:30, Romanos 8:26-27 e I Coríntios 12:7-11. O Espírito Santo é Deus, a terceira pessoa da Trindade e tem o papel principal de salvar a humanidade dos seus pecados!

Para os filhos de Deus a oração é como a respiração. Não pensamos para respirar, respiramos automaticamente! Poucas pessoas conseguem viver mais de dois minutos sem ar nos pulmões, pois perde a consciência e desmaia, por isso é mais difícil prender a respiração do que respirar. Da mesma maneira quando nascemos de novo e passamos a fazer parte da família de Deus, entramos em uma atmosfera espiritual onde a presença e graça de Deus nos levam à uma vida de oração. Como crentes, entramos na atmosfera divina para respirar o ar da oração. Só então podemos ser vitoriosos em Jesus. Sem querer fazer juízo de valores espirituais, muitos crentes prendem sua respiração espiritual por muito tempo, achando que breves momentos com Deus são suficientes para sobreviverem. No entanto, tanta restrição do ar espiritual provoca desejos pecaminosos e os afasta de Deus.

Oração particular: “A oração de família, e em público, tem o seu lugar; mas é a comunhão particular com Deus que sustém a vida da alma. Foi no monte, com Deus, que Moisés contemplou o modelo daquela maravilhosa construção que devia ser o lugar permanente de Sua glória. É com Deus no monte, o lugar particular de comunhão que havemos de contemplar Seu glorioso ideal para a humanidade. Assim seremos habilitados a moldar a construção de nosso caráter de tal maneira, que se possa cumprir em nós a promessa: “Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo.” II Coríntios 6:16 -  Obreiros Evangélicos, 254

“A oração é a respiração da alma. É o segredo do poder espiritual. Nenhum outro meio de graça a pode substituir.” Obreiros Evangélicos, 254


Luís Carlos Fonseca

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