sexta-feira, 8 de abril de 2011

RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 – UM TRAJE DE INOCÊNCIA



OBJETIVOS DESTA LIÇÃO: Compararmos as vestes originais de glória dadas a Adão e Eva com as vestes de folhas de figueira confeccionadas por eles. Sentirmos a necessidade de viver vestidos com o manto da justiça de Jesus diariamente.

VERSO ÁUREO:  “E criou Deus o homem à Sua imagem: à imagem de Deus o criou, macho e fêmea os criou.” Gênesis 1:27


O ser humano foi o único a ser criado à imagem de Deus no aspecto físico, mental e espiritual. E isto torna o homem superior a todas as outras criaturas de Deus. Os seres humanos começaram no topo da cadeia alimentar terrestre. Estão acima de todos. A evolução ensina o contrário, que os seres humanos começaram no nível mais baixo, e que depois evoluíram. Mas a Palavra ensina que os seres humanos começaram no topo; mas que devido ao pecado iniciaram uma descida.

Quando Adão e Eva foram criados, estavam revestidos da glória de Deus. Após o pecado começou um declínio físico e espiritual, e o remédio foi apontado por Deus que constituiu em matarem um cordeiro para fazerem vestes para si. O ato de sacrificar apontava para Jesus que morreria em favor da humanidade.

“O Senhor Jesus Cristo preparou uma cobertura, o manto da Sua própria justiça, o qual Ele colocará sobre cada alma arrependida e crente que o aceite pela fé. Então, quando o Senhor contempla o pecador crente, vê, não as folhas de figueira a cobri-lo, mas o Seu próprio manto de justiça.” Advent Review and Sabbath Herald, 15/11/1898


DOMINGO – OS PRIMEIROS DIASComo era o jardim do Éden? Era como receber um carro novo com aquele cheirinho de fábrica. Ou como estrear uma casa ou apartamento recém construído!

Adão e Eva foram colocados em um ambiente que ultrapassa a nossa imaginação e sentidos. Tudo era perfeito! Desfrutavam do amor de Deus e do amor de um para com o outro. As flores perfumadas, as altaneiras árvores, as aves e animais, amigos leais, a fazerem companhia.
Além deste aspecto, eles mantinham comunhão direta com Deus, um privilégio que agora não temos. Agora Deus comunica-Se conosco, além da natureza, através  da Bíblia; e nós com Ele, através da oração. O pecado atrapalhou esta comunicação pessoal, mas Jesus veio restabelecer os laços quebrados, e foi aberto um lindo caminho para vivermos em íntima comunhão com Deus.

Ellen White faz uma linda descrição de como era a terra ao sair das mãos de Deus: “Quando a Terra saiu das mãos de seu Criador, era extraordinariamente bela. Variada era a sua superfície, contendo montanhas, colinas e planícies, entrecortadas por majestosos rios e formosos lagos; as colinas e montanhas, entretanto, não eram abruptas e escabrosas, tendo em grande quantidade tremendos despenhadeiros e medonhos abismos como hoje elas são; as arestas agudas e ásperas do pétreo arcabouço da terra estavam sepultadas por sob o solo fértil, que por toda parte produzia um pujante crescimento de vegetação. Não havia asquerosos pântanos nem áridos desertos. Graciosos arbustos e delicadas flores saudavam a vista aonde quer que esta se volvesse. As elevações estavam coroadas de árvores mais majestosas do que qualquer que hoje exista. O ar, incontaminado por miasmas perniciosos, era puro e saudável. A paisagem toda sobrepujava em beleza os terrenos ornamentados do mais soberbo palácio. A hoste angélica olhava este cenário com deleite, e regozijava-se com as obras maravilhosas de Deus.” Pat. Prof. 44



Como eram as vestes de Adão e Eva?

“A veste branca de inocência foi  pelos nossos primeiros pais, quando foram postos por Deus no santo Éden... o homem nada pode inventar para suprir as perdidas vestes de inocência... Somente as vestes que o próprio Cristo proveu podem habilitar-nos a comparecer na presença de Deus. Estas vestes o manto da Sua própria justiça, Cristo dará a toda a alma arrependida e crente...Este vestido fiado nos teares do céu do céu não tem um fio de origem humana. Na Sua humanidade, Cristo formou um caráter perfeito, e oferece-nos esse caráter.” M.M 1977, 76

SEGUNDA-FEIRA – NUS, MAS NÃO ENVERGONHADOSHoje a nudez está relacionada com a sexualidade desvirtuada. Mesmo a primeira mensagem que as crianças recebem dos pais é que sexo é pecado, sendo que não é bem assim, pois o sexo dentro daquilo que é lícito e permitido por Deus torna-se em uma bênção não só para o casal, mas para a família e comunidade


Como era a vida de Adão e Eva no paraíso? Eram pessoas que não sabiam o que era a dor, nem sofrimento, nem desilusão, nem traição, nem morte, nem perda e nem sentimento de vergonha, inclusive a vergonha sexual.

Em Genesis 2:20-25 encontramos a relação de intimidade que havia entre o casal:  “E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea. Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.” Gen. 2:20-25.

Veja esta citação de Patriarcas e Profetas, 22. “Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de vestes artificiais, estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como a usam os anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, esta veste de luz continuou a envolvê-los.”


Esta luz refletia mais na parte espiritual do que na física, pois a bíblia menciona que mesmo com a luz, sentiam-se nus. O fato é que no ambiente santo do Éden eles não sentiam vergonha. Havia inocência entre eles, o que permitia viverem sem sentir vergonha sexual um do outro. Este ponto leva-me a concluir que uma vida com ausência do pecado torna-nos inocentes, e vivemos em plena paz. Quando o pecado se faz presente na nossa vida, o medo das consequências do pecado, ou a própria ação do pecado na nossa vida faz-nos sentir vergonha e medo.

Devemos  tirar nossa justiça própria e revestir-nos da justiça de Jesus para vivermos em paz com Deus e com as pessoas.  Vejam estes versos:

“E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.” João 21:2


“E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” Apoc. 7:13 e 14.


TERÇA-FEIRA – O TESTE E A QUEDAQual foi o teste que Deus fez com Adão e Eva?  “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”


O teste era simples ou complicado?  Na minha opinião era simples, mas quando se trata da atuação do pecado, fica complicado ser tão simplista na resposta, pois implica em aceitar a presença do inimigo atuando de forma violenta para tolher a liberdade de escolha conferida por Deus. Vemos no seguinte texto a primeira secção espírita que teve lugar no universo para conduzir Eva ao pecado. O diabo se transformou em uma linda serpente que falava de forma melodiosa e suave:  “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.” Gen. 3:1-4.


O teste envolvia a liberdade de escolha que Deus deu aos Seus filhos. Uma das coisas mais lindas que Deus Deus deu ao homem é a faculdade do livre arbítrio.

Para obedecer é preciso ter liberdade moral. Os estudantes da Bíblia estão familiarizados com o registro de que no princípio Deus criou os céus e a Terra. Ele não dependia de matéria nem de condições preexistentes. Ele fez tudo existir por Sua palavra, que é a expressão da Sua mente (João 1:1-3). Às Suas criaturas inteligentes, concedeu os atributos da individualidade e da liberdade pessoal de escolha. Mas a escolha, por sua própria natureza, envolve a opção de escolher entre o que é certo e o que é errado. Por esse motivo, desde o princípio havia a possibilidade do mal.

Nossos pais, Adão e Eva, se desviaram do caminho. Deus os havia criado com a possibilidade de escolher entre confiar nEle e obedecer ao que Ele dissesse, ou experimentar o outro caminho: o do desrespeito e da desobediência. Eles não estavam predestinados ou programados para escolher só o caminho certo. Não teria sido justo. Possuíam livre-arbítrio para tomar suas próprias decisões. E exerceram essa liberdade sem perceber todas as consequências que viriam depois.


O mal nem sempre aparece em algo ou alguém declarado e de forma fácil de ser detectado. Há pessoas do convívio normal de seus amigos e parentes, que de repente, se manifestam serem assassinas em série ou coisa parecida. O diabo procura se manifestar de forma disfarçada e gradual para desviar os filhos de Deus do caminho da salvação.


QUARTA-FEIRA – UM NOVO CONJUNTO DE ROUPAS –Logo após a queda, nossos pais sentiram vergonha um do outro, pois a glória de Deus foi-lhes retirada. Como já vimos, o seguinte texto mostra que a glória de Deus foi retirada com o pecado: “Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de vestes artificiais, estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como a usam os anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, esta veste de luz continuou a envolvê-los.” P. P. 22


Qual foi a reação de Adão e Eva após o pecado?  “E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?” Gen. 3:6-11


As folhas de figueira (Gên.3:7), representam a patética tentativa humana de corrigir os efeitos do pecado e melhorar a nossa condição moral (Isa.64:6; Rom.10:3). Mas não há salvação em nenhum outro método, senão naquele provido pelo Criador. Tentativas de solução baseadas em esforços humanos, não passam de “folhas de figueira”. Guardar a lei, dar ofertas ou dízimos e fazer obras de caridade, com intenção da ser salvo, é querer ser salvo através de esforços humanos. Isto são folhas de figueira.


Em Gênesis 3:15 é o anúncio da solução do problema do pecado. Ali está o primeiro lampejo do evangelho, que progressivamente passaria a brilhar mais e mais intensamente, até a sua plena revelação no Calvário. Este texto transmite uma sentença sobre o inimigo e, ao mesmo tempo, revela a promessa de salvação para a raça humana.

A figura de Satanás por trás da serpente seria, finalmente, desmascarada no Novo Testamento (Rom.16:20; Apoc.12:9; 20:2), a qual deveria ser destruída pelo Descendente da mulher. Na cruz, a antiga serpente, “chamada o diabo, e Satanás, a qual engana todo o mundo” (Apoc.12:9), seria totalmente derrotada, julgada e condenada.

QUINTA-FEIRA – PELE DE ANIMAL – Vimos ontem a reação de Adão e Eva aos pecados que cometeram, coseram folhas de figueira; hoje vamos ver a reação de Deus. As providências de Deus sempre são as melhores e mais duradouras. As folhas de figueira duraravam, talvez, uns dois dias, e precisavam ser refeitas.


Qual foi a providência divina?  “E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.” Gen. 3.21


Esta realidade ensina-nos grandes lições de vida: Assim como as folhas de figueira eram inadequadas para cobrir nossos pais, assim também nossos esforços para obedecer a lei são inadequados. Os judeus bem que tentaram guardar a lei, sem Jesus, mas não conseguiram. As folhas de figueira eram mais baratas e exigia pouco esforço para serem cosidas do que matar animais, assim também as nossas obras seriam mais baratas para a salvação, mas Deus proveu o meio mais caro da salvação – sangue.


A grande controvérsia entre Lúcifer e Cristo, iniciada no Céu, encontrou sua definitiva resolução na cruz. Ali, o grande enganador em seu verdadeiro caráter foi plenamente exposto perante todo o Universo. É apenas quando vemos Satanás à luz da revelação da cruz, que realmente podemos vê-lo como ele realmente é. As boas-novas são que os cristãos não estão lutando por vitória. A vitória já foi alcançada! A nós cumpre apenas aceitá-la em nossa vida.


Pelo que tudo indica foi o próprio Deus que serviu-Se de matar os animais e vestir nossos pais. Este ato de Deus revela o que seria consumado com a morte de Jesus na cruz. Deus sempre toma a iniciativa para salvar o ser humano.

No texto abaixo encontramos este texto que menciona o primeiro sacrifício que eles fizeram: “Para Adão, a oferta do primeiro sacrifício foi uma cerimônia dolorosíssima. Sua mão deveria erguer-se para tirar a vida, a qual unicamente Deus podia dar. Foi a primeira vez que testemunhava a morte, e sabia que se ele tivesse sido obediente a Deus não teria havido morte de homem ou animal. Ao matar a inocente vítima, tremeu com o pensamento de que seu pecado deveria derramar o sangue do imaculado Cordeiro de Deus.” Patriarcas e Profetas, pág. 68.

O seguinte texto mostra a tristeza que sentiram Adão e Eva quando foram informados da vinda de Jesus: “Os anjos de Deus foram comissionados a visitar o decaído par e informá-los de que, embora não pudessem mais reter a posse de seu estado santo, seu lar edênico, por causa da transgressão da lei de Deus, seu caso não era, contudo, sem esperança. Foram então informados de que o Filho de Deus, que conversara com eles no Éden, fora tocado de piedade ao contemplar sua desesperada condição, e que voluntariamente tomara sobre Si a punição devida a eles, e morreria para que o homem pudesse viver, mediante a fé na expiação que Cristo propôs fazer por ele. Mediante Cristo, a porta da esperança estava aberta, para que o homem, não obstante seu grande pecado, não ficasse sob o absoluto controle de Satanás. A fé nos méritos do Filho de Deus elevaria o homem de tal maneira que ele poderia resistir aos enganos de Satanás. Um período de graça ser-lhe-ia concedido pelo qual, mediante uma vida de arrependimento e fé na expiação do Filho de Deus, ele pudesse ser redimido de sua transgressão da lei do Pai, e assim ser elevado a uma posição em que seus esforços para guardar Sua lei fossem aceitos. Os anjos relataram-lhes a tristeza que sentiram no Céu, quando foi anunciado que eles tinham transgredido a lei de Deus, o que tornou necessário que Cristo fizesse o grande sacrifício de Sua própria preciosa vida.” Hist. Redenção 46  e 47


Deus está sempre pronto para salvar o pecador arrependido dos seus pecados. Ele sempre toma a iniciativa, e não deixa o homem sozinho a debater-se em suas lutas.


Qual é a sua decisão?

Havia um grande muro separando dois grandes grupos. De um lado do muro estavam Deus, os anjos e os servos leais a Deus. Do outro lado do muro estavam Satanás, seus demônios e todos os humanos que não servem a Deus. E em cima de muro havia um jovem indeciso, que havia sido criado num lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ou se deveria aproveitar um pouco os prazeres do mundo.
O jovem indeciso observou que o grupo do lado de Deus chamava e gritava sem parar para ele: – Ei, desce do muro agora… Vem para cá!
Já o grupo de Satanás não gritava e nem dizia nada. Essa situação continuou por um tempo, até que o jovem indeciso resolveu perguntar a Satanás: – O grupo do lado de Deus fica o tempo todo me chamando para descer e ficar do lado deles. Por que você e seu grupo não me chamam e nem dizem nada para me convencer a descer para o lado de vocês? Grande foi a surpresa do jovem quando Satanás respondeu: – É porque o muro é meu.

Não existe meio termo. O muro tem dono.


Que Deus nos abençoe.


Luís Carlos Fonseca



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