segunda-feira, 13 de abril de 2015

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (2º trimestre de 2015) – A MISSÃO DE JESUS

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (2º trimestre de 2015) – A MISSÃO DE JESUS

VERSO ÁUREO: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” Lucas 19:10

INTRODUÇÃO (sábado 16 de maio) – Em termos gerais pode-se dizer que a missão de Jesus resume-se em três pontos: ensinar, pregar e curar: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” Mateus 4:23.

Em termos específicos encontramos a missão de Cristo bem fundamentada em Lucas 4:16-21. Eis os tópicos: a) “Pois me ungiu para evangelizar os pobres”. Jesus Se referia, em primeiro lugar, à pobreza espiritual. Jesus veio salvar os que reconhecem que de si mesmos nada tem, e querem receber de Cristo a maior riqueza que é a Salvação. b) “Enviou-me para curar os quebrantados de espírito”. Muitas são as mazelas que assolam o coração humano. Satanás age como que tivesse tomado conta do coração da raça humana, mas Jesus Cristo veio a este mundo para curar os corações quebrantados. Jesus lança o convite de amor: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo ” Apocalipse 3:20. c) "Enviou-me para apregoar liberdade aos cativos”. O homem antes do pecado era livre. Após o pecado de nossos pais a raça humana tornou-se escrava de Satanás com os seus vícios e pecados. O inimigo escraviza os homens, porque este é o seu principal trabalho. Mas a função de Cristo é libertar as pessoas que são escravas de Satanás. Jesus Cristo comprou o preço da nossa salvação quando morreu na cruz. d) “Dar vista aos cegos”. Jesus quer curar as pessoas da cegueira espiritual. Muitos têm os dois olhos físicos perfeitos mas não conseguem enxergar as coisas de Deus e nem a cruz do Calvário como remédio para os seus pecados. e) "Por em liberdade os oprimidos”. A missão de Cristo é a de promover a paz ao homem. Eis o texto: “Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei”. Mateus 11:28.

O verso áureo desta semana menciona que é Deus que procura o ser humano. Sempre foi assim e sempre o será. Quando Adão e Eva pecaram Deus disse. “onde estás”. O ser humano vive procurando, estamos sempre à procura de alguma coisa ou de algo na nossa vida. Procuramos um lugar para morar, uma pessoa para casar e viver do nosso lado, procuramos uma profissão para ter uma vida melhor, procuramos uma igreja onde podemos adorar a Deus, mas na verdade é Deus que nos procura antes de nós O procurarmos. Deus está a procura de pessoas para serem usadas por Ele. Ele está procurando homens e mulheres fiéis para preparar outros para o céu. Deus procura verdadeiros adoradores que tenham o coração quebrantado pelo Espírito Santo. Veja estes textos: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” João 4:23

“E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez.” Êxodo 18:21.

Se você se julga pecador, foi para salvar você que Jesus veio: “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento.” Lucas 5:31-32. Se você já se julga santo, peço o favor de reavaliar o seu cristianismo! Ter a santidade como alvo é uma coisas, mas julgar-se santo é outro coisas totalmente diferente.

DOMINGO (17 de maio) A OVELHA E A MOEDA PERDIDAS – A lição de hoje trata das parábolas da ovelha e moeda perdidas. Encontramos a parábola da ovelha perdida em Lucas 15:3-7: “E ele lhes propôs esta parábola, dizendo: Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la? E achando-a, a põe sobre os seus ombros, jubiloso; e, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” Lucas 15:3-7

Nessa parábola Jesus ilustra com a história de um homem que cuidava de cem ovelhas, mas que acabou perdendo uma delas. O homem, sem hesitar, deixou as noventa e nove ovelhas que estavam salvas e empreendeu uma jornada em busca daquela que se havia desgarrado. Quando a encontrou fez uma grande festa diante da sua comunidade pela conquista de ter achado a ovelha que estava perdida.

Cada ovelha é muito preciosa. As ovelhas que não estão perdidas não precisam do mesmo cuidado do que a que está perdida. Quando uma ovelha está perdida, ela passa a necessitar de maior atenção. Ela precisa de mais cuidados, correção, amparo e instrução. Nesse sentido, o homem da parábola age corretamente, como alguém que deseja ver sua ovelha novamente no aprisco. De certa forma todos nós já fomos ovelhas perdidas. Já estivemos longe de Deus e, Ele, amorosamente, nos resgatou e nos trouxe de volta à Sua presença. Assim, devemos também, amorosamente, cooperar com Deus na busca das ovelhas perdidas que estão por esse mundo afora.

A parábola da dracma está relatada em Lucas 15: 8-10: “Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Lucas 15:8-10.

A parábola da dracma perdida mostra a diligência da mulher que ao perder algo precioso foi à sua procura, rapidamente! O requisito básico para que a dracma fosse encontrada foi o de acender da luz. Só encontramos o que perdemos quando acendemos a luz. Nas trevas não conseguimos encontrar as coisas. O ato de varrer significa tirar a sujeira. Jesus é responsável por tirar toda sujeira da nossa alma. Deus é comparado com a mulher que se preocupa em procurar o que se perdeu, não importando o seu valor. Ela tinha nove moedas e se empenhou ainda em procurar a outra. Acendeu a lâmpada, varreu a casa, e fez uma verdadeira faxina, não deixou um só canto sem ser revistado em busca da pequena moeda que estava perdida.

Nós somos a igreja de Cristo e em primeira instância, assim como a mulher fez a limpeza da casa para encontrar a moeda, Deus joga todo o lixo que possa existir na nossa vida para que Ele possa nos encontrar. Deus pede também que O ajudemos a encontrar pessoas preciosas para o Seu reino. Veja estes textos: “A dracma perdida destina-se a representar o pecador errante, extraviado. O cuidado da mulher para achar a moeda perdida, destina-se a ensinar aos seguidores de Cristo uma lição quanto a seu dever para com os errantes que andam extraviados do caminho reto. A mulher acendeu a vela a fim de aumentar a luz, e depois varreu a casa, e procurou diligentemente até encontrá-la. Aqui se define claramente o dever dos cristãos para com os que necessitam auxílio devido a se desviarem de Deus” .Test. Seletos vol 1, 305

“Quando a ovelha extraviada é recolhida afinal, o júbilo do pastor se exprime em cânticos melodiosos de regozijo. Convoca seus amigos e vizinhos e lhes diz: “Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.” Lucas 15:6. Igualmente o Céu e a Terra unem-se em ações de graças e júbilo quando um pecador é encontrado…” Parábola de Jesus, 95.

Você se julga perdido ou salvo?

SEGUNDA-FEIRA (18 de maio) A PARÁBOLA DO FILHO PERDIDO – PARTE IEstá é a parábola do filho pródigo: “E disse: Um certo homem tinha dois filhos; e o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se. E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou, e não queria entrar. E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.” Lucas 15:11-32.

O filho mais novo foi muito ousado em pedir a herança antes do pai falecer. E o pai foi mais ousado ainda em conceder a herança. O seu pedido reflete o egoísmo humano. O homem natural tende a inverter as prioridades da vida. Enquanto Deus pede para obedecermos os Seus mandamentos, o ser humano tenta fugir do colo do Pai. O pecado tende a distanciar-nos de Deus e foi isso o que aconteceu com o filho pródigo. Mas Deus fica sempre a espera dos Seus filhos que erram! Deus não força a vontade de ninguém. A salvação ou perdição da alma é uma escolha pessoal! Como pais, temos a responsabilidade de ensinar os filhos a andar nos caminhos do Senhor. Devemos ensiná-los que toda escolha tem uma consequência. Mas, jamais devemos impedir que eles usem o livre-arbítrio que lhes foi concedido pelo Pai Celestial. Podemos aconselhar, mas nunca obrigá-los a fazer o que desejamos ou impedi-los de tomar suas próprias decisões por meio de força, violência ou constrangimento. Assim foi o pai com o filho pródigo e assim é Deus para conosco!

O filho pródigo arrependeu-se de ter saído de casa. Qual foi o seu primeiro pensamento ao cair em si? Ele pensou no pai e no conforto do lar. Quando perdemos algo que muito amamos, sentimos falta do que perdemos e fazemos de tudo para reconquistar! Foi o que aconteceu com o filho pródigo. Jesus com esta história ilustrou a necessidade do verdadeiro arrependimento. O que é arrependimento? É sentir tristeza por ter cometido pecado: "A tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação e não produz remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte." II Co 7:10. Este texto marca a diferença entre arrependimento e remorso. No remorso ficamos tristes e chateados por termos cometido os pecados, mas podemos repetir o mesmo erro. Mas quando acontece o verdadeiro arrependimento, mudamos de rumo e de atitudes.

“O arrependimento é um dos primeiros frutos da graça salvadora. Nosso grande Mestre, em Suas lições ao homem caído, extraviado, apresenta o poder vivificador de Sua graça, declarando que por meio dessa graça homens e mulheres podem viver uma nova vida de santidade e pureza. Aquele que vive essa vida põe em prática os princípios do reino do Céu. Ensinado por Deus, ele conduz outros ao caminho reto. Não conduzirá o que manqueja a caminhos de incerteza. A operação do Espírito Santo em sua vida mostra que ele é um participante da natureza divina. Toda alma assim trabalhada pelo Espírito de Cristo recebe tão abundante suprimento de generosa graça que, ao contemplar suas boas obras, o mundo incrédulo reconhece que ele é controlado e sustentado pelo poder divino, sendo levado a glorificar a Deus”. A Maravilhosa Graça de Deus, 136.

TERÇA-FEIRA (19 de maio) A PARÁBOLA DO FILHO PERDIDO – PARTE II – Na lição de hoje vamos ver a volta do filho pródigo e as reações do pai e do irmão mais velho.

Retornar, depois de ter andado nos caminhos do pecado é uma tarefa muito difícil. Desde o arrependimento até o retorno o pecador passa por um processo doloroso. Eis os passos: a) Reconhecimento do erro. A pessoa orgulhosa não aceita o seu erro. Jesus disse: Bem-aventurados os humildes, porque deles é o reino dos céus.” Mateus 5:3. O filho pródigo reconheceu o seu erro e disse: “vou ter com o meu pai”. b) Reconhecimento da autoridade. No caso do filho pródigo, a autoridade era do pai, e ele disse: “já não sou digno de ser chamado Seu filho…”. c) Confissão. Ele disse: “pequei contra o céu e perante ti…” Esses são passos difíceis, mas necessários!

Outro ponto muito importante desta parábola é o pai que fica a espera do retorno do filho errante. Diz a Bíblia que quando o pai percebeu a silhueta do filho, saiu correndo ao seu encontro e o abraçou. No decorrer da história humana, sempre é Deus que inicia relacionamentos com o pecador. Quando Adão e Eva pecaram Deus disse: “E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?” Gênesis 3:9. Depois Deus providenciou as vestes de peles de animais: “E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.” Gênesis 3:21. Quando Caim matou Abel foi Deus que o procurou: “E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão?” Gênesis 4:9. E assim continua em toda a Bíblia. No Apocalipse continua a mostrar o grande amor de Deus convidando o pecador para o arrependimento e salvação. Veja estes outros textos: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Apocalipse 3:20

“E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” Apocalipse 22:17.

O filho mais velho teve uma reação estranha ao retorno do seu irmão. No meio da festa do encontro do irmão, o filho mais velho ficou triste, porque o Pai recebeu o filho pródigo com alegria. Enquanto o filho resgatado estava dentro de casa o mais velho ficou do lado de fora. Ele tinha direito a herança, era filho, mas excluiu-se da alegria da festa. Esse filho representou os escribas e fariseus que se consideravam santos e desprezavam os outros. E representa aqueles que estão dentro da igreja até obedecendo as leis de Deus, mas que estão perdidos.

Há pessoas que vivem dentro da igreja mas o coração está cheio de mágoas e amarguras. São pessoas que se julgam melhores do que os outros. Só elas prestam; o pai e o irmão estão debaixo de suas acusações mais veementes. Sua mágoa começa a sair pela boca. No seu vocabulário não tem a palavra de perdão. Quando usam a palavra é para criticar. Na sua religião até existe a oportunidade de restauração, mas todos tem que ser e fazer as coisas como elas fazem. O filho acusou o pai de ser injusto com ele, só porque perdoou o irmão. Na religião dele não havia espaço para a misericórdia, perdão e restauração. A Bíblia diz que “quem não ama a seu irmão até agora está nas trevas”. 

Infelizmente, há crentes que estão na igreja mas nunca sentem o amor de Deus e a doçura do Espírito Santo. Vivem como órfãos: sozinhos, vivendo uma grande solidão e insatisfação dentro da casa do Pai, e pior, sempre com uma pedra para atirar no seu irmão! Pessoas assim, geralmente tem problemas emocionais sérios, não curados; ou são dominados pelo diabo ao revelarem ciúmes e inveja.

“Pelo irmão mais velho foram representados os impenitentes judeus contemporâneos de Cristo, como também os fariseus de todas as épocas, que olhavam com desprezo àqueles que consideravam publicanos e pecadores. Porque eles mesmos não caíram no mais degradante vício, enchiam-se de justiça própria. Jesus enfrentou essa gente ardilosa em seu próprio terreno. Como o filho mais velho da parábola, desfrutavam de especiais privilégios de Deus. Diziam-se filhos na casa de Deus, mas tinham o espírito de mercenários. Não trabalhavam movidos por amor, mas pela esperança de recompensa. A seus olhos, Deus era um feitor severo. Viam como Cristo convidava os publicanos e pecadores para receber livremente as dádivas de Sua graça, dádivas que os rabinos pensavam assegurar-se somente por trabalho e penitência e ofenderam-se. A volta do filho pródigo, que encheu o coração paterno de alegria, provocava-lhes o ciúme”. Parábolas de Jesus, 107

QUARTA-FEIRA (20 de maio) OPORTUNIDADES PERDIDAS – A lição de hoje traz o exemplo da parábola do rico e do Lázaro. Eis o texto: “Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite”. Lucas 16:19-31.

A lição de hoje pretende mostrar duas coisas importantes: a) Hoje é o dia da salvação. Temos que aproveitar todas as oportunidades para entregarmos a vida a Cristo e vivermos com Ele. b) Depois da morte não existe outra oportunidade de ser salvo: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.” Hebreus 9:27. Não haverá segunda oportunidade para ninguém, após a morte. Quando a morte chegar, tudo estará definido. Ninguém poderá passar para o outro lado. É nesta vida que formamos o caráter que nos qualificará para a vida eterna.

É importante esclarecermos esta parábola para evitarmos mal entendidos. Para quem Jesus dirigiu essa parábola? Aos fariseus. Os fariseus, um grupo de judeus, acreditavam na imortalidade da alma, que Deus puniria dos ímpios e recompensaria os justos logo após a morte. Hoje a maioria das religiões também acredita na imortalidade da alma. Devido ao pecado, nós somos mortais, mas as pessoas em geral acreditam na voz da serpente: “..Certamente não morrereis..” Gênesis 3:4. Hoje católicos evangélicos, espíritas e outros usam essa parábola para afirmarem que a pessoa quando morre, ou vai para o céu, inferno, purgatório ou reencarnam-se. Com isso, tentem neutralizar a voz do Senhor: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Gênesis 2:17. Deus é claro em afirmar que na morte não temos consciência nenhuma, ver Eclesiastes 9: 5 e 6 e que na morte ninguém louva Deus. Logo não vai para o céu logo que morre: “Porque na morte não há lembrança de ti; no sepulcro quem te louvará?” Salmos 6:5.  Certamente que a morte não é o fim, mas a pessoa voltará a viver apenas na ressurreição. Ver João 11:25

Os fariseus e judeus, em geral, também aceitavam que a riqueza era sinal do favor de Deus e a pobreza sinal do desprezo divino. A parábola ensina a lição que os ricos avarentos não herdarão a vida eterna. Cumpre ter bem em mente que o rico da parábola não foi condenado por ser rico, mas por ser egoísta. O mendigo também não foi salvo por ser pobre ou por causa dos seus sofrimentos. Os judeus tinham também em grande estima Abraão, que era o seu pai espiritual. Como Jesus sempre foi um grande professor, Ele partiu daquilo que os judeus entendiam para depois ensinar-lhes o desconhecido; por isso citou essa parábola aparentemente estranha quando comparada aos outros ensinamentos sobre o estado do homem na morte e inferno.

Aqueles que aceitam essa parábola como sendo verdadeira também deviam aceitar alguns pontos: a) Devem excluir da Bíblia os textos que falam que a pessoa fica inconsciente na morte, e são muitos! b) Que Abraão é o nosso mediador e não Jesus Cristo, que Abraão é mais importante do que Deus. Onde estava Deus? E os salvos antes de Abraão para onde foram? d) Que depois da morte ainda temos chances de arrependimento. c) Que somente os pobres serão salvos. Coitados dos ricos! Jesus inverteu os papéis para mostrar que a riqueza não é sinal de que Deus está dirigindo a vida de alguém ou a indicação de que esta pessoa será salva. E que a pobreza não determina a perdição. d) Que o céu é tão perto do inferno que que dá para ver o sofrimento das pessoas. Eu não queria estar em um céu assim! É claro que não existe um inferno a arder! Jesus não se contradiz.

A principal lição de Jesus está no final da parábola: “Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.” Lucas 16:31. Em outras palavras: Se a pessoa não ouvir e crer na mensagem de Moisés e dos profetas, que é o Antigo Testamento, ela não será convencida de que precisa ser salva, mesmo que ressuscite uma pessoa dos mortos para a advertir. Percebeu?

Como podemos recuperar o passado?

QUINTA-FEIRA (21 de maio) ERA CEGO MAS AGORA VEJO – A missão de Jesus era ensinar, pregar e curar: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” Mateus 4:23.

A lição de hoje trata de duas curas que Jesus realizou; uma física e outra espiritual. A física foi a do cego em Jericó. Eis o texto: “E aconteceu que chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo. E disseram-lhe que Jesus Nazareno passava. Então clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim. E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Então Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe, dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou. E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.” Lucas 18:35-43.

A cura espiritual foi a de Zaqueu. Eis o texto: “E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali. E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa. E, apressando-se, desceu, e recebeu-o alegremente. E, vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador. E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” Lucas 19:1-10

Qual é a pior cegueira, a física ou a espiritual? Na cura do cego encontramos alguns aspectos importantes. a) O cego reconheceu Jesus como Seu Salvador. Dizer Filho de Davi era o mesmo que dizer: MESSIAS, O ENVIADO DE DEUS. b) Reconheceu a sua situação de “miserável” e necessitado da ajuda de Jesus ao clamar por misericórdia. c) Vemos também que a multidão tentou calar e afastar o cego de Jesus e da sua Salvação.

Em João 12 menciona o discurso de Jesus em Jerusalém dizendo que quando fosse levantado da terra, atrairia muitos à Ele. E a multidão, cega espiritualmente, respondia em tom de pergunta: Quem é esse Filho do Homem? Jesus continuou o Seu discurso falando para eles não andarem em trevas, mas na Luz que ali estava presente. A verdade é que eles estavam tão cegos e com dureza de coração que a Palavra menciona isso a respeito deles: “Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure.” João 12:40. 

O cego espiritualmente não é capaz de reconhecer o seu estado triste e lastimável diante do Senhor Jesus. Ele diz: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu“. Apoc. 3:17. O cego espiritual não consegue se converter a Jesus: E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: “Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, E, vendo, vereis, mas não percebereis“. Mat. 13:14.

Veja estes outros textos: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a Luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a imagem de Deus“ II Cor. 4:4.

“Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova“ Mat. 15:14.

“Em minha última visão, vi que mesmo esta decidida mensagem da Testemunha Verdadeira não cumpriu o desígnio de Deus. O povo continua a modorrar em seus pecados. Continuam a se dizer ricos, e que não necessitam de nada. Muitos indagam: Por que são feitas tantas reprovações? Por que nos acusam continuamente os Testemunhos de desvios da fé e de ofensivos pecados? Nós amamos a verdade; estamos prosperando; não temos necessidade desses testemunhos de advertência e reprovação. Examinem, porém, esses queixosos o próprio coração, e comparem sua vida com os ensinos práticos da Bíblia, humilhem a alma diante de Deus, deixem que a graça divina lhes ilumine as trevas, e as escamas lhes cairão dos olhos, e compreenderão sua verdadeira pobreza e miséria espiritual. Sentirão a necessidade de comprar ouro, que é a fé e o amor puros; vestidos brancos, que é um caráter imaculado, purificado pelo sangue de seu querido Redentor; e colírio, a graça de Deus, a qual lhes dará claro discernimento das coisas espirituais, e indicará o pecado. Essas realizações são mais preciosas que o ouro de Ofir.” Test. Seletos, vol 1, 329

SEXTA-FEIRA (22 de maio) LEITURA COMPLEMENTAR DA LIÇÃO: A MISSÃO DE JESUS  A nossa missão é a mesma de Cristo; é proclamar a todas as pessoas o evangelho eterno no contexto das três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12, levando-as a aceitar Jesus como seu Salvador pessoal e a unir-se à Sua igreja, ajudando-os a preparar-se para a Sua breve volta.

Seguindo o exemplo de Cristo, relatado em Mateus 4:24, a Sua igreja procura desenvolver os três aspectos essenciais da missão de salvar através dos seguintes métodos:

a) Pregação: Aceitando a comissão de Cristo evidenciada em Mateus 28:18-20, procuramos proclamar a todo o mundo a mensagem do amor de Deus, revelado no ministério da reconciliação de Jesus. Cada crente, pela fé, arrependimento e por sua vida transformada pelo Espírito Santo, pode gozar dos benefícios da morte de Cristo e da Sua vida justa. Cada crente é convidado a levar uma vida vitoriosa em Cristo

b) Ensino: Reconhecendo que o desenvolvimento da mente e do carácter é essencial ao plano redentor de Deus, consideramos a educação como prioritária. Reconhecendo a Bíblia como revelação infalível da vontade de Deus, apresentamos a sua mensagem completa através do ensino bíblico e das milhares de Escolas Adventistas, incluindo os temas; a segunda vinda de Cristo, a permanente autoridade da lei dos dez mandamentos, o Sábado do Sétimo Dia como memorial da criação, o valor constante dos dons espirituais, o atual ministério de Cristo no santuário celestial, a realização do julgamento antes do regresso de Jesus, a morte como um sono inconsciente até à ressurreição e o fogo do inferno a arder apenas até terminar de queimar para purificar a terra a fim de ser habitada pelos salvos.

c) Cura: Reiterando a ênfase dada pela Bíblia ao bem-estar total do ser humano, fazemos da preservação da saúde e cura da doença uma prioridade, e através do nosso ministério em favor dos pobres e oprimidos, cooperamos com o Criador no Seu compassivo trabalho de restauração física através das palestras sobre saúde, das várias clínicas e hospitais ao redor do mundo e através das orações em favor dos doentes para serem curados por Deus.

Ser cristão significa viver como um verdadeiro seguidor de Jesus, pois Ele nos deixou o exemplo para seguirmos o Seu exemplo. A vida de Cristo foi um grande sermão pregado! Ser cristão é viver neste mundo causando um impacto positivo na vida das pessoas, marcado pelos princípios do evangelho em todas as esferas de vida; no emprego, entre os colegas da escola, vizinhos, no lar, no trato das questões ambientais e ecológicas, no trânsito e no cumprimento da cidadania responsável. Assim, nós temos condições de pregar o evangelho não apenas por intermédio de um plano da salvação, mas também por meio de uma vida que expressa concretamente à mensagem que desejamos expressar ao mundo; Só Jesus salva!

Luís Carlos Fonseca


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