segunda-feira, 20 de outubro de 2014

As "surpresas de Deus"

As "surpresas de Deus"

Veja as palavras do Papa Francisco como estão corretas; em relação à interpretação do ministério de Jesus, do fanatismo dos fariseus, e de sua mensagem, enquadrada especialmente no “fim dos tempos”. 

Até parece um membro da igreja Adventista do 7º Dia falando da volta de Jesus e defendendo a necessidade que todos, os legítimos filhos de Deus, têm em obedecer os 10 mandamentos da lei de Deus.


Disse o Papa Francisco durante o sermão da manhã 14 de outubro deste ano, na capela da Casa Santa Marta: “As "surpresas de Deus" são fruto dos "sinais dos tempos" e surgem da verdadeira escuta a Jesus, ao contrário da rigidez dos doutores da lei, definidos como "geração malvada". Os doutores "não entendiam os sinais dos tempos", em primeiro lugar, porque "estavam fechados em seu sistema", e tinham feito de sua lei "uma obra-prima." Cada um deles sabia "o que se podia ou não ser feito, até onde ir. Estava tudo arrumado. E eles se sentiam seguros. Para os fariseus, o que Jesus fazia; "andar com os pecadores, comer com os publicanos", eram "coisas estranhas" que colocava "a doutrina em perigo", que havia sido construída "ao longo dos séculos.". Feita a doutrina, eles "esqueceram a história" e "se esqueceram de que Deus é o Deus da lei, mas é o Deus das surpresas", as mesmas surpresas que tinha reservado para o seu povo, por exemplo, libertando-o da "escravidão do Egito". Deus é o "Deus das surpresas", porque "é sempre novo; nunca renega a Si mesmo, nunca diz que o que havia dito estava errado, nunca, mas nos surpreende sempre". Por um lado, os mestres da lei reivindicavam de Jesus um "sinal", por outro, "não entendiam os muitos sinais que Jesus dava e que indicavam que o tempo estava maduro". Ao mesmo tempo, "esqueceram que eles eram um povo em caminho", destinado a encontrar sempre "coisas novas". Este caminho não é "absoluto em si mesmo", mas é o caminho rumo "à manifestação definitiva do Senhor", rumo "à plenitude de Jesus Cristo, quando virá pela segunda vez." Esta geração procura um "sinal", mas o sinal não é "sinal de Jonas", mas sim o "sinal da Ressurreição, da Glória, da escatologia rumo à qual caminhamos". Eles não entenderam a declaração de Jesus quando afirmou ser "o Filho de Deus", e então "rasgaram as suas vestes", dizendo que "era uma blasfêmia". Os doutores da lei não entenderam que a mesma lei "que eles guardavam e amavam" conduzia justamente à Jesus Cristo.” Atualizando o conceito, o Papa Francisco perguntou: "Eu sou apegado às minhas coisas, às minhas ideias, fechado? Ou estou aberto às surpresas de Deus? Eu sou uma pessoa estática ou uma pessoa que caminha? Eu acredito em Jesus Cristo; no que Ele fez: morreu, ressuscitou e acabou a história; Eu acredito que o caminho prossiga rumo à maturidade, rumo à manifestação da glória do Senhor? Eu sou capaz de entender os sinais dos tempos e ser fiel à voz do Senhor que se manifesta neles?" Veja o apelo final que o Papa fez em relação lei de Deus: “Peçamos ao Senhor: um coração que ame a lei, porque a lei é de Deus; mas que ame também as surpresas de Deus e que saiba que esta lei santa não é um fim em si mesma."

Quais são as reais surpresas de Deus? São aquelas quando Deus coloca-nos em situações que não esperávamos. Deus nos surpreende de forma negativa e positiva. A negativa tem a ver com doenças, desemprego, angústias e problemas da vida; Deus permite essas coisas para o crescimento espiritual dos Seus filhos. As surpresas positivas são aquelas quando vemos as mãos de Deus nos livrando de um acidente, concedendo-nos um emprego motivador, um relacionamento amoroso abençoado por Deus, a promoção profissional e sucesso de um filho, etc…

De que surpresas o Papa Francisco está falando? Quando ele disse que a “lei santa não é um fim em si mesma” não estava dizendo aquilo que o apóstolo Paulo disse; “que a lei conduz à Cristo”, mas queria dizer que Deus e Sua lei “não tem autoridade absoluta”. Logo, a surpresa que ele prega está relacionada com a lei de Deus. Caso o Papa Francisco referisse à “legítima lei de Deus”, ele estaria correto. Mas ele não se refere à lei de Deus, e sim a lei do Catecismo Católico Romano. Veja a comparação entre a lei de Deus e dos homens no quadro:


O que o papa está querendo dizer é que a igreja Católica Apostólica Romana, em cumprimento da profecia bíblica, vai surpreender o mundo com a obrigação de todos santificarem o “domingo” do homem, e desprezarem o “sábado” de Deus. Ele está como que preparando o terreno para que quando isso acontecer, o mundo possa aceitar facilmente a “surpresa que pensam vir de Deus”, pois a maioria dos cristãos guarda o domingo, pensando que vem de Deus. Quando um grupo de fiéis, aos mandamentos de Deus, se recusarem aceitar o domingo, por força da lei mundial, serão discriminados e taxados como fanáticos, fundamentalistas e que oferecem perigo à sociedade, e serão perseguidos. Veja o texto: “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.” Apocalipse 12:17. 

O quarto mandamento da lei de Deus será o motivo para tal discriminação e perseguição. A tal surpresa será discriminar, perseguir, prender e até matar alguns, em nome de Deus. Quando aqueles que resolverem ser fiéis a Deus e santificar o sábado e não o domingo, serão tratados como criminosos. Essa será a surpresa! Ficou surpreso?

Deixo um apelo à todos os que já procuram, com a graça de Deus, obedecer os 10 mandamentos da lei de Deus, incluindo o santo sábado, para que permaneçam fiéis; deixo o apelo também à todos, os que são sinceros e desejam obedecer a Deus, que tomem uma decisão do lado da Verdade. Veja o que os apóstolos disseram aos líderes Romanos: “Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” Atos 5:29


Luís Fonseca

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