domingo, 7 de fevereiro de 2016

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (1º trimestre 2016) COMPANHEIROS DE ARMAS

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (1º trimestre 2016) COMPANHEIROS DE ARMAS

VERSO ÁUREO: “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?” Lucas 24:32

INTRODUÇÃO (sábado 13 de fevereiro) – A lição desta semana vai tratar sobre o chamado que Jesus fez aos discípulos, sobre a Sua manifestação pessoal e através da natureza aos discípulos e a nós, e sobre a escolha que cada um pode fazer em servir ou não a Deus. Esta é uma lição bem prática.

Cinco discípulos estavam com Jesus desde o início de Seu ministério, mas é bom ressaltar que Jesus levou mais tempo para que acabasse de escolher o restante do grupo. Jesus viveu uma vida de obediência ao Pai antes que chamasse qualquer pessoa para O seguir. Apesar de Jesus ser Deus, não usou Sua divindade para selecionar Seus discípulos. Passou uma noite inteira em oração para que o Pai lhe mostrasse quem Ele deveria escolher. Jesus estava para dar início a um movimento que mudaria o mundo e, para isso, queria ter certeza de que escolheria as pessoas certas, mas por tratar de pessoas, que são falhas, ainda assim Judas Iscariotes foi um traidor.

Os doze discípulos escolhidos por Jesus não eram os melhores seres humanos que a humanidade podia oferecer. A maioria deles era pobre e sem muita cultura escolar. Isso pode ser percebido pelo desdém com que os líderes judeus os tratavam. Jesus escolheu seres humanos fracos e ignorantes e mostrou o que um pouco de exposição ao Sol da Justiça pode fazer àquele que aceita o Seu chamado. 

Os discípulos aprenderam a trabalhar em equipe, observando a maneira como Jesus tratava cada um. Durante o ministério de Cristo os discípulos passaram por sérios problemas de rejeição e privação, e após a morte e ressurreição de Cristo eles permaneceram juntos e fundaram o Cristianismo. Logo em seguida ao chamado dos doze discípulos Jesus passou a expor os princípios do reino do céu, através do Sermão da Montanha, que deveriam fazer parte da vida deles. A multidão que ouviu a mensagem de Cristo era composta em sua maioria por pessoas rejeitadas e marginalizadas pela sociedade.

Contrário do que muitos pensam, os apóstolos de Cristo foram muito fracos. Não lemos mais de uma ou duas páginas nos evangelhos sem que encontremos mal-entendidos e fraquezas espirituais nos discípulos. Ver Lucas 9:37-56. Os discípulos não conseguiram expulsar um demônio por falta de fé e de oração. Ver Marcos 9:29 e Mateus 17:20. Não conseguiam entender o claro ensino de Jesus sobre a crucificação porque tinham pensamentos pré-concebidos. Eles discutiram sobre quem era o maior. Mostraram o seu preconceito repreendendo alguém que expulsava demônios em nome de Jesus. Queriam incendiar uma vila samaritana que os tratou rudemente. Observar as falhas dos discípulos deve servir-nos de incentivo para buscarmos o poder de Deus. Jesus estava disposto a tolerar várias dessas falhas enquanto moldava aqueles homens. Eles lhe eram fiéis, mas eram tardios e fracos. Jesus ajudou-os a crescer e assim pode nos ajudar também. Ver as falhas dos discípulos deve servir-nos de advertência. No que falharam, não precisamos falhar,

Veja estes textos inspirado: “As coisas espirituais se discernem espiritualmente. Os que não têm vital união com Deus oscilam dum lado para o outro; eles colocam as opiniões dos homens na frente, e a Palavra de Deus em segundo plano. Apegam-se às asserções humanas de que o juízo contra o pecado é contrário ao bondoso caráter de Deus, e, enquanto se demoram na benignidade infinita, procuram olvidar que existe tal coisa como justiça infinita. Quando temos noções corretas do poder, da grandeza e da majestade de Deus e da debilidade do homem, desprezamos as pretensões de sabedoria feitas pelos chamados grandes homens da Terra, os quais nada têm da nobreza do Céu em seu caráter. Não há nada pelo que os homens devam ser louvados ou exaltados. Os que servem a Deus são os únicos cuja opinião e exemplo é seguro seguir. O coração santificado aviva e intensifica as faculdades mentais. A viva fé em Deus comunica energia; proporciona calma e tranquilidade de espírito, e força e nobreza de caráter.” Mensagens Escolhidas vol 3, 308

“Paulo tinha uma aguda intuição do conflito que cada pessoa há de sustentar com as agências do mal que continuamente estão procurando enlaçá-la e enganá-la; e incansavelmente havia ele trabalhado para fortalecer e confirmar os novos na fé. Apelara para que fizessem uma inteira entrega a Deus; pois sabia que, quando a pessoa deixa de fazer essa entrega, então o pecado não é abandonado, os apetites e as paixões ainda lutam por manter a supremacia e as tentações confundem a consciência. A entrega tem que ser completa. Todos os que se sentem fracos, em dúvida, que lutam para se render inteiramente ao Senhor, são colocados em contato direto com as agências que os habilitarão a vencer. O Céu lhes está próximo, e eles são sustentados e socorridos por anjos de misericórdia em todas as ocasiões de lutas e necessidade.” Atos dos Apóstolos, 166

Será que na luta com o diabo nós oramos e confiamos em Deus?

DOMINGO (14 de fevereiro) O CHAMADO FEITO A PEDRO – Pedro era de Betsaida da Galiléia, ver João 1:40-42, cidade de seu irmão André e de Filipe, ver João 1:44, sendo ambos, irmãos pescadores, ver Marcos 1:16. Em Mateus 8:5,14 vemos Pedro residindo em Cafarnaum, cuja sogra foi curada por Jesus. Pedro foi um dos primeiros discípulos vocacionados, foi levado a Jesus por seu irmão André, ver João 1:41, que lhe disse: “Achamos o Messias, que, traduzido, é o Cristo”. O chamado de Pedro está estreitamente ligado ao de Tiago e João, no relato de Mateus. Mateus relata que se deu logo ao início do ministério de Jesus, após Seu batismo e tentação, quando estava “…andando junto ao mar da Galiléia…” quando “…viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.” Mat. 4:18,19.

Nas listas dos doze discípulos, Pedro encontra-se em primeiro lugar. Ver Mateus 10:2; Marcos 3:16; Luc 6:14 e Atos 1:13. Veja algumas ações de Pedro: Pedro andou sobre o mar, ver Mateus 14:29; confessou que Jesus é o Cristo, por revelação divina, ver Mateus 16:1 e João 6:68; reprovou Jesus, opondo-se ao anúncio da paixão, sendo asperamente repreendido por Jesus, ver Mat 16:22,23; presenciou a ressurreição da filha de Jairo, ver Luc 8:51, participou da transfiguração, ver Mat 17:1; presenciou a agonia de Jesus, ver Mat. 26:37, foi responsável para preparar a Páscoa na companhia de Tiago e João. Ver Luc 22:8. Fisgou o peixe com a moeda na boca, com a qual Jesus pagou o imposto do templo, ver Mateus 17:24-27; perguntou a respeito do perdão, ver Mat. 18:21, e da recompensa pela renúncia a todas as coisas, ver Mat 19:27; questionou a respeito da figueira, ver Mar 11:21 e dos sinais da segunda vinda, com Tiago, João e André, ver Mar 13:3; teve seus pés lavados por Jesus, ver João 13:6-10; perguntou acerca do traidor, ver João 13:24 e na prisão de Jesus, no Getsemani, agrediu  Malco, decepando-lhe a orelha. Ver João 18:10-11.

A personalidade de Pedro – Veja o texto sugerido na lição: “E, fazendo assim, colheram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se-lhes a rede. E fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os fossem ajudar. E foram, e encheram ambos os barcos, de maneira tal que quase iam a pique. E vendo isto Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador.” Lucas 5:6-8

Pedro tinha a consciência de que era um pecador e de que Jesus era Santo. Mas demorou muito para ele realmente vencer as suas fraquezas e tornar-se no grande apóstolo que foi. Pedro era naturalmente impulsivo, ver Mateus 14:28 e João 21:7. Era também terno e afetuoso, ver Mateus 26:75; João 13:9 e 21:15-16. Era presunçoso, ver Mateus 16:22 e João 13:8. Era tímido e covarde, ver Mateus 14:30 e 26:69-72. Ao mesmo tempo que mostrava-se pronto para morrer por Cristo, ver Marcos 1:18, era inclinado à auto gratificação. Ver Mateus 19: 27. Era vagaroso para aprender as verdades mais profundas. Ver Mateus 15:15,16. Pedro fez duas grandes confissões de sua fé em Cristo, ver Mateus 16:16 e João 6:68,69 e também O negou de maneira covarde. Ver Marcos 14:67-72. Ele foi repreendido por Jesus, ver Marcos 8:33 e por Paulo. Ver Gálatas 2:11.

Muitos erros são destacados na vida de Pedro, mas era uma pessoa cheia de vontade de viver do lado de Jesus, pois sempre estava seguindo seu Mestre. Todos estes erros são para nos mostrar como também somos pecadores e amados por Deus. Mas, a partir do Pentecostes, Pedro foi fortalecido pelo Espírito Santo, que concedeu-lhe sabedoria para instruir pecadores ao arrependimento, ver Atos 2:14. Ele se tornou ousado e corajoso. Ver Atos 4:13,19 e 20. Ele tornou-se eu um vaso de bênção para os enfermos, ver Atos 5:15 e passou a orar de maneira mais eficaz. Ver Atos 4:40. A grande transformação na vida de Pedro reflete a conversão experimentada por todo aquele que conhece o poder de Deus em sua vida. Isso nos dá ânimo, mostrando-nos que é possível mudar.

Pedro foi considerado como uma coluna na igreja primitiva, ver Gál. 2:9. Possivelmente tenha sido perseguido e martirizado ao mesmo tempo em que Paulo, durante as perseguições de Nero. A tradição afirma que ele não se julgava digno de ser crucificado como seu Senhor, e ao seu próprio pedido, foi crucificado de cabeça para baixo. Esta tradição é geralmente atribuída a Orígenes que escreveu livros históricos.

“A maneira do Salvador tratar com Pedro tinha uma lição para ele e para seus irmãos. Conquanto tivesse Pedro negado a seu Senhor, o amor de Jesus por ele jamais vacilara. E ao assumir o apóstolo o encargo de ministrar a outros, devia tratar o transgressor com paciência, simpatia e compassivo amor. Lembrando sua própria fraqueza e queda, devia tratar as ovelhas e cordeiros entregues a seu cuidado com a mesma ternura que Cristo tivera com ele.” Atos dos Apóstolos, 290

SEGUNDA-FEIRA (15 de fevereiro) “COM ELE”Este é o texto principal para hoje: “E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar.” Marcos 3:14. O conceito da lição de hoje é que os discípulos antes de iniciar o ministério deviam passar momentos de comunhão e aprendizado com Cristo. É importante lembrarmos também que Jesus, antes de escolher os apóstolos, orou a noite toda. Veja este texto: “E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos.” Lucas 6:12,13. Jesus é um exemplo de oração e ensinou os discípulos que o ministério deles só teria sucesso através da oração e discipulado.

Quando Cristo chamou os doze e concentrou o Seu trabalho nesses homens, nos revela um plano estratégico. Ele tinha muitos seguidores, mas como poderia cuidar de todo aquele povo, que era como ovelhas sem pastor, e, ao mesmo tempo dar continuidade a obra que veio realizar da parte do Pai? Quando lemos o plano de Jesus em Marcos 3:14-15, entendemos que Ele chamou os doze para estarem “com Ele”, e ao mesmo tempo, os enviou à pregar. Mas em Mar 6:7 diz que eles só foram enviados mais tarde. Como entender? É que em Marcos 3:13-15, o plano foi dado num sentido geral, mas, depois ele foi especificado. Veja as duas etapas do plano: A primeira etapa foi  “para estarem com Ele” a segunda etapa foi :“para os enviar à pregar.

Discipulado para Jesus significou os discípulos estarem juntos “com Ele”. Era um relacionamento intenso e íntimo em oração e trabalho. Esta foi a maneira mais eficiente que Jesus encontrou para servir e ensinar Seus discípulos. Eles aprendiam vendo Jesus fazer. Ver Atos 1:1. Tudo o que Jesus queria que Seus discípulos fizessem, Ele dava exemplo antes. O exemplo é o melhor ensino. Por isso, para Jesus, o discipulado não era mais um método, um programa, um grupo de estudos, uma reunião ou uma entrevista. Discipulado para Jesus era Ele mesmo Se oferecendo para Seus discípulos. E nesta primeira etapa, os discípulos aprendiam de Jesus para mais tarde praticarem o que receberam. Neste tempo, Jesus estava formando suas vidas e equipando-os para a obra de evangelização. Depois eles começam a fazer o que aprenderam com Jesus. Eles pregaram o evangelho do reino, expeliram demônios e curaram enfermos. Ver Marcos 6:7-30. Mas eles não faziam a obra sozinhos. Jesus os tinha enviado de dois a dois e o Espírito Santo os capacitava.

Em Marcos 3:14 temos o começo do discipulado de Jesus e em Mateus 28:18-20, temos sua continuidade. Mateus 28 é conhecido como “A Grande Comissão" e é uma ordem do Senhor Jesus à todos os discípulos, em todas as épocas e em todos os lugares. Esta comissão começou na época de Jesus, e vai "até à consumação do século", atingindo a nossa geração. Quem hoje está responsabilizado de continuar a grande comissão de fazer discípulos? Cada um de nós que se tornou um discípulo de Jesus. Iremos corresponder?

Antes dos discípulos receberem qualquer incumbência ministerial, eles foram chamados para estar com Jesus. Jesus sabia que precisava investir tempo nos apóstolos para transmitir-lhes princípios de retidão, fé e amor. Somente um investimento bem planejado poderia fazer com que eles frutificassem para o reino de Deus. Não há investimento maior do que o tempo passado com Jesus. As necessidades deste mundo não podem nos privar da doce comunhão com Deus, obtida por meio de um caminhar contínuo em Sua presença. Quando não priorizamos este investimento em nossa própria vida espiritual, não teremos o que oferecer aos outros. Ninguém dá o que não tem. Jesus pediu que os apóstolos estivessem com Ele e se  eles permanecessem nessa posição, no devido tempo passariam a ter muito de Cristo para oferecer ao mundo.

Veja estes textos: “Quando Se revestiu da natureza humana, Cristo ligou a Si a humanidade com um laço de amor que nunca pode ser desfeito por poder algum, exceto a escolha do próprio homem. Satanás sempre estará tentando nos seduzir para desfazermos esse laço, escolhendo separar-nos de Cristo. É aqui que precisamos vigiar, lutar e orar, para que nada nos induza a escolher outro mestre; pois seremos sempre livres para assim fazer. Mas fixemos nossos olhos em Cristo e Ele nos preservará. Se olharmos para Jesus, estaremos a salvo. Nada pode arrancar-nos de Sua mão. Contemplando-O constantemente, “somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. 2 Coríntios 3:18. Foi dessa maneira que os primeiros discípulos alcançaram a semelhança com o amado Salvador. Quando ouviram as palavras de Jesus, esses discípulos sentiram a necessidade que tinham dEle. Eles O buscaram, O encontraram e O seguiram. Estavam com Jesus em casa, à mesa, nos aposentos mais reservados e no campo. Estavam com Ele como alunos e seu professor, recebendo diariamente de Seus lábios lições da santa verdade. Olhavam para Ele como servos para seu senhor, para saber o que tinham a fazer. Esses discípulos eram homens sujeitos “aos mesmos sentimentos” que temos. Tiago 5:17. Como nós, também tinham que lutar contra o pecado. Precisavam da mesma graça para viver uma vida santificada.” Caminho a Cristo, 46.

“Cristo veio para ensinar à família humana o caminho da salvação, e Ele tornou esse caminho tão claro que uma criancinha pode andar nele. Ele ordena aos Seus discípulos que prossigam em conhecer ao Senhor; e, ao seguirem diariamente Sua orientação, aprendam que o final será glorioso. Vocês já viram o nascer do sol e os efeitos do gradual alvorecer do dia sobre terra e céu. Pouco a pouco aumenta a claridade, até aparecer o sol; então a luz se torna constantemente mais forte e mais clara, até atingir a glória plena do meio-dia. É essa uma linda ilustração do que Deus deseja fazer por Seus filhos, no aperfeiçoamento da vida cristã. Ao andarmos dia a dia na luz que nos concede, em voluntária.” Mensagens aos Jovens, 13

TERÇA-FEIRA (16 de fevereiro) O DOMÍNIO DE JESUS SOBRE A NATUREZA – Este é o texto principal para hoje: “E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram; e eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo. E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos. E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança. E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” Mateus 8:23-27. Ver também Marcos 4:35-41 e Lucas 8:22-25.

É comum acontecer algumas tempestades no mar da Galileia, devidas algumas condições climáticas daquela região. Eu já estive lá e o mar estava calminho, era outubro! Até hoje os turistas e pescadores tomam muito cuidado naquele lugar. Na nossa história, Jesus dormia quando a tempestade começou. Ele era um verdadeiro homem, e não um anjo a desempenhar um papel. Sendo homem, ele estava sujeito às debilidades humanas, ao cansaço e outras provas. Estava fadigado do trabalho do dia e totalmente cansado pelas exigências da multidão e buscou um momento de paz. “Jesus dormia” e quanto mais Jesus dormia, tanto mais piorava a crise. Conclusão: É possível dormir em meio à tempestade. A palavra dita por Jesus produziu paz entre os discípulos. Sua voz ainda pode ser ouvida por aqueles que escutam. A “calma” resultou da repreensão de Jesus ao vento e às ondas. Maior é a calma, quanto maior for à tempestade, se Jesus estiver presente no barco da nossa vida. A palavra de Jesus é suficiente para acalmar o mar agitado da vida.

Jesus além de ser homem tinha poder sobre a natureza. Os discípulos disseram: “Senhor, salva-nos, que perecemos”. Mateus 8:25. Aquele grito de desespero despertou Jesus de Seu sono restaurador. Jesus, “em Sua divina majestade, levanta-Se no humilde barco dos pescadores, em meio ao intenso temporal, com ondas quebrando sobre a proa e reluzentes relâmpagos piscando diante de Seu rosto calmo e confiante. Ele levanta a mão, sempre empregada em atos de misericórdia, e diz ao revoltoso mar: “Acalma-te, emudece!” Marcos 4:39. A tempestade cessa, as grandes e pesadas ondas se acalmam e descansam. [...] Então, voltando-se aos Seus discípulos, Jesus os repreende dizendo: “Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé?” Marcos 4:40. Ellen White, Jesus meu Modelo, 59

“Quantas vezes se repete em nós a experiência dos discípulos; quando as tempestades das tentações se levantam, e fuzilam os terríveis relâmpagos, e as ondas se avolumam por sobre nossa cabeça, sozinhos combatemos contra a tormenta, esquecendo-nos de que existe Alguém que nos pode valer. Confiamos em nossa própria força até que nos foge a esperança, e vemo-nos quase a perecer. Lembramo-nos então de Jesus, e se O invocarmos para nos salvar, não o faremos em vão. Embora nos reprove magoado a incredulidade e a confiança em nós mesmos, nunca deixa de nos conceder o auxílio de que necessitamos. Seja em terra ou no mar, se, temos no coração o Salvador, nada há a temer. A fé viva no Redentor serena o mar da vida, e Ele nos guardará do perigo pela maneira que sabe ser a melhor.” Desejado de Todas as Nações, 233

Uma outra lição espiritual que podemos tirar desse episódio é que a vida de todo homem testifica da verdade que: “Os ímpios são como o mar bravo, que se não pode aquietar. Os ímpios, diz o meu Deus, não têm paz”. Isaías 57:20, 21. O pecado destruiu-nos a paz. E enquanto o eu não é subjugado, não podemos encontrar repouso. As paixões dominantes do coração, poder algum humano pode sujeitar. Somos aí tão impotentes, quanto os discípulos para acalmar a tempestade. Deus é o único que pode fazer  “cessar a tormenta, e acalmam-se as ondas. Então se alegram com a bonança; e Ele assim os leva ao porto desejado”. Salmo 107:29, 30.

QUARTA-FEIRA (17 de fevereiro) QUEM É O MAIOR? Este é o texto para hoje: “E chegou a Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho? Mas eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior. E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos. E, lançando mão de um menino, pô-lo no meio deles e, tomando-o nos seus braços, disse-lhes: Qualquer que receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, recebe, não a mim, mas ao que me enviou. Marcos 9:33-37.

Vemos no texto de hoje que os doze buscavam a maior e primeira posição para serem servidos e honrados, mas Jesus mostrou-lhes que no Reino de Deus o maior é sempre o mais humilde. Ao invés de debaterem o significado teológico da morte de Jesus e da Sua missão em salvar, eles debatiam sobre suas próprias posições de liderança no futuro, pois achavam que Jesus ia libertar Israel dos Romanos. Jesus acabou de falar de sua humilhação e eles estavam falando de exaltação! Jesus havia acabado de falar sobre Deus O entregando para sofrer e morrer nas mãos dos homens e a preocupação deles é quem seria o maior! Eles não fizeram nenhum esforço para colocar em prática o que haviam ouvido! Os apóstolos entenderam o suficiente para saber que Jesus iria morrer e uma vez que Jesus morresse alguém teria que assumir a liderança. Você tem se esforçado para colocar em prática o que você tem ouvido de Deus?

O orgulho na disputa para a melhor posição gerou discussão entre eles e provavelmente eles ofenderam um ao outro, colocaram para baixo alguns deles e isso gerou divisão. Ver Mar.10:41 Vemos o orgulho claramente nas igrejas em Corinto. O orgulho pertence ao diabo e tem destruído alguns filhos de Deus. Veja estes textos: “Em vindo a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a sabedoria.” Provérbios 11:2

“Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.” Provérbios 13:10

A lógica de Jesus e de Seu reino é tão radical e contrária aos ensinos da época que Ele desafia tanto a avaliação humana, que Jesus precisou ensinar esse princípio várias vezes. Veja alguns textos: Em Mac 10:43-44 a discussão entre Tiago e João: “Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos.

Em Mat.11:11 Jesus disse: “Digo-lhes a verdade: Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista; todavia, o menor no Reino dos céus é maior do que ele..”
Em Mat. 23:11-12, condenando a hipocrisia dos fariseus, Jesus disse: “O maior entre vocês deverá ser servo. Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.

Em Luc. 14:11, na parábola na casa de um fariseu, Jesus disse: “Pois todo o que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado".

Na parábola do fariseu e publicano: ”Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado". Lucas 18:14

Os crentes podem galgar posições de destaque na sociedade e viver muito bem socialmente, mas devem entender que no reino de Deus os valores de Cristo é que valem; a humildade e espírito de serviço ao próximo. O crente deve ser o último; não de inferioridade social mas em depender de si e deve ser o primeiro em colocar o reino de Deus no seu coração. Aquela pessoa que entendeu que a salvação se dá unicamente pela graça de Deus, totalmente imerecida, e isso leva a pessoa a uma vida de serviço ao próximo.

“Dos humildes de espírito, diz Jesus: “Deles é o reino dos Céus.” Este reino não é, como esperavam os ouvintes de Cristo, um domínio temporal e terreno. Cristo estava a abrir aos homens o reino espiritual de Seu amor, Sua graça, Sua justiça. A insígnia do reino do Messias distingue-se pela imagem do Filho do homem. Seus súditos são os humildes de espírito, os mansos, os perseguidos por causa da justiça. Deles é o reino dos Céus. Conquanto não se tenha ainda realizado plenamente, iniciou-se neles a obra que os tornará “idôneos para participar da herança dos santos na luz”. Colossences 1:12.” O Maior Discurso de Cristo, 8
Veja também o pedido descabido que a mãe de dois discípulos fez a Jesus em Mateus 20: 20-28.

QUINTA-FEIRA (18 de fevereiro) ENCONTRO COM A PALAVRA – A lição de hoje menciona a experiência dos apóstolos após a ressurreição de Cristo. Até ali, eles ainda não tinham entendido plenamente a função de Jesus e nem a deles. Eles estavam decepcionados e alguns deles tinham voltado às suas profissões anteriores.

Em Lucas 24:19:35 relata a experiência que os dois discípulos tiveram com Cristo na estrada para a aldeia chamada Emaús. Após reconhecerem que o hóspede era Jesus, eles voltaram à Jerusalém e disseram aos onze discípulos e demais pessoas. Eis o texto: “E na mesma hora, levantando-se, tornaram para Jerusalém, e acharam congregados os onze, e os que estavam com eles, os quais diziam: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão. E eles lhes contaram o que lhes acontecera no caminho, e como deles fora conhecido no partir do pão. E falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco. Lucas 24:33-36

Emaús, para além de um caminho físico, representa um itinerário espiritual, um via interior por onde passam todos aqueles que têm qualquer desilusão com Jesus, com a Sua igreja, ou com um membro da igreja. Quantos conhecemos que depois de alguma desilusão com a Igreja foram embora? Voltaram para Emaús. Você já percorreu este caminho? Será que o companheiro de Cléofas cujo nome não é citado não sou eu ou você? Os discípulos ficaram decepcionados com a morte de Cristo. Eles pensavam uma coisa e aconteceu outra. Eles decepcionaram-se com o Mestre, mas Jesus não decepcionou-Se com eles. Deus não falha em Seu amor!

Todos nós passamos por problemas e desilusões na vida. E se nos deixamos curar pelo Senhor, se somos dóceis para acolher sua presença e Sua palavra, aos poucos as escamas que estão em nossos olhos vão caindo e tudo começa a tomar sentido novamente. A Palavra do Senhor é apaixonante! Só os corações apaixonados por Ele são tocados  pela eficácia de Suas palavras. Este arder do coração é mais, muito mais do que sentimentalismo! A Palavra do Senhor é viva e infunde vida e amor nos corações daqueles que se entregam à Jesus É preciso deter-se diante de Jesus e desejar escutar o Mestre e pedir para Ele ficar conosco: "Fica conosco, Senhor.” Jesus mudou a vida de cada pessoa com quem Se encontrou nos Evangelhos por meio de experiências e palavras poderosas que ofereceram às indagações dessas pessoas respostas inesperadas e transformadoras, assim também Ele pode transformar-nos poderosamente quando, humildes, prostramos aos Seus pés.

Veja estes textos inspirados: “Ao entardecer do dia da ressurreição, dois dos discípulos se achavam no caminho de Emaús, pequena aldeia a cerca de doze quilômetros de Jerusalém. Esses discípulos não haviam desempenhado papel saliente na obra de Cristo, mas eram crentes fervorosos nEle. Tinham ido à cidade para celebrar a páscoa, e estavam muito perplexos com os acontecimentos ocorridos havia pouco. Tinham ouvido as notícias da manhã com respeito à remoção do corpo de Jesus do sepulcro, bem como a narração das mulheres que viram os anjos e encontraram a Jesus. Voltavam agora para casa, a fim de meditar e orar. Seguiam tristemente o caminho, ao crepúsculo, falando sobre as cenas do julgamento e da crucifixão. Nunca antes se haviam sentido tão desalentados. Destituídos de esperança e de fé, caminhavam à sombra da cruz.” D.T. N. 565

“Houvessem os discípulos deixado de insistir no convite, e não teriam ficado sabendo que seu Companheiro de viagem era o Senhor ressuscitado. Cristo nunca força a Sua companhia junto de ninguém. Interessa-Se pelos que dEle necessitam. Com prazer penetra no mais modesto lar, e anima o mais humilde coração. Mas se os homens são demasiado diferentes para pensar no Hóspede celestial, ou pedir-Lhe que neles habite, Ele passa. Assim sofrem muitos, grande perda. Não conhecem a Cristo mais que os discípulos, enquanto Ele lhes caminhava ao lado.” D. T. N, 565

SEXTA-FEIRA (19 de fevereiro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 8: COMPANHEIROS DE ARMAS – Aprendemos que Jesus não nos pede que O sigamos sem Se ter revelado a nós de forma clara. Cada um de nós é responsável para aceitar ou rejeitar a revelação de Deus, recebendo a recompensa das nossas escolhas. Quando aceitamos seguir Jesus iniciamos imediatamente a luta espiritual no conflito entre o bem e o mal. Existem muitas promessas de bênçãos de Jesus que acompanham as pessoas que escolhem o caminho da salvação.

Os relatos dos evangelhos estão repletos de demonstrações do poder de Jesus. O seu poder sobre os demónios, sobre a natureza, sobre as moléstias físicas e sobre a morte, e o estudo desta semana desafia-nos a ver-nos a nós mesmos no meio das multidões que seguiram Jesus Cristo e presenciaram os Seus milagres. Podemos participar intensamente do amor de Deus e de Sua salvação. Somos alvo das muitas misericórdias do Senhor.

Qual é o efeito da conversão na vida da pessoa que recebe Jesus como seu Senhor e Salvador? Certa artista de televisão falando à revista brasileira “Caras” sobre sua conversão ao meio evangélico, expressou assim os benefícios da sua conversão: “melhoras no relacionamento, um conjuge menos ciumento e mais equilibrado, agora me achei!” Finalizando a entrevista a artista afirmou ser pecadora: “gosto de dançar, beber vinho, fumar meu cigarro, mas tenho encontrado mais equilíbrio”. Que evangelho é este, que só produz mudanças materiais e não traz libertação do pecado? Mas quais são as principais mudanças apontadas pela palavra de Deus, no processo da conversão?
Crer em Deus, não significa libertação e mudança de vida automaticamente. O apóstolo Tiago diz o seguinte: “Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem”. Tiago 2:19. Os demônios crêem e tremem, mas não se convertem! Crer em Deus, deve ser como diz a Escritura. Crer implica em obedecer! Quando cremos em Deus através de Jesus Cristo, como nos diz a Bíblia Sagrada, recebemos através da Palavra de Deus, a libertação, pois o “Evangelho é o poder de Deus que salva e liberta. Esta é a proposta da lição desta semana; levar-nos viver em companhia constante com Jesus para o Espírito Santo capacitar-nos a usarmos as armas espirituais no grande conflito entre o bem e o mal.

“Desde os dias de Adão até os nossos tempos, nosso grande inimigo tem estado a exercer seu poder de oprimir e destruir. Está hoje a preparar-se para sua última campanha contra a igreja. Todos os que procuram seguir a Jesus terão de batalhar contra este implacável adversário. Quanto mais aproximadamente o cristão imitar o Modelo divino, tanto mais certo fará de si um alvo para os ataques de Satanás.” O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 510.

“Devemos estar revestidos de toda a armadura de Deus, e prontos cada momento para suster conflito com os poderes das trevas. Quando nos assaltarem tentações e provações, vamos a Deus, e com verdadeira agonia de alma oremos a Ele. Não nos despedirá Ele vazios, mas nos dará graça e força para vencer e quebrar o poder do inimigo. Oh! oxalá todos pudessem ver estas coisas na sua verdadeira luz, e suportar as dificuldades como bons soldados de Cristo! Então Israel avançaria, forte em Deus, na força de Seu poder.” Primeiros Escritos, 46.


Luís Carlos Fonseca

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