quinta-feira, 19 de outubro de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 (4º Trimestre de 2017) VENCER O PECADO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 7 (4º Trimestre de 2017) VENCER O PECADO
VERSO ÁUREO: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Romanos 6:14
ALVOS DA LIÇÃO1) A graça que nos está disponível é abundante e provém do trono de Deus, do próprio Deus. 2) O pecado é tão terrível que passa a reinar na vida daqueles que lhe dão espaço. O pecado gera morte. 3) Embora não estamos debaixo da lei; e sim da graça, necessitamos de guardar a lei como prova da salvação. A obediência gera vida. 4) O Cristão genuíno tem o dever de produzir frutos para a santificação.
INTRODUÇÃO (sábado 11 de novembro) - O tema da lição desta semana trata da vitória que cada cristão pode obter ao estar em comunhão com Jesus Cristo. As potestades do mal são mais poderosas do que nós, mas Cristo é mais poderoso do que todo o exército do diabo. Ao estarmos agarrados nas mãos de Cristo, somos vencedores. Ver João 15:1-15

Qual é o propósito da vida cristã? A cruz não é apenas o ponto inicial de nossa vida cristã; ela é a sua fonte. Para descobrirmos o propósito de nossa vida precisamos olhar para cruz de Cristo e não para as palavras filosóficas de homens. Alguns têm fracassado porque não depositam a confiança na Palavra de Cristo. Este é o propósito de Deus para a nossa vida. Em Deus, a nossa vida encontra o seu verdadeiro propósito e sentido. Veja este texto: “Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus…”. I Cor 6:20.

O que precisamos acreditar e aceitar sobre Jesus? 1) Primeiro, precisamos reconhecer que Jesus é o eterno Filho de Deus e que tornou-Se homem. Nascido do poder do Espírito Santo, pela virgem Maria, Jesus não herdou a natureza pecaminosa de Adão. Então, Ele é chamado de segundo Adão. Ver I Coríntios 15:22. Enquanto que a desobediência de Adão trouxe a maldição do pecado ao mundo, a vida perfeita de Cristo cobriu as nossas transgressões. Nossa resposta deve ser em arrepender-nos, voltar-nos contra o pecado, confiando em Sua vida perfeita para nos purificar. 2) Segundo, precisamos ter fé em Jesus como Salvador. O plano de Deus foi de sacrificar o Seu Filho perfeito para pagar pela punição que merecemos pelo nosso pecado: a morte. A morte de Cristo liberta da penalidade e do poder do pecado de todos aqueles que O recebem. 3) Finalmente, precisamos seguir a Jesus como Senhor. Depois de fazer de Cristo vitorioso sobre o pecado e a morte, Deus deu-lhe toda autoridade. Ver Efésios 1:20-23. Jesus guia todos que O recebem e vai julgar a todos que O rejeitam e desobedecem. Ver Atos 10:42 e II Tessal. 1:8
Como vencer o pecado? A Bíblia apresenta vários recursos diferentes para nos ajudar em nossos esforços para vencer o pecado. Com a ajuda de Deus, e ao seguir os princípios da Sua Palavra, podemos progressivamente vencer o pecado e nos tornar mais e mais como Cristo. O primeiro recurso que a Bíblia menciona, em nosso esforço para vencer o pecado, é a presença do Espírito Santo vivendo em nós. Deus nos deu o Espírito Santo para que possamos ser vitoriosos na vida cristã. Deus contrasta os feitos da carne com o fruto do Espírito em Gálatas 5:16-25. Nessa passagem, somos chamados à andar no Espírito. Todos os crentes já possuem o Espírito Santo, mas esta passagem nos diz que precisamos andar no Espírito, cedendo ao Seu controle. Isto significa escolher, consistentemente, seguir a direção do Espírito Santo em nossas vidas ao invés de seguir a inclinação da carne.

A Bíblia é um recurso que muitas vezes não levamos a sério. Damos prova disso ao levarmos nossas bíblias para a igreja ou ao lermos um devocional diário ou um capítulo por dia, mas falhamos em memorizá-la, meditar nela ou em aplicá-la em nossas vidas; falhamos em confessar os pecados que ela revela ou em louvar a Deus pelos Seus dons. Quando se trata da Bíblia, algumas vezes somos ou anoréticos ou bulímicos. Ou ingerimos apenas o suficiente da Palavra de Deus para manter-nos vivos espiritualmente, mas nunca ingerindo o suficiente para sermos cristãos saudáveis e prósperos, ou nos alimentamos frequentemente, sem nunca, suficientemente, meditarmos nela para conseguir a devida nutrição espiritual.

É importante, se você ainda não tiver o hábito de diariamente estudar e memorizar a Palavra de Deus, que você comece a fazê-lo. Alguns acham que é útil começar um diário. Crie o hábito de não deixar a Palavra até que tenha escrito algo que aprendeu sobre a bíblia. Alguns registram orações para Deus, pedindo-Lhe que os ajude a mudar nas áreas sobre as quais Ele falou aos seus corações. A Bíblia é a ferramenta que o Espírito usa em nossas vidas. Ver Efésios 6:17, uma parte essencial e importante da armadura que Deus nos dá para lutarmos em nossas batalhas espirituais e experimentarmos o crescimento em Cristo. Ver Efésios 6:12-18.

Um outro recurso fundamental para continuarmos crescendo em Cristo é a oração. Em nossa batalha contra o pecado é a oração que nos dá forças e motiva-nos para prosseguirmos. Novamente, é um recurso que muitos cristãos frequentemente dão valor da boca para fora, mas que raramente usam. Temos reuniões de oração, momentos de oração, mas não usamos a oração da mesma forma que a igreja primitiva usava. Ver Atos 3:1; 4:31; 6:4 e 13:1-3. Paulo repetidamente menciona como ele orava por aqueles a quem ministrava. Deus nos deu promessas maravilhosas a respeito da oração. Ver Mateus 7:7-11, Lucas 18:1-8, João 6:23-27 e I João 5:14-15, e Paulo inclui a oração em sua passagem sobre como se preparar para a batalha espiritual. Ver também Efésios 6:18.
Um outro recurso, em nossa guerra para vencer o pecado, é a igreja, a comunhão com outros crentes. Quando Jesus enviou Seus discípulos, Ele os enviou de dois em dois. Ver Mateus 10:1. Os missionários em Atos não saíram um de cada vez, mas em grupos de dois ou mais. Jesus ordena que não deixemos de congregar-nos juntos, mas que usemos esse tempo para encorajar uns aos outros em amor e boas obras. Ver Hebreus 10:24 e 25. Ele nos diz para confessarmos os nossos pecados uns aos outros. Ver Tiago 5:16. Na literatura do Antigo Testamento, aprendemos que como o ferro afia o ferro, um homem afia o outro. Ver Provérbios 27:17. Há força em grupos. Ver Eclesiastes 4:11-12. Deixar de congregar e de participar das reuniões de oração é demonstrar viver sem o poder do Espírito Santo na vida.

DOMINGO (12 de novembro) ONDE O PECADO ABUNDOU Este é o texto para hoje: ...Mas onde o pecado abundou superabundou a graça.” Rom. 5:20. Este é certamente o ponto culminante na argumentação de Paulo para defender a graça em relação a obra do pecado na vida do cristão.

Quando Adão pecou, o pecado e a morte entraram no mundo e toda a raça humana ficou corrompida. Desde Adão, todos pecamos e nos tornamos merecedores de castigo. Ver  Romanos 5:12. O pecado é como câncer, tem a tendência a se multiplicar. Por causa do pecado, ficamos separados de Deus e debaixo de condenação. O pecado escraviza o pecador.

Nós pecamos mas Deus ainda nos ama. Ele não quer nos condenar; Ele quer nos salvar! Por isso, Ele enviou Jesus, que levou o castigo dos nossos pecados na cruz. Esse ato de Jesus foi muito maior que o ato de Adão. Agora, por causa de Jesus, podemos ter uma vida nova, limpa e livre da condenação do pecado.

O que é Graça? “Graça”, cháris, é a favorável disposição de Deus para salvar. Esse é, indubitavelmente, um dos mais eloquentes textos da Bíblia que confirmam o amor de Deus e Seu desejo de que todos sejam salvos.: “Não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertei-vos e vivei” Ezeq. 18:32.

A graça de Deus não nos isenta de termos as tentações na carne. Embora o cristão tenha a graça de Deus à sua disposição, sempre terá que batalhar contra o pecado. A graça de Deus só nos é possível porque Jesus pagou-nos o preço. Ele viveu sem pecado, morreu para nos salvar e ressuscitou vencendo a morte. Seu sacrifício de vitória nos torna capazes de obter essa salvação.

Graça é definida primeiramente como poder para obediência. Todo aquele que mergulhar no oceano da graça de Romanos e Gálatas serão transformados mas não pela teologia da obediência, e sim pelo escândalo das boas novas dAquele que ensinou o lugar de misericórdia como a essência da graça que liberta da culpa pelo favor de um amor imerecido, libertando o pecador para obedecer a lei por amor a Cristo e em resposta a sua obediência.

A lição de hoje é rica em bons e verdadeiros conselhos, mas os pecadores perturbados por uma consciência aflita e atormentada pela culpa, como Martinho Lutero descreve em seu comentário de Romanos, encontrarão pouco bálsamo para o desespero da condição humana pecaminosa diante de um Deus Santo. O versículo que diz: “onde abundou o pecado superabundou a graça” fala sobre o amor de Deus, que é maior que o pecado. Nossos pecados são muitos grandes, mas a graça de Deus é maior.  Por causa de Jesus, podemos vencer o poder do pecado e viver em santidade. Amém?

Ao ler fora do contexto, podemos pensar que devemos pecar mais para receber mais da graça de Deus. Mas não é isso que a Bíblia diz! Deus diz bem o contrário, Romanos 6:1 e 2. A graça de Deus venceu o pecado. Quem é salvo agora vive para fazer a vontade de Deus, não para o pecado. 

A graça de Deus superabunda onde o pecado é vencido e o bem prevalece. Amém?

SEGUNDA FEIRA (13 de novembro) QUANDO O PECADO REINA - Em Romanos 6:12 está escrito: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às vossas paixões.”

O que é pecado? Pecado é a versão do termo hamartía, o pecado tomado como princípio operativo no mundo. O empenho do apóstolo para que o pecado não reine nos crentes não significa que ele espera que estejam agora isentos do pecado, ou sem a presença do pecado.

Então, em Romanos 6:12, ele interpela os leitores a não permitir que o “pecado reine” sobre eles. O pecado aqui parece exercer uma espécie de soberania. Mas é bom lembrarmos que o pecado não é o rei. Existe alguém por trás, que introduz o pecado na vida das pessoas. É Satanás e seus agentes. Ele aproveita das fraquezas das pessoas e provoca tentações para as pessoas pecarem. São mais de 6 mil anos de fraquezas, debilidades e mazelas da humanidade.

Faz bem lembrarmos que o inimigo além de estar acordado, sua função principal é desencaminhar os filhos de Deus do Caminho e os conduzir à derrota espiritual. Devemos vigiar nossa alma para que o pecado não nos domine, e sim Cristo.

A definição de pecado tem um alcance muito maior do que apenas transgredir a lei. Jeremias apresenta o pecado como uma doença espiritual que aflige o coração. Ele diz que o coração é “enganoso e desesperadamente corrupto: quem o conhecerá?” Jer. 17:9. Davi, no salmo 51, expressa o pensamento de que ele já nasceu pecador. Ele diz:

“Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.”. A mãe de Davi não fez nada errado em conexão com o seu nascimento, ela era uma mulher honrada, mas ele reconhece que ele nasceu com uma natureza pecadora. Outro texto que mostra a situação de pecados em que fomos criados é este: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” I João 1:8-10

O crente pode viver livre da atuação do pecado em sua vida, mas não da sua presença, e isso mostra que o pecador, quando deixa a comunhão com Jesus, permite o pecado reinar. Ou é Cristo ou o pecado que reina. Quando o crente deixa a comunhão com Cristo logo cai em pecados e necessita de arrependimento e confissão, como vemos nos seguintes textos inspirados: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.” I João 2:1.

Quando nos revestimos da justiça de Cristo, não temos nenhum prazer no pecado, pois Cristo estará trabalhando conosco. Poderemos cometer erros, mas odiaremos o pecado que causou os sofrimentos do Filho de Deus.” Ellen White - Review and Herald, 18 de março de 1890.

O testemunho de Paulo é um poderoso argumento, que é a corrupção da natureza humana que produz os pecados individuais. Paulo recorda que “quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.” Romanos 7:5.

Quem reina em sua vida; Cristo ou o pecado? 

TERÇA-FEIRA (14 de novembro) NÃO SOB A LEI, MAS SOB A GRAÇA - O que é viver sob a lei? Os judeus diziam. “Não matarás”, mas permitiam a morte por apedrejamento e até pegavam em pedras e atiravam sobre o transgressor. Entendiam a lei, mas não a praticavam. Pois não viviam sob a graça, e sim sob a lei

Este tema parece repetir mas, dentro deste contexto, Paulo quer dizer que a pessoa que vive debaixo da lei, isto é, sob o regime judaico tal como era praticado nos seus dias, com todas as suas regras e regulamentos de feitura humana, será sempre regida pelo pecado.

Quem vive debaixo da lei? É o transgressor. Pois se o motorista avançar o sinal vermelho do semáforo estará sujeito a pena da lei. Se o fumador fumar em local proibido, deverá pagar uma multa e, consequentemente estará sob a lei.

Paulo refere-se ao sistema judaico de salvação, quando fala de lei, justificação por obras da lei, ou através do legalismo. Então, aqueles que estão debaixo da lei estão, de qualquer forma, debaixo da condenação da lei, pois o legalismo jamais confere poder para a vitória sobre o pecado. Em contrapartida, Paulo afirma que os verdadeiros cristãos estão debaixo da graça, ou seja, eles foram envolvidos pelo plano salvífico de Deus. Esta é a razão por que o pecado não exerce domínio sobre eles, e eles não são condenados. Amém?

A graça de Deus deve ser recebida em nossa vida, e passa por alguns pontos importantes:

a) O cair é pertinente ao homem e o levantar pertence a Deus. Levantar tem o sentido de mudar de posição, ter outra atitude, mudar de rumo e sair do estado que se encontra. Veja este texto: “O Senhor sustém a todos os que estão a cair, e levanta a todos os que estão abatidos. Salmo 145:14 . Deus pode e quer tocar-nos tirando-nos do sono da apatia, do desanimo, da falta de fé, da insensatez e da incredulidade.

b) Deus fala-nos através do Espírito Santo. O Espírito nos mantém livres do poder do pecado. Deus coloca-Se ao nosso lado e diz; Eu conheço os seus problemas, as suas dores, os seus momentos de choro, de lágrimas, porém estou dando-lhe a solução agora; aceite Jesus como Salvador e viva o poder do evangelho.

c) Devemos arrepender e confessar os pecados para receber a salvação pela fé: “O arrependimento, assim como o perdão, são dons de Deus por meio de Cristo. É pela influência do Espírito Santo que somos convencidos do pecado, e sentimos nossa necessidade de perdão. Ninguém, senão os contritos, é perdoado; mas é a graça de Deus que torna o coração penitente. Ele conhece todas as nossas fraquezas e enfermidades, e nos ajudará” Fé e Obras, 38

"Deus com a Sua destra O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados.” Atos 5:31. O arrependimento, não menos do que o perdão e a justificação, é dom de Deus, e não pode ser experimentado a não ser que seja concedido à alma por Cristo." Mensagens Escolhidas, vol. 1, 391.

d) A graça de Deus não dá permissão para você pecarA graça de Deus é a capacitação para você cumprir o propósito dEle na sua vida. Viver na graça não significa ter licença para pecar o dia inteiro e no final do dia saber que será perdoado. Quem vive assim não está convertido e não teve um encontro com Jesus para experimentar a Sua graça.

O escritor aos Hebreus fala de pessoas que vivem assim: "Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados. Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários." Hebreus 10:26-27.

Quem experimenta a salvação e recebe a Cristo como Senhor, jamais vai viver numa vida de pecado, pois a pessoa experimenta uma libertação e tem plena consciência que a partir daquele momento a vida de antes já não existe mais e que agora, pela palavra de Deus, todos que recebem a Jesus são novas criaturas. Amém? 

QUARTA-FEIRA (15 de novembro) PECADO OU OBEDIÊNCIA? - O título de hoje dá um sabor de guerra. E estamos mesmo numa guerra. Desde a queda de Lúcifer a humanidade está em uma guerra aberta:“Pelo que alegrais ó céus e vós, que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apoc. 12:12

Paulo toca esse ponto ao afirmar que tanto a graça como o pecado lutam pelo domínio do ser humano; e alguém se deixa dominar em nível de concessão mental. Se alguém submeter sua mente ao domínio de Deus, Este dominará sobre a totalidade do seu ser. O mesmo ocorrerá em relação ao inimigo de Deus

Este é o texto para hoje: “Não sabeis vós que, a quem vos apresentardes por servos, para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis? Ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?. Rom. 6:16

O antinomismo nega a necessidade da obediência, e Paulo prega contra isso.
Embora somos livres para obedecer, inevitavelmente ou vamos servir a Deus ou ao inimigo.

A lição de hoje fala das duas naturezas que os crentes tem dentro de si: Por que depois da conversão temos a impressão de que a luta espiritual aumenta? Por que pessoas convertidas, sentem vontade de praticar o mal? É possível harmonizar o que sabemos que devemos fazer com aquilo que realmente desejamos praticar?

Por alguma razão, temos a idéia de que no momento da conversão a nossa luta acaba e que a partir desse momento não pecaremos mais; seremos perfeitos, no sentido de ser exemplo de vida para outros. Mas por que é que a partir do momento que nos entregamos a Cristo a nossa luta se torna maior e o conflito aumenta?

Muitos têm a ideia de que na hora da conversão Deus tira de nós a natureza pecaminosa e a joga fora para sempre, colocando em substituição a nova natureza que gosta de obedecer e amar. Isto não é completamente verdade. Seria maravilhoso se fosse assim, já que nunca mais teríamos vontade de pecar. A fonte da "concupiscência e das paixões deste mundo" não existiria mais. Em consequência, nossa vida seria como a de Adão e Eva antes da queda. depois da conversão a luta aumenta. Existe muito mais conflito num homem depois de sua conversão do que antes dela. Compete-nos alimentarmos a natureza espiritual para que a carnal fique adormecida e não levante a sua cabeça.

QUINTA-FEIRA (16 de novembro) LIVRES DO PECADO - Podemos ficar livres da força do pecado, mas nunca da presença do pecado. Uma vida de santidade sugere que o pecado não exerce poder sobre nós, pois estamos escondidos em Cristo através da comunhão com Ele.

O que é santificação? É o resultado de fazermos as escolhas certas. É vivermos de conformidade com a vontade de Deus. Na maioria das vezes, vamos ter que ir contra a nossa natureza para sermos felizes do lado de Deus. Em Rom 6:22 diz: “Mas agora, libertos do pecado, e feitos servos de Deus tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna.”

A maior tragédia na vida cristã é a suposição de que o cristão é livre para viver o estilo de vida que bem lhe parecer, sem levar em consideração o que Deus espera dele; sem se importar com a ética do que é correto e do que é errado. Esta é a fantasia com que o antinomismo, ou liberalismo, embala a muitos no engano. Ser livre da justiça, entretanto, é ser escravo do pecado, e vice-versa. Não há uma terceira alternativa.

O ser humano tem a tendência de distanciar-se de Deus devido a sua natureza pecaminosa. Viver de forma santa, a vista de Deus, é uma tarefa que envolve decisão e entrega, se não for assim estamos perdidos pois, o pecado causa separação entre nós e Deus. Para se conseguir uma vida santificada o pecador deve olhar sempre para Jesus e nunca para o próximo. O nosso próximo é falho e pecador, só Jesus pode nos santificar.

A santificação é uma obra diária na vida do crente e é iniciada e completada pelo Senhor Deus: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” Filipenses 1:6. A verdade é que Jesus salva e nunca abandona o crente. “O sangue de Cristo purifica de todo pecado” I João 1:7. 

O Espírito Santo realiza três coisas na vida do crente: a) Regeneração ou justificação. O Espírito Santo liberta o pecador da culpa do pecado. b) Santificação. O Espírito Santo liberta o homem do poder do pecado e dá forças para viver longe do pecado. c) Glorificação. O Espírito Santo libertará o homem da presença do pecado na volta de Cristo.

Quando entendemos sobre a santidade de Deus, e deixamos ser guiados pelo Espírito Santo, acontecem 3 coisas importantes connosco:

a) Sentimos um forte desejo de viver livres do pecado. Quando nos aproximamos de Deus, através da oração e estudo da Bíblia, entendemos a gravidade do pecado, e mais pecadores e carentes de Deus nos acharemos. Não devem existir pecadinhos na vida do crente.

Veja que texto maravilhoso: “Quanto mais nos aproximarmos de Jesus, mais faltosos nos acharemos aos nossos próprios olhos, pois a nossa visão será mais clara e as nossas imperfeições serão mais vistas em largo e distinto contraste com a Sua natureza perfeita…Isso é evidência de que a influência vivificadora do Espírito de Deus está a nos despertar.” Aos Pés de Cristo, 75.

b) Detestamos o pecado com o mesmo zelo que Deus demonstra. Veja Números 25:6-8: “E eis que veio um homem dos filhos de Israel, e trouxe a seus irmãos uma midianita, à vista de Moisés, e à vista de toda a congregação dos filhos de Israel, chorando eles diante da tenda da congregação. Vendo isso Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, sacerdote, se levantou do meio da congregação, e tomou uma lança na sua mão; E foi após o homem israelita até à tenda, e os atravessou a ambos, ao homem israelita e à mulher, pelo ventre; então a praga cessou de sobre os filhos de Israel.” Veja também Jeremias 48:10 e Atos 5:1-5

c) Valorizamos mais o amor profundo de Deus em nos salvar do pecado. Passamos a viver de forma agradecida: “Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” Tito 2:11-14. Ver Tito 3:4-7.Mensagens Escolhidas. vol 1, 361 

“Ninguém que pretenda ser santo é realmente santo. Aqueles que estão registrados como santos nos livros do Céu não se apercebem deste fato e são os últimos a proclamar a própria bondade. The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1885. Não é prova conclusiva de que um homem é cristão o manifestar ele êxtases espirituais sob circunstâncias extraordinárias. Santidade não é arrebatamento: é inteira entrega da vontade a Deus; é viver por toda a palavra que sai da boca de Deus; é fazer a vontade de nosso Pai celestial; é confiar em Deus na provação, tanto nas trevas como na luz; é andar pela fé e não pela vista; é apoiar-se em Deus com indiscutível confiança, descansando em Seu amor.” Atos dos Apóstolos, 51

SEXTA-FEIRA (17 de outubro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 7 (4º Trimestre de 2017) VENCER O PECADO Os crentes tem a alegria da salvação que Cristo oferece, do perdão dos seus pecados e também da libertação do poder do pecado. Justificação, santificação e glorificação são três processos na salvação do ser humano.

A justificação nos liberta da culpa do pecado, a santificação do poder do pecado e a glorificação da presença do pecado. Isso indica que quando aceitamos Jesus como nosso Salvador e pedimos o Seu perdão, somos perdoados, quando levamos uma vida de comunhão plena com Deus somos libertos do poder do pecado, e na volta de Cristo seremos libertos da presença do pecado. Amém?

Há grandes verdades, por muito tempo ocultas sob o monturo do erro, que devem ser reveladas ao povo. A doutrina da justificação pela fé tem sido perdida de vista por muitos que têm professado crer na terceira mensagem angélica. O Povo da santidade tem ido a grandes extremos neste ponto. Com grande zelo têm ensinado: "Tão-somente crê em Cristo, e serás salvo; mas fora com a lei de Deus!" Não é isso que ensina a Palavra de Deus. Não há base para semelhante fé. Não é esta a preciosa gema da verdade que Deus deu ao Seu povo para este tempo. Esta doutrina desencaminha almas sinceras. A luz da Palavra de Deus revela o fato de que a lei tem de ser proclamada. Cristo tem de ser exaltado, porque Ele é um Salvador que perdoa a transgressão, a iniquidade e o pecado, mas de modo algum terá por inocente a alma culpada e impenitente.” Review and Herald, 13 de agosto de 1889.

Quem é o agente que promove a nossa santificação? É a Pessoa Divina maravilhosa do Espírito Santo e o próprio Jesus Cristo, nosso Senhor.

Veja como os textos principais para hoje revelam este fato: “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.” I Coríntios 6:11.

Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” Tito 3:5.

E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta.” Hebreus 13:12.

Jesus produz em nós o crescimento espiritual, em santidade, ao longo de toda a nossa vida, pois; “a santificação não é obra de um momento, de uma hora, de um dia, mas dá vida toda. Não se alcança com um feliz vôo dos sentimentos, mas é o resultado de morrer constantemente para o pecado, e viver constantemente para Cristo. Não se podem corrigir os erros nem apresentar reforma de caráter por meio de esforços débeis e intermitentes. Só podemos vencer mediante longos e perseverantes esforços, severa disciplina e rigoroso conflito.” Atos dos Apóstolos, 560

No processo da santificação existe uma obra que devemos realizar; que é buscar a presença de Deus na nossa vida, diariamente, para que Ele coloque dentro de nós o desejo de abandonar os pecados que gostamos de praticar.

Veja estes textos inspirados: “A santificação, não é meramente uma teoria, uma emoção, ou uma forma de expressão, mas um princípio vivo, ativo, penetrando a vida diariamente. Requer que nossos hábitos no comer, beber e vestir sejam de tal modo asseguradores da saúde física, mental e moral, para que apresentemos ao Senhor nosso corpo, não uma oferta corrompida por maus hábitos, mas; “um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. Romanos 12:1. Temperança, 19.

Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta. Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” Hebreus 12:1,2

Deus age em nós de acordo com o nosso consentimento: “A obra de ganhar a salvação é de co-participação e cooperação. Deve haver cooperação entre Deus e o pecador arrependido. Isso é necessário para a formação de corretos princípios de caráter. Deve o homem fazer veementes esforços para vencer o que o impede de alcançar a perfeição. Mas, para alcançar êxito, ele depende inteiramente de Deus. Por si mesmo o esforço humano não é suficiente. Sem a ajuda do poder divino ele de nada vale. Deus age e o homem também. A resistência à tentação deve partir do homem, que por sua vez deve obter de Deus o poder. De um lado se acham sabedoria infinita, compaixão e poder; do outro debilidade, pecaminosidade e incapacidade absoluta. Deus quer que governemos nosso ser, mas não nos pode ajudar sem nosso consentimento e cooperação. O Espírito divino age por meio dos poderes e faculdades concedidos ao ser humano. Não podemos colocar por nós mesmos nossos propósitos, desejos e inclinações em harmonia com a vontade divina; mas se estivermos dispostos, o Salvador fará isso por nós, “destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo”. 2 Coríntios 10:5. Atos dos apóstolos, 270.

Luís Carlos Fonseca

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