COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (3º trimestre 2015) PAULO: MISSÃO E
MENSAGEM
VERSO ÁUREO: "Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja
alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás
ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo
prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3:13,14
SÁBADO (12 de setembro) INTRODUÇÃO – Durante esta semana estudaremos
a missão e mensagem que Paulo pregou e desenvolveu. Na verdade vamos dar
sequência ao estudo da lição da semana passada. Um grande apóstolo, em seu
conteúdo missiológico, necessita de mais espaço para ter os seus temas bem
explicados.
MISSÃO. Paulo era
um judeu de língua grega, formado segundo a tradição judaica e cidadão romano
desde o nascimento. Ver Atos 22:29. Paulo desempenhou, com intensa paixão, a
sua missão entre os gentios da Ásia Menor, da Grécia e outras partes da Europa.
Ele não foi o primeiro missionário da sua época, mas sem dúvidas foi o maior,
porque era a pessoa mais qualificada para realizar a missão cristã entre o
mundo judaico e greco-romano. É claro que não foi nada fácil para Paulo, mas é possível
perceber alguns traços fundamentais de sua personalidade e de sua atividade que
ele mesmo mostrou em seus escritos. Por este motivo é bom lembrar
que as cartas mais importantes foram escritas durante o período mais intenso de
sua atividade apostólica. Com efeito, todas essas cartas, a não ser Romanos,
foram endereçadas à comunidades que surgiram graças ao esforço e a fadiga do
seu próprio trabalho.
A missão consiste em três aspectos importantes: a) Ter a
percepção de que Deus é quem toma as iniciativas no processo de salvar o pecador.
b) Proclamar o evangelho com dedicação e franqueza e, c) Saber que anunciar
o evangelho de Deus envolvem lutas contra o opositor, Satanás.
Vemos na Bíblia que a pregação do evangelho não usa
nenhuma armadilha para prender os seus ouvintes, mas deixa as pessoas livres
para aceitar ou rejeitar a salvação em Jesus . Paulo comprova o livre arbítrio das pessoas mostrando
que as situações difíceis e os sofrimentos enfrentados qualificam os apóstolos
como autênticos ministros do Evangelho, para agradar a Deus e não aos homens. Paulo teve como missão evangelizar o mundo. Em quatro
viagens missionárias, cada uma com vários anos de duração, Paulo partilhou as
boas novas de Jesus em muitas cidades costeiras e cidades na rota comercial.
Aqui vai um breve resumo destas viagens missionárias: A primeira viagem
missionária está relatada em Atos capítulos 13 e 14 e começou em 46 e terminou
em 48 d.C. Paulo levou consigo Barnabé e Marcos, que partiram da igreja em
Antioquia para o mundo. A segunda viagem missionária está relatada em Atos
15:36-18:22. Ele pediu a Barnabé que se juntasse a ele para visitar as igrejas
de sua primeira viagem missionária. Um desacordo, no entanto, causou sua
separação. Deus transformou aquela disputa em algo positivo, pois agora havia
duas equipes missionárias. Barnabé e Marcos foram para Chipre e Paulo e Silas, para a Ásia Menor. A terceira viagem missionária está relatada em Atos
18:23-20:38. Durante a última viagem de Paulo, ele pregou na Ásia Menor. Deus
confirmou a sua mensagem com milagres. Em Atos 20:7-12 fala de Paulo em Trôade
pregando um sermão excepcionalmente longo. Um jovem sentado em cima de uma
janela adormeceu e caiu da janela. Paulo realizou, o que costumo classificar; a quarta viagem missionária,
pois foi preso em Jerusalém, no templo. Ver Atos 21:27. Depois foi enviado para
Cesaréia, onde se apresentou diante de Félix. Ver Atos 23:23 e 24:1-27, Festo e
Agripa. Ver Atos 25:22-26-32. Depois Paulo viajou para Roma na condição de
preso.
MENSAGEM - Certa
vez uma menina em idade pré-escolar tinha que fazer o papel de Maria, mãe de
Jesus, num teatro de Natal. No início tudo ia muito bem, e Maria sorria com
satisfação enquanto admirava a boneca na manjedoura. Mas logo os animais, pastores e outras
pessoas encheram o palco, até que ninguém podia ver o berço humilde. Foi então que a menina levantou a boneca sobre
a cabeça de todos, onde ele ficou até o final da peça. Depois, quando alguém
perguntou por que ela fez assim, a menina declarou; “Todos estavam tirando o
seu lugar e eu tinha que levantar Jesus!”
A pregação de Paulo não consistia em eloquência humana, mas
em demonstração do Espírito e de poder. Ver I Cor 2:1-5
Veja este outro
texto: “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós
pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para
os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes
pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.” I Coríntios 1:22-24. Paulo
tinha condições de falar com todas as pessoas e de diversas classes sociais,
etnias e credos, mas, a mensagem era a mesma: “Jesus Cristo Crucificado”.
Qual é o conteúdo de suas conversas com os amigos? Que mensagens temos pregado e ouvido nos sermões?
DOMINGO (13 de setembro) GREGOS E JUDEUS – Paulo recebeu um
chamado especial de Deus para pregar o Evangelho entre os gentios, ver
Atos 13:47, e ele foi fiel a esse chamado, ver Atos 26:19.
A mensagem de Paulo
obedecia uma técnica simples e poderosa, usada entre os evangelistas e
pregadores atuais: a) A mensagem; que deve ser uma declaração de que Cristo
veio em carne, viveu, morreu, ressuscitou, ascendeu aos céus, intercede por nós
e que voltará pela segunda vez. B) O método; que significa a minha dependência
do Espírito Santo para me salvar, através da graça de Deus e da fé que exerço
em Jesus. C) O objetivo, que é mostrar para o mundo os milagres da salvação operado
por Deus e visto através de vidas transformadas.
Paulo contextualizava sua mensagem de forma saudável. Ver o
exemplo citado em Atos 19. Paulo nunca foi adepto de discursos filosóficos
burilados e prolixos. Ver I Cor 2:1-5. Certa ocasião quando ele chegou em
Atenas, encontrou filósofos epicureus e estóicos que pouco se importavam com
sua mensagem simples. Eles “contendiam com ele, havendo quem perguntasse: Que
quer dizer esse tagarela? E outros: Parece pregador de estranhos deuses, pois
pregava a Jesus e a ressurreição” Atos 17:18. No areópago, Paulo não mudou o
conteúdo de seu discurso. Só o estilo. Ele, outra vez, pregou sobre Jesus e a Sua ressurreição. Ver Atos 17:31. Ele
contextualiza a mensagem simples do Evangelho àquele meio, para que fosse
ouvido e compreendido.
Paulo não fez concessões quanto ao conteúdo da mensagem, e
não procurou negociar princípios para ser ouvido. Apenas usou códigos comuns
aos filósofos para "decodificar" a mensagem divina para eles. Paulo
disse: “Ao Deus desconhecido”, Ver 17:22-26, ele partiu da crença num ser superior e
divino, que criou todo o mundo, pois os atenienses eram muito religiosos e não
teriam dificuldades para entender isso, e usou em seguida a expressão
“tateando”, Atos 17:27, para referir-se à busca do homem por Deus, Platão tornou essa
expressão célebre ao usá-la para referir-se às melhores opiniões sobre a
verdade. Por fim, Paulo citou textos dos poetas gregos Epimenedes, Arato e
possivelmente Cleanthes. Ver 17:28, para
finalmente chegar em Cristo. Paulo é, sem dúvida, um dos maiores exemplos
bíblicos de contextualização sadia.
Veja os métodos de
Paulo: Quando Paulo pregava aos judeus, baseava as suas mensagens na
história de Israel mencionando Abraão, Davi e a vinda do Messias prometido no
V. T. Quando Paulo pregava aos gentios, incluía Deus com Criador, Mantenedor e Juiz de todas as coisas. Paulo também valorizava a herança cultural e
espiritual de cada povo a quem se dirigia. Em nosso evangelismo devemos tomar cuidados especialmente em dois aspectos; para não diminuir a fé e
cultura das pessoas para quem pretendemos levar o evangelho de Cristo e não
sermos coniventes com os costumes que são contrários os princípios do
Cristianismo. Tenho visto adventistas agressivos contra as outras religiões, quando apresentam o evangelho. Os métodos de Cristo e de Paulo tem muito a nos ensinar.
Veja este texto: “E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus;
para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar
os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem
lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para
ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os
fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar
alguns.” I Coríntios 9:20-22.
Veja o conteúdo da
mensagem de Paulo: “Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam
sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os
judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus
como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.” I
Coríntios 1:22-24
“Em sua pregação do evangelho em Corinto, o apóstolo seguiu
um sistema diferente do que tinha usado em Atenas. Neste lugar
procurou ele adaptar seu estilo ao caráter de seu auditório; ele respondeu à ciência com ciência, à filosofia com filosofia.
Considerando o tempo assim gasto, e concluindo que seu ensino em Atenas foi pouco produtivo, decidiu seguir outro plano de trabalho em Corinto, nos seus
esforços para atrair a atenção dos descuidados e indiferentes. Decidiu evitar
discussões e argumentos elaborados e nada se propor saber entre os coríntios,
“senão a Jesus Cristo, e Este crucificado” Estava disposto a pregar-lhes, não
com “palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito
e de poder”. I Coríntios 2:2, 4. Atos dos Apóstolos, 135.
SEGUNDA-FEIRA (14 de setembro) SOLDADOS E ATLETAS – Veja os textos principais para o estudo de
hoje: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade,
correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo
aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa
corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a
coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu
corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha
de alguma maneira a ficar reprovado.” I Coríntios 9:24-27
“Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado de Jesus
Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de
agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é
coroado se não militar legitimamente.” II Timóteo 2:3-5
O cristão como
soldado de Cristo. As experiências como prisioneiro deram a Paulo ampla
oportunidade de observar os soldados romanos e de meditar no paralelo existente
entre o soldado e o cristão. O alvo do soldado de Cristo é agradar aquele que o
alistou para a guerra espiritual, e isso envolve toda espécie de sofrimentos
advindos da vida cristã. O soldado deve estar ciente que a batalha é sua meta e
jamais deve desfalecer. O soldado de Cristo tem o desafio de suportar os
sofrimentos e, como consequência das suas lutas ele recebe a coroa da vida eterna. Os soldados são guerreiros.
São pessoas que prestam serviço à pátria. Deles são exigidos disciplina e
passam por escolas preparatórias para adquirirem habilidades. Tertuliano disse: “Nenhum soldado vai à
guerra cercado de luxúrias, nem vai à batalha deixando um quarto confortável,
mas sim uma tenda estreita e provisória, em que há muita dureza, severidade e
desconforto”. O soldado tem o dever de amar a sua pátria e de a defender. Assim
como os soldados, o soldado de Cristo também deve saber que a sua casa está no
céu e deve defender o reino de Deus. Ver Filp. 3:20 e Hebreus 11:16 . Como
soldado de Jesus suportamos adversidades, dificuldades, sofrimentos e lutas
espirituais, sempre combatendo o bom combate. Ver I Tim. 6:12. Ver outros
textos que comparam o cristão ao soldado. II Cor. 10:4,5; Efésios 6:10-18 e I
Tim. 6:12
O crente como atleta
de Jesus. Em II Tim. 2: 5 encontramos:
“Igualmente o atleta não é coroado, se não lutar segundo as normas”. O alvo de todo atleta é conquistar o prêmio, mas para
conseguir o objetivo os atletas necessitam obedecer as regras do seu clube. No
passado, nenhum atleta era coroado se não tivesse competido de acordo com as
regras, mesmo que o seu desempenho tivesse sido brilhante, e hoje é assim também entre os clubes desportivos. Assim também devemos
agir, andar e nos portar como cristãos genuínos que observam; estudam,
compreendem, assimilam, meditam e vivem conforme as instruções contidas na
Palavra de Deus. Temos que andar conforme a vontade de Deus para nossas vidas,
vivendo conforme as regras impostas por Ele, com alegria, humildade e
obediência.
Veja estes textos:
“Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade?” Gálatas 5:7. Há cinco coroas celestiais mencionadas no Novo Testamento que
serão concedidas aos crentes que correm bem a corrida da fé: A coroa
incorruptível, I Coríntios 9:24-25. A coroa de regozijo, I Tessalonicenses
2:19. A coroa da Justiça, II Timóteo 4:8. A coroa da glória I Pedro 5:4. A coroa da vida. Apocalipse 2:10. Aprendemos com o soldado que devemos ser
guerreiros, com o atleta a superar nossos limites para termos direito à coroa
da salvação.
“A igreja de Cristo pode-se comparar apropriadamente a um
exército. A vida de todo soldado é de labuta, privações e perigos. Acham-se por
todo lado inimigos alerta, dirigidos pelo príncipe das potestades da trevas,
que nunca dormita e nunca deserta de seu posto. Sempre que um cristão não se
acha em guarda, esse poderoso adversário faz súbito e violento ataque. A menos
que os membros da igreja sejam ativos e vigilantes, serão vencidos por seus
ardis.” Ellen White, Para Conhecê-lo, 148
TERÇA-FEIRA (terça 15 de setembro) PAULO E A LEI – Todo
atento leitor da Bíblia percebe que Paulo trata, em seus escritos, de pelo
menos duas leis; a cerimonial e a moral. Os judeus compreendiam facilmente o
significado de cada lei apresentada por Paulo, já os gentios tinham
dificuldades de entender.
Veja as
principais leis 1) Lei moral. Os
dez mandamentos constituem a essência da responsabilidade moral humana para com
o seu Criador. 2) A leis de saúde. Entre
as leis de saúde encontradas no Antigo Testamento, destacam-se as leis dos
animais que não devem servir de alimentos. Ver Levítico 11 e Deuteronômio 14.
3) Leis Cerimoniais. Tais leis
simbolizavam o sacrifício que Jesus viria fazer em favor da raça humana.
Incluem-se aqui os diversos sacrifícios de cordeiros e animais que eram feitos.
Ver Levíticos capítulos de 1 - 7 e João 1:29; I Coríntios 5:7; Apocalipse
13:8. A lei cerimonial diz respeito especificamente à adoração por parte de Israel.
Ver Levíticos capítulos 1, 2 e 3. Essa lei foi abolida na cruz de Cristo 4) Leis
Civis. A lei civil aplicava-se à vida cotidiana em Israel. Ver um exemplo
sobre o empestar coisas. Deut. 24:10,11. Pelo fato de a sociedade e a cultura
modernas serem tão radicalmente diferentes de Israel esse código, como um todo,
não pode ser seguido pela sociedade atual. 5) Leis Religiosas. Havia diversas leis que regulavam a vida religiosa
do povo Hebreu. Delas fazem parte as leis sobre a impureza. Por exemplo:
mulheres menstruadas e pessoas que haviam tocado em cadáveres de pessoas e animais não podiam ir até o
pátio do templo até se tornarem puras através das cerimônias. Ver Levíticos 15
e 16.
Quando você lê os escritos de Paulo, deve saber de que lei
ele está falando. Percebeu? Por
exemplo: em Romanos 3:19 lemos: “Ora,
nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para
que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque
pela lei vem o conhecimento do pecado.” Romanos 3:19,20. Aqui Paulo refere-se
as leis sanitárias, a lei civil, e as leis de purificação que alguns judeus
convertidos ao cristianismo insistiam em praticar. Em Romanos 7:6 Paulo
menciona que os novos crentes deviam estar livres dessas leis que eram
pertinentes a nação judaica: “Mas agora temos sido libertados da lei, tendo
morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de
espírito, e não na velhice da letra.” Romanos 7:6. Paulo fez um comparação com
a lei de Moisés e lei de Deus.
Lei de Moisés e
cerimoniais. Exemplos: “Porque
na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão.
Porventura tem Deus cuidado dos bois?” I Coríntios 9:9.
“Havendo riscado a
cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era
contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os
principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.
Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias
de festa, ou da lua nova, ou dos sábados. Colossenses 2:14-16
Lei dos Dez Mandamentos. Veja estes textos: “E assim a lei é santa, e o mandamento
santo, justo e bom.” Romanos 7:12.
“Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que
eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do
pecado.” Romanos 7:25
“Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes
estabelecemos a lei.” Romanos 3:31.
“A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas, sim, a
observância dos mandamentos de Deus.” I Coríntios 7:19.
Analise os seguintes
textos e veja que os Dez Mandamentos da Lei de Deus continuam em vigor para
todas as pessoas. É bom lembrar que o mandamento do sábado também faz parte da
lei de Deus e necessita ser guardado. Ver Romanos 13:8-10; Romanos 2:21-24; I
Cor. 7:19; Efésios 4:24 e 28 Efésios 5:3 e Efésios 6:2.
Para além destas leis mencionadas há uma outra lei. A lei do pecado: “Dou graças a Deus por
Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de
Deus, mas com a carne à lei do pecado.” Romanos 7:25.
Todas as pessoas sinceras, para com Deus e Sua Palavra, não
tem dificuldades de fazer distinção entre os tipos de leis apresentadas por
Paulo e saber que a Lei dos dez Mandamentos continua em vigor, inclusive o
quarto mandamento que requer a santificação do sábado. O próprio Jesus valorizou os 10 Mandamentos: “E eis que,
aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir
a vida eterna? E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só,
que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe
ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás,
não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo
como a ti mesmo.” Mateus 19:16-19.
Você obedece os
mandamentos de Deus e os ensina aos outros?
QUARTA-FEIRA (16 de setembro) A CRUZ E A RESSURREIÇÃO – A
lição de hoje dá ênfase no assunto da morte e ressurreição. Já vimos que a
mensagem principal do apóstolo Paulo é Jesus Cristo. Ele mesmo disse: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a
Jesus Cristo, e este crucificado.” I Coríntios 2:2. A ressurreição é uma mensagem que está intimamente ligada
a cruz . No contexto bíblico, e dentro do plano de Deus, a morte
só tem sentido se houver ressurreição. E os escritos de Paulo são ricos em
explicar a ressurreição.
Veja o texto
principal para hoje: “Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os
mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se
não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não
ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim
somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de
Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na
verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam,
também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e
ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão
perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de
todos os homens. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito
as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem,
também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos
morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.” I Coríntios
15:12-22
Chamo a atenção para
este verso: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito
as primícias dos que dormem.” I Coríntios 15:20. Cristo, sendo as primícias dos
que dormem, isso significa que todos os homens, em algum momento, ressuscitarão. Sabemos
que os mortos em Cristo ressuscitarão no momento da volta de Jesus, ver I
Tesalonicenses 4:16 e 17 e que os mortos sem Cristo; os perdidos, ressuscitarão, por breve momento, após os mil anos, ver Apoc. 20:3-5.
Hoje, para muitos cristãos, quando alguém morre sua alma
continua a viver e vai para o céu onde está o Senhor com seus amados, tendo
plena consciência e louvando a Deus em um estado de alegria. De acordo com esta
visão comum, a morte passa a ser uma bênção e não uma maldição. É claro que
essa ideia não tem base bíblica. A morte é um inimigo e não um amigo. Em I
Coríntios 15:26 encontramos: "Ora, o último inimigo que há de ser
aniquilado é a morte."
Sabemos que os mortos, que irão ao céu, serão os cristãos
ressuscitados, no dia da vinda do Senhor. A partir daí, pode-se facilmente
concluir que nenhum morto está no céu agora; exceto Jesus Cristo ressuscitado, Enoque e Moisés, pois temos base bíblica para afirmar isso.
Para onde vão os
mortos após a morte? Para a sepultura, e este é o significado das palavras
Sheol e Hades, que a Bíblia usa para denotar o lugar dos mortos.
Os mortos têm conhecimento
de alguma coisa? Veja o texto: “Ora, para aquele que está entre os vivos há
esperança (porque melhor é o cão vivo do que o leão morto). Porque os vivos
sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco
terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. Também
o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma
para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” Eclesiastes 9:4-6
A tradição menciona que os mortos continuam vivendo e tendo
pleno conhecimento e consciência e ainda ajudando aos vivos. De acordo com o que
vimos, os mortos não estão vivos agora consequentemente eles não podem fazer
coisas que são próprias e características de pessoas vivas apenas.
Outra
afirmação da tradição, em relação aos mortos, é que ao morrer ele vai ao céu e lá
fica louvando a Deus, mas a Palavra responde também diretamente a esta
afirmação. "Porque na morte não há lembrança de ti [Deus]; no sepulcro
[Hebraico: Sheol] quem te louvará?” Salmo 6:5.
Contra a crença do céu imediatamente a pós a morte, Paulo
destacou três pontos principais: Só Deus tem a imortalidade. Ver I Tim. 6.16. A
imortalidade é um dom dado apenas aos salvos. Ver I Tes. 4:16. A morte é uma
espécie de sono até que Cristo regresse na Sua segunda volta: Ver I Tes. 4.13-15; I Cor. 15:6, 18 e
20 e João 11:11.
Se pertencermos a última geração que vive antes da volta de
Cristo, e se estivermos preparados para o arrebatamento, na volta de Cristo, não
morreremos. Se você falecer pertencerá a ressurreição dos salvos?
QUINTA-FEIRA (17 de setembro) PROSSEGUINDO – Estes são os textos principais de hoje:
“Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a
Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra. E tal
contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando
consigo a Marcos, navegou para Chipre. E Paulo, tendo escolhido a Silas,
partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus. E passou pela Síria e Cilícia,
confirmando as igrejas.” Atos 15:38-41
“Só Lucas está comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo,
porque me é muito útil para o ministério.” II Timóteo 4:11
O texto menciona uma contenda que houve entre dois homens de
Deus, Paulo e Barnabé, e o motivo era a pessoa de João Marcos. Paulo gostava
muito de trabalhar em equipe e isso ficou bem vincado no seu ministério, mas
nem sempre isso era possível e no episódio com Marcos, que regressou para casa
no meio da primeira viagem missionária, mostra que Paulo deu o tempo necessário
para o crescimento de Marcos, mas depois ele foi útil ao ministério. João
Marcos foi um jovem que fracassou na sua primeira oportunidade de servir à
Cristo, como missionário, porém; mais tarde, recuperou-se tornando-se um maravilhoso
ministro da igreja primitiva. Ele foi o autor de um dos Evangelhos. João Marcos
era um cristão da segunda geração. A sua mãe era devota. Marcos era sobrinho de
Barnabé. Ver Colos. 4:10. João Marcos foi capaz de escrever a maravilhosa
história de Cristo, no seu Evangelho. Ele era filho de Maria, cuja casa era
ponto de reunião dos primeiros discípulos. Leia como foi a grande reunião de
oração ali realizada em favor de Pedro. Ver Atos 12:1-17.
Barnabé acreditou em Marcos. Através deste episódio podemos
aprender que Deus usa seres humanos imperfeitos, e os aperfeiçoa para sua obra
através da unção do Espírito Santo. Todos nós precisamos de um irmão, como
Barnabé, alguém que acredite em nós, que nos ajude nos momentos de dificuldades,
alguém que estenda a mão e diga: Levante-se e erga a cabeça, estou consigo para
o ajudar! Precisamos também de pessoas que nos apoiem, que nos dê uma segunda
oportunidade e que acreditem nas nossas capacidades. Vemos que João Marcos foi
um grande obreiro do Senhor, pois fez um trabalho maravilhoso em favor do Reino
Deus e até escreveu um Evangelho inspirado pelo Espírito Santo. Marcos pôde
contar com o apoio de grandes homens, como Barnabé, Paulo e Pedro. O sucesso missionário
dos apóstolos foi devido a capacitação do Espírito Santo na vida deles. E o
Espírito Santo usa apenas pessoas que não permanecem magoadas por situações
ocorridas e que conseguem perdoar.
Veja estes textos:
“Houvesse a igreja de Cristo feito a obra que lhe era designada, como Ele
ordenou, o mundo inteiro haveria sido antes advertido, e o Senhor Jesus teria
vindo à Terra em poder e grande glória." O Desejado de Todas as Nações, 633,
634.
“É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a
contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de
pecado e dor por tantos anos. Talvez tenhamos de permanecer muitos anos mais
neste mundo por causa de insubordinação, como aconteceu com os filhos de
Israel; mas por amor de Cristo, Seu povo não deve acrescentar pecado a pecado,
responsabilizando a Deus pela consequência de seu procedimento errado.”
Evangelismo, 696.
“Há diante de nós um Céu, uma coroa de vida a ganhar. Mas
somente ao vencedor é dada a recompensa. O que obtém o Céu precisa estar
revestido das vestes da justiça. “E qualquer que nEle tem esta esperança
purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro.” I João 3:3. No caráter de
Cristo não havia desarmonia de espécie alguma. E o mesmo pode acontecer
conosco. Nossa vida pode ser regida pelos princípios que governaram a Sua vida.”
Manuscrito, 1886. Filhos e Filhas de Deus, pág. 8
Paulo, para além de aprender a conviver em equipe ele também
crescia no seu relacionamento pessoal com Deus: Veja esta declaração de Paulo: “Para ver se de alguma maneira
posso chegar à ressurreição dentre os mortos. Não que já a tenha alcançado, ou
que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também
preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado;
mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e
avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo
prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3:11-14
SEXTA-FEIRA (18 de setembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 12:
PAULO: MISSÃO E MENSSAGEM – A missão de Paulo era salvar o pecador através de
Cristo. A sua mensagem foi Cristo e este crucificado. Embora a mensagem
principal de Paulo seja a salvação pela fé e graça, sabemos que ele
apresentava, sem rodeios, outras mensagens poderosos e que envolviam a vida ou
a morte. Diante do governador Feliz ele
disse: “E, tratando ele da justiça, e da temperança, e do juízo vindouro,
Félix, espavorido, respondeu: Por agora vai-te, e em tendo oportunidade te
chamarei.” Atos 24:25.
Paulo falou também da 1ª ressurreição como a recompensa dos
salvos, ver I Tes. 4:16 e 17, falou da destruição dos ímpios e dos que não
praticam a Palavra de Deus; quando Jesus voltar, ver II Tes. 1: 8 e falou da
existência do céu. Ver I Cor. 2:9 e Filipense 3:20. A mensagem de Paulo é de
salvação, mas também de juízo e vida eterna! Portanto, os crentes comprometidos com Deus devem aceitar as palavras de Paulo por inteiro e envolvendo a necessidade da obediência e não apenas a salvação pela graça.
Paulo fez muito pelo evangelho de Cristo. Como pregador e
escritor, contribuiu para transformar corações de pecadores à santos filhos de
Deus. De uma seita judaica e do obscuro e pagão império romano surgiu a
religião Cristã com mais adeptos o que qualquer outra religião. É certo que o Cristianismo está um tanto relativizado, pois vem perdendo forças na sua
maneira de viver e testemunhar de Cristo, mas a mensagem do Cristianismo continua
a mesma: Cristo; crucificado, ressurrecto, assunto ao céu, intercessor, Advogado, Juiz e que vai voltar pela 2ª vez para retribuir a cada um segundo as
suas obras e escolhas.
“Se quereis ser
santos no Céu precisais ser primeiro santos na Terra. Os traços de caráter que
acalentais na vida não serão modificados pela morte ou pela ressurreição.
Saireis da sepultura com a mesma disposição que manifestastes em vosso lar e na
sociedade. Jesus não altera o caráter em Sua vinda. A obra de transformação tem
de ser efetuada agora. Nossa vida diária está determinando o nosso destino.
Precisamos arrepender-nos dos defeitos de caráter, vencê-los pela graça de
Cristo e formar um caráter simétrico neste período de prova, a fim de que
sejamos habilitados para as mansões lá do alto.” Manuscript Releases, vol. 13,
pág. 82. Eventos Finais pág. 295; Visões do Céu, pág. 54.
Luís Carlos Fonseca
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