terça-feira, 15 de novembro de 2016

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 11 (4º trimestre de 2016) A PARTIR DO REDEMOINHO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 11 (4º trimestre de 2016) A PARTIR DO REDEMOINHO

VERSO ÁUREO: “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.” Jó 38:4

INTRODUÇÃO (sábado 3 de dezembro) – Até aqui estudamos as intervenções de Jó e seus amigos em relação ao sofrimento humano. A lição de hoje aborda a resposta que o Senhor Deus deu ao patriarca, e isso é muito importante para a composição do tema “sofrimento humano”. Isso dá-nos uma garantia de que Deus não é indiferente ao que se passa no planeta em pecados e conosco, tanto no nível individual, familiar e como sociedade.

Deus manifestou-Se através de um redemoinho e começou a falar à Jó. Quando Deus fala, todos ficam calados. Deus quando apareceu a Jó,  não o fez para defender Jó ou seus amigos. Como Criador dos céus e da terra, Deus tem respostas que surpreende Seus filhos. Jó tinha expressado frequentemente o desejo de falar com Deus e o seu anseio foi satisfeito, mas os contornos da conversa não foi exatamente o que Jó imaginava que seria.

Deus interrogou Jó a respeito do conhecimento que ele tinha sobre a criação. Ver Jó 38:4-7. A maioria das perguntas feitas por Deus foram para mostrar a Jó as Suas limitações como criatura! Ele interrogou Jó sobre a origem e o conteúdo do mar. Ver Jó 38: 8-11. Deus descreveu seu começo usando a figura de um nascimento. Neste capítulo inteiro, o Deus usou linguagem figurativa para falar sobre várias forças da natureza. A descrição sobre a natureza não tinha o objetivo de ser um tratado científico do assunto, mas apenas para mostrar que Deus estava acima de tudo, e inclusive do sofrimento. O mar é muito poderoso e ainda Deus afirma que é Ele traça os seus limites.

Deus perguntou à Jó se ele era o responsável pela aurora de um novo dia. Ver Jó 38:12-15. E, Deus fez outras perguntas à Jó. Deus retratou a terra como um vestuário cujas bordas são agarradas pela aurora e os ímpios são sacudidos dele, ver verso 13. Jó também foi indagado se ele tinha algum conhecimento das profundezas da terra; se tivesse, ele foi encorajado a falar. Ver vs 16-18. Deus quis saber o que Jó conhecia a respeito das moradas da luz e das trevas. Ver vs. 19-21. Na verdade percebemos, quando chegamos ao fim do livro, a principal mensagem de Jó pode ser resumida na simples afirmação: Deus é Deus, e o homem é homem.

Deus precisou de 5 capítulos para responder a Jó. Ver capítulos 38 a 42. Mas Deus não respondeu às perguntas e dúvidas de Jó e seus amigos. Deus respondeu como achou que devia responder.  A resposta do Senhor pode ser resumida em dois pontos principais:

1) Deus é Deus, e o homem é homem. Ele usa uma série de ilustrações para mostrar que Deus não precisa Se justificar para o homem, e que o homem é totalmente incapaz de compreender as grandezas de Deus. A questão do sofrimento envolve fé em Deus. Jó e seus amigos precisavam confiar em Deus e não julgar os atos de Deus.

2) As pessoas que ensinam um vínculo direto entre prosperidade material e fidelidade a Deus estão distorcendo a Palavra de Deus e falando mentiras sobre Deus. Veja este texto: “Sucedeu que, acabando o Senhor de falar a Jó aquelas palavras, o Senhor disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos, porque não falastes de mim o que era reto, como o meu servo Jó.” Jó 42:7. Aqui, Deus repreendeu fortemente os amigos de Jó por acreditarem na teologia da prosperidade. O que ele diria para os pregadores de hoje que difundem as mesmas mentiras? No final, Deus devolveu à Jó sua saúde e prosperidade, e Jó teve motivos para sorrir novamente. Jó é um livro importante para ajudar-nos a entender e aceitar as nossas limitações diante de um Deus glorioso. 

Jesus traduziu à humanidade a grandeza de Deus: “Cristo pôs de lado Sua vestimenta real e Sua majestosa coroa, para que pudesse associar-Se à humanidade e mostrar que os seres humanos podem ser perfeitos. Revestindo-Se de misericórdia Ele levou em nosso mundo uma vida perfeita para demonstrar-nos Seu amor. Efetuou aquilo que tornaria impossível a descrença nEle. De Sua elevada posição nas cortes celestiais Ele condescendeu em assumir a natureza humana. Sua vida constitui um exemplo do que pode ser a nossa vida. A fim de que nenhuma apreensão da grandeza de Deus se introduzisse para destruir nossa crença no amor de Deus, Cristo tornou-Se um homem de dores e que sabe o que é padecer. O coração humano, entregue a Ele, tornar-se-á uma harpa sagrada, emitindo música sacra.” Carta 365, 1904. Este Dia com Deus, 281.

DOMINGO (4 de dezembro) A PARTIR DO REDEMOINHO Este é o texto para hoje: “Depois disto o Senhor respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo” Jó 38:1. Há tantas maneiras que o Senhor poderia ter aparecido teofanicamente à Jó, mas escolheu, para aquele momento especial, justamente um redemoinho. No decorrer deste trimestre vimos os discursos de Jó, de seus 4 amigos e agora fechando esta parte, veremos as respostas de Deus. Deus apareceu através de um redemoinho porque Ele nunca foi visto por pessoas, a não através de Jesus Cristo.

Redemoinhos são intervenções que varrem literalmente pessoas e coisas, quando o redemoinho é forte é convertido em um tornado, e dependendo da força do vento, pode ser devastador. Viver a um redemoinho, significa ser moído literalmente e ver a vida ir pelos ares. Foi exatamente isso que aconteceu com Jó. Em pouco tempo ele teve sua vida acometida pelo mal, perdendo tudo que tinha: família, saúde, amigos e honras. Um redemoinho varreu-lhe a felicidade, a agora Deus apareceu para ele através de um fenómeno natural desses! Só Deus mesmo pode manifestar-Se assim!

A história de Jó é um reflexo da sua vida e mostra porque muitos de nós padecemos adversidades. É difícil para nós decifrarmos os desígnios de Deus quando os problemas aparecem na nossa vida, especialmente nos momentos em que a dor é tão intensa e a alma geme, faltando palavras e forças para sorrir e manter-se em pé. Quando não entendemos nada daquilo que acontece conosoco, Deus age, pois somos convidados a aceitar Deus pela fé. Quem intercedeu por Jó? Nenhum de seus amigos e nem sua mulher. Veja que quando as esperanças humanas falham, Deus age: “Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos e o Senhor deu-lhe o dobro de tudo quanto antes possuía” Jó 42:10.

Jó teve que aprender a não se defender e sim a confiar mais em Deus que é soberano, fiel e cujos caminhos não podem ser sondados, mas a quem se deve respeitar e confiar. A conversa entre Deus e Jó pode ser resumida da seguinte forma: 1). O primeiro discurso de Deus. Jó 38:1- 40:2. 2). A humildade de Jó. Jó 40:3-5. 3) O segundo discurso de Deus. Jó 40 e 41. 4) O arrependimento de Jó. Jó 42:1-6.

É curioso que nem Jó, nem os seus amigos foram capazes de dar explicações corretas sobre o sofrimento de Jó, por isso que não tinham nem respostas, nem sabiam quais seriam as perguntas certas a se fazer naqueles momentos. Deus também não respondeu nada das dúvidas de Jó, nem deu explicações para o seu sofrimento ou para a sua situação, antes fez muitas perguntas à Jó, que não sabia responder. Jó ficou totalmente mudo, sem palavras! Coitado!

Isso deve ajudar-nos também a confiarmos em Deus nos momentos difíceis. A primeira coisa que Deus fez foi perguntar quem é o atrevido a falar palavras sem conhecimento. Deus Se referia a Eliú, pois tinha sido o último a falar. Mas, Elifaz; Bildade, Zofar e Jó não sabiam o que falavam sobre o sofrimento. Deus desafiou Jó a ensiná-lo. Mas, isso seria possível? Essas eram perguntas de retórica que Deus usou, pois era impossível Jó ensinar qualquer coisa a Deus. A ironia aqui não se trata de sarcasmo, antes um lembrete amoroso de que Deus é o Criador e nós, simples criaturas!

Só no capítulo 38 Deus colocou 32 interrogações sem que Jó soubesse responder a uma delas sequer. Era como se Deus estivesse dizendo que Jó não tinha condições de entender ainda que Deus lhe explicasse todas elas, portanto o melhor que poderia fazer era confiar.

Como você reage ao aparente silêncio de Deus diante das dificuldade que passa?

SEGUNDA-FEIRA (5 de dezembro) A PERGUNTA DE DEUSEste é o texto principal para o estudo de hoje: “Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?” Jó 38:2. Esta pergunta de Deus refere-se a Eliú, mas que os demais amigos de Jó partilhavam dos mesmos pensamentos. As perguntas de Deus não é porque Ele não tem respostas e sim porque Ele é um grande Mestre. As perguntas fazem-nos pensar em respostas equilibradas que venham nos favorecer.

Deus sabe e conhece todas as coisas. Onisciência é o termo usado pelos teólogos para designar uma pessoa que sabe tudo; no caso, Deus. Ele sabe até o que estamos pensando. Veja Ezequiel 11:5 e Lucas 5:21-22. Deus sabe todas as coisas que vão acontecer. Ele sabe tudo que poderia acontecer debaixo de qualquer conjunto de circunstâncias. Veja I Samuel 23:10-12 e  II Reis 8:10. Deus não pode criar um plano mal ou falhar em trazer os Seus propósitos e promessas às suas conclusões, porque Ele sabe todas as coisas. A onisciência de Deus sustenta a Sua sabedoria. Deus usou de retórica quando fez tantas perguntas à Jó e mostrou que Jó devia simplesmente confiar em Deus.

A sabedoria de Deus é infinitamente superior à sabedoria humana. E as perguntas de Deus à Jó tinham o propósito de mostrar essa realidade. Veja estes textos: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” Isaías 55:8,9

“Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos.” I Coríntios 3:18-20.

Como os seguintes textos mostram os propósitos de Deus em Suas perguntas? Quando Deus pergunta Ele já não sabe a resposta? “E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?” Gênesis 3:11

“E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão?” Gênesis 4:9.

“E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do Senhor veio a ele, e lhe disse: Que fazes aqui Elias?” I Reis 19:9.

“E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atos 9:4.

“E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” Mateus 16:13.

Caso Deus lhe perguntasse porque a sua vida está como está, o que lhe responderia?

TERÇA-FEIRA (6 de dezembro) O SENHOR COMO CRIADOR – Louis Pasteur, químico francês, reconheceu que acreditava em Deus. Como ele, muitos grandes cientistas modernos têm admitido crer na existência de um supremo e inteligente Criador. A. C. Morrison, em seu livro; "O Homem Não Está Só", disse o seguinte: “Pela inquebrantável lei da matemática podemos provar que nosso universo foi idealizado e criado por uma grande inteligência de engenharia”.

Nós, crentes, por acreditarmos e conheceremos Deus, as vezes queremos encontrar respostas para todas as perguntas, mas, a lição de hoje mostra que isso não é possível. Jó, quando desejou obter repostas de Deus, acabou por receber muitas perguntas de Deus. O Criador mostrou Sua grandeza à Jó comparada com a sua pequenez. A segunda pergunta de Deus à Jó foi essa: “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.” Jó 38:4.

Veja outras perguntas que Deus fez à Jó para enaltecer os seus atos da criação.

Atos de Deus no céu: “Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-Estrelo ou soltar os cordéis do Órion? Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos? Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra? Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra? Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?” Jó 38:31-35.

Atos de Deus na terra: “Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou saciarás a fome dos filhos dos leões, quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas? Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando, por não terem o que comer?” Jó 38:39-41.

Claro que Jó não estava presente nestes atos e não sabia responder nada a Deus. O patriarca não sabia muitas coisas sobre a criação, a não ser a criação que contemplava. O livro do Gênesis afirma que o homem é um ser criado à imagem e semelhança de Deus: “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança … Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gên 1:26-27. O homem é uma criatura. Há uma diferença grandiosa entre Deus, como Criador, e o homem, como criatura. O homem é barro e mais o sopro divino e é mortal. Deus é Criador; eterno e imortal. Deus quis mostrar à Jó que o homem é um ser dependente de Deus e que sem Deus, não haveria humanidade!

O cristão deve aceitar a ciência verdadeira, mas deve rejeitar os cientistas que enaltecem a sabedoria humana acima de Deus e que apoiam a teoria do big bang e a evolução das espécies. Grande parte da ciência apoia a existência da obra de Deus. Salmo 19:1 menciona: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” A assombrosa complexidade da reprodução do DNA, as complexas leis da física, a absoluta harmonia das condições e química aqui na terra e a harmonia dos astros, tudo isso serve de prova à mensagem da Bíblia e a existência de Deus Criador de todas as coisas. E, em perguntas de retórica, Deus fez Jó pensar na grandeza da criação vinda de Suas mãos. Os cientistas mais racionais, mesmo aqueles que se recusam a crer em Deus, admitem que há um grande vazio em nosso entendimento acerca do universo. A ciência existe para ser uma disciplina verdadeiramente neutra, que busca somente a verdade. E Deus sempre teve a intenção de que o procurássemos através da fé, e não através da lógica. E foi isso que Deus ensinou Jó sobre o sofrimento e a dor.

Através dos séculos, a humanidade tem tentado decifrar os segredos escondidos no universo, e se empenhado em explicar como é que veio a existir  Quem criou todas as coisas? Felizes são aqueles que, pela fé baseada na razão, crêem na veracidade do testemunho indicado no primeiro versículo da Bíblia que diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra." Gên. 1:1. Jó não tinha dúvidas de que o mundo tinha sido criado por Deus, mas precisou aprender, a duras penas, que para o seu sofrimento não tinha respostas aparentes. Tanto Jó como nós temos a garantia e a certeza de que o Deus Criador fica ao nosso lado nos momentos bons e menos bons, e sabemos que depois da tempestade vem a calmaria. Amém?

Como podemos confiar no Deus Criador, mesmo não sabendo muito bem porque passamos pelo sofrimento e dor?

QUARTA-FEIRA (7 de dezembro) A SABEDORIA DOS SÁBIOS - No capítulo 39 de Jó encontramos diversas outras perguntas que a sabedoria humana não pode responder. Estas perguntas têm a ver com as maravilhas exibidas por certos animais e aves. O capítulo começa com estas perguntas: “Sabes tu o tempo em que as cabras montesas têm filhos, ou observastes as cervas quando dão as suas crias? Contarás os meses que cumprem, ou sabes o tempo do seu parto? Quando se encurvam, produzem seus filhos, e lançam de si as suas dores. Seus filhos enrijam, crescem com o trigo; saem, e nunca mais tornam para elas”. Jó 39:1.4

Não há dúvidas de que a ciência e a filosofia muito contribuem para com o bem-estar da humanidade. Deus disse que nos últimos dias a ciência iria se multiplicar. Ver  Daniel 12:4. A Era Moderna, com os pensamentos filosóficos, ajudou o mundo a ter outras concepções e valores relacionados com a higiene, saúde, liberdade de pensamento e e desenvolvimento da ciência, como um todo. Mas, por outro lado, esse conhecimento todo tem distanciado as pessoas de Deus que é a fonte da verdadeira sabedoria.

A loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Ver I Coríntios 1:25. O discurso de Paulo em Atenas está relatado em Atos 17:16-34 e é um dos primeiros textos em que se trata diretamente da relação entre gregos e cristãos. Os gregos tinham a fama de serem sábios e o discurso de Paulo, no areópago, representa o primeiro encontro entre filosofia e fé cristã. Atenas era a sede mundial da cultura e filosofia grega; mas era também o ponto central da superstição e idolatria. É muito interessante observar que o apóstolo não tinha pressa de começar seu trabalho nesse lugar. Ele concedeu tempo à reflexão.

Os gregos eram entendidos em sabedoria humana mas eram ignorantes no conhecimento de Deus, tanto é que Paulo não teve sucesso na pregação em Atenas. Veja como o seguinte texto confirma isso: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” I Coríntios 1:18. E, Deus deixou claro que a sabedoria humana depende de Deus…veja o texto: “Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Coríntios 1:19-21

O verdadeiro sábio é aquele que aceita Jesus: “As jóias da verdade acham-se espalhadas sobre o terreno da revelação; mas têm sido soterradas sob as tradições humanas, sob os dizeres e mandamentos de homens, e a sabedoria do Céu tem sido virtualmente passada por alto; pois Satanás tem sido bem-sucedido em fazer com que o mundo creia que as palavras e realizações humanas são de grande importância. O Senhor Deus, o Criador do Universo, deu o evangelho ao mundo a um preço infinito. Por meio deste agente divino, agradáveis e revigorantes caudais de conforto celestial e consolo permanente têm sido abertos para aqueles que se aproximam da fonte da vida. Ainda há veios de verdade a serem descobertos; mas as coisas espirituais se discernem espiritualmente. As mentes obscurecidas pelo mal não podem apreciar o valor da verdade como é em Jesus.” The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1891. E Recebereis Poder, 103.

“Aqueles que não são conscientes da grandeza de Deus e Sua onipotência, se intrometerão como grandes e sábios, mas são simplesmente insignificantes. À vista de Deus são como criancinhas que não podem andar sozinhas, contudo sentem-se plenamente competentes para tratar dos maiores problemas. Supõem que se puderem unir-se e consolidar seus talentos, lograrão grande sucesso. Mas quanto maior for o número unido, maior será o fracasso, a menos que busquem conhecer e compreender a Deus. Não são números combinados em uniões que harmonizam o homem com o Céu. Há muitos, muitos mesmo, que, inexperientes e irracionais, supõem-se suficientemente sábios para fazer tudo aquilo que desejarem. Para Deus, sua sabedoria é loucura. Eles precisam lembrar que são somente crianças em sabedoria, e que antes de poderem conhecer-se, precisam aprender de Deus. Deus é nosso Pai, e Ele ensinará todos que forem a Ele reconhecendo que sua sabedoria humana é loucura. Ao obterem Sua força, e fazerem paz com Ele, vivendo por Sua Palavra, Ele unirá Sua força com a fraqueza deles, Seu conhecimento com sua ignorância, fazendo-os fortes nEle. Dar-lhes-á o cuidado adequado às suas necessidades. Aqueles que nEle confiam como seu Mestre não tropeçarão nem cairão.  Manuscrito 88, 1902. Olhando Para o Alto, 196

QUINTA-FEIRA (8 de dezembro) ARREPENDENDO-SE NO PÓ E NAS CINZASSe Jó era justo diante de Deus, do que ele se arrependeu? Este é o final do livro de Jó e já vimos os dois discursos de Deus que não respondeu a Jó a questão do seu sofrimento. Muitas das perguntas que Jó e seus amigos fizeram ficaram sem respostas, e agora Jó mostra-se arrependido, pede perdão e entende que não pode entender ainda que Deus lhes explicasse tudo, conforme desejavam em seus corações. Jó, além de submisso, se arrependeu, mas não de uma vida pecaminosa, pois Deus mesmo tinha dito que ele era justo, mas dos momentos em que seus gritos de sofrimento questionaram a justiça e a bondade de Deus.

Em Jó 42:5 lemos: “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos.” Jó ficou impressionado com a manifestação de Deus no redemoinho. Sabemos que Jó não viu Deus fisicamente, a não ser pela manifestação sobrenatural através do redemoinho,  pois “homem nenhum verá a minha face e viverá.” Êxodo 33:20 e 23. Trata-se, pois, de algo mais profundo, pois ele não conseguia penetrar com seus olhos aquele redemoinho, naquela manifestação teofânica de Deus ao patriarca.

A lição traz outros dois exemplos de pessoas, que quando viram a glória de Deus, sentiram-se grandes pecadores. Um é a história da grande pescaria: “E vendo isto Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador. Lucas 5:8. O outro exemplo foi a reação que Isaías teve da visão do trono de Deus: "No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos.” Isaías 6:1-5.

Antes da queda de Adão e Eva, nossos pais eram privilegiados por gozar a companhia e comunhão íntima com Deus. Depois do pecado eles perderam essa comunicação “face a face”. O pecado faz separação entre nós e o nosso Deus. Ver Isaías 59:2. Hoje podemos nos comunicar com Deus através da Bíblia e da oração, mas sempre com a limitação de não podermos ver Deus com os olhos físicos. 
Só há um caminho possível para você permanecer na presença de Deus; é através da graça de Deus. Deus pode permanecer no meio de um povo pecador porque Ele é um Deus que perdoa o pecado.

A reação de Jó, Isaías e Pedro, quando estiveram na presença de Deus, deve ser a de todos os crentes que tem um íntimo relacionamento com Deus. Quando nos aproximamos de Deus sentimos a nossa pecaminosidade e somos levados ao arrependimento. Sempre temos algum pecado para confessar. Mesmo sentindo como Jó, que sabia que não vivia na prática de pecados, devemos pedir para Deus mostrar os pecados desconhecidos por nós mesmos. A Bíblia não usa a palavra inconsciente. Mas “oculto”: Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.” Salmo 19:12. Davi sabia também que os pecados do coração como; orgulho, cobiça e lascívia o separava de Deus: “Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão.” Salmos 19:13

Aqueles que vivem longe de Deus podem desenvolver atitudes de um fariseu: “A uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros, dirigiu Cristo a parábola do fariseu e do publicano. O fariseu sobe ao templo para adorar, não porque sente ser pecador necessitado de perdão, mas por julgar-se justo e esperar obter elogio. Considera sua adoração um ato meritório que o recomendará a Deus. Simultaneamente dará ao povo uma demonstração elevada de sua piedade. Esperava assegurar-se o favor de Deus e dos homens. Sua adoração é motivada pelo interesse próprio. Julga seu caráter, não pelo caráter santo de Deus, mas pelo caráter de outros homens. Seu espírito desvia-se de Deus para a humanidade. Este é o segredo de sua satisfação própria. Prossegue enumerando suas boas ações: “Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.” Lucas 18:12. A religião do fariseu não toca a pessoa. Não atenta para o caráter semelhante ao de Deus, nem para o coração cheio de amor e misericórdia. Dá-se por contente com uma religião que só se refere à vida exterior. Sua justiça lhe é própria — é o fruto de suas próprias obras. E é julgada por um padrão humano. Todo aquele que em si mesmo confia que é justo, desprezará os demais. Como o fariseu, julga a si próprio por outros homens, julga aos outros por si. Sua justiça é avaliada pela deles, e quanto piores, tanto mais justo parece ele. Sua justiça própria leva-o a acusar. “Os demais homens”, condena ele como transgressores da lei de Deus. Deste modo manifesta o próprio espírito de Satanás, o acusador dos irmãos. Impossível lhe é neste espírito entrar em comunhão com Deus. Volta para sua casa destituído da bênção divina.” Parábolas de Jesus, 74 e 75

SEXTA-FEIRA (9 de dezembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 11 (4º trimestre 2016) A PARTIR DO REDEMOINHO – Vimos nas lições anteriores que Jó e seus amigos dialogaram muito sobre o sofrimento e não chegaram a um acordo sobre o assunto. A lição desta semana mostrou Deus falando com Jó em dois momentos, e quando Deus resolveu falar, Ele só fez perguntas à Jó e não respondeu aquilo que o patriarca desejava saber. 

Porque Deus emudece, fica em silêncio e Se esconde de nós? Isaías tinha a sensação que Deus Se escondia quando disse: “Verdadeiramente tu és o Deus que te ocultas, o Deus de Israel, o Salvador.” Isaías 45:15. 

O Salmista também tinha a mesma sensação de Isaías quando disse: “Por que estás ao longe, Senhor? Por que te escondes nos tempos de angústia?” Salmo 10:1. Em algum momento da nossa vida somos levados a perguntar: Deus, por que isso está acontecendo comigo? Senhor, por que tantas tribulações e conflitos confundem a minha vida? Você já se sentiu em uma situação assim? Você já ficou decepcionado com Deus? Por que Deus não responde e parece estar distante? Com certeza todos nós entendemos bem a angústia de Jó!

É claro que Deus não Se encontra ao alcance de nossa visão física, Ele Se encontra em oculto, fato esse comum a qualquer ser humano. A Bíblia nos fornece a certeza de que Deus é um ser espiritual e não o conseguimos enxergar. Mas Deus resolveu Se revelar ao Ser humano. A experiência religiosa do ser humano após a queda foi, está sendo e sempre será fundamentada na fé, confiança e certeza de que Deus existe e apesar de nossa indignidade, embora não O possamos ver fisicamente, Deus é um Pai amoroso que Se dispôs a habitar entre nós: "E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles". Exodo 25:8. E temos a maior manifestação do amor Deus enviando Jesus para morrer por nós. 

Sabedoria humana versus sabedoria divina: “Para muitos, as pesquisas científicas se tornaram uma desgraça. Deus permitiu que uma inundação de luz fosse derramada sobre o mundo, em descobertas científicas e artísticas; mas mesmo os maiores espíritos, se não forem guiados pela Palavra de Deus em suas pesquisas, desencaminhar-se-ão em suas tentativas de investigar as relações entre a Ciência e a Revelação. O saber humano tanto das coisas materiais como das espirituais é parcial e imperfeito; portanto, muitos são incapazes de harmonizar com as declarações das Escrituras suas opiniões sobre a Ciência. Muitos aceitam meras teorias e especulações como fatos científicos e julgam que a Palavra de Deus deve ser provada pelos ensinos da “falsamente chamada ciência.” 1 Timóteo 6:20. O Criador e Suas obras estão além de sua compreensão; e, por não poderem explicar isto pelas leis naturais, a história bíblica é considerada indigna de confiança. Os que duvidam da fidedignidade dos relatos do Antigo e Novo Testamentos, muito amiúde vão um passo além, pondo em dúvida a existência de Deus e atribuindo à Natureza o poder infinito. Tendo perdido sua âncora, são deixados a chocar-se contra as rochas da incredulidade. Assim muitos se desviam da fé, e são seduzidos pelo diabo. Os homens têm-se esforçado por ser mais sábios do que o seu Criador; a filosofia humana tem tentado devassar e explicar mistérios que jamais serão revelados por todas as eras eternas. Se os homens tão-somente pesquisassem e compreendessem o que Deus tornou conhecido a respeito de Si mesmo e de Seus propósitos, obteriam uma perspectiva tal da glória, majestade e poder de Jeová, que se compenetrariam de sua própria pequenez, contentando-se com aquilo que foi revelado para eles mesmos e seus filhos.” O Grande Conflito, 523

Mesmo Jó não entendendo o seu sofrimento e não obtendo a resposta de Deus, Ele foi recompensado por Deus. Embora o que aconteceu com Jó não seja uma garantia de que todos os justos que sofrem terão de volta as bênçãos nesta vida, Deus assegura que aqueles que permanecerem fiéis, durante as provações, serão recompensados no mundo Celestial que está por vir. Nem todos teremos a mesma sorte de Jó, de termos a justiça sendo feita nesta vida, mas, com certeza, Deus tem um fim maravilhoso para os Seus filhos. Bastar confiar e aguardar! Amém?


Luís Carlos Fonseca 

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