quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 9 (1º trimestre de 2016) O GRANDE CONFLITO E A IGREJA PRIMITIVA

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 9 (1º trimestre de 2016) O GRANDE CONFLITO E A IGREJA PRIMITIVA

VERSO ÁUREO: “Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.” Atos 4:13

INTRODUÇÃO (sábado 20 de fevereiro) – A lição desta semana vai tratar das dificuldades que os primeiros apóstolos tiveram em iniciar o evangelho de Cristo, logo após a Sua ressurreição e ascensão aos céus. Durante o ministério de Cristo, os discípulos não compreenderam muito bem qual era a missão de Cristo, foi somente depois do Pentecostes que eles se tornaram ousados em pregar, como vemos no verso áureo e no livro de Atos dos Apóstolos.

As crenças dos primeiros cristãos eram muito simples: Todos os seus pensamentos sobre a vida cristã tinham como centro a pessoa de Cristo: Criam em Deus, o Pai; em Jesus como Filho de Deus, Senhor e Salvador; criam no Espírito Santo; no perdão dos pecados e na 2ª vinda de Jesus. Longe de ser uma igreja perfeita, os crentes primitivos tinham muitos defeitos. Aliás, o próprio Novo Testamento foi escrito tendo em vista as necessidades surgidas no dia a dia da Igreja. As epístolas, na maioria das vezes, foram escritas para corrigir a postura doutrinária de uma determinada igreja local ou para combater uma heresia instalada O Apocalipse foi escrito para ajudar uma igreja perseguida, demonstrando o senhorio de Jesus na história. Os Evangelhos foram escritos cerca de 60 d.C, uma vez que a geração que conviveu com Jesus estava morrendo e o testemunho escrito seria mais duradouro e menos susceptível a distorções do que o testemunho oral.

O primeiro grande desafio da Igreja Cristã foram as perseguições. A princípio o governo romano considerava a igreja Cristã como uma das seitas do judaísmo, e como tal, uma religião ilícita. Posteriormente, com o crescimento do Cristianismo, Roma passou a ver a igreja como distinta do judaísmo. À medida que crescia, o Cristianismo passou a sofrer cada vez mais oposição por parte da sociedade pagã, dos judeus e do próprio Estado romano.

A oposição ao Cristianismo estava baseada em rumores e falsas interpretações dos ritos cristãos. Ouvia-se ente o povo pagão e judeu que os cristãos participavam de festas onde havia orgias com incestos, inclusive, interpretando mal o fato de os cristãos se chamarem de irmãos e praticarem o “ágape”, sexo entre todos. Cria também o povo, que os cristãos comiam a carne de recém-nascidos, isto devido ao que ouviam falar sobre a Ceia, na qual comiam a carne de Jesus, juntamente com os relatos do nascimento de Cristo. Juntando isso ao ciúme dos judeus, os cristãos primitivos foram fortemente perseguidos e muitos foram mortos, como foi o caso do Estevão, o primeiro mártir cristão.

A oposição dos judeus vinha do Sinédrio com a força dos fariseus e saduceus, tendo Saulo de Tarso como um grande impulsionador: “E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersas pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos.” Atos 8:1. Em face a essas ameaças, internas e externas, a igreja respondeu de várias formas. No plano externo, a igreja perseguida fugia das perseguições físicas e no plano interno, a igreja primeiro tratou de definir um Cânon, ou seja, uma lista dos livros considerados inspirados que são os 66 livros que temos hoje.

Satanás imaginava que, por intermédio da perseguição, pudesse impedir o crescimento da Igreja. A morte de Estêvão fez com que muitas pessoas se convertessem ao Evangelho, inclusive, diversos judeus religiosos, pois observaram a convicção com que o primeiro mártir do Cristianismo entregou sua vida a Jesus. Cristo declarou que se o grão de trigo não morrer, jamais produzirá frutos. A morte de Estêvão foi como uma boa semente plantada em uma excelente terra. O próprio apóstolo Paulo foi influenciado por este martírio, pois; como uma das testemunhas, consentiu com aquele apedrejamento e jamais se esqueceu daquele jovem tão convicto de sua salvação. Satanás hoje mudou de tática, pois sabe que a perseguição traz o crescimento da Igreja. Adotou o comodismo como a fórmula ideal para impedir o desenvolvimento da obra de Deus, e tem alcançado o seu objetivo em muitos corações.

Qual é a sua atitude diante das dificuldades da vida, defende ou despreza Deus?

DOMINGO (21 de fevereiro) UM NOVO COMEÇOEste é o texto para o estudo de hoje: “Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” Atos 1:6-8.

Para os discípulos, parecia que os três anos e meio que estiveram com Cristo, não tinha valido de nada, pois não entenderam sobre a Sua morte. Eles queriam um reino visível, em vez do espiritual. Os discípulos necessitaram de “um novo começo”. Somente depois da ressurreição e ascensão de Jesus é que os apóstolos de Cristo entraram na dimensão espiritual e compreenderam o que lhes aguardava; consagração, dependência total de Deus e uma vida livre de preconceitos e cheia de perseguições por causa do evangelho.

Cento e vinte discípulos ficaram reunidos no cenáculo orando e meditando. Foram dez dias de intensa comunhão com o Pai. Durante esse período, eles foram sendo misteriosamente transformados, do desejo de um reino terrestre para um reino espiritual e celestial. Até a ascensão de Cristo, eles ainda sonhavam com o poder político terrestre, mas foram transformados pelo poder do Espírito Santo e tiveram que recomeçar. Hoje muitos sonham da mesma maneira que os discípulos sonhavam, construindo a vida aqui como se não existisse o céu e a eternidade! Após aprenderam com o Espírito Santo sobre a eternidade, eles anunciariam o Reino de Deus com poder! Agora eles estavam transformados. Eles eram aquilo que Jesus esperava que fossem!

Os discípulos necessitaram de ter um novo começo, e nós também necessitamos. Recomeçar significa começar de novo, ou seja, voltar ao ponto que houve problema. Onde você parou? Onde sua motivação foi furtada? Deus diz em Romanos 12:2: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Quantos crentes estão voltando para a velha vida, para os compromissos mundanos e para o pecado! Afastam-se dos outros discípulos, saem da igreja e isolam-se. Este pode ser o princípio da apostasia. Precisamos esquecer o passado negativo e avançar! Assim como Jesus mostrou um recomeço para os discípulos, Ele continua conosco, embora não o reconheçamos de imediato. Ele não desistiu de nós. Sua presença vem acompanhada por Sua palavra, e Ele continua falando ao nosso coração através do Espírito Santo. Cuidado com os sinais da apostasia! Quais são eles? Deixar de participar das reuniões de oração. Deixar de devolver os dízimos e ofertas. Começar encontrar defeitos nos irmãs e na igreja e não participar da escola sabatina. 

Após o recomeço: “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos.” Atos 1:14

“Os discípulos de Cristo tinham profundo senso da própria ineficiência e, com humilhação e oração, uniam sua fraqueza a Sua força, sua ignorância a Sua sabedoria, sua indignidade a Sua justiça e sua pobreza a Sua inesgotável riqueza. Assim fortalecidos e equipados, não hesitaram em avançar a serviço do Mestre. Pouco tempo após a descida do Espírito Santo, e imediatamente depois de um período de fervorosa oração, Pedro e João, subindo ao templo para adorar, viram à porta Formosa, um coxo, de quarenta anos de idade, cuja vida, desde o seu nascimento, tinha sido de dor e enfermidade. Esse infeliz havia durante muito tempo desejado ver Jesus para ser curado, mas encontrava-se quase ao desamparo, e estava muito afastado do cenário dos labores do grande Médico. Seus rogos finalmente induziram alguns amigos a levá-lo à porta do templo, mas chegando ali, soube que Aquele em quem suas esperanças se centralizavam havia sido morto cruelmente.” Atos do Apóstolos, 32

SEGUNDA-FEIRA (22 de fevereiro) PENTECOSTES – O Pentecostes era a Festa das Colheitas, ver Êx 23:16; 34:22, celebrada 50 dias após as Primícias, ver Lev 23:15-21. Veja a relação: “Cristo é as primícias dos que dormem” I Co 15:20. Ler Atos 2:1-4. O Pentecostes aconteceu 50 dias após a morte de Cristo, e Jesus quando ascendeu ao céu; 10 dias antes do Pentecostes, pois Ele ficou na terra 40 dias após a Sua morte, disse aos discípulos: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” Atos 1:8. O Pentecostes foi na terra a confirmação da exaltação de Jesus no céu. Logo, a autoridade que Ele confere está baseada na autoridade do trono de Jesus e é ministrada a todo aquele que, como servo obediente,  reconhece a Sua divindade e aceita o Espírito Santo como Deus na vida.

Os discípulos estavam no mesmo lugar, v. 1, não apenas num lugar geográfico, mas num mesmo espírito. No Pentecostes, os discípulos receberam o Espírito Santo como resultado de sua disposição em recebê-Lo, ver Atos 1:12, 14. Ellen G. White escreveu: “Os discípulos oraram com intenso fervor para ser habilitados a se aproximar dos homens e, em seu trato diário, falar palavras que levassem os pecadores a Cristo. Pondo de parte todas as divergências, todo desejo de supremacia, uniram-se em íntima comunhão cristã” Atos dos Apóstolos, 37

Somos portadores de uma mensagem de fé e esperança para ser pregada ao mundo, ver Mat. 28:19, 20. Por isso, diariamente necessitamos buscar o cumprimento da promessa do Espírito Santo em nossa vida. Veja este texto inspirado: “A nós hoje, tão certamente como aos primeiros discípulos, pertence a promessa do Espírito. Deus dotará hoje homens e mulheres com poder do alto, assim como dotou aqueles que, no dia de Pentecostes, ouviram a palavra de salvação. A promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século ou etnia. Cristo declarou que a divina influência do Espírito deveria estar com Seus seguidores até o fim." Serviço Cristão, 250.

Contrário do que alguns pensam, a igreja cristã começou muito forte. A igreja teve o seu início 40 dias depois da ressurreição de Jesus, quando os discípulos foram para o cenáculo, pois Jesus tinha prometido que iria construir a Sua igreja a partir do Pentecostes, ver Mateus 16:18, e com a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes, conforme Atos 2:1-4, a Igreja começou oficialmente. Três mil pessoas responderam ao sermão de Pedro naquele dia e escolheram seguir a Cristo, e logo depois mais 5 mil pessoas foram batizadas e agregadas a igreja. Os novos convertidos ao Cristianismo eram ex- judeus e ex-pagãos, e a igreja foi implantada, primeiramente, em Jerusalém. Por causa disso, o Cristianismo foi visto, de início, como um culto parecido com os fariseus, saduceus e essênios. No entanto, a pregação dos apóstolos era completamente diferente dos ensinamentos dos outros grupos judeus. Eles tinham o poder do Espírito Santo!

Eis alguns textos inspirados:“A obra do Espírito sobre a pessoa revelar-se-á em cada ato daquele que lhe experimentou o poder salvador. Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu. Ninguém vê a mão que suspende o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a pessoa se entrega a Deus. Então, aquele poder que olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus. É impossível à mente finita compreender a obra da redenção. Seu mistério excede ao conhecimento humano; todavia, aquele que passa da morte para a vida percebe que é uma divina realidade.” Desejado de Todas as Nações, 112

Evangelismo através do Pentecostes: “A formação de pequenos grupos como base de esforço cristão, foi-me apresentada por Aquele que não pode errar. Se há na igreja grande número de membros, convém que se organizem em pequenos grupos a fim de trabalhar, não somente pelos membros da própria igreja, mas também pelos incrédulos. Se num lugar houver apenas dois ou três que conheçam a verdade, organizem-se num grupo de obreiros. Mantenham indissolúvel seu laço de união, apegando-se uns aos outros com amor e unidade, animando-se mutuamente para avançar, adquirindo cada qual ânimo e força do auxílio dos outros” Testemunhos Seletos, vol. 3, 84.

TERÇA-FEIRA (23 de fevereiro) ENFRENTANDO OS SADUCEUS - Os fariseus eram em sua maioria empresários de classe média e,  tinham contato constante com o homem comum. Os fariseus eram muito mais estimados pelo homem comum do que os saduceus. Apesar de serem uma minoria no Sinédrio, eles pareciam controlar o processo decisório do Sinédrio muito mais do que os saduceus, já que tinham o apoio do povo.

Quem eram os Saduceus e no que acreditavam? Durante o tempo de Cristo e do Novo Testamento, os saduceus eram aristocratas. Eles, geralmente eram ricos e ocupavam cargos poderosos, incluindo o cargo de primeiro sacerdote e de sumo sacerdote. Eles também ocupavam a maioria dos 70 lugares do conselho chamado de Sinédrio. Eles trabalhavam muito duro para manter a paz e para seguir as decisões de Roma.

Religiosamente, os saduceus eram mais conservadores, na área de doutrina, do que os fariseus. Os fariseus enxergavam a tradição oral como tendo autoridade igual à Palavra escrita de Deus, enquanto os saduceus consideravam apenas a Palavra Escrita como sendo de Deus. Segue uma breve lista de suas crenças que contradizem as Escritura: 1) Eles eram extremamente auto-suficientes, ao ponto de negar o envolvimento de Deus na vida quotidiana. 2) Eles negavam qualquer ressurreição dos mortos. Ver Mateus 22:23; Marcos 12:18-27 e Atos 23:8. 3) Eles negavam qualquer vida depois da morte, defendendo a crença de que a alma perecia com a morte; eles acreditavam que não há qualquer penalidade ou recompensa depois da vida terrena. 4) Eles negaram a existência de um mundo espiritual, ou seja, anjos e demônios. Ver Atos 23:8.

Porque os saduceus estavam mais preocupados com a política do que com a religião, eles não se preocuparam com Jesus até quando as coisas chegaram ao ponto de que Jesus iria chamar a atenção indesejada de Roma. Foi a esta altura que os fariseus e saduceus se uniram e planejaram a morte de Cristo. Ver João 11:48-50; Marcos 14:53 e Marcos 15:1. Os saduceus deixaram de existir em 70 d.C. Já que este grupo existia por causa de seus laços políticos e sacerdotais, e quando Roma destruiu Jerusalém e o templo em 70 d.C., os saduceus também foram destruídos.

Os fariseus, em contraste com os saduceus, acreditavam que: 1) Deus controlava todas as coisas mas que decisões tomadas por indivíduos também contribuíam para o que acontecia no curso da vida de uma pessoa. 2) Eles acreditavam na ressurreição dos mortos. Ver Atos 23:6. 3) Eles acreditavam em uma vida depois da morte, com a devida recompensa e punição individual. 4) Eles acreditavam na existência de anjos e demônios. Ver Atos 23:8.

Quando os apóstolos começaram fazer milagres em nome do Cristo ressurrecto, os saduceus, que não acreditavam na ressurrreição, ficaram irados e começara uma forte perseguição aos filhos de Deus. Veja este texto inspirado: “Quando os sacerdotes e príncipes constataram que Cristo era mais louvado do que eles. Quando os saduceus, que não acreditavam na ressurreição, ouviram os apóstolos dizer que Cristo tinha ressuscitado dos mortos, ficaram cheios de raiva. Achavam que se fosse permitido os apóstolos pregarem um Salvador ressuscitado e realizarem milagres em Seu nome, a doutrina de que não haveria ressurreição seria rejeitada por todos e a seita dos saduceus em breve estaria extinta.” Atos dos Apóstolos, 55

Que pontos em sua vida podem estar impedindo do Cristo ressureto ser proclamado ao mundo? Leia o texto para hoje: Atos 4: 1-30

QUARTA-FEIRA (24 de fevereiro) O APEDREJAMENTO DE ESTEVÃO - Porque Estevão foi apedrejado? Conforme Atos 6:9-15 foi porque ele aceitou o evangelho de Cristo e passou a não dar mais importância aos rituais do templo e da lei de Moisés, que os judeus continuavam em cumprir. A atitude de Estevão enraiveceu Saulo e outros, que instigaram perseguição, desde sua ida ao Conselho dos judeus até a morte de Estevão. Estevão foi considerado o primeiro mártir do Cristianismo, mas a partir dele muitos outros morreram por causa de Cristo. O próprio Paulo disse: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” II Tim. 3:12

Em Atos 7:2-53 mostra a poderosa mensagem que Estevão anunciou e a ira dos seus oponentes. Veja este texto: “E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele.” Atos 7:54. Mas a sua mensagem, que vinha de Deus, alcançou muitos corações. Leia Atos 2: 37-41. 

A verdade é que Estevão foi apedrejado. Deus tinha ajudado Estêvão a fazer maravilhosos milagres. Os homens maus não gostaram disso e discutiram com ele por ensinar às pessoas a verdade. Mas Deus deu muita sabedoria ao Estêvão, e este mostrou àqueles homens que eles estavam ensinando coisas falsas. Com isso, ficaram ainda mais zangados e chamaram outros para mentirem sobre ele. O sumo sacerdote perguntou a Estêvão: “Estas coisas são verdade?” Ele respondeu ao dar um bom discurso bíblico, como lemos no texto de lição de hoje. Estevão contou como homens maus tinham odiado os profetas de Jeová. Então disse: “Vocês são iguais àqueles homens. Mataram o servo de Deus, Jesus, e não obedeceram às leis de Deus.” Isto zangou ainda mais os chefes religiosos! Mas Estêvão levantou a cabeça e disse: “Vejo Jesus em pé à direita de Deus no céu.” Diante disso, os homens taparam os ouvidos e avançaram contra Estêvão. Pegaram-no e arrastaram-no para fora da cidade e o apedrejaram.

O que você faz quando alguém lhe faz algum mal? Procura retribuir-lhe o mal ou pede que Deus julgue? Estêvão e Jesus colocaram nas mãos de Deus. Eles foram bondosos com os que não os trataram bem. Devemos imitar o seu exemplo!

Comentários inspirados: “Os discípulos se multiplicaram grandemente em Jerusalém, e muitos sacerdotes obedeciam à fé. Estêvão, cheio de fé, estava fazendo grandes maravilhas e milagres entre o povo. Os líderes judeus foram tomados de grande ira ao verem sacerdotes virando as costas a suas tradições e aos sacrifícios e ofertas, e aceitando a Jesus como o grande sacrifício. Com poder do alto, Estêvão reprovava os incrédulos sacerdotes e anciãos, e exaltava a Jesus perante eles. Eles não podiam resistir à sabedoria e poder com que Estêvão falava, e ao verificarem que não podiam de maneira alguma prevalecer contra ele, assalariaram homens para testemunhar falsamente que o tinham ouvido proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. Instigaram o povo e se apossaram de Estêvão, e, mediante falsas testemunhas, acusaram-no de falar contra o templo e a lei.” Primeiros Escritos, 197

“Vi que Estêvão foi um poderoso homem de Deus, suscitado especialmente para preencher um importante lugar na igreja. Satanás exultou com sua morte; pois ele sabia que os discípulos sentiriam sobremaneira a sua perda. Mas o triunfo de Satanás foi breve; pois nesse grupo, testemunhando a morte de Estêvão, havia um a quem Jesus estava para revelar-Se. Saulo não tomou parte no lançamento de pedras em Estêvão, mas consentiu em sua morte. Ele era zeloso na perseguição à igreja de Deus, caçando-os, aprisionando-os em suas casas e entregando-os a quem os mataria. Saulo era um homem de habilidade e educação; seu zelo e erudição tornava-o altamente estimado pelos judeus, ao mesmo tempo que era temido por muitos dos discípulos de Cristo. Seus talentos eram eficazmente empregados por Satanás em promover sua rebelião contra o Filho de Deus, e os que criam nEle. Mas Deus pode quebrar o poder do grande adversário e libertar os que são por ele levados cativos. Cristo havia separado Saulo como “um vaso escolhido” para pregar o Seu nome, para fortalecer os discípulos em sua tarefa e mais ainda para preencher o lugar de Estêvão.” Primeiros Escritos, 199

Você estaria disposto a morrer em favor de Cristo, como Estevão?

QUINTA-FEIRA (25 de fevereiro) MUDANÇA DE ATITUDES – A lição de hoje trata do preconceito em relação a outras religiões que os discípulos precisaram vencer. Eles já tinham percebido que o reino de Cristo não é deste mundo e agora precisavam aceitar que a salvação era para todos e não apenas para algumas pessoas como os judeus, por exemplo!

A visão de Pedro em Atos 10 foi eficaz, pois o lençol cheio de animais, se repetiu por três vezes, voltando-se a recolher ao Céu. Ver Atos 10: 15 e 16. Os versos 17 e 18 relatam que Pedro estava desconcertado com aquela visão, e, tentando chegar a uma conclusão razoável para colocar em ordem os seus desencontrados pensamentos, quando; alguém bateu a porta. De que religião eram aqueles homens? Eram pagãos ou gentios e servos de Cornélio, conforme instrução de Deus. Atenção agora para o verso seguinte: “...Eis que três varões te buscam.” Pedro foi avisado de que deveria descer e se apresentar aos estrangeiros, pois foi Deus quem os havia enviado.

A que horas do dia Pedro teve a visão? Foi ao meio dia. Deus lhe deu a visão exatamente na hora em que Pedro estava com fome, para melhor aguçar a lição que desejava ensinar ao apóstolo. O apetite é um grande teste. No verso 22, os homens falaram a Pedro a respeito de Cornélio, da aprovação de Deus para com ele e do anjo que os enviou à sua procura. Pedro então, imediatamente recebeu-os em casa, e no dia seguinte, tomando alguns irmãos de Jope, rumaram à Cesaréia, a fim de realizar um grandioso trabalho missionário, conforme a leitura do verso 23. Um dia depois, chegaram ao seu destino, e maravilhados contemplaram um grupo de gentios, sedentos do evangelho, almejando a salvação; bem como trilhar os caminhos de Deus, segundo se compreende da leitura dos versos 24-27.

Diante deste quadro, Pedro conteve as lágrimas, cumprimentou os gentios afetuosamente, e se preparou para lhes anunciar as boas novas da salvação. Sinceridade, submissão e humildade são características daqueles que verdadeiramente almejam fazer a vontade de Deus e que estão se preparando para o céu; sob essa bandeira que deve ser a minha e a sua atitude para com a Bíblia! Ouçamos o apóstolo Pedro: “E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um homem judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo.” Atos 10:28. Como foi clara a verdade divina ensinada ao apóstolo Pedro! Deus ama todos os homens e quer salvar a todos indistintamente. Morreu por todos; judeus e gentios. A cruz atrai todas as raças e une todos os povos. Amém? O verdadeiro Cristianismo é a única religião que congrega todos os povos sob as asas de Cristo.

Quem era Cornélio? “Cornélio era centurião romano. Era homem rico e de nobre nascimento, e seu cargo era de confiança e honra. Gentio de nascimento, ensino e educação, pelo contato com os judeus adquirira o conhecimento de Deus, e O adorava com coração verdadeiro, mostrando a sinceridade de sua fé pela compaixão para com os pobres. Era conhecido longe e perto pela sua beneficência, e sua vida reta o fazia de boa reputação entre judeus e gentios. Sua influência era uma bênção a todos os que com ele entravam em contato. O relato inspirado descreve-o como um homem “piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus”. Atos 10:2 Atos dos Apóstolos, 73

O episódio não terminou aqui. Quando a igreja em Jerusalém soube do que tinha acontecido na casa de Cornélio, levantou-se contra Pedro, por ele se ter misturado com gente impura, os gentios. A igreja Intimou-o a se retratar. O apóstolo então, cheio do Espírito Santo, apresentou-se diante da igreja-mãe, e relatou como Deus lhe mostrou, através de uma visão de animais, em um lençol, que todas as pessoas, de toda tribo, raça e língua, desde que O temam e guardem os Seus mandamentos, são dignas do amor, da graça e da salvação pelo sacrifício eterno de Jesus. E muito mais! Deus não somente revelou Seu amor pelos gentios como os agraciou com o derramamento do Espírito Santo. Ver o testemunho de Pedro em  Atos 11:1-17.

Não houve reação contra a argumentação de Pedro, pois Deus estava dirigindo todas as situações, e portanto a posição da Igreja-mãe não poderia ser diferente. Veja a reação da igreja de Jerusalém: “E ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.” Atos 11:18. A Igreja de Jerusalém foi humilde e sincera.

O que a vida e conversão de Cornélio nos ensina sobre qualidades cristãs que devemos desenvolver e preconceitos que devemos vencer?

SEXTA-FEIRA (26 de fevereiro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 9 (1º trimestre de 2016) O GRANDE CONFLITO E A IGREJA PRIMITIVA – Tendo como base a lição de ontem, devemos tomar muito cuidado para que as tradições e ideias humanas não tomem o lugar da verdade revelada por Deus na Bíblia. O progresso da mensagem do evangelho não deve ser detido por preconceitos e preferências pessoais, mas sim devemos estar desbloqueados para anunciar o evangelho à todas as pessoas, pois para Deus “não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Gálatas 3:28. E, “É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.” Romanos 3:29. Não conseguimos vencer os preconceitos pessoais por nós mesmos, somente com a ação do Espírito Santo agindo em nós.

“Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida”. Atos 11:18. Assim, sem controvérsias, foi vencido o preconceito, abandonou-se o exclusivismo estabelecido pelo costume durante séculos, e abriu-se o caminho para que o evangelho fosse proclamado aos gentios.” Atos dos Apóstolos, 78

“O concílio que decidiu esse caso era composto dos apóstolos e mestres que se haviam destacado no trabalho de fundar igrejas cristãs judaicas e gentias, juntamente com delegados escolhidos de vários lugares. Estavam presentes anciãos de Jerusalém e delegados de Antioquia, e as igrejas mais influentes estavam representadas. O concílio se conduziu de acordo com os ditames de iluminado juízo e com a dignidade de uma igreja estabelecida pela vontade divina. Como resultado de suas deliberações, todos eles viram que o próprio Deus dera resposta à questão, concedendo aos gentios o Espírito Santo; e sentiram que era sua parte seguir a orientação do Espírito.” Atos dos Apóstolos, 108

O discurso de Estêvão era a sua defesa das acusações dos judeus. Ele sabia que já estava sentenciado à morte antes mesmo do julgamento e nada, senão uma ação divina, podia mudar essa situação e livrá-lo da atitude fanática daqueles religiosos. O cenário estava armado, testemunhas haviam sido subornadas para deporem contra ele. Sabendo que as acusações eram falsas, de nada valia, nessa circunstância, procurar se defender. Estevão aproveitou para apresentar a defesa em forma de pregação da Palavra de Deus. A atitude de Estêvão e a maneira como foi martirizado enquadram no contexto de Mateus 5.10-12. Ele, como muitos ao longo da história do Cristianismo, selaram sua fé com o próprio sangue.

Hoje, a situação não é diferente. Em muitos países, vários missionários são executados sumariamente, por causa do Evangelho. É tarefa da Igreja orar por estes heróis da fé, pois esta luta não é carnal, mas contra as hostes de Satanás. Mas, a vitória é nossa, em nome de Jesus! Ele mesmo disse em Mat 5:11-12: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.”

O crente padece alguns tipos de sofrimento por causa de Cristo: perseguição física, como foi o caso de Estevão. Perseguição através das injúrias. Esse sofrimento não contém necessariamente violência física, mas machuca a alma dos crentes. Esse tipo de sofrimento é muito dolorido porque é humilhante. O sofrimento através de mentiras. No caso de Cristo, o texto da Escritura diz que “os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte”. Mat. 26:59. Disseram que ele era “um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e dos pecadores”. Mat 11:19.

Não é diferente hoje com os filhos que são tementes e fiéis a Deus. Eles e a igreja verdadeira de Cristo são alvo da mentira ou falsas acusações, porque o objetivo do inimigo de nossas almas é derrubar os cristãos, principalmente aqueles que estão em evidência, na ministração fiel da Palavra de Deus, conforme a palavra, e não de acordo com as tradições dos homens. Existe também o Sofrimento por causa da nossa ligação com Jesus. 

Luís Carlos Fonseca       

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