Da Ficção para a Realidade – Sobre a Morte

Da Ficção para a Realidade – Sobre a Morte

Todos nós temos curiosidades para saber o que acontece depois da morte. Como fomos criados para viver e não morrer, ficamos alarmados quando alguém muito próximo de nós falece e temos que acompanhar todos os detalhes de um funeral. Não é mesmo?

O Jornal de Notícias(DN) publicou o seguinte tema: “O menino que afinal não foi ao céu: a história de uma mentira que é um "bestseller". Alex Malarkey que disse ter ido ao céu e voltado e, com seu pai, escreveu o seu livro, admitiu ter inventado essa história toda. Ele divulgou através de uma carta a sua invenção e mentira.

Os túmulos dos faraós é um exemplo de que as pessoas desejam viver para sempre. E desejar viver para sempre não é mal, pois fomos criados para a imortalidade. Os seus túmulos foram elaborados, desde o início da I Dinastia, de 2920 à 2770 a.C. Eram formados por câmaras funerárias subterrâneas sobrepostas por grandes estruturas retangulares e recheadas de muito ouro. A ideia era para que na outra vida eles vivessem com muito luxo, requinte e riquezas.

A ficção tem procurado tomar o lugar da realidade em vários reinos e em todas as épocas. Conta-se que Sísifo, na mitologia grega, filho do rei Éolo e Enarete, era considerado o mais astuto de todos os mortais. Tendo presenciado o rapto de Egina, filha de Asopo, o deus rio, denunciou Zeus, o deus dos deuses, ao pai da moça, em troca de uma fonte na sua cidade. Furioso com tal insolência, Zeus ordenou a Tânatos que o matasse. Sísifo, no entanto, armou uma cilada e conseguiu aprisionar o deus da morte, provocando desse modo um desequilíbrio no inferno.

Na Idade Média a ficção, outra vez, tomou o lugar da realidade que através de Dante, trouxe para o seio do Cristianismo a mentira sobre a morte. Dante Alighieri, que viveu entre os anos 1265 a 1321 foi um escritor, poeta e político italiano. É considerado o primeiro e maior poeta da língua italiana, definido como; "il sommo poeta"  "o sumo poeta". Inventou coisas terríveis sobre a morte. Dante escreveu uma obra intitulada: “A Divina Comédia” dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Seus ensinos estavam baseados na filosofia pagã de Platão e Virgílio, que acabaram por influenciar o catolicismo e a igreja cristã, sobre a ideia de um inferno a arder eternamente, de um céu e purgatório imediatamente após a morte da pessoa.

Mais recentemente o Dr. Azzacove ou Azzacov, cientista conhecido apenas pelo enorme buraco que teria cavado no chão da Sibéria, ficou surpreso com a descoberta. Segundo o relato desse homem, aos 14.000 metros de profundidade a temperatura encontrada foi de 1.093 graus Celsius. Apesar de tanto calor os cientistas conseguiram introduzir através da sonda, um microfone e ficaram pasmos com o que escutaram: Vozes de pessoas a pedirem socorro, misericórdia e água. Mas almas sentem sede? Onde estão essas gravações? São encontradas no Youtube?

O que Bíblia Sagrada menciona sobre morte? Jesus Cristo é o único que tem autoridade para falar sobre a morte, pois Ele morreu e ressuscitou: Ele disse:“...Fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e da sepultura.” Apoc. 1:18. Muitos artigos, revistas e livros foram e são escritos para defender o ponto de vista de quem os escreve, como vimos nos exemplos acima: A Bíblia, porém, é a única fonte fiável; portanto, beber em outras fontes que não seja a Bíblia é perigoso para a sua alma.

O que a Bíblia fala sobre céu, inferno e purgatório? Sabemos que existe um lugar maravilhoso onde Deus e os Seus anjos vivem; e nós o chamamos de céu, e que os salvos vão viver nesse paraíso. A Bíblia também ensina que existirá a recompensa para todos as pessoas; e a recompensa dos perdidos será a destruição através do fogo. Mas a Palavra de Deus não fala absolutamente nada sobre a existência do purgatório.

Os salvos não vão para o céu logo após a morte. Veja este texto esclarecedor: “Homens irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura... Porque Davi não subiu aos céus. ” Atos 2:29 e 34. Os filhos de Deus na época de Davi, dos apóstolos, e em todas as épocas acreditavam e acreditam que a pessoa que morreu, e foi salva, não vai para o céu logo após a morte. É assim que a bíblia ensina. A Bíblia fala da ressurreição. Veja esta declaração de Cristo: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá.” S. João 11:25. A recompensa dos salvos será dada somente no momento da segunda volta de Jesus. Segue o texto esclarecedor: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” I Tessalonicenses 4:16-17.

A Bíblia também é clara e harmoniosa quando diz da existência da ressurreição e do estado inconsciente durante a morte. Leia estes versos, entre muitos outros textos, sobre  a inconsciência na morte: “Sai-lhes o espírito(fôlego), e eles tornam para a sua terra, naquele mesmo dia perecem todos os seus pensamentos.” Salmo 146:4

“Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio.” Salmo 115:17

“Porque na morte não há lembrança de Ti; no sepulcro quem Te louvará? Salmo 6:5.

Quanto a existência de um inferno a arder eternamente, imediatamente depois da morte ou em outro momento, sinto decepcionar você que acredita dessa maneira! A Bíblia também é muito clara em mostrar o carácter de Deus com justiça e misericórdia. Por que tanta confusão em torno do inferno? No Velho Testamento, apenas em um determinado período, havia um lugar onde se deitava lixo, animais mortos e até restos mortais de algumas pessoas. Tornou-se uma espécie de lixão de Jerusalém. Havia um fogo a arder dia e noite para queimar os detritos e vermes dos cadáveres de animais e pessoas que ali eram depositados. Ver sobre o Vale de Hinom em Jer. 7:31-34 e Isa 14:9-11. Daí os intérpretes bíblicos torceram os textos originais para defender um fogo a arder eternamente.

Como explicar as expressões Bíblicas: “Fogo eterno  e para sempre”?  A palavra “eterno” na língua original é “aion” que significa eterno enquanto dura. Ver os seguintes exemplos: Êxodo 21:6 - O escravo deveria servir o seu senhor para sempre. Enquanto vivesse.

I Samuel 1.22, 28-  Samuel deveria servir ao Senhor Deus para sempre. Enquanto vivesse.

Jonas 2:6 – Diz que Jonas esteve na barriga do peixe para sempre. Enquanto esteve lá.

Um outro exemplo, que não deixa nenhumas dúvidas, menciona a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra que não estão ardendo até hoje, ao contrário; transformaram-se em cinzas. Veja os textos: “Assim como Sodoma, e Gomorra , e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se corrompido como aqueles e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.” S. Judas v. 7

“E ordenou à subversão as cidade de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza e pondo-as como exemplo para aos que vivem impiamente.” II Pedro 2:6

Deus planejou tudo sobre o tema da morte, e Ele sabe o faz; pois até a destruição dos pecadores, do diabo e seus anjos será de modo que desapareçam para sempre. Colocar na Palavra de Deus aquilo que Ele não disse; não lhe convém fazer, pois seria muito mal imaginar Deus sendo mais cruel do que os maiores ditadores e torturadores humanos da história!Imagine você no paraíso e tendo que ver os outro queimando no fogo interminável do inferno! Deus sabe o que faz!

Em quem acreditar, na ficção ou na realidade? Acreditar no amor de Deus, até mesmo quando Ele permitiu a entrada do pecado, com o consequente sofrimento da humanidade e a morte, não é uma tarefa muito fácil para nós! No entanto, sabemos que Deus tomou as providências para resolver o problema do pecado quando enviou Jesus Cristo para pagar o preço da penalidade que você merecia pagar. O convite da salvação está à sua disposição. Eu acredito na verdade da Palavra de Deus e ficção será sempre ficção!

Luís Carlos Fonseca