domingo, 1 de outubro de 2017

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (4º trimestre 2017) JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (4º trimestre 2017) JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

VERSO ÁUREO: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei.” Rom. 3:28

INTRODUÇÃO (sábado 21 de outubro) – A lição desta semana tem alguns objetivos a serem cumpridos: 1) Mostrar que a salvação é gratuita e que a iniciativa em salvar a humanidade, parte de Deus. 2) Destacar que o papel da lei é importante, mas, apenas para encaminhar o pecador à Jesus, Aquele que pode nos salvar. As obras são apenas o resultado da salvação. 3) Entender que o ser humano só permanece salvo de seu estado pecaminoso, apenas quando permanece ligado à Jesus, “nossa Justiça”.

Em Romanos 3:20 diz que “pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.” Paulo vale-se desse fato para afirmar que ninguém é justificado “por obras da lei”. No plano da salvação cada um de nós é o criminoso. Jesus, perfeito como é, apresenta-Se como nosso substituto para nos salvar dos nossos pecados. Ainda bem que somos perdoados, conforme o verso áureo; pois, se fosse o contrário, o homem seria insuportável. SOMOS SALVOS PELA GRAÇA, PELA FÉ E PELO SANGUE de Cristo. Amém?

A salvação é somente pela fé mediante a graça de Deus. Seria justo deixar o pecador morrer para sempre; mas Jesus manifestou-Se para fazer justiça, isto é; salvar a humanidade. Esta salvação foi feita à parte da lei. Foi um ato de amor de Deus. A lei não podia resgatar o pecador de sua situação original. Somente o sangue de Jesus, a graça de Deus, e a fé do crente é que pode salvar o pecador. As nossas boas obras não tem poder para salvar, elas apenas manifestam uma vida transformada por Cristo. Amém?

Quando Deus perdoa ao pecador, anula o castigo que ele merece e o trata como se não tivesse pecado, recebe-o no favor divino e o justifica em virtude dos méritos da justiça de Cristo. O pecador só pode ser justificado mediante a fé no sacrifício expiatório feito pelo amado Filho de Deus, que Se tornou um sacrifício pelos pecados do mundo culpado. Ninguém pode ser justificado por quaisquer obras próprias. Só pode ser liberto da culpa do pecado, da condenação da lei, da pena da transgressão, pela virtude do sofrimento, morte e ressurreição de Cristo. A fé é a condição única de obter a justificação, e a fé abrange não só a crença mas também a confiança. Muitos possuem uma fé nominal em Cristo, mas nada sabem da vital confiança nEle, a qual se apropria dos méritos de um Salvador crucificado e ressurreto. Dessa fé nominal diz Tiago: “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?” Tiago 2:19 e 20 Mensagens Escolhidas vol 1, p. 389.

Perdão e justificação são uma só e a mesma coisa. Pela fé, o crente passa da posição de rebelde, de filho do pecado e de Satanás, para a posição de súdito leal de Cristo Jesus, não por causa de alguma bondade inerente, mas porque Cristo o recebe como Seu filho, por adoção. O pecador obtém o perdão de seus pecados, porque esses pecados são carregados por seu Substituto e Penhor. O Senhor fala a Seu Pai celestial, dizendo: ‘Este é Meu filho. Eu o absolvo da condenação da morte, dando-lhe minha apólice de seguro de vida, a vida eterna, porque tomei o seu lugar e sofri por seus pecados. Ele é mesmo Meu filho amado. Assim o homem, perdoado e revestido das belas vestes da justiça de Cristo, se encontra irrepreensível diante de Deus.”

“O pecador pode errar, mas ele não é rejeitado sem misericórdia. Sua única esperança, porém, é arrependimento para com Deus e fé no Senhor Jesus Cristo. A prerrogativa do Pai é perdoar nossas transgressões e pecados, porque Cristo tomou sobre Si a nossa culpa e nos absolveu, imputando-nos Sua própria justiça. Seu sacrifício satisfaz plenamente as reivindicações da justiça.”

“Justificação é o contrário de condenação. A infinita misericórdia de Deus é manifestada para os que são completamente indignos. Ele perdoa as transgressões e os pecados por amor de Jesus, o qual Se tornou a propiciação pelos nossos pecados. Pela fé em Cristo, o transgressor culpado é conduzido ao favor de Deus e à forte esperança da vida eterna.” Fé e Obras, 103, 104.

DOMINGO (22 de outubro) AS OBRAS DA LEIEste é o texto para hoje: “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” Romanos 3: 19 e 20.

Qual é a função da lei?

1) Conduzir o pecador à Jesus. Ela serve de aio. Ler Gálatas 3:24
2) Revelar a vontade de Deus à humanidade. A lei é o reflexo do carácter de Deus.
3) Fazer os pecadores sentir a necessidade de um Salvador.
4) Mostrar os nossos pecados "Onde não há lei, também não há transgressão", "pela lei vem o pleno conhecimento do pecado." Rom 3:20
5) Os dez mandamentos estabelecem como devemos relacionar-nos com Deus e com o próximo, mas não podem estabelecer o perdão. O perdão vem de Jesus.
6) É para ser obedecida. “Anulamos , pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.” Rom 3:31.

A lei reflete o carácter de Deus. Todos os que a obedecem, são felizes: “Bem aventurado o varão que...tem o seu prazer na lei do Senhor e na Sua lei medita de dia e de noite.” Salmo 1:1 e 2

E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.” Rom 7:12.

O que significa estar sob a lei? Paulo fala a mesma coisas aos gálatas. É o mesmo que estar sob a sua condenação: “Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.” Gálatas 3:23

A lei expõe e revela nossa incapacidade de atender às exigências divinas, pois ela nos confronta com o padrão de Deus. Ela nos mostra a verdadeira maneira de adorá-lo, estabelece as diretrizes segundo as quais devemos viver e regulamenta nossas relações com nosso próximo. Além disso, a lei é o fundamento que um dia norteará a sentença que receberemos quando nossa vida for julgada por Deus. Pela lei, reconhecemos quem é Deus e como nós devemos ser e nos portar. Mas, existe uma coisa que a lei não pode: ela não consegue nos salvar. Ela nos expõe diante de Deus e mostra que somos pecadores culpados. Essa é sua função. As pessoas que viveram antes de Cristo, estavam debaixo dos rudimentos da lei, Pois se Cristo não tivesse vindo, todos estariam perdidos para sempre. Já não estamos sob a lei neste sentido. Amém?

Alguns judaizantes, que ainda insistiam em ficar debaixo da lei, estavam como que dizendo que o sacrifício de Cristo não era importante. Em palavras simples podemos dizer que hoje, quando alguns, inconscientemente, enaltecem a fidelidade nos dízimos e ofertas, a frequência aos cultos, os seus cargos na igreja relacionados com as suas capacidades pessoais, o ter adotado um regime saudável de vida, acima da comunhão com Jesus, estão como que dizendo que ainda permanecem “debaixo da lei” É a tal tentativa de salvação pelas boas obras. 

As obras da lei são para nos aproximar de Deus e nunca para nos distanciar dele. A palavra grega traduzida por; “guardados” sob a lei, significa literalmente; “protegidos” A lei nunca pode ser comparada à maldição, ao contrário; ela sempre foi uma bênção, como vemos no texto a seguir: “E será que, se ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor teu Deus.” Deuteronômio 28:1-2. Amém?

SEGUNDA-FEIRA (23 de outubro) A JUSTIÇA DE DEUS - O texto bíblico de Rom. 3:21 diz: “Sem lei se manifestou a justiça de Deus, testemunhada pela lei e pelos profetas.”

Este verso está a dizer-nos que a lei não foi abolida. Pois ela mesma deu testemunho. Para testemunhar deve estar vigente. Portanto, vem a pergunta: Se a justiça de Deus veio sem lei, como ela se manifestou?

Seria justo deixar o pecador morrer para sempre; mas Jesus manifestou-Se para fazer justiça, isto é; salvar a humanidade. Esta salvação foi feita à parte da lei. Foi um ato de amor de Deus. A lei não podia resgatar o pecador de sua situação original. Somente o sangue de Jesus e a graça de Deus, puderam resgatar o planeta de seus crimes.

A Bíblia ensina, e nós cremos na salvação pela graça, por meio da fé em Cristo. Efésios 2:8. Romanos 5:1 resume bem o tema de hoje. “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.”

Salmo 11:7 retrata bem o tema de hoje: “Porque o Senhor é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.” Afinal, o que é justiça de Deus? Algumas versões traduzem o texto acima da seguinte forma: “Porque o Senhor é justo e ama a justiça...” mas na linguagem original não aparece a conjunção “e”. O texto literalmente dá a entender que a justiça é parte da própria natureza divina. Deus não é justo e ama a justiça, Ele ama a justiça porque Ele é justo em Sua essência. Não tem outro jeito de ser. A Sua natureza é justa.

Como pode o homem sendo injusto contemplar a face cheia de luz do Deus justo? Seria impossível por ele só. Portanto, se o ser humano quer ser justo, só tem um caminho a seguir,  e Paulo afirma: “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus.” II Cor. 5:21.
Lembre-se que, em Jesus, você não adquire justiça nenhuma, você torna-se justo até o momento em que estiver ligado com Cristo. A partir daquele momento o cristão não querer simplesmente “fazer” justiça, como se fosse um dever a ser cumprido, ama a justiça porque é justo e é justo porque está em Jesus. Por isso, ninguém pode ficar apontando pecados dos outros ou proclamando santidade, pois tudo vem de Deus, pois só Deus é justo. Amém?
A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei; mas é ele incapaz de a apresentar. A única maneira em que pode alcançar a justiça é pela fé. Pela fé pode ele apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem, e Deus recebe, perdoa, justifica a alma arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e ama-a tal qual ama Seu Filho. Assim é que a fé é imputada como justiça; e a alma perdoada avança de graça em graça, de uma luz para luz maior. Pode dizer, alegremente: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente Ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela Sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.” Tito 3:5-7 - Mensagens Escolhidas vol 1, 367.
Deseja viver a justiça de Deus com sabedoria, em qualquer circunstância da vida? Só tem um caminho: Jesus
TERÇA-FEIRA (24 de outubro) POR SUA GRAÇA - Na lição de ontem vimos que a justificação é mediante a fé. Rom. 5:1. A lição de hoje realça que a salvação é pela graça. “Sendo justificados gratuitamente, pela graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” Rom. 3:24

Este verso traz uma aparente redundância, mas trata-se de uma ênfase. Para que ninguém tivesse dúvidas, Deus disse que somos justificados gratuitamente pela graça. Deus quis mostrar que só Ele pode outorgar a salvação. Tudo aquilo que o homem venha fazer com seus méritos fica maculado pelo egoísmo e obras da carne.

Gratuitamente e por Sua graça, são sinônimos e servem de ênfase para o carácter de desmerecimento humano: nenhum pecador merece o dom de Deus, isto é, Deus não é constrangido a nos justificar por algum ato meritório de nossa parte. Nosso mérito, se há algum, consiste em sentir nossa extrema necessidade de Deus e de Sua salvação. Nada em nós, ou praticado por nós, pode recomendar-nos à Deus. O dom é exclusividade, iniciativa e total realização Deus. Amém?

Graça é a fonte da justiça de Deus como dom; justificação é o resultado da graça na vida. A declaração de alguém ser justo é um ato de Deus, que Ele faz porque Jesus morreu por nós. Somos convidados a aceitarmos este dom.

Hoje alguns Adventistas do 7º Dia, e quero crer que são poucos, por termos a prerrogativa de obedecer os 10 mandamentos da lei de Deus, incluindo o sábado; alguns instintivamente passam a falsa ideia de que a salvação é através da guarda dos mandamentos.

É certo que o crente salvo deseja ardentemente guardar a Palavra de Deus em todos os seus detalhes; mas a forma como alguns pregam, deixam a ideia de legalismo. É comum ao conversarmos com pessoas de outras confissões religiosas ouvirmos delas: “Vocês pregam que o sábado e a lei salvam”. Não! Os Adventistas ensinam que a salvação é pela fé e pela graça, e isso tem que ficar bem claro! Foi a obediência perfeita de Cristo e Sua fidelidade à Deus e por nós, que possibilita a nossa salvação. As nossas obras são imperfeitas e maculadas pela nódoa do pecado inerente em nós pela nossa natureza pecaminosa.

Somos pecadores por natureza. O amor infinito de Jesus, contemplando nossa absoluta miséria, levou-O a revestir-Se da humanidade e viver uma existência imaculada. Segundo os requisitos da justiça divina, Cristo tem o direito universal de nos atribuir os valores e merecimentos de Sua vida santa.

"Conquanto tenhamos de estar em harmonia com a lei de Deus, não somos salvos pelas obras da lei; contudo, não podemos ser salvos sem obediência. A lei é a norma pela qual é avaliada o caráter. Mas não podemos absolutamente guardar os mandamentos de Deus sem a graça regeneradora de Cristo. Só Jesus pode purificar-nos de todo pecado. Ele não nos salva pela lei, nem nos salvará na desobediência à lei.” Fé e Obras, 96

QUARTA-FEIRA (25 de outubro) A JUSTIÇA DE CRISTO - Este é o texto para hoje: “Deu propôs para propiciação, pela fé no Seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, soba paciência de Deus.” Rom. 3:25

A propiciação foi o sacrifício de Jesus na cruz em nosso favor. Manifestar a justiça de Jesus significa que foi pública, para todo o universo presenciar o ato de amor de Deus. Assim, a tolerância de Deus e Seu passar por alto até que Jesus veio em carne, os pecados anteriormente cometidos, exigiram dEle a demonstração de Sua justiça inerente. Isso Ele fez entregando Seu Filho para ser morto na cruz. A cruz, portanto, evidencia tanto Seu amor pelo pecador como Seu ódio contra o pecado.

A nossa justiça é como trapo de imundície. Ver Isaías 64:6. A justiça de Cristo é pura. Porque Ele é puro. Ver Apoc 7:14. Em Jeremias 23:6 menciona que o Senhor é a própria justiça. Que tem o Senhor na vida, vive de forma justa. E Paulo manifesta que a justiça de Deus está disponível à toda a humanidade nos seguintes versos: “Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé. Romanos 3: 26 e 27

“O carácter de Cristo toma o lugar do teu carácter, e tu és aceite perante Deus exatamente como se nunca tivesses pecado.” A os Pés de Cristo, 72. Amém?

Somente as vestes que Cristo proveu, podem habilitar-nos a aparecer na presença de Deus. Estas vestes de Sua própria justiça, Cristo dará a todos os que se arrependerem e crerem. “Aconselho-te”, diz Ele, “que de Mim compres... vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez.” Apoc 3:18. Este vestido fiado nos teares do Céu não tem um fio de origem humana. Em Sua humanidade, Cristo formou caráter perfeito, e oferece-nos esse caráter. “Todas as nossas justiças” são “como trapo da imundícia.” Isaías 64:6. Tudo que podemos fazer de nós mesmos está contaminado pelo pecado. Mas o Filho de Deus “Se manifestou para tirar os nossos pecados; e nEle não há pecado” I João 3:5. O pecado é definido como “o quebrantamento da lei”. I João 3:4. Mas Cristo foi obediente a todos os reclamos da lei.” A Fé Pela Qual eu Vivo, 109

Temos de aprender na escola de Cristo. Coisa alguma senão a Sua justiça pode dar-nos direito a uma única das bênçãos do concerto da graça. Por muito tempo desejamos e procuramos obter essas bênçãos, mas não as recebemos porque temos acariciado a idéia de que poderíamos fazer alguma coisa para nos tornar dignos delas. Não temos olhado para fora de nós mesmos, crendo que Jesus é um Salvador vivo. Não devemos pensar que nossa própria graça e méritos nos salvem; a graça de Cristo é nossa única esperança de salvação. Por meio de Seu profeta promete o Senhor: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Isa. 55:7. Temos de crer na clara promessa, e não aceitar os sentimentos em lugar da fé. Quando confiarmos plenamente em Deus, quando nos apoiarmos nos méritos de Jesus como Salvador que perdoa os pecados, receberemos todo o auxílio que possamos desejar. Olhamos para nós mesmos, como se tivéssemos poder para nos salvar; mas Jesus morreu por nós porque somos incapazes de isso fazer. NEle está nossa esperança, nossa justificação, nossa justiça.” Mens. Escol Vol 1, 350-354

QUINTA-FEIRA (26 de outubro) SEM AS OBRAS DA LEI - Este é o verso para hoje: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obra da lei.” Rom 3:28

Já que somos justificados pela fé sem as obras da lei, podemos transgredi-la à vontade? A própria lição vai bem ao ponto, explicando que a obediência à lei não é descartada pelo plano de salvação. Se assim fosse, seria inevitável a conclusão de que justificação pela fé é licença para pecar, pois o pecado é a transgressão da lei. Ver I João 3:4.

Seria o mesmo que um juiz, ao inocentar o réu num tribunal, estivesse a dizer-lhe: Bem, você agora está livre para sair daqui e roubar e matar quanto quiser. Se isto acontecesse, seria o juiz e não o réu que mereceria ir para a cadeia!

Em Rom. 6:1 amplia este ponto: “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?.” Era como se Paulo estivesse a dizer: Transgrediremos a lei? Claro que não.

A confusão toda que se trava em torno da lei e graça está, na cabecinha de alguns crentes que, por não guardarem o sábado, dizem que a lei foi abolida. Este é um dos maiores absurdos que tenho ouvido e lido. Se a lei foi abolida, todos podem mentir, que não estarão a transgredir o 9º mandamento. “Quem tropeça em um só ponto se torna culpado de todos” Tiago 2:10

Mas que confusão muitas igrejas inventaram! Estamos debaixo da graça sim, mas não estamos isentos de guardar a lei. “Anulamos pois a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.” Rom 3:31

Bem entendidos, portanto! Guardar a lei como prova de obediência e de que estamos salvos e não como meio de sermos salvos como faziam alguns judeus.

Jesus disse: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.” João 14.15

“Se guardardes os Meus mandamentos , permanecereis no Meu amor, do mesmo modo que tenho guardado os mandamentos do Meu Pai, e permaneço no Seu amor.” João 15:10.

A justificação, o ser tornado justo e o ser perdoado, não é pela lei. Escreveu Paulo em Romanos 3:28: "Concluímos que o homem é justificado pela fé..." Mas exige de nós obediência à essa lei como sinal da salvação.

SEXTA-FEIRA (27 de outubro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 4 (4º trimestre 2017) JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ - A salvação acontece através da fé ou pela fé mais as obras? Sou salvo apenas por crer em Jesus ou tenho que crer em Jesus e fazer certas coisas?

A questão da fé somente, ou fé mais as obras, torna-se de difícil compreensão por causa de algumas passagens bíblicas de difícil relação. Compare Romanos 3:28, 5:1 e Gálatas 3:24 com Tiago 2:24. Há quem veja uma diferença entre Paulo, que prega a salvação somente pela fé e Tiago, que prega a salvação pela fé mais as obras. Na verdade, Paulo e Tiago, de maneira alguma, discordam entre si. O único ponto de discordância que alguns afirmam existir é a respeito da relação entre fé e obras.

Tiago está negando a crença de que a pessoa possa ter fé sem produzir quaisquer boas obras. Ver Tiago 2:17-18 . Tiago está enfatizando o argumento de que a fé genuína em Cristo produzirá uma vida transformada e boas obras. Ver Tiago 2:20-26. Tiago não está dizendo que a justificação se dá pela fé mais as obras, mas, ao invés disso, diz que a pessoa que é verdadeiramente justificada pela fé produzirá boas obras em sua vida. Se uma pessoa afirma ser crente, mas não produz boas obras em sua vida, então provavelmente não tem fé genuína em Cristo. Ver Tiago 2:14, 17, 20, 26 .

De nós mesmos não podemos produzir nada que seja bom. Só Cristo é que pode fazer isso por nós, e quando vamos a Ele, acontece a salvação que é pela graça e fé: “Aqueles que se tornarem novas criaturas em Jesus Cristo produzirão os frutos do Espírito: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”.Gálatas 5: 22 e 23. Não mais se comportarão de acordo com as antigas paixões, mas, pela fé no Filho de Deus, seguirão os Seus passos, refletirão o Seu caráter e se tornarão puros assim como Ele é puro. As coisas que antes detestavam, agora amam; as coisas que antes amavam, agora aborrecem. O orgulhoso e arrogante torna-se manso e dócil. O vaidoso e altivo torna-se humilde e modesto. O alcoólatra deixa a bebida; o viciado torna-se puro. As modas e os costumes mundanos são postos de lado. O cristão não buscará o “adorno exterior”, mas o “homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo”. I Pedro 3:3 e 4” Caminho a Cristo, 37.

Enquanto uma classe de pessoas deturpa a doutrina da justificação pela fé e deixa de concordar com as condições estabelecidas na Palavra de Deus: "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos" (João 14:15), há um erro tão grande como este da parte dos que pretendem crer nos mandamentos de Deus e obedecer-lhes mas se colocam em oposição aos preciosos raios de luz, novos para eles, refletidos da cruz do Calvário. A primeira classe não vê as maravilhosas coisas na lei de Deus para todos os que são praticantes de Sua Palavra. Os outros entretêm-se com as insignificâncias e negligenciam as questões mais importantes, a misericórdia e o amor de Deus.” Fé e Obras, 15 .


Luís Fonseca

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