COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 11 (4º trimestre de 2014) A PREPARAÇÃO
PARA A CEIFA
VERSO ÁUREO: “Sede vós também pacientes, fortalecei os
vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima.” Tiago 5:8
INTRODUÇÃO (sábado 6 de dezembro) – A lição desta semana
vai tratar do devido preparo que devemos fazer para a volta de Jesus.
A bíblia
compara a volta de Cristo com a colheita do agricultor. Quando as pessoas
estiverem amadurecidas para a volta de Cristo, então Ele virá. Mas, por que preocupar-se com o preparo se não se sabe
quando Jesus vai voltar?
Esta era a grande preocupação e desejo dos crentes dos dois
primeiros séculos. Eles pensavam que Cristo voltaria nos seus dias; e, já se
passaram mais de 1900 anos e continuamos a aguardar a segunda volta de Jesus! É verdade! Mas considere o seguinte:
Deus, em Seu amor, não revelou exatamente quando seria o fim do mundo. E isso tem
uma boa razão de ser. Imagine como teria sido triste a vida dos crentes dos
séculos passados se eles soubessem que Jesus não viria nos seus dias! Imagine
se eles tivessem descoberto, pelas profecias, que Jesus demoraria ainda séculos
para voltar! Teriam desanimado facilmente ou abandonado a fé. A promessa de
Jesus que viria “cedo” ou “logo”, fazia seus corações vibrarem. Sua vida cristã
tirava forças da promessa do retorno de Jesus para seus dias, assim como nós hoje tiramos forças. É claro que hoje temos revelação suficiente para acreditarmos que Jesus pode voltar em nossos dias.
Como fazer o preparo?
A melhor maneira de preparar-se para a volta de Jesus é comungando com Ele e
permanecendo nele. Veja estes textos: “E, assim, se alguém está em Cristo, é
nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. II
Coríntios 5:17.
“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode
o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós
o podeis dar, se não permanecerdes em mim”. João 15:4.
É fundamental também que perseveremos em seguir ao Senhor. Ver
Hebreus 12:1 Não devemos permitir que os problemas da vida e as provações nos
façam esmorecer na fé, pois: “Todavia, o meu justo viverá pela fé; e: se
retroceder, nele não se compraz a minha alma”. Hebreus 10:38. A fim de
permanecer em Cristo, primeiramente, a pessoa deve crer em Jesus e aceitá-lo
como seu salvador pessoal. A aceitação de Jesus e seu sacrifício é evidenciada
pelo batismo por imersão: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém,
não crer será condenado”. Marcos 16:16. Se você ainda não deu esse passo,
deverá fazê-lo.Também é recomendado, pelo próprio Jesus, que vigiemos, ou seja,
que tenhamos cuidado em aperfeiçoar, pelo poder de Deus, o nosso caráter para
que estejamos atentos aos sinais da volta de Jesus: Veja estes outros textos: “Portanto,
vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor”. Mateus 24:42.
“Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em
que não cuidais, o Filho do Homem virá”. Mateus 24:44.
“Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei
a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima”. Lucas 21:28.
Para preparar-nos para volta de Jesus, devemos: Crer nele e
aceitá-lo como Salvador, evidenciando tal disposição através do batismo.
Permanecer em Jesus, perseverando em estudar Sua Palavra e em nossas orações.
Participar, com alegria, nas celebrações da igreja. Ver 10:25. Pregar a Palavra
às pessoas. Pregar também é necessário para apressar a volta de Cristo. Por
vezes, os cristãos prezam demasiado a comunhão com os crentes e se esquecem de
planejar evangelismo. Talvez, sem entenderem a responsabilidade que têm para com
Deus pelas almas que perecem, os crentes envolvem-se demasiadamente em reuniões
da Igreja. Você está contribuindo para a
colheita que Jesus fará?
DOMINGO (7 de dezembro) A PREPARAÇÃO DA CHUVA – Este é o texto principal para o estudo de
hoje: “Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o
lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que
receba a chuva temporã e serôdia.” Tiago 5:7
A comparação de Tiago é simples: assim como os agricultores
esperam pacientemente a chuva, tanto para semear como para amadurecer a
semente, devemos também continuar aguardando a segunda volta de Cristo.
Encontramos também esse paralelo nas próprias palavras de Jesus. Com certeza,
Tiago, que era irmão de Jesus, usou emprestada essa mesma analogia. Segue o texto de Jesus: “E dizia: O
reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. E dormisse, e
se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo
ele como. Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a
espiga, por último o grão cheio na espiga. E, quando já o fruto se mostra,
mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa.” Marcos 4:26-29.
Deus usa a chuva para exemplificar a Sua bênção para o
coração humano. Os agricultores bíblicos conheciam muito bem a chuva temporã e serôdia. A chuva temporã era aquela que caia na época da semeadura para a
semente germinar e nascer com toda a força. A chuva temporã era aquela que caía
na época do amadurecimento dos grãos, para depois haver uma farta colheita.
Simbolicamente, a chuva temporã significa o derramamento do Espírito Santo que
aconteceu no início da igreja primitiva. Ver Atos capítulo 2. Essa
manifestação do Espírito Santo, veio para germinar a semente do evangelho que
estava sendo semeada. A chuva serôdia representa o derramamento do Espírito
Santo que Se manifestará nos últimos dias da história deste mundo e irá
preparar a terra para a colheita que Cristo realizará na Sua segunda vinda.
Cremos que a chuva serôdia é um acontecimento futuro. No entanto, é possível que
individualmente possamos já receber algum chuvisco dessa chuva. A chuva
serôdia será um dos maiores acontecimentos da história da igreja. Tem dois propósitos principais: a)
Fortalecer o povo de Deus para enfrentar o tempo de angústia e estar em pé
durante as sete pragas, e b) Capacitar a igreja para dar o último alerta a este
mundo caído e terminar a obra da pregação através do alto clamor.
Jesus também instruiu os discípulos, e a nós, para deixarmos o
joio crescer junto com o trigo e só na hora da colheita é que devem ser
distinguidos e separados. Ver Mateus 13:28-30. Esta parábola é uma figura da
sacudidura que ainda está diante de nós. O
que é a sacudidura? É um processo de seleção em que o joio é separado do
trigo. “Porque, eis que darei ordem, e sacudirei a casa de Israel entre todas
as nações, assim como se sacode grão no crivo, sem que caia na terra um só
grão.” Amós 9:9. A sacudidura acontecerá no final dos tempos, antes da volta de
Jesus. Hoje, Deus permite que os não consagrados, os que alimentam o egoísmo, o
orgulho, a avareza e a maledicência, permaneçam entre os consagrados; que já
eliminaram de suas vidas estes pecados e outros defeitos de carácter; e estão a
viver uma vida de santificação e obediência. “Estamos no tempo da sacudidura.
Tempo em que cada coisa que pode ser sacudida sacudir-se-á.” Test.Sel. vol 2, 547.
A Sacudidura para muitas pessoas já está tendo lugar. Quando cristãos se
afastam de Jesus e da Sua igreja, já foram sacudidos.
Quem será sacudido?
a) “Quem é criticado injustamente, desanima na fé e abandona Jesus.” Test.
Ministros, 411. b) Pessoas não aprofundadas nas doutrinas bíblicas. Ver Atos
20:30 - “O inimigo introduzirá doutrinas falsas, tais como a de que não existe
um santuário. Este é um dos pontos em que alguns apostatarão da fé.”
Evangelismo, 224. Ver também Test. Ministros, 112. c) Quem rejeita os testemunhos
da conselheira e profetisa Ellen White. - “O derradeiro engano será anular o
testemunho do Espírito de Profecia.” Mens. Escol. vol 1, 48. d) Grandes
pregadores. - “Muitas estrelas que temos admirado por seu brilho, tornar-se-ão
trevas.” Eventos. Finais, 154. e) Pastores não santificados serão eliminados. - “A
grande questão que está tão próxima eliminará aqueles a quem Deus não designou,
e Deus terá um ministério puro, leal, santificado e preparado para a chuva
serôdia.” Mens. Escol. 3, 385 - “Pastores e médicos poderão afastar-se da fé,
como a Palavra do Senhor através de sua serva tem dito.” Ev. Finais, 155. f) Os
descuidados e indiferentes - “Os descuidados e indiferentes que não se uniam
com os que prezavam suficientemente a salvação para lutarem com perseverança...
foram deixados para traz, e seu lugar foi imediatamente preenchido pelos que
aceitavam a verdade e a ela se filiavam.” Prim. Escritos, 270. g) Alguns que
passarem por perseguições. - “Ascenda-se a perseguição, e os não sinceros e hipócritas
vacilarão, renunciando a fé; mas o verdadeiro crente permanecerá firme como a
rocha, tornando mais forte a sua fé, e sua esperança mais viva do que nos dias
da prosperidade.” G. Conflito, 606
SEGUNDA-FEIRA (8 de dezembro) A QUE DISTÂNCIA ESTÁ A “VINDA
QUE ESTÁ PRÓXIMA”? Em Tiago 5:8 menciona que a volta de Jesus está “próxima”.
Embora não sabemos nem o dia e nem a hora da volta de Cristo, sabemos que hoje,
mais do que nunca, estamos mais próximos da segunda volta de Jesus. Já se
passaram mais de 1980 anos desde que Jesus prometeu voltar, ver a Sua promessa
em João 14: 1-3, e Ele ainda não veio. E
hoje, está realmente próxima? Tiago menciona, no texto para hoje: “Sede vós
também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor
está próxima.” Tiago 5:8.
Tiago pede para que fixemos firmemente os olhos em Jesus porque a nossa redenção está próxima. Ele, mais uma vez, utiliza palavras
semelhantes as de Cristo. Jesus, depois de mostrar alguns sinais da Sua segunda
volta; “Propôs-lhes uma parábola: Vede a figueira e todas as árvores: quando
começarem a brotar, sabeis por vós mesmos, ao vê-las, que o verão está próximo;
assim também vós, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que está
próximo o reino de Deus.” Lucas 21:29-31.
Que distancia nos
separa da segunda volta de Cristo? Jesus proferiu os sinais proféticos que
aconteceriam antes da Sua segunda volta. E veja que todos esses sinais já
aconteceram ou estão acontecendo diante dos nossos olhos. Embora Deus não tenha
revelado o dia e a hora exata do retorno de Jesus, Ele deu alguns sinais de que
o tempo do fim estaria próximo: haveria sinais nos céus, catástrofes na terra,
guerras, fomes, pestes, falta de amor entre as pessoas, o surgimento de muitas
religiões, etc… ver Mateus 24 e II Timóteo 3:1-5. Com esses sinais, sabemos que
já estamos no tempo do fim, pois vemos isso na TV e internet todos os dias. Só
não sabemos quanto tempo ainda resta para Jesus retornar. Quando vamos para
outras profecias relacionadas com o tempo, vemos que também já se cumpriram. Veja as
profecias dos 1260 e 2300 anos. A primeira já se cumpriu no ano 1798 e a
segunda em 1844. A partir de 1844 vivemos em tempo emprestado por Deus. Desde
de lá para cá vivemos, no período que as profecias bíblicas chama de "tempo do fim". O apóstolo Paulo adverte-nos dizendo:
“Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele dia, como ladrão, vos
surpreenda; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos
da noite nem das trevas; não durmamos, pois, como os demais, antes vigiemos e
sejamos sóbrios.” I Tess. 5:4-6.
TERÇA-FEIRA (9 de dezembro) QUEIXUMES, QUERELAS E
CRESCIMENTO – Este é o texto para hoje:
“Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados.
Eis que o juiz está à porta.” Tiago 5:9.
Tiago faz-nos um apelo muito sério.
Ele pede-nos para sermos solucionadores de problemas e não causadores de
problemas. Em algum momento da vida, todos já sofreram injustiças, ofensas e
pecados. Como devemos reagir quando tais
ofensas acontecem? De acordo com a Bíblia, devemos perdoar. Efésios 4:32 declara: “Antes sede uns
para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros,
como também Deus vos perdoou em Cristo.” Da
mesma forma, Colossenses 3:13 menciona: “Suportando-vos uns aos outros, e
perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como
Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.”
A chave nos dois versículos acima é que devemos perdoar aos outros, como Deus nos perdoou. Por que perdoamos? Porque já fomos
perdoados e sentirmos que fomos perdoados. Deus não nos dá o luxo de não
perdoarmos as pessoas por, inconscientemente, não sentirmos o amor e o perdão
de Deus. Independentemente das nossas mazelas emocionais, Deus pede que
perdoemos o próximo e vivamos em harmonia com todos. Que feio ver entre
famílias e igrejas, pessoas fofoqueiras, queixosas e maledicentes! Deus abomina
essa atitude!
O perdão seria simples se nós tivéssemos que concedê-lo
somente àqueles que vêm pedir com tristeza e arrependimento. A Bíblia nos diz
que devemos perdoar incondicionalmente àqueles que pecaram contra nós.
Recusar-se verdadeiramente a perdoar a uma pessoa demonstra ressentimento,
amargura e raiva: e nenhumas dessas características são próprias de um cristão.
Na oração do Pai Nosso, pedimos à Deus que nos perdoe de “nossos pecados, assim
como perdoamos aos nossos devedores.” Mateus 6:12. Jesus disse em Mateus
6:14-15: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai
celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas
ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.”
Sempre que falhamos, desobedecendo a um dos mandamentos de Deus, contra Deus pecamos. Todas as vezes
que falamos mal de alguém à outra pessoa, pecamos não somente contra ela, mas
também contra Deus. Quando olhamos a vastidão da misericórdia de Deus em nos
perdoar de todas as nossas transgressões, nos damos conta que nós não temos o
direito de reter esta graça para com os outros. Pecamos contra Deus infinitamente
mais do que qualquer pessoa poderia algum dia pecar contra nós. Se Deus nos
perdoa, como podemos recusar perdão a outros por tão pouco?
A lição de hoje também menciona que não devemos nos queixar
da vida. Murmurar significa: queixar-se, lastimar-se, falar mal, apontar falta,
fazer mau juízo de alguém ou de alguma coisa. O perfil do murmurador é o perfil
de uma pessoa sem fé e altamente insegura. Uma pessoa cheia de dúvidas vai
murmurar em qualquer situação. Uma pessoa cheia de fé vai louvar o Senhor em
qualquer situação. A murmuração é pior que o vício do fumo e da bebida alcoólica, mas se
aceita tranquilamente o murmurador, porque, aparentemente, ele é inofensivo, mas ele causa pior dano do que os viciados em drogas. Outra
característica do murmurador é que ele não se nega a realizar as suas tarefas
ou cumprir os seus deveres, ele mostra-se até mais trabalhador do que os outros, o
problema reside no fato de o fazer reclamando e contaminando o ambiente. Foi por isso que o apóstolo
Paulo disse: “fazei tudo sem murmuração!”. O murmurador encontra defeito em
tudo. Se o pastor prega apenas quinze minutos; está sem repertório! Se prega uma
hora, quer matar a gente! Se coloca outro para pregar; ele ganha para isso!
Quando não coloca ninguém; só pensa nele. O murmurador diz: “Não aguento mais
ouvir estas mesmas músicas”. Se coloca música nova ele diz: “não sei cantar”.
Se falar sobre ofertas e dízimos; é dinheirista, se não fala; é medroso e não
quer que a gente prospere. O murmurado diz: "nessa igreja não tem amor", "A quanto tempo ninguém me
visita." O murmurador começa a murmurar primeiro em seu coração e depois com a
sua boca. Ver Mateus 12:34. Murmuração não depende das circunstancias, porque é
um estilo de vida que o murmurador recebe e adota , uma cultura criada, um estado de espírito. Murmuração é uma
doença emocional muito grave. A murmuração leva a pessoa a ser crítica demais,
e o crítico semeia dissensão entre os irmão, o que é uma das sete abominações
para Deus. Ver Provérbios 6:16-19. No mundo, as pessoas são estimuladas a
reclamar, fazer greves, reivindicar, mas no reino de Deus o mandamento é outro:
“Fazei tudo sem murmurações nem contendas”. Percebeu a diferença? Você murmura, reclama e critica? Então chegou a hora de deixar de usar este expediente do diabo.
QUARTA-FEIRA (10 de dezembro) EXEMPLOS DE PACIENTE
PERSEVERANÇA – Este é o texto para hoje:
“Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram
em nome do Senhor. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes
qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o
Senhor é muito misericordioso e piedoso”. Tiago 5:10-11.
A lição de hoje trás o exemplo de Jó e outros profetas que, por serem perseverantes, tiveram um final feliz. Os profetas de Israel, por
serem fiéis na pregação da Palavra de Deus e na divulgação do reino dos Céus
foram incluídos na galeria dos famosos da fé de Hebreus 11. Veja alguns exemplos: “Os quais pela fé
venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas
dos leões (Daniel), apagaram a força do fogo (Hananias, Misael e Azarias) ,
escaparam do fio da espada (Elias e Eliseu), da fraqueza tiraram forças, na
batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres
receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando
o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros
experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões (Jeremias e
Miqueias). Foram apedrejados (Zacarias filho de Joiada), serrados (Isaías),
tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de
cabras, desamparados, aflitos e maltratados.” “Hebreus 11:33-37.
Apesar de a maioria das pessoas considerarem paciência como
uma espera passiva ou tolerância gentil, a maioria das palavras gregas
traduzidas como “paciência” no Novo Testamento, são palavras ativas e saudáveis.
Considere, por exemplo, Hebreus 12:1: “Portanto nós também, pois que estamos
rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o
pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos
está proposta”. Pode alguém correr a carreira esperando passivamente por
pessoas que enrolam ou gentilmente tolerando os trapaceiros? Claro que não! A
palavra traduzida como “paciência” nesse versículo significa tolerância. Um cristão corre a carreira quando pacientemente persevera através das
dificuldades com a esperança do céu. Na bíblia, paciência é perseverar rumo ao
alvo, aguentar as dificuldades ou esperar ansiosamente que a promessa seja
cumprida.
É claro que paciência não acontece da noite para o dia na
vida do crente. O poder e a bondade de Deus são muito importantes para o
desenvolvimento da paciência em Seus filhos. Colossenses 1:11 nos diz que somos
fortalecidos, “segundo a força da sua glória, em toda a paciência, e
longanimidade com gozo”, enquanto Tiago 1:3-4 nos encoraja a saber que provações
são a forma que Deus usa para aperfeiçoar nossa paciência. Nossa paciência se
desenvolve e fortalece ainda mais quando descansamos na perfeita vontade de
Deus e no Seu tempo, mesmo quando à face de homens perversos: Veja este texto:“Descansa no
Senhor, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu
caminho, por causa do homem que executa astutos intentos”. Salmo 37:7. No fim
das contas, nossa paciência é recompensada: “Sede pois, irmãos, pacientes até à
vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra,
aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós
também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor
está próxima” Tiago 5:7-8. Veja este outro texto:“Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a
alma que o busca” Lamentações 3:25.
Com que assunto você está a debater-se no momento e que necessita
saber esperar no Senhor, com paciência?
QUINTA-FEIRA (11 de dezembro) TRANSPARENTE COMO A LUZ DO SOL
– Este é o texto sugerido para hoje:
“Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem
façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não,
não; para que não caiais em condenação.” Tiago 5:12.
Jesus também mencionou sobre os juramentos e votos. Ver
Mateus 5: 34 e 35. Sabe por que desse ensinamento de Jesus e Tiago? Porque era costume dos judeus jurarem por
tudo, por Deus, pelos céus, pelo trono, pelo altar, por Jerusalém, por membros
do seu corpo, enfim por tudo, e, obviamente, o objeto pelo qual se jura, ainda
que seja Deus, não validará o nosso juramento se nós não estivermos dispostos a
cumpri-lo. O juramento falso era costume de alguns judeus, e Jesus sabia disso.
Por isso Ele ensinou que a palavra do crente seja sim, sim; não, não, e o que
passar disso vem do maligno, e vem mesmo! Tudo que nós acrescentarmos, ou
tentarmos acrescentar à nossa falta de caráter vem do maligno, ainda que usemos
o nome de Deus. Tiago também sabia desse mau costume de alguns judeus, e, por
isso, ele ensina aos irmãos da dispersão que não usassem desse artifício para
enganar os outros. Se uma pessoa é honesta, principalmente um crente, não será
necessário acrescentar nada à sua palavra que deve ser regida pela Palavra de
Deus.
E a respeito de fazer
votos? O voto é da mesma natureza do juramento. É uma promessa, esse mesmo
tipo de promessa que os católicos fazem para os santos. Só que, assim como o
juramento, o voto deve ser feito exclusivamente à Deus, e por isso mesmo, deve
ser cumprido com toda fidelidade. Veja Deut. 23:21,23; Ecles. 5:4-6 e Sal.
66:13-14.O voto feito exclusivamente à Deus, para que seja aceitável, deve ser
feito voluntariamente, com fé e consciência de dever, em reconhecimento e
gratidão pelas misericórdias recebidas, ou, pela fé de que ainda receberemos.
Pelo voto nós nos obrigamos diante de Deus a cumprir, ainda de forma mais
cuidadosa, os nossos deveres. Ver Gên. 28:20-22 e Sal. 76:11; 50:14.
A lição de hoje combate a mentira e defende a verdade. Um
dos grandes problemas, no corpo de Cristo, hoje, já foi um dos grandes problemas
da igreja primitiva, onde os apóstolos tiveram que combater com a palavra, a
mentira. Infelizmente, há muitos cristãos que ainda não largaram o velho hábito
de mentir. Sei que há irmão, líderes, pastores e colaboradores com esse sério problema
mal resolvido em sua vida. A mentira destrói relacionamentos, cria inimizades,
exalta a si próprio e acusa a todos como errados. Há um ditado onde diz que a
mentira tem “pernas curtas”. Mas, também eu vejo que ela corre velozmente para
“queimar” as pessoas, líderes e ministérios.
O Pai da verdade é o nosso Deus, Pai do nosso Senhor Jesus
Cristo. Mas o pai da mentira é o diabo. Como
um filho de Deus pode viver com mentiras? No livro de Atos, capítulo 5,
vemos a passagem de Ananias e Safira, quando mentiram ao Espírito Santo e
morreram. Em Efésios 4:25, o apóstolo Paulo diz: ”Por isso, deixando a mentira,
fale cada um a verdade com o seu próximo…” O apóstolo João também afirma em I
João 2:21 ”Não vos escrevi porque não saibais a verdade; antes, porque a
sabeis, e porque mentira alguma jamais procede da verdade”. Veja também estes
outros textos:
“Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele
que é a cabeça, Cristo…Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a
que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” Efésios
4: 15 e 29.
“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal,
para que saibais como vos convém responder a cada um.” Colossenses 4:6
Jesus revela a origem das mentiras: ”Vós sois do diabo, que
é vosso pai, e quereis satisfazer- lhe os desejos. Ele foi homicida desde o
princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele
profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”.
João 8:44.
SEXTA-FEIRA (12 de dezembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO – A
missão que Jesus deixou para a igreja é a pregação do evangelho da salvação; e
Ele tinha muito interesse pelas pessoas. Veja
este texto: “E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque
andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não têm pastor. Então, disse
aos Seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.
Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a Sua seara.” Mateus
9:36-38.
Que importante
mensagem pode se tirar destes versículos para nós mesmos e para a tarefa que
temos à nossa frente, nos dias de hoje? A seara espiritual produziu
abundantemente, mas os ceifeiros eram poucos. O terreno do coração tinha sido
preparado, a semente espiritual tinha sido espalhada; a germinação, a rega suficiente
e a luz solar abundante resultaram num desenvolvimento formidável. Almas
amadurecidas aguardavam a colheita, mas
onde estavam os ceifeiros Recorrendo a metáforas facilmente compreendidas,
Jesus procurou inspirar um zelo contagioso. Jesus não lamentou que a seara era
grande e que não tinha ceifeiros. A solução que Jesus encontrou era que o Pai
enviasse mais ceifeiros. Você é alguém disponível para ajudar na sua igreja e entre os seus vizinhos?
Como se estabelece o
equilíbrio certo entre atender às necessidades daqueles que já estão na Igreja
e não negligenciar o trabalho missionário? Lembre-se que se você já é batizado
e pertence a igreja de Cristo agora deve ser um discipulador. Embora continua
sendo discípulo de Cristo, agora tem a tarefa de ir e fazer discípulos e batizar
as pessoas que estão perdidas em seus pecados.
Todos passamos por problemas, e ainda os enfrentaremos mais
adiante. Se estivermos envolvidos em atividades missionárias e de ajuda
humanitária, enquanto estamos envolvidos em ajudar as pessoas, quase não perceberemos os nossos
problemas. Essa realidade traduz as palavras que dizem: "mais bem-aventurada coisa é dar do que receber".
Veja este texto
inspirado de Profetas e Reis capítulo 13: “Quando somos envolvidos pela
dúvida, aturdidos pelas circunstâncias, ou afligidos pela pobreza ou angústia,
Satanás procura abalar nossa confiança em Jeová. É então que ele faz desfilar
diante de nós nossos erros, e tenta-nos a desconfiar de Deus, a pôr em dúvida
Seu amor. Ele espera desencorajar a alma e quebrar nossa firmeza em Deus. Aqueles
que, na vanguarda do conflito, são impelidos pelo Espírito Santo a fazer um
trabalho especial, frequentemente sentirão uma reação quando a pressão for
removida. O desânimo pode abalar a fé mais heróica, e enfraquecer a mais firme
vontade. Mas Deus compreende, e ainda Se compadece e ama. Ele lê os motivos e
os propósitos do coração. Esperar pacientemente, confiar quando tudo parece
escuro, eis a lição que os líderes na obra de Deus necessitam aprender. O Céu
não lhes faltará no dia da adversidade. Nada está aparentemente mais ao
desamparo, mas na realidade mais invencível, do que a alma que sente a sua
nulidade, e confia inteiramente em Deus.”
Luís Carlos Fonseca
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