COMENTÁRIOS
DA LIÇÃO 5 (1º trimestre 2018) MORDOMOS APÓS O ÉDEN
VERSO
ÁUREO: "Mas,
como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado,
assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que
prova os nossos corações." I
Tessal. 2:4
INTRODUÇÃO
(sábado 27 de janeiro) - O primeiro trabalho de Adão e Eva envolvia
mordomia. Mordomia
é um tema que se encontra com ampla estrutura tanto no Antigo como
no Novo Testamentos. A palavra “mordomia” vem do latim que
significa “Administrar uma casa que não é sua”. Pertencemos
duas vezes ao Senhor, pela criação e pela redenção. O que é redenção? Libertação e livramento, é apresentada no Novo Testamento como
libertação da pena do pecado mediante o pagamento de um resgate.
Jesus, por Sua morte na cruz, pagou o resgate a nosso favor e nos
libertou. Ver Rom. 3:24. A redenção também coloca seus termos, pois se
foi pago o preço da escravidão do pecado, agora temos outro Senhor
e somos seus servos, e O servimos por amor-
O
principio de mordomia pode ser definido em palavras simples e
diretas: Deus criou Adão e Eva com uma tarefa específica: serem mordomos ou administradores sobre a criação, e, mesmo depois da
criação, essa condição de representante continuou conforme
sinaliza o salmista: “Tu o fizeste dominar sobre as obras das suas
mãos; sob os teus pés tudo puseste.” Salmo 8:6.
O
conceito de mordomia não só lembra que somos administradores, mas
também fica estabelecido que há um só Criador e que Ele é o
proprietário final e definitivo de todas as coisas. “Do Senhor é
a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem.”
Salmo 24:1. Usurpar
é tomar o que não é nosso, ou seja, roubar. O Criador permitiu que
eu fosse mordomo enquanto eu não tomar o que Ele não me deu. Quem
quer o que Deus não deu vai acabar perdendo até o que recebeu.
O
principio de mordomia vai muito mais além do que isso; compreende os
bons mordomos devolverem o que é de Deus nos aspectos do tempo,
corpo dons espirituais e recursos materiais. O primeiro casal viveu
esse princípio por meio da árvore de cujo fruto não deviam comer, e
quando tomaram do que Deus não deu perderam todas as árvores que
Deus tinha dado dentro do jardim.
Em
Gênesis, temos a devolução do dízimo como um princípio já
conhecido, pois Abraão o entregou a Melquisedeque, rei de Salém e
sacerdote do Deus Altíssimo. Ver Gênesis 14: 18-20. De igual forma Jacó
demonstrou estar familiarizado com esse princípio pelo fato de fazer
a seguinte promessa a Deus: “…e de tudo o que me deres certamente
te darei o dízimo.” Gênesis 28:22.
Essa
décima parte sagrada, chamada dízimo, era um reconhecimento da condição
de proprietário do nosso Deus e Senhor. “Tanto a prata quanto o
ouro me pertencem”, declara o Senhor dos Exércitos.” Ageu 2:8. Os
israelitas deviam evidenciar que Deus tinha prioridade na vida deles
e isso era demonstrado através desse ato. “Honre o Senhor com
todos os teus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas
plantações.” Provérbios 3:9
“Deus
fez dos homens Seus mordomos, e não deve ser feito responsável
pelos sofrimentos, miséria, desamparo e necessidades da humanidade.
O Senhor fez ampla provisão para todos. Deu a milhares de homens
grandes suprimentos com que aliviar as necessidades de seus
semelhantes; mas aqueles a quem Deus fez mordomos não têm resistido
ao teste, pois têm falhado em socorrer os sofredores e
necessitados." Beneficencia Social, Pág 16
"Quando
homens que têm sido grandemente abençoados pelo Céu com grande
riqueza deixam de executar o desígnio de Deus, e não socorrem os
pobres e oprimidos, o Senhor é ofendido, e certamente os visitará.
Eles não têm escusas por reter do próximo o auxílio que Deus pôs
em seu poder prodigalizar; e Deus é desonrado, Seu caráter
mistificado por Satanás, e Ele é representado como um duro juiz que
faz com que venha o sofrimento sobre os seres que criou. Esta falsa
representação do caráter de Deus é feita aparecer como verdade, e
assim, pela tentação do inimigo o coração dos homens é
endurecido contra Deus. Satanás lança sobre Deus todo o mal que ele
próprio induziu os homens a praticarem por não dar de seus meios
aos sofredores. Ele atribui a Deus seus próprios característicos." Benf. Social, pág 16
DOMINGO
(28 de janeiro) MORDOMOS NO ANTIGO TESTAMENTO - A palavra mordomo,
em si, é traduzida apenas algumas vezes no Antigo Testamento. Na
maioria dos casos, ela vem da expressão referente àquele que administra a cas”, a ideia de ser responsável pelo
funcionamento de uma residência; isto é, um mordomo. Ver Gên. 43:19; 44:1, 4; I Reis 16:9.
Algumas
características de um mordomo são evidentes no Antigo Testamento.
Primeiramente, sua posição era de grande responsabilidade.Ver Gên 39:4.
O mordomo era escolhido por causa de suas habilidades, e ele recebia o
respeito e a confiança de seu proprietário por realizar o trabalho.
Em segundo lugar, o mordomo sabia que o que lhe tinha sido confiado
pertencia ao proprietário. Ver Gên. 24:34-38. Essa é a diferença
suprema entre um mordomo e um proprietário. O mordomo compreendia
sua função. Em terceiro lugar, quando o mordomo tomava para si o
que lhe tinha sido confiado, a relação de confiança entre ele e o
proprietário era rompida, e ele era dispensado. Ver Gên
3:23 e Oséias 6:7.
A bíblia traz o exemplo de Eliezer. Veja Gên. 24:2 “Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa, que
governava tudo o que possuia…”. Eliezer não apenas cuidava dos
bens de Abraão, mas também da família de Abraão. Foi incumbido de
procurar uma esposa para Isaque. Eliezer obedeceu prontamente e
fielmente. Ele dependeu de Deus para obedecer ao seu Senhor e orou,
pedindo a direção de Deus. Ver Gên 24:12-14.
A bíblia menciona José. Em Gên. 39:4,6 lemos: “logrou José mercê perante ele, a quem servia; e ele o
pôs por mordomo de sua casa e lhe passou às mãos tudo o que tinha... Potifar tudo o que tinha confiou nas mãos de José, de maneira que,
tendo-o por mordomo, de nada sabia, além do pão com que se
alimentava." Isso é verdadeira mordomia!
Temos
outro exemplo em Isaias 22:14-18 onde Sebna foi nemeado mordomo
durante o reinada e Ezquias. Ele abusou da posição e veja o que lhe
aconteceu!
“O
mordomo identifica-se com o patrão. Aceita as responsabilidades de
um mordomo e age em lugar do dono da casa, fazendo o que ele faria se
estivesse presidindo. Os interesses do senhor tornam-se seus. A
posição do mordomo é dignidade, porque o patrão nele confia. Se,
de algum modo, atuar egoistamente, e reverter as vantagens obtidas
pelo negociar com os bens de seu senhor em proveito próprio, trai a
confiança nele depositada” Testemunhos
para a Igreja,
v. 9, p. 246
SEGUNDA-FEIRA
(29 de janeiro) MORDOMOS NO NOVO TESTAMENTO - A
Palavra de Deus no Novo Testamento mostra-nos que hoje, nós, os que
pela fé cremos em Jesus, somos mordomos, chamados de despenseiros e,
como tais, Deus requer de nós fidelidade com o trato com aquilo que
lhe pertence. Ver I Cor 4:2. Mas, o que na verdade Deus está requerendo
de nós, como mordomos? Seria apenas uma pequena parte daquilo que
Ele nos dá? Não! Ele requer tudo e com juros daquilo que confiou em
nossas mãos para cuidarmos.
As
duas palavras básicas para mordomo no Novo Testamento são
epitropos, que ocorre três vezes, e oikonomos, que ocorre dez vezes.
Ambas palavras descrevem funções que incorporam responsabilidades
administrativas,confiadas ao mordomo pelo proprietário. A seguinte
parábola, entre outras, ilustra perfeitamente a mordomia ristã no Novo Testamento:
“Porque
isto é também como um homem que, partindo para fora da terra,
chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens" Mat 25:14. "E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes:
Negociai até que eu venha” Luc 19:13. Isso é mordomia!
Mina aqui é dinheiro, assim como o talento, conforme
a parábola que Jesus ensinou em Mateus 25:15-28. Porém,
no contexto de ambas as passagens, Jesus está referindo-Se a
prestação de contas que haverá quando Ele voltar e estabelecer o seu
Reino. Ver Mateus 25:13 e Luc 19:11. Jesus sempre ilustrou o reino dos
céus, por meio de parábolas que são comparações de fatos
fictícios com reais. Se ignorarmos a hermenêutica, vamos admitir
que Jesus está aludindo que quando Ele estabelecer o Seu Reino, vai requerer de nós dinheiro para a manutenção deste. Ou, por
outro lado, Jesus estaria dizendo que as igrejas que hoje falam em Seu nome, precisam deste para fazerem a obra missionária. Digo isto
pois, por inúmeras vezes ouvi pregações dessa natureza, mas Jesus
ensinou o contrário. Ao enviar seus apóstolos para levar a mensagem
do reino dos céus, aconselhou o seguinte: “Não possuais
ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos, Nem alforjes para o
caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão; porque digno é
o operário do seu alimento." Mat 10: 9,10. Apesar de o
dinheiro ser importante nas áreas da vida, Jesus não o pôs como
coisa essencial à propagação de Seu Reino e sim a obediência. Ver Mac
16:15.
Tema o exemplo de Paulo. Ele compreendeu que sua vida tinha um propósito definido. Ver Atos 20:24. Alertou para o fato de que devemos manter sempre viva a
verdade de que somos mordomos dos mistérios de Deus. Ver I Co 4:1-2.
Jesus é o nosso maior exemplo de mordomia. Jesus veio ao mundo cumprir o propósito do Pai. Tudo o que
o Pai lhe confiou ele executou fielmente. A agenda do Pai era a sua
agenda. A vontade do Pai era a Sua vontade. Mesmo sofrendo por sua
fidelidade ao propósito do Pai, permaneceu firme, deixando-nos o
exemplo. “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que
também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para
seguirdes os seus passos." I Ped 2:21.
Na
parábola do mordomo insensato, ver Luc 16:1-15, Jesus ampliou a
definição de mordomo. Sua lição ultrapassa a de um mordomo que
escapa do desastre financeiro. Ela também é aplicável àqueles que
fogem do desastre espiritual mediante uma sábia manifestação de
fé. Um mordomo sábio preparar-se-á para o futuro retorno de Jesus,
além do aqui e agora. Ver Mat 25:21
Ver
também as palavras de Cristo sobre Mordomia em Lucas 22:14-18.
Os seguintes textos inspirados falam da mordomia no Novo Testamento:
“Abrirei
meu coração ao Espírito Santo a fim de que sejam despertadas todas
as faculdades e energias que Deus me confiou? Pertenço a Cristo e
estou empenhado em Seu serviço. Sou um despenseiro de Sua graça." Fundamentos
da Educação Cristã,
p. 301.
“Cada
um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros
da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as
palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder
que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus
Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém” I Ped. 10:11.
"Portanto,
que todos nos considerem servos de Cristo e encarregados dos
mistérios de Deus. O que se requer desses encarregados é que sejam
fiéis." I Cor. 4:1 e 2
"Cada
um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando
fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas." I
Pedro 4:10
"É
preciso que o presbítero seja irrepreensível, marido de uma só
mulher e tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem
ou de insubmissão. Por ser encarregado da obra de Deus, é
necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não
briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro
desonesto. Ao contrário, é preciso que ele seja hospitaleiro, amigo
do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio." Tito
1:6-8
TERÇA-FEIRA
(30 de janeiro) MORDOMOS DOS MISTÉRIOS DE DEUS - Zofar, o naamatita,
disse a Jó: “Você
consegue perscrutar os mistérios de Deus?” Jó 11:7. A palavra “mistério” significa algo enigmático,
obscuro, desconhecido, inexplicável ou incompreensível. É como se
fôssemos pessoas míopes olhando para o céu, esperando enxergar o
menor detalhe. Não podemos enxergar tão longe, a menos que Deus nos
revele esses mistérios.
Somos
mordomos de coisas que não entendemos completamente. Conhecemos
apenas o que a Revelação e as Escrituras nos mostram. Nossa maior
mordomia é viver “como servos de Cristo e encarregados dos
mistérios de Deus." I Cor 4:1.
Embora
não compreendamos os planos de Deus em sua totalidade o maior
mistério já nos foi revelado. "O
fato de o Criador de todas as coisas, João 1:1-3 descer a esta Terra e
ser “manifestado na carne." Ellen G. White, Manuscript
Releases,
v. 6, p. 122. Apenas para oferecer a Si próprio como um sacrifício
pelos pecados da humanidade, envolve mistérios que provavelmente
nunca serão plenamente compreendidos por nenhuma criatura. Até
mesmo os anjos estudam o mistério do por que Jesus veio à Terra. Ver I Pe 1:12. No entanto, o que eles sabem faz com que todos nós
louvemos ao Senhor por Sua glória e bondade. Veja Apoc. 5:13
Os
mistérios de Deus são verdades espirituais conhecidas somente por
meio de revelação. Deus revela alguns dos Seus mistérios aos que
obedecem ao evangelho. Alguns dos mistérios de Deus já foram
revelados através das profecias e outros ainda estão para serem revelados.
“A
vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus..” Mateus
13:11
“Ainda
que eu conhecesse todos os mistérios, e não tivesse caridade, nada
seria.” I cor. 13:2
O
maior de todos os mistérios, que ainda não nos foi revelado
completamente, é que todos podemos experimentar a Cristo, a
“esperança da glória” que será a volta de Cristo e a vida
eterna que os santos vão viver com Adão e Eva viviam no paraíso.
Essa glória nos será restabelecida.
“O
santo par não era apenas filhos sob o cuidado paternal de Deus, mas
estudantes a receberem instrução do Criador todo-sabedoria. Eram
visitados pelos anjos, e concedia-se-lhes comunhão com seu Criador,
sem nenhum véu obscurecedor de permeio. ... Os mistérios do
Universo visível — “maravilhas dAquele que é perfeito em
conhecimento." João 37:16. Conferiam-lhes uma fonte inesgotável de instrução e prazer. As
leis e operações da natureza, que têm incitado o estudo dos homens
durante seis mil anos, estavam-lhes abertas à mente pelo infinito
Construtor e Mantenedor de tudo. Tinham familiaridade com a folha,
com a flor e a árvore, aprendendo de cada uma os segredos de sua
vida. Com cada criatura vivente, desde o poderoso leviatã que brinca
entre as águas, até o minúsculo inseto que flutua no raio solar,
era Adão familiar. Havia dado a cada um o seu nome, e conhecia a
natureza e hábitos de todos. A glória de Deus nos Céus, os mundos
inumeráveis em suas ordenadas revoluções, “o equilíbrio das
nuvens." Jó 37:16. Os mistérios da luz e do som, do dia e da noite, tudo estava patente
ao estudo de nossos primeiros pais." Patriarcas e Profetas, 50 e 51
QUARTA-FEIRA
(31 de janeiro) MORDOMOS DA
VERDADE ESPIRITUAL - A mordomia vai além de
bens materiais,
Assim como bens tangíveis, os dons intangíveis também vêm de
Deus. Eles são bens espirituais que Deus nos concede, ver I dPe 4:10 para
que possamos, em Cristo, desenvolver um caráter cristão e nos
tornar o povo que podemos ser nEle. Portanto, devemos administrar os
dons intangíveis com ainda mais cuidado do que os tangíveis, pois
eles são infinitamente mais valiosos.Ter sempre em mente a realidade
dessa redenção nos ajuda a manter a perspectiva na administração dos
outros bens que também recebemos de Deus.
Este
é o texto para a leitura de hoje: “Portanto,
tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau
e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo
cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da
justiça; e
calçados os pés na preparação do evangelho da paz, tomando
sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos
inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a
espada do Espírito, que é a palavra de Deus." Efésios 6:13-17
Como
podemos nos revestir da armadura de Deus? De que maneira somos
mordomos de tudo o que recebemos nessa armadura?
No
exercício dos dons espirituais, os Adventistas do 7º Dia tem uma
responsabilidade acrescida no exercício de sua vocação como
pessoas e igreja; é o de transmitir ao mundo as verdades espirituais que ficaram esquecidas e foram abafadas no decorrer dos séculos
depois do início do Cristianismo.
a) Salvação
e intercessão somente através de Jesus Cristo – A Bíblia
Sagrada é clara em mencionar que Jesus é o único que pode perdoar
pecados, mediar entre o ser humano e Deus e receber homenagens
espirituais. Há
outros caminhos que parecem ser caminhos de vida, mas no final são
caminhos de morte. Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens
porque Ele é Deus-Homem
“Disse-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai,
senão por mim.” João 14:6
b) Não
existe e não existirá um fogo do inferno a arder eternamente - A
Bíblia Sagrada menciona sobre o juízo final quando os salvos e os
perdidos receberão as suas recompensas, mas a Palavra de Deus não
diz que haverá um fogo devorador que nunca se apagará, onde os
perdidos estarão a arder eternamente. A Bíblia menciona sim que
haverá um momento em que os perdidos serão destruídos com fogo.
Dizer que os perdidos morrerão queimados é uma coisa, e dizer que
ficarão ardendo eternamente é outra coisa muito diferente. Vamos a
um exemplo que acho o mais esclarecedor sobre este assunto. As
cidades de Sodoma e Gomorra estão ardendo até hoje? Veja os
textos: “Assim
como Sodoma, e Gomorra , e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se
corrompido como aqueles e ido após outra carne, foram postas por
exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno.” Judas v. 7
“E
ordenou à subversão as cidade de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a
cinza e pondo-as como exemplo para aos que vivem impiamente.” II
Pedro 2:6
Estas
cidades foram totalmente destruídas. Eu estive em Israel e não vi
as cidades ardendo. É importante ver as tendências dos copistas e tradutores da biblia fugindo do sentido original do texto para defenderem um ponto de vista contrário as doutrinas de Deus.
Como
será a destruição final dos pecadores e do diabo? Assim
como Sodoma e Gomorra formam reduzidas às cinzas os perdidos e
Satanás também o serão. Veja este texto: “Pela
multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio,
profanaste os teus santuários; Eu, pois, fiz sair do meio de ti um
fogo, que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre a terra aos
olhos de todos os que te vêem.” Isaías 28:18. Ver Apoc 20:7-10.
c) A
inconsciência na morte - A que a Bíblia compara a
morte? Jesus comparou a morte ao sono. No estado do sono
ninguém se lembra de nada. Assim aquele que morre não vai nem para
o céu e nem para o fogo imediatamente. Ficam a aguardar a
ressurreição, e de forma inconsciente. Se estivessem em algum
desses lugares, dispensaria a ressurreição. Já estariam a viver a
recompensa. Jesus voltará para dar a recompensa para os salvos. A
recompensa dos perdidos será dada no final dos mil anos com o fogo
que vai destruir para sempre os pecadores, Satanás e seus demônios.
Apenas relembrando: a alma permanece morta, pois a alma é a união
do corpo e do fôlego. Ver Gênesis 2:7. Na morte o fôlego, que é
uma espécie de bilhete de identidade volta para Deus de forma
inanimada, assim a alma deixa de existir. Volta a existir com a
ressurreição.
Veja
alguns textos esclarecedores: “Assim falou e depois disse-lhes:
Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono...Mas
Jesus dizia isso da sua morte.” S. João 11.11 e 13.
“Assim
o homem se deita e não se levanta; até que não haja mais céus,
não acordará, nem se erguerá de seu sono.” Job 14:12.
Os
mortos ficam na sepultura inconscientes a aguardar a ressurreição.
Ver outros textos: Daniel 12:2; Job 14:14; Actos 2:34; Isaias 26:19;
I Cor. 15:16-18; Job 3.17; Job 17.13.
Os
mortos ficam na sepultura inconscientes a aguardar a ressurreição.
Ver outros textos: Daniel 12:2; Job 14:14; Actos 2:34; Isaias 26:19;
I Cor. 15:16-18; Job 3.17; Job 17.13.
d) O mandamento do sábado. A
Bíblia faz diferença entre os sábados cerimoniais e o sábado do
4º mandamento da lei de Deus Que
dia guardavam Jesus e as santas mulheres? Veja estes textos:
“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado,
segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.” Lucas
4:16
“E,
voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos; e no sábado
repousaram, conforme o mandamento.” Lucas 23:56.
Contrário
do que muitos cristãos dizem, os dez mandamentos continuaram
vigentes no Novo Testamento, inclusive o 4º mandamento que requer a
observância do santo sábado. Se assim não fosse, estes versos e
tantos outros deviam ser riscados do Novo Testamento.
Somos mordomos destas verdades?
QUINTA-FEIRA
(1º de fevereiro) A NOSSA RESPONSABILIDADE COMO MORDOMOS -
Quando nos tornamos mordomos, não transferimos nossa
responsabilidade para outro indivíduo ou organização. Nossa
responsabilidade pessoal é com Deus e será refletida em todas as
nossas interações com aqueles que nos rodeiam, ver Gên. 39:9, veja também
Dan. 3:16. Abraçaremos a tarefa em mãos, dando o melhor de nossas
habilidades. O sucesso aos olhos de Deus dependerá mais da nossa fé
e pureza do que da inteligência e talento.
A
lição de hoje traz esse texto que revela a nossa responsabilidade
como mordomos de Cristo: "Porque
todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um
receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal." II Cor. 5:10
Na
parábola de Lucas 12:42 a 48 Jesus relata que um homem estava em
busca de alguém a quem pudesse confiar os seus bens e seus
empregados, tendo a preocupação de prover o sustento. O homem para
assumir essa posição seria um mordomo. Hoje,
vemos muitas pessoas obcecadas pelo poder. As pessoas sábias não buscam, primariamente, o poder, mas o
caráter. Poder sem caráter é simplesmente, uma armadilha
espiritual. Responsabilidade
é intrinsicamente a obrigação moral de prestar contas em relação
a tudo o que nos foi confiado. Ninguém está isento disso. Por
isso Jesus diz-nos, no final da parábola, a quem muito foi dado muito
lhe será exigido; e aquele a que muito se confia, muito mais lhe
pedirão.
Creio perfeitamente que esse é um dos fatores porque muitas pessoas não querem assumir
compromisso no reino de Deus, pois isso envolve responsabilidade,
prestação de contas e acima de tudo pagar o preço de negar-se a si
mesmo, e administrar com fidelidade e prudência algo que não é
delas. Isso retira nossa autonomia e nos faz servos.
"O
Senhor deu a cada um a sua obra. Devem Seus servos agir em sociedade
com Ele. Se quiserem, podem os homens recusar ligar-se com o Criador;
poderão recusar entregar-se ao Seu serviço e negociar com os bens
que Ele lhes confiou; poderão deixar de exercer a economia e o
domínio próprio, e se poderão esquecer de que o Senhor exige
devolução daquilo que Ele lhes deu. Todos esses são mordomos
infiéis. O
mordomo fiel fará tudo o que lhe for possível no serviço de Deus;
o único objeto que terá diante de si será a grande necessidade do
mundo. Reconhecerá que a mensagem da verdade deve ser dada não
somente na sua vizinhança, mas nas regiões distantes. Sempre que o
homem alimenta esse espírito, o amor da verdade e a santificação
que receberá pela verdade, banirão a avareza, a fraude e toda
espécie de desonestidade." Cons.
S Mordomia, 52 e 53
“Deus
deseja Se relacionar diretamente com as pessoas. Em Suas ligações
com os seres humanos, Ele reconhece o princípio da responsabilidade
pessoal. Procura encorajar um senso de dependência pessoal e
destacar a necessidade de orientação pessoal. Seus dons são
outorgados aos homens como indivíduos. Cada homem é um mordomo da
confiança sagrada; usando-a de acordo com a direção do Doador; e
prestando contas individualmente de sua mordomia a Deus." Testemunhos
para a Igreja,
v. 7, p. 176.
SEXTA-FEIRA
(2 de fevereiro) LEITURA ADICIONAL DA
LIÇÃO 5 (1º trimestre 2005) MORDOMOS APÓS O ÉDEN - Mordomo é alguém a quem está sendo confiado algo muito valioso
que, no entanto, não lhe pertence. Em muitos aspectos, isso torna a
responsabilidade ainda maior do que se o mordomo fosse responsável
por seus próprios bens.
Tanto
no Novo como no Antigo Testamentos, os mordomos são definidos pelo
que fazem. O Novo Testamento especificamente descreve o mordomo em
termos de responsabilização, ver Luc 12:48, e expectativas, ver I Cor 4:2. O
foco do Antigo Testamento, no entanto, concentra-se mais em declarar
a propriedade de Deus do que em nos definir diretamente como Seus
mordomos. Portanto, embora o conceito de mordomo seja muito
semelhante em ambos os Testamentos, o Novo expande o
conceito para além da administração apenas familiar.
Será
muito bom para nós assumirmos a responsabilidade da mordomia do que
procurar transferí-la para outros. Em
vez de assumir a responsabilidade por comer o fruto proibido, o que
Adão disse quando Deus lhe perguntou o que havia feito? Ver Gên
3:12. Como é interessante que uma das primeiras respostas humanas
provocadas pelo pecado foi buscar transferir a culpa de si para o
outro! O
que temos feito com a mordomia que Deus nos confiou?
Devemos
ser mosrdomos e guardiões do evangelho de Cristo. Na
maioria das vezes, Paulo usava as palavras mordomo, oikonomos e
mordomia, oikonomia em relação ao Evangelho. Ele escreveu, por
exemplo: “que os homens nos considerem, pois, como ministros de
Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o
que se requer nos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel” I Cor. 4:1, 2. Mantendo o sentido básico de mordomo como
administrador e despenseiro dos bens uns dos outros, Paulo está
dizendo que ele e os outros ministros são administradores e
proclamadores da mensagem dos atos redentores de Deus, que Deus mesmo
lhes havia confiado. Amém?
Luís
Carlos Fonseca
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