quinta-feira, 20 de agosto de 2015

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (3º trimestre 2015) PAULO: MISSÃO E MENSAGEM

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (3º trimestre 2015) PAULO: MISSÃO E MENSAGEM

VERSO ÁUREO: "Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3:13,14

SÁBADO (12 de setembro) INTRODUÇÃO – Durante esta semana estudaremos a missão e mensagem que Paulo pregou e desenvolveu. Na verdade vamos dar sequência ao estudo da lição da semana passada. Um grande apóstolo, em seu conteúdo missiológico, necessita de mais espaço para ter os seus temas bem explicados.

MISSÃO. Paulo era um judeu de língua grega, formado segundo a tradição judaica e cidadão romano desde o nascimento. Ver Atos 22:29. Paulo desempenhou, com intensa paixão, a sua missão entre os gentios da Ásia Menor, da Grécia e outras partes da Europa. Ele não foi o primeiro missionário da sua época, mas sem dúvidas foi o maior, porque era a pessoa mais qualificada para realizar a missão cristã entre o mundo judaico e greco-romano. É claro que não foi nada fácil para Paulo, mas é possível perceber alguns traços fundamentais de sua personalidade e de sua atividade que ele mesmo mostrou em seus escritos. Por este motivo é bom lembrar que as cartas mais importantes foram escritas durante o período mais intenso de sua atividade apostólica. Com efeito, todas essas cartas, a não ser Romanos, foram endereçadas à comunidades que surgiram graças ao esforço e a fadiga do seu próprio trabalho. 

A missão consiste em três aspectos importantes: a) Ter a percepção de que Deus é quem toma as iniciativas no processo de salvar o pecador. b) Proclamar o evangelho com dedicação e franqueza e, c) Saber que anunciar o evangelho de Deus envolvem lutas contra o opositor, Satanás.  

Vemos na Bíblia que a pregação do evangelho não usa nenhuma armadilha para prender os seus ouvintes, mas deixa as pessoas livres para aceitar ou rejeitar a salvação em Jesus . Paulo comprova o livre arbítrio das pessoas mostrando que as situações difíceis e os sofrimentos enfrentados qualificam os apóstolos como autênticos ministros do Evangelho, para agradar a Deus e não aos homens. Paulo teve como missão evangelizar o mundo. Em quatro viagens missionárias, cada uma com vários anos de duração, Paulo partilhou as boas novas de Jesus em muitas cidades costeiras e cidades na rota comercial. Aqui vai um breve resumo destas viagens missionárias: A primeira viagem missionária está relatada em Atos capítulos 13 e 14 e começou em 46 e terminou em 48 d.C. Paulo levou consigo Barnabé e Marcos, que partiram da igreja em Antioquia para o mundo. A segunda viagem missionária está relatada em Atos 15:36-18:22. Ele pediu a Barnabé que se juntasse a ele para visitar as igrejas de sua primeira viagem missionária. Um desacordo, no entanto, causou sua separação. Deus transformou aquela disputa em algo positivo, pois agora havia duas equipes missionárias. Barnabé e Marcos foram para Chipre e Paulo e Silas, para a Ásia Menor. A terceira viagem missionária está relatada em Atos 18:23-20:38. Durante a última viagem de Paulo, ele pregou na Ásia Menor. Deus confirmou a sua mensagem com milagres. Em Atos 20:7-12 fala de Paulo em Trôade pregando um sermão excepcionalmente longo. Um jovem sentado em cima de uma janela adormeceu e caiu da janela. Paulo realizou, o que costumo classificar; a quarta viagem missionária, pois foi preso em Jerusalém, no templo. Ver Atos 21:27. Depois foi enviado para Cesaréia, onde se apresentou diante de Félix. Ver Atos 23:23 e 24:1-27, Festo e Agripa. Ver Atos 25:22-26-32. Depois Paulo viajou para Roma na condição de preso.

MENSAGEM - Certa vez uma menina em idade pré-escolar tinha que fazer o papel de Maria, mãe de Jesus, num teatro de Natal. No início tudo ia muito bem, e Maria sorria com satisfação enquanto admirava a boneca na manjedoura.  Mas logo os animais, pastores e outras pessoas encheram o palco, até que ninguém podia ver o berço humilde.  Foi então que a menina levantou a boneca sobre a cabeça de todos, onde ele ficou até o final da peça. Depois, quando alguém perguntou por que ela fez assim, a menina declarou; “Todos estavam tirando o seu lugar e eu tinha que levantar Jesus!”
A pregação de Paulo não consistia em eloquência humana, mas em demonstração do Espírito e de poder. Ver I Cor 2:1-5

Veja este outro texto: “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.” I Coríntios 1:22-24. Paulo tinha condições de falar com todas as pessoas e de diversas classes sociais, etnias e credos, mas, a mensagem era a mesma: “Jesus Cristo Crucificado”.

Qual é o conteúdo de suas conversas com os amigos? Que mensagens temos pregado e ouvido nos sermões?

DOMINGO (13 de setembro) GREGOS E JUDEUS – Paulo recebeu um chamado especial de Deus para pregar o Evangelho entre os gentios, ver Atos 13:47, e ele foi fiel a esse chamado, ver Atos 26:19.

A mensagem de Paulo obedecia uma técnica simples e poderosa, usada entre os evangelistas e pregadores atuais: a) A mensagem; que deve ser uma declaração de que Cristo veio em carne, viveu, morreu, ressuscitou, ascendeu aos céus, intercede por nós e que voltará pela segunda vez. B) O método; que significa a minha dependência do Espírito Santo para me salvar, através da graça de Deus e da fé que exerço em Jesus. C) O objetivo, que é mostrar para o mundo os milagres da salvação operado por Deus e visto através de vidas transformadas.

Paulo contextualizava sua mensagem de forma saudável. Ver o exemplo citado em Atos 19. Paulo nunca foi adepto de discursos filosóficos burilados e prolixos. Ver I Cor 2:1-5. Certa ocasião quando ele chegou em Atenas, encontrou filósofos epicureus e estóicos que pouco se importavam com sua mensagem simples. Eles “contendiam com ele, havendo quem perguntasse: Que quer dizer esse tagarela? E outros: Parece pregador de estranhos deuses, pois pregava a Jesus e a ressurreição” Atos 17:18. No areópago, Paulo não mudou o conteúdo de seu discurso. Só o estilo. Ele, outra vez, pregou  sobre Jesus e a Sua ressurreição. Ver Atos 17:31. Ele contextualiza a mensagem simples do Evangelho àquele meio, para que fosse ouvido e compreendido.

Paulo não fez concessões quanto ao conteúdo da mensagem, e não procurou negociar princípios para ser ouvido. Apenas usou códigos comuns aos filósofos para "decodificar" a mensagem divina para eles. Paulo disse: “Ao Deus desconhecido”, Ver 17:22-26, ele partiu da crença num ser superior e divino, que criou todo o mundo, pois os atenienses eram muito religiosos e não teriam dificuldades para entender isso, e usou em seguida a expressão “tateando”, Atos 17:27,  para referir-se à busca do homem por Deus, Platão tornou essa expressão célebre ao usá-la para referir-se às melhores opiniões sobre a verdade. Por fim, Paulo citou textos dos poetas gregos Epimenedes, Arato e possivelmente Cleanthes. Ver  17:28, para finalmente chegar em Cristo. Paulo é, sem dúvida, um dos maiores exemplos bíblicos de contextualização sadia.

Veja os métodos de Paulo: Quando Paulo pregava aos judeus, baseava as suas mensagens na história de Israel mencionando Abraão, Davi e a vinda do Messias prometido no V. T. Quando Paulo pregava aos gentios, incluía Deus com Criador, Mantenedor e Juiz de todas as coisas. Paulo também valorizava a herança cultural e espiritual de cada povo a quem se dirigia. Em nosso evangelismo devemos tomar cuidados especialmente em dois aspectos; para não diminuir a fé e cultura das pessoas para quem pretendemos levar o evangelho de Cristo e não sermos coniventes com os costumes que são contrários os princípios do Cristianismo. Tenho visto adventistas agressivos contra as outras religiões, quando apresentam o evangelho. Os métodos de Cristo e de Paulo tem muito a nos ensinar.

Veja este texto: “E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.” I Coríntios 9:20-22.

Veja o conteúdo da mensagem de Paulo: “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.” I Coríntios 1:22-24

“Em sua pregação do evangelho em Corinto, o apóstolo seguiu um sistema diferente do que tinha usado em Atenas. Neste lugar procurou ele adaptar seu estilo ao caráter de seu auditório; ele respondeu à ciência com ciência, à filosofia com filosofia. Considerando o tempo assim gasto, e concluindo que seu ensino em Atenas foi pouco produtivo, decidiu seguir outro plano de trabalho em Corinto, nos seus esforços para atrair a atenção dos descuidados e indiferentes. Decidiu evitar discussões e argumentos elaborados e nada se propor saber entre os coríntios, “senão a Jesus Cristo, e Este crucificado” Estava disposto a pregar-lhes, não com “palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder”. I Coríntios 2:2, 4. Atos dos Apóstolos, 135.

SEGUNDA-FEIRA (14 de setembro) SOLDADOS E ATLETASVeja os textos principais para o estudo de hoje: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” I Coríntios 9:24-27

“Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente.” II Timóteo 2:3-5

O cristão como soldado de Cristo. As experiências como prisioneiro deram a Paulo ampla oportunidade de observar os soldados romanos e de meditar no paralelo existente entre o soldado e o cristão. O alvo do soldado de Cristo é agradar aquele que o alistou para a guerra espiritual, e isso envolve toda espécie de sofrimentos advindos da vida cristã. O soldado deve estar ciente que a batalha é sua meta e jamais deve desfalecer. O soldado de Cristo tem o desafio de suportar os sofrimentos e, como consequência das suas lutas ele recebe a coroa da vida eterna. Os soldados são guerreiros. São pessoas que prestam serviço à pátria. Deles são exigidos disciplina e passam por escolas preparatórias para adquirirem habilidades. Tertuliano disse: “Nenhum soldado vai à guerra cercado de luxúrias, nem vai à batalha deixando um quarto confortável, mas sim uma tenda estreita e provisória, em que há muita dureza, severidade e desconforto”. O soldado tem o dever de amar a sua pátria e de a defender. Assim como os soldados, o soldado de Cristo também deve saber que a sua casa está no céu e deve defender o reino de Deus. Ver Filp. 3:20 e Hebreus 11:16 . Como soldado de Jesus suportamos adversidades, dificuldades, sofrimentos e lutas espirituais, sempre combatendo o bom combate. Ver I Tim. 6:12. Ver outros textos que comparam o cristão ao soldado. II Cor. 10:4,5; Efésios 6:10-18 e I Tim. 6:12

O crente como atleta de Jesus. Em II Tim. 2: 5 encontramos: “Igualmente o atleta não é coroado, se não lutar segundo as normas”. O alvo de todo atleta é conquistar o prêmio, mas para conseguir o objetivo os atletas necessitam obedecer as regras do seu clube. No passado, nenhum atleta era coroado se não tivesse competido de acordo com as regras, mesmo que o seu desempenho tivesse sido brilhante, e hoje é assim também entre os clubes desportivos. Assim também devemos agir, andar e nos portar como cristãos genuínos que observam; estudam, compreendem, assimilam, meditam e vivem conforme as instruções contidas na Palavra de Deus. Temos que andar conforme a vontade de Deus para nossas vidas, vivendo conforme as regras impostas por Ele, com alegria, humildade e obediência.

Veja estes textos: “Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade?” Gálatas 5:7. Há cinco coroas celestiais mencionadas no Novo Testamento que serão concedidas aos crentes que correm bem a corrida da fé: A coroa incorruptível, I Coríntios 9:24-25. A coroa de regozijo, I Tessalonicenses 2:19. A coroa da Justiça, II Timóteo 4:8. A coroa da glória I Pedro 5:4. A coroa da vida. Apocalipse 2:10. Aprendemos com o soldado que devemos ser guerreiros, com o atleta a superar nossos limites para termos direito à coroa da salvação.

“A igreja de Cristo pode-se comparar apropriadamente a um exército. A vida de todo soldado é de labuta, privações e perigos. Acham-se por todo lado inimigos alerta, dirigidos pelo príncipe das potestades da trevas, que nunca dormita e nunca deserta de seu posto. Sempre que um cristão não se acha em guarda, esse poderoso adversário faz súbito e violento ataque. A menos que os membros da igreja sejam ativos e vigilantes, serão vencidos por seus ardis.” Ellen White, Para Conhecê-lo, 148

TERÇA-FEIRA (terça 15 de setembro) PAULO E A LEI – Todo atento leitor da Bíblia percebe que Paulo trata, em seus escritos, de pelo menos duas leis; a cerimonial e a moral. Os judeus compreendiam facilmente o significado de cada lei apresentada por Paulo, já os gentios tinham dificuldades de entender.

Veja as principais leis 1) Lei moral. Os dez mandamentos constituem a essência da responsabilidade moral humana para com o seu Criador. 2) A leis de saúde. Entre as leis de saúde encontradas no Antigo Testamento, destacam-se as leis dos animais que não devem servir de alimentos. Ver Levítico 11 e Deuteronômio 14. 3) Leis Cerimoniais. Tais leis simbolizavam o sacrifício que Jesus viria fazer em favor da raça humana. Incluem-se aqui os diversos sacrifícios de cordeiros e animais que eram feitos. Ver Levíticos capítulos de 1 - 7 e João 1:29; I Coríntios 5:7; Apocalipse 13:8. A lei cerimonial diz respeito especificamente à adoração por parte de Israel. Ver Levíticos capítulos 1, 2 e 3. Essa lei foi abolida na cruz de Cristo 4) Leis Civis. A lei civil aplicava-se à vida cotidiana em Israel. Ver um exemplo sobre o empestar coisas. Deut. 24:10,11. Pelo fato de a sociedade e a cultura modernas serem tão radicalmente diferentes de Israel esse código, como um todo, não pode ser seguido pela sociedade atual. 5) Leis Religiosas. Havia diversas leis que regulavam a vida religiosa do povo Hebreu. Delas fazem parte as leis sobre a impureza. Por exemplo: mulheres menstruadas e pessoas que haviam tocado em cadáveres de pessoas e animais não podiam ir até o pátio do templo até se tornarem puras através das cerimônias. Ver Levíticos 15 e 16. 

Quando você lê os escritos de Paulo, deve saber de que lei ele está falando. Percebeu? Por exemplo: em Romanos 3:19 lemos: “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” Romanos 3:19,20. Aqui Paulo refere-se as leis sanitárias, a lei civil, e as leis de purificação que alguns judeus convertidos ao cristianismo insistiam em praticar. Em Romanos 7:6 Paulo menciona que os novos crentes deviam estar livres dessas leis que eram pertinentes a nação judaica: “Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.” Romanos 7:6. Paulo fez um comparação com a lei de Moisés e lei de Deus.

Lei de Moisés e cerimoniais. Exemplos: “Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois?” I Coríntios 9:9.

“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados. Colossenses 2:14-16

Lei dos Dez Mandamentos. Veja estes textos: “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.” Romanos 7:12.

“Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.” Romanos 7:25

“Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.” Romanos 3:31.

“A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus.” I Coríntios 7:19.

Analise os seguintes textos e veja que os Dez Mandamentos da Lei de Deus continuam em vigor para todas as pessoas. É bom lembrar que o mandamento do sábado também faz parte da lei de Deus e necessita ser guardado. Ver Romanos 13:8-10; Romanos 2:21-24; I Cor. 7:19; Efésios 4:24 e 28 Efésios 5:3 e Efésios 6:2.

Para além destas leis mencionadas há uma outra lei. A lei do pecado: “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.” Romanos 7:25.

Todas as pessoas sinceras, para com Deus e Sua Palavra, não tem dificuldades de fazer distinção entre os tipos de leis apresentadas por Paulo e saber que a Lei dos dez Mandamentos continua em vigor, inclusive o quarto mandamento que requer a santificação do sábado. O próprio Jesus valorizou os 10 Mandamentos: “E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna? E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mateus 19:16-19.

Você obedece os mandamentos de Deus e os ensina aos outros?

QUARTA-FEIRA (16 de setembro) A CRUZ E A RESSURREIÇÃO – A lição de hoje dá ênfase no assunto da morte e ressurreição. Já vimos que a mensagem principal do apóstolo Paulo é Jesus Cristo. Ele mesmo disse: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” I Coríntios 2:2. A ressurreição é uma mensagem que está intimamente ligada a cruz . No contexto bíblico, e dentro do plano de Deus, a morte só tem sentido se houver ressurreição. E os escritos de Paulo são ricos em explicar a ressurreição.

Veja o texto principal para hoje: “Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.” I Coríntios 15:12-22

Chamo a atenção para este verso: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” I Coríntios 15:20. Cristo, sendo as primícias dos que dormem, isso significa que todos os homens, em algum momento, ressuscitarão. Sabemos que os mortos em Cristo ressuscitarão no momento da volta de Jesus, ver I Tesalonicenses 4:16 e 17 e que os mortos sem Cristo; os perdidos, ressuscitarão, por breve momento, após os mil anos, ver Apoc. 20:3-5.

Hoje, para muitos cristãos, quando alguém morre sua alma continua a viver e vai para o céu onde está o Senhor com seus amados, tendo plena consciência e louvando a Deus em um estado de alegria. De acordo com esta visão comum, a morte passa a ser uma bênção e não uma maldição. É claro que essa ideia não tem base bíblica. A morte é um inimigo e não um amigo. Em I Coríntios 15:26 encontramos: "Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte."

Sabemos que os mortos, que irão ao céu, serão os cristãos ressuscitados, no dia da vinda do Senhor. A partir daí, pode-se facilmente concluir que nenhum morto está no céu agora; exceto Jesus Cristo ressuscitado, Enoque e Moisés, pois temos base bíblica para afirmar isso.

Para onde vão os mortos após a morte? Para a sepultura, e este é o significado das palavras Sheol e Hades, que a Bíblia usa para denotar o lugar dos mortos.

Os mortos têm conhecimento de alguma coisa? Veja o texto: “Ora, para aquele que está entre os vivos há esperança (porque melhor é o cão vivo do que o leão morto). Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” Eclesiastes 9:4-6

A tradição menciona que os mortos continuam vivendo e tendo pleno conhecimento e consciência e ainda ajudando aos vivos. De acordo com o que vimos, os mortos não estão vivos agora consequentemente eles não podem fazer coisas que são próprias e características de pessoas vivas apenas. 

Outra afirmação da tradição, em relação aos mortos, é que ao morrer ele vai ao céu e lá fica louvando a Deus, mas a Palavra responde também diretamente a esta afirmação. "Porque na morte não há lembrança de ti [Deus]; no sepulcro [Hebraico: Sheol] quem te louvará?” Salmo 6:5.

Contra a crença do céu imediatamente a pós a morte, Paulo destacou três pontos principais: Só Deus tem a imortalidade. Ver I Tim. 6.16. A imortalidade é um dom dado apenas aos salvos. Ver I Tes. 4:16. A morte é uma espécie de sono até que Cristo regresse na Sua segunda volta: Ver I Tes. 4.13-15; I Cor. 15:6, 18 e 20 e João 11:11.

Se pertencermos a última geração que vive antes da volta de Cristo, e se estivermos preparados para o arrebatamento, na volta de Cristo, não morreremos. Se você falecer pertencerá a ressurreição dos salvos?

QUINTA-FEIRA (17 de setembro) PROSSEGUINDOEstes são os textos principais de hoje: “Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra. E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.” Atos 15:38-41

“Só Lucas está comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.” II Timóteo 4:11

O texto menciona uma contenda que houve entre dois homens de Deus, Paulo e Barnabé, e o motivo era a pessoa de João Marcos. Paulo gostava muito de trabalhar em equipe e isso ficou bem vincado no seu ministério, mas nem sempre isso era possível e no episódio com Marcos, que regressou para casa no meio da primeira viagem missionária, mostra que Paulo deu o tempo necessário para o crescimento de Marcos, mas depois ele foi útil ao ministério. João Marcos foi um jovem que fracassou na sua primeira oportunidade de servir à Cristo, como missionário, porém; mais tarde, recuperou-se tornando-se um maravilhoso ministro da igreja primitiva. Ele foi o autor de um dos Evangelhos. João Marcos era um cristão da segunda geração. A sua mãe era devota. Marcos era sobrinho de Barnabé. Ver Colos. 4:10. João Marcos foi capaz de escrever a maravilhosa história de Cristo, no seu Evangelho. Ele era filho de Maria, cuja casa era ponto de reunião dos primeiros discípulos. Leia como foi a grande reunião de oração ali realizada em favor de Pedro. Ver Atos 12:1-17.

Barnabé acreditou em Marcos. Através deste episódio podemos aprender que Deus usa seres humanos imperfeitos, e os aperfeiçoa para sua obra através da unção do Espírito Santo. Todos nós precisamos de um irmão, como Barnabé, alguém que acredite em nós, que nos ajude nos momentos de dificuldades, alguém que estenda a mão e diga: Levante-se e erga a cabeça, estou consigo para o ajudar! Precisamos também de pessoas que nos apoiem, que nos dê uma segunda oportunidade e que acreditem nas nossas capacidades. Vemos que João Marcos foi um grande obreiro do Senhor, pois fez um trabalho maravilhoso em favor do Reino Deus e até escreveu um Evangelho inspirado pelo Espírito Santo. Marcos pôde contar com o apoio de grandes homens, como Barnabé, Paulo e Pedro. O sucesso missionário dos apóstolos foi devido a capacitação do Espírito Santo na vida deles. E o Espírito Santo usa apenas pessoas que não permanecem magoadas por situações ocorridas e que conseguem perdoar.

Veja estes textos: “Houvesse a igreja de Cristo feito a obra que lhe era designada, como Ele ordenou, o mundo inteiro haveria sido antes advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à Terra em poder e grande glória." O Desejado de Todas as Nações, 633, 634.

“É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos. Talvez tenhamos de permanecer muitos anos mais neste mundo por causa de insubordinação, como aconteceu com os filhos de Israel; mas por amor de Cristo, Seu povo não deve acrescentar pecado a pecado, responsabilizando a Deus pela consequência de seu procedimento errado.” Evangelismo, 696.

“Há diante de nós um Céu, uma coroa de vida a ganhar. Mas somente ao vencedor é dada a recompensa. O que obtém o Céu precisa estar revestido das vestes da justiça. “E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro.” I João 3:3. No caráter de Cristo não havia desarmonia de espécie alguma. E o mesmo pode acontecer conosco. Nossa vida pode ser regida pelos princípios que governaram a Sua vida.” Manuscrito, 1886. Filhos e Filhas de Deus, pág. 8

Paulo, para além de aprender a conviver em equipe ele também crescia no seu relacionamento pessoal com Deus: Veja esta declaração de Paulo: “Para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3:11-14

SEXTA-FEIRA (18 de setembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 12: PAULO: MISSÃO E MENSSAGEM – A missão de Paulo era salvar o pecador através de Cristo. A sua mensagem foi Cristo e este crucificado. Embora a mensagem principal de Paulo seja a salvação pela fé e graça, sabemos que ele apresentava, sem rodeios, outras mensagens poderosos e que envolviam a vida ou a morte. Diante do governador Feliz ele disse: “E, tratando ele da justiça, e da temperança, e do juízo vindouro, Félix, espavorido, respondeu: Por agora vai-te, e em tendo oportunidade te chamarei.” Atos 24:25.

Paulo falou também da 1ª ressurreição como a recompensa dos salvos, ver I Tes. 4:16 e 17, falou da destruição dos ímpios e dos que não praticam a Palavra de Deus; quando Jesus voltar, ver II Tes. 1: 8 e falou da existência do céu. Ver I Cor. 2:9 e Filipense 3:20. A mensagem de Paulo é de salvação, mas também de juízo e vida eterna! Portanto, os crentes comprometidos com Deus devem aceitar as palavras de Paulo por inteiro e envolvendo a necessidade da obediência e não apenas a salvação pela graça.

Paulo fez muito pelo evangelho de Cristo. Como pregador e escritor, contribuiu para transformar corações de pecadores à santos filhos de Deus. De uma seita judaica e do obscuro e pagão império romano surgiu a religião Cristã com mais adeptos o que qualquer outra religião. É certo que o Cristianismo está um tanto relativizado, pois vem perdendo forças na sua maneira de viver e testemunhar de Cristo, mas a mensagem do Cristianismo continua a mesma: Cristo; crucificado, ressurrecto, assunto ao céu, intercessor, Advogado, Juiz e que vai voltar pela 2ª vez para retribuir a cada um segundo as suas obras e escolhas.

“Se quereis ser santos no Céu precisais ser primeiro santos na Terra. Os traços de caráter que acalentais na vida não serão modificados pela morte ou pela ressurreição. Saireis da sepultura com a mesma disposição que manifestastes em vosso lar e na sociedade. Jesus não altera o caráter em Sua vinda. A obra de transformação tem de ser efetuada agora. Nossa vida diária está determinando o nosso destino. Precisamos arrepender-nos dos defeitos de caráter, vencê-los pela graça de Cristo e formar um caráter simétrico neste período de prova, a fim de que sejamos habilitados para as mansões lá do alto.” Manuscript Releases, vol. 13, pág. 82. Eventos Finais pág. 295; Visões do Céu, pág. 54.

Luís Carlos Fonseca


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