quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Esboço de Sermão: Fé Viva!

Fé!

Autor: Stefan Sacara

Introdução  - Uma palavra, somente duas letras, porém com um significado ENORME! A fé é algo que não podemos desprezar, pois, afinal de contas, sem ela não podemos ser salvos.

Então eu pergunto agora: O que é fé? O que significa esta palavra? Segundo a Wikipédia; fé é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objectivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta ideia ou fonte de transmissão. Porém, recorrendo aos sinónimos, posso igualmente dizer que ter fé é crer ou confiar, em algo ou alguém.


E, segundo a Bíblia Sagrada, o que é a fé? Meus caros, vejamos primeiro quantas vezes aparece a palavra fé na Palavra de Deus. Com base na concordância da minha Bíblia, observei que ela está escrita, se não me engano, 59 vezes. Foco de novo, o facto de ser só a palavra fé, sem considerarmos os sinónimos crer ou confiar. Apesar disso, isto não é tudo.

Certamente que quando falei em fé, alguns de vós devem ter-se lembrado logo do capítulo 11 de Hebreus.
É verdade! Vejam só a importância da fé que Deus, na Sua Palavra, deixou-nos um capítulo inteiro sobre ela! O ideal seria ler o capítulo inteiro, mas alguns versículos já nos permitem aprender o necessário. Então, abra a Bíblia em Hebreus 11:1-3. 

Agora vamos ler, no mesmo livro, no mesmo capítulo, o versículo 6. Hebreus 11:6.

I – O que é fé?  UAU, SEM FÉ NÃO PODEMOS AGRADAR A DEUS!!!!

Mas, até agora só falamos dela do ponto teórico e do ponto bíblico.

Mas como é a fé na prática? Ou melhor, o que é a fé para mim mesmo? Meus caros, eu não sei se vocês fazem o mesmo, mas eu quando preciso de entender algo prático, gosto de ir à Palavra de Deus e ver se já algum personagem bíblico passou por isso.

Apesar da Bíblia citar muitos, dos quais poderíamos falar, tais como: Abraão, José, David, ou; se calhar, talvez Jó, uma vez que ele permaneceu na fé em Deus, tanto quando lhe ia bem, como quando lhe corria mal.

Mas, se me permitem, eu gostaria de ler; não estas histórias que certamente todos conhecemos, mas outras que talvez, às vezes, não as focamos da mesma forma que as anteriores.

1) Então vejamos a primeira: • Vamos ler Mateus 8:5-13. (O centurião de Cafarnaum)

Uau! Vamos analisar isto um pouco. Vem ter com Jesus um centurião de Cafarnaum.

a. Ele era um Centurião, uma posição hierárquica considerada, era o sexto em comando na altura e comandava 100 soldados. Penso que equivale a capitão na actualidade.

b. Se não me engano, os judeus e os romanos “não se davam muito bem por assim dizer”, por vários motivos, mas talvez mais pelo facto de serem os romanos a “reinar”.

c. Ele tinha servos, logo devia ter dinheiro, podia ter consultado um bom médico para tentar ajudar o seu criado.

Mas ele, apesar de tudo, apesar das aparências, de ser romano, do seu estado hierárquico, veio ter com Jesus. E que fé ele tinha! ( “Diz apenas uma palavra e o meu criado sarará (...))” Mateus 8:8

2) Vejamos agora outra história. Abram, por favor, as vossas Bíblias em Marcos 4:35-41 (Jesus apazigua a tempestade)

E nós perante uma situação menos boa, ou numa situação perigosa, temos nós fé em Deus e não temos medo?

3) Vamos ler mais uma história de fé. Marcos 5:21-43.

É curioso, reparem como a mulher surgiu ENQUANTO Jesus estava com o principal de sinagoga e como, LOGO DE SEGUIDA, lhe dizem que a sua filha morreu. Já tinham reparado? Será que isto aconteceu por acaso? Jesus disse: “NÃO TEMAS, CRÊ SOMENTE”. Vemos que o medo é o contrário da fé. Mas porque ter medo se eu acredito no Deus do impossível?

II – O que a fé não é? E por fim vamos ler, para vermos agora o que não é fé, a seguinte passagem:

1) João 20:19-31. Meus caros, vamos pôr DEUS em 1º LUGAR. Quando fui baptizado, entregaram-me esta Bíblia, e escreveram nela as palavras de SALMO 37:5: “ENTREGA O TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE, E ELE TUDO FARÁ.

Eu tenho de admitir que na altura era muito jovem ainda, e ainda tinha talvez algumas dúvidas no meu coração, tendo mesmo chegado a pensar que para ser baptizado precisava de sentir que já não era tão pecador, mas percebi que o baptismo não me torna perfeito, mas permite-me morrer para o meu “eu passado” e começar uma nova vida em Jesus.

Passado algum tempo eu via o meu pai a ter experiências inexplicáveis e maravilhosas, e eu perguntava-lhe como Deus lhe responde, e eu que também oro e Deus parece não me responder.

Algum tempo depois comecei a me sentir como um hipócrita, pois vinha à Igreja, mas não tinha uma verdadeira relação com Deus, pois não tinha tais experiências que o meu pai tinha!

Então disse para o meu pai, que eu não ia mais à igreja porque não sentia Deus a responder as minhas orações e não queria ser hipócrita, e acrescentei de que se Deus me quer salvar, Ele me traria de volta à Ele

Ao deixar de frequentar regularmente a igreja, comecei a ler menos a Bíblia. Mas sentia muitas vezes ainda, que não devia fazer o que sabia que estava errado. Deus conservou-me junto de Si.

Posteriormente, comecei a ter imensos problemas; e eu tentava, mesmo dando o meu melhor, resolvê-los, mas se resolvia um aparecia outro. Cheguei a chumbar na escola, cheguei a trabalhar e não receber salário de meses anteriores, foi-me diagnosticada uma doença para a qual fiz tratamento semanal durante um ano, e de nada ajudou.

Sentia minha vida em um caos, e estava extremamente stressado. Foi aí que Deus Se lembrou de mim, quando eu mais precisava. E um dia, o meu pai disse-me as seguintes palavras:

-“Filho vem cá, quero falar um pouco contigo.” E sentamo-nos e ele disse: - “Filho tu não vês como está a tua vida? Tens problemas com a escola, com o trabalho e com a saúde! Porque não voltas para Deus e deixas que Ele te ajude, e Ele organizará a tua vida e esses problemas desaparecerão como dantes não existiam.”

Ele foi embora, mas eu fiquei imenso tempo a reflectir nestas palavras, tinham-me chegado mesmo ao coração porque a minha vida estava de facto um caos! E atendi, e senti uma enorme necessidade de Deus, pois vi que sem Ele minha vida não vale a pena!

Certo dia, no meu trabalho, levaram-me para um armazém, onde me foi dado um trabalho que exigiu muito esforço da minha parte, e no fim ao chegar no carro, quando carreguei na embreagem do carro o meu pé começou a tremer e não conseguia fazer com que ele parasse; a não ser levantá-lo, e ainda ao conduzir não podia estar quieto no banco pois sentia uma enorme dor muscular nas costas. Então noutro dia demiti-me! Mas fiquei com quase três meses e meio sem receber o salário; o meu patrão não me pagou. Só passado um mês, se não me engano, telefonei-lhe para ver como resolveríamos o assunto do recebimento do dinheiro. Ele respondeu e disse que não ia estar no escritório naquela semana. Pediu-me para lhe telefonar na próxima semana. Chegado o dia combinado telefonei outra vez, mas o telefone demorou mais a atender, e pensei; quer ver que ele agora não me vai atender! Mas ele atendeu, e combinamos um dia para ir ao escritório. Mas, agora como tinha retornado para Deus e ia outra vez à Igreja, desta vez quis fazer como o meu pai faz: Deixar os problemas nas mãos de Deus e Ele fará o que for para mim.

Então na véspera orei a Deus e disse: - “ Senhor, tu conheces o meu problema! Se Tu achas que eu não mereço esse dinheiro, não permitas que o meu patrão mo dê. Mas se achas que mereço, eu sei que Tu és um Deus Justo, que amas a justiça e odeias a injustiça. Se o meu patrão não me quer dar o dinheiro, não deixes que ele me faça injustiça. Faz Segundo a Tua vontade! Amém.”

Nesse mesmo dia, o meu patrão me atendeu e sentamo-nos, e ele disse: - “Então?” Eu disse-lhe: - “Vim aqui para resolvermos o que ficou por resolver, ou seja; o dinheiro que ainda me tem de pagar.” Ele chamou a secretária, pediu os papéis necessários e confirmou as contas. E tinha de me pagar mais de 1000 e tal euros. Mas de repente, o telefone tocou no seu escritório. Ele respondeu e era de uma empresa à quem ele também devia dinheiro.

Ele disse que agora eles não tinham dinheiro. Ora isto me fez pensar um pouco: - "Bem, se ele não tem dinheiro para eles, quanto mais para mim." Mas logo de seguida pensei: "bem, mas eu entreguei o problema nas mãos de Deus." E acalmei-me. Ele chamou a secretária e disse-lhe para ela fazer uma transferência para a minha conta bancária. Fui com ela, assinei o que foi preciso enquanto ela fazia a transferência. E deu-me uma fotocópia da transferência. Eu perguntei quando receberia a soma e ela disse que, em principio, seria no dia seguinte na parte da tarde.

Agradeci por tudo e fui para casa. Algumas horas passaram e veio a minha mãe e perguntou-me: -“Então deu-te o dinheiro? “ Respondi que fez-me a transferência e que veria amanhã. Um pouco mais tarde, veio o meu pai e perguntou: -“Então recebeste o dinheiro?” Respondi o mesmo.

No segundo dia, por volta do meio-dia, se não me engano, fui ao multibanco e introduzi o cartão. Eishh, então afinal, não é que estava lá 1000 e tal a mais no saldo. Agradeci a Deus, que resolveu esse meu problema tão lindamente.

Meus caros, vêm aí tempos de aflição para os servos de Deus, onde teremos de escolher entre o nosso trabalho e os nossos patrimónios, se calhar.

Meus caros, estamos nós a nos preparar para a última batalha antes da vinda de Jesus? Estou eu firme na minha fé, ao ponto de, mesmo que perca este corpo, crer que o meu Deus me vai ressuscitar? Ou estou eu a por a minha fé mais nas coisas deste mundo? Em todas as coisas que possa ter? Estou eu a ser como Abraão, ou como o mancebo rico?

ConclusãoUma vez ouvi algo que me ficou marcado: “As coisas deste mundo são como o fármaco.” Meus caros, eu não sei se cada um de vós sabe como funcionam os medicamentos, mais especificamente os fármacos dos mesmos?

Quando temos uma dor, ou algo que nos causa desconforto, por exemplo, uma dor muscular, ou uma dor depois de batermos em algo, ou uma dor de cabeça ou febre, certas vezes acabam por nos aconselhar fármacos para tratar os sintomas e depois a dor pode passar ou continuar, onde teremos de continuar com a medicação. A verdade é que os fármacos servem para aliviar os sintomas, mas apenas por algumas horas. E com a vida é o mesmo. Vivemos no máximo, se calhar, até 120 anos, porém é raro uma pessoa passar muito mais dos 100 anos.

Qual é a sua escolha? Em quem mais está depositada a sua fé? Meus caros, a Palavra de Deus é Verdadeira, e se você não está a 100 % confiante nisso reveja esta passagem: “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu (...)” Mateus 24:29

E depois veja na internet os acontecimentos relacionados com o dia 19 de maio de 1780 e veja também os acontecimentos do ano 1833. Referentes ao escurecimento do sol e queda dos meteoritos.  Se isto não lhe chegar, veja o seguinte exemplo: Nós dizemos o ano 200 a.C. E o ano 1200 d.C. Até a biologia usa a.C e d.C. Cristo existiu mesmo; e não só existiu como é o personagem central da história. A história divide-se entre o antes e o depois de Cristo.

Ele me promete e assegura, que mesmo que eu perca a minha vida temporária, que se Jesus não vier, perco-a a mesma, Ele pode-me ressuscitar no dia da Sua vinda.

Se eu confio mais nas riquezas, lembrem-se que quando uma pessoa morre deixa tudo para trás e quando Jesus voltar, tudo neste mundo perecerá.

Meus caros, eu quero aplicar a seguinte passagem à minha vida: “ENTREGA O TEU CAMINHO AO SENHOR, CONFIA NELE E ELE TUDO FARÁ” e peço que Deus me ajude e me dê mais fé, pois, eu não quero esta “vida com prazo de validade”, neste mundo corrupto, cheio de injustiça e ganância.Eu desejo a vida eterna!

Peço-vos que façais o mesmo, por favor. Confiem no Senhor, fixem a vossa fé NELE e não tenham receio.
Eu quero o que Deus me oferece, a vida eterna, numa nova terra. Penso que não sou o único.

Mateus 24:13 diz: “ Aquele que perseverar até ao fim, será salvo.” Amém!


Autor: Stefan Sacara

Luís Carlos Fonseca

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