sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sermão: O Dom Divino da Graça Curadora

O Dom Divino da Graça Curadora

Introdução: O despontar do século dezanove estava cheio de promessas para a inexperiente conglomeração de territórios chamada união. Então foram atingidos pelo desastre. O presidente do país estava acometido de uma doença. George Washington desenvolveu uma doença grave. Assim que se apercebeu da seriedade da situação mandou chamar, não um médico, mais um “flebotomista1”,que retirou das suas veias cerca de 400 ml de sangue. Na manhã seguinte, o médico da família foi chamado. Ele descobriu que o caso era altamente alarmante, por isso mandou buscar mais dois médicos para se aconselhar. Enquanto esperava por eles, solicitou uma segunda e copiosa sangria. Quando os dois médicos chegaram concordaram numa terceira sangria, em que foram retirados cerca de 650ml de sangue. O último pedido de Washington, compreendido com muita dificuldade devido à sua fraqueza, foi que lhe fosse permitido morrer sem mais interrupções.

A necessidade do Dom - Enquanto a nação chorava a morte de Washington, a imprensa relatava que “o amado líder tinha recebido os melhores cuidados e que a sua morte intempestiva tinha ocorrido, apesar de tudo o que todo o conhecimento e capacidades humanas podiam fazer para conter o rumo da doença.”

Os Cuidados Médicos no Início/Meados do séc. 19. Como eram realmente os cuidados médicos durante o início e meados do séc. 19, quando o movimento adventista cresceu, a partir de solo Americano? Em 1858, o Dr Worthington Hooker escreveu um livro médico de bolso no qual ele recomendava: A combinação de calomel (cloreto de mercúrio) e aspirina como tendo grande valor no
tratamento de doenças inflamatórias. O mercúrio como remédio para tratar doenças crónicas. Sangria,  e usada criteriosamente. O álcool como tratamento de doenças para ajudar o paciente a dormir. Quinina para as cólicas e febres intermitentes.

A Mensagem de Saúde Adventista. O Dr Chapman, no livro “Caixa de Enfermaria da Medicina Familiar”, (livro sobre remédios caseiros) publicado em 1835, prescrevia o uso de tabaco como remédio para pulmões doentes. Aquele que realiza a sangria. Pessoa que acreditava na cura quase exclusiva através da realização de sangrias.  Ao discutir os benefícios de fumar cigarros, aconselhava “o paciente deve puxar frequentemente o fumo livremente para que a superfície interna dos vasos respiratórios possa ser exposta à ação do vapor.”

O Dr J. Boyd desenvolveu um tratamento único para as crianças que sofriam de febres altas. Ele disse, “Permitam que o pequeno paciente seja sangrado livremente no início do caso e
depois dêem às crianças, com três anos ou mais, vinho misturado com tártaro emético. Se
necessário, repitam o procedimento após uma meia hora. Se a segunda dose não causar
vómito, dobrem a quantidade, a menos que seja um caso muito suave. O vómito deve ser
encorajado através de bebidas mornas e a náusea continuada por algumas horas.” Este é o cenário para a mensagem de saúde Adventista. O pano de fundo para a preparação das pessoas para se encontrarem com Jesus quando ele viesse. Foi durante este período de ignorância generalizada das leis da vida e da saúde, que as promessas joviais do movimento do Advento depunham os fundamentos de um trabalho que deveria assentar em homens e mulheres que deixariam vivos este mundo quando Jesus viesse.

Estado da Saúde dos Primeiros Pioneiros Adventistas. A maioria destes primeiros líderes Adventistas estavam a passar por doenças físicas e as suas forças vitais estavam a ser esgotadas devido à sua falta de conhecimento sobre alguns dos princípios elementares de boa saúde.

O ancião J. N. Loughborough:
1. Um médico aconselhou-o a usar cigarros para um problema no pulmão. Isto levou-o ao hábito de fumar cigarros.
2. Ele declarou, “Eu era um grande amante de carne enquanto alimento. Desejava carne de porco frita ao pequeno-almoço, carne cozida ao jantar, fatias frias de presunto ou bife para a ceia. Uma das minhas mais doces tentações era pão ensopado em molho da carne de porco.”

Aos 34 anos, J. N. Andrews estava num tão débil estado de saúde que escreveu, “A minha força geral era facilmente esgotada. Considerava difícil desempenhar o trabalho que recaía sobre mim enquanto pregador.”

O entendimento de J. N. Andrews sobre saúde:
1. Supunha que o queijo velho (envelhecido) era bom para ajudar na digestão.
2. No que se refere a tarte de carne picada e salsicha, eu não pensava que estes eram
prejudiciais.
3. Biscoitos quentes, manteiga, donuts, pickles, conservas, chá, café, porco em todas as
suas formas eram de uso comum.

Loughborough e Andrews, Tiago e Ellen White, assim como muitos outros membros Adventistas neste período entre 1844-1863, estavam frequentemente doentes. Os seus corpos trabalhavam debaixo de um excesso de carga laboral, doença e uma geral ausência de conhecimento sobre saúde.

A origem do Dom – Uma Visão Miraculosa. No dia 6 de Junho de 1863, na casa do Irmão Hillard em Otsego, Michigan, Deus penetrou. Ellen White recebeu uma visão memorável e notável sobre o tema da reforma da saúde. Sob a data de 6 de Junho de 1863, Ellen White escreveu os detalhes desta visão. Ainda possuímos o documento original conservado, escrito à mão. Aqui estão apenas alguns excertos: “Eu vi que era um dever sagrado cuidar da nossa saúde…” “Não é seguro nem agradável a Deus a violação das leis da nossa saúde e depois pedir-Lhe que nos cure, e nos proteja das doenças, quando vivemos de forma contrária às nossas orações.” Nesta visão celestial, Deus revelou a relação entre os hábitos de estilo de vida e a nossa saúde. Deus revelou os benefícios da dieta, exercício, ar puro, luz solar, descanso. Na Sua misericórdia Deus enviou uma mensageira para salvar as vidas destes primeiros líderes Adventistas, para que estes pudessem proclamar poderosamente a Sua mensagem para os últimos dias.

O Propósito de Deus ao Dar-nos o Dom da Mensagem da Saúde
1. Deus é um Deus que anseia que tenhamos boa saúde e a melhor qualidade de vida: Deut. 4:40, João 10:10… “(…)para que tenham vida, e a tenham em abundância.”
2. Deus é um Deus que anseia que tenhamos profundo companheirismo com Ele. Uma
vez que os nossos hábitos de saúde afetam a nossa vida espiritual, Deus está
interessado na nossa saúde. O Espírito Santo adequa-se ao nosso cérebro. O nosso
cérebro é nutrido pela qualidade do sangue, é nutrido pelo oxigénio, pelos bons
alimentos, pelas emoções positivas. É por isto que Ellen White escreve: “A saúde deve
ser tão seguramente protegida quanto o caráter.” Vamos olhar novamente para uma
passagem familiar. I Coríntios 6:19, 20 – O corpo é templo, santuário, glória. Há um santuário no Céu? É o nosso corpo um santuário? O santuário no Céu é real? Será que a glória de Jesus habita lá? Nos últimos dias Deus anseia habitar no templo do nosso corpo para revelar a Sua glória (390 vezes glória/honra/presença de Deus). Apo. 14:7 – “Dai glória” – permitindo que a presença de Deus preencha o santuário ou templo da vossa vida. Apo. 18:1 – “A terra foi iluminada com a Sua glória” – a presença de Jesus revelada através de pessoas comprometidas com a Sua forma de vida.
3. O dom de Deus da saúde é parte da mensagem para os últimos dias para preparar
um povo para a Sua breve vinda. I Tessalonicenses 5:23: “E o mesmo Deus de paz vos
santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis, para a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo.”
4. O dom de Deus da saúde é parte do Seu testemunho ao mundo. Ezequiel 47:1 – Água, Vida de Deus; verso 12 – medicina. Ciência do Bom Viver 3/7 – “Veremos a obra médico-missionária ampliando-se e aprofundando-se em todos os pontos de seu progresso, em virtude de centenas e
milhares de rios afluentes, até que toda a Terra esteja coberta como as águas cobrem
o mar.” Malaquias 4:2 – O Sol da Justiça irá surgir trazendo cura nas Suas asas.

A Singularidade da Mensagem de Saúde Adventista. É verdade que os Adventistas do Sétimo Dia não alegam ter originado a mensagem de saúde em meados do séc. 19. Não fomos pioneiros na área. Homens como o Dr Krall e Jackson ensinavam estes princípios em meados do séc. 19. Ellen White elucida sobre qual o propósito em Deus ter dado a mensagem da saúde aos ASD: “(…)a reforma de
saúde é um ramo da grande obra que deve preparar um povo para a vinda do Senhor.”  (34/63). J. Waggomen acrescentou: “Quando colocada ao nível das grandes verdades da Tríplice Mensagem Angélica pela sanção e autoridade do Espírito de Deus e assim declarada como sendo o meio pelo qual um povo fraco pode ser feito forte, para superar, e os nossos corpos doentes limpos e aptos para a trasladação, então ela (a mensagem da saúde), vem até nós como parte essencial da verdade presente, para ser recebida, com a bênção de Deus, ou rejeitada para nosso perigo. (Review & Herald, 7 Ago., 1886). A Doença de Alzheimer: “É uma disfunção cerebral progressiva que destrói a memória da pessoa e a capacidade de aprender, de raciocinar, ajuizar, comunicar e executar as atividades diárias. À medida que a doença progride os indivíduos podem experimentar mudanças na sua personalidade como ansiedade, desconfiança, agitação assim como ilusões ou alucinações.”

Aqui estão três aspectos únicos da mensagem de saúde Adventista:
1. Clareza Mental: A mensagem de saúde é parte da mensagem de Deus para os últimos dias para preparar um povo para a vinda de Jesus.
2. Relação Corpo/Mente: Um corpo saudável contribui para uma vida espiritual saudável. A forma como trata o seu corpo tem impacto na sua vida espiritual.
3. Corpo/Vida Espiritual: Uma experiência religiosa positiva contribui para uma
saúde melhor. 
Enquanto Médico-Missionários ao ministrarmos às necessidades totais da
pessoa no seu todo:
a. Estamos a cooperar com Deus para produzir cura física para que a mente esteja descongestionada para compreender a Sua vontade para a vida da pessoa.
b. Ganhamos acesso ao coração; estabelece-se um elo de confiança. Quando demos resposta a uma necessidade física as pessoas estarão abertas espiritualmente. Uma sondagem de 1993, nos Estados Unidos, sobre Oração no gabinete do Médico, revelou que: 77% dos pacientes disseram que gostam que o seu Médico orasse por eles. 72% gostam de ter uma conversa com o Médico sobre a sua fé. 

Reverendo Robert Davies – A minha viagem pela Doença de Alzheimer. 1939 – A perder a memória - a perder a cabeça – cheio de ansiedade e medo. Uma noite, quando estava deitado no quarto de hotel a suplicar ao meu Senhor, as minhas longas e desesperadas orações foram subitamente atendidas. Quando ali estava na escuridão gritando as minhas, frequentemente repetidas, orações, de repente houve uma luz que pareceu preencher toda a minha alma. A doce e santa presença de Cristo veio até mim. Ele falou ao meu espírito e disse “toma a minha paz; para de te debater. Está tudo bem. Tudo isto é parte da minha vontade para a tua vida. Descansa nos braços do teu pastor.” Optei por levar as coisas momento a momento, grato por tudo o que tenho em vez de me enfurecer grandemente pelas coisas que perdi.

O Recebimento do Dom e a Aplicação na Nossa Própria Vida. Romanos 12:1,2 – “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." Outras traduções podem dizer “Ato de Adoração” ou “culto espiritual”.
a. Consagrar o seu corpo a Deus e dedicar a sua vida a seguir as leis da saúde é um ato de
adoração.
b. Reparem que a nossa passagem diz “sacrifício vivo”. Os sacrifícios eram trazidos vivos ao altar mas não saiam de lá vivos…eles morriam.
c. Morrer para as paixões, apetites, luxúrias, vida fácil – consagrar os nossos corpos a
Deus…Porquê? Simplesmente para que possamos ter melhor saúde…não, de todo. Não estou a sugerir que seja errado mas o secularista pós moderno que não conhece Deus pode fazer isso. Nós
consagramos os nossos corpos a Deus por dois motivos mais profundos:
1. Para que as nossas mentes estejam limpas para O conhecer melhor.
2. Para que o nosso testemunho seja mais poderoso. Para que possamos viver vidas de
serviço. 

Número de 10 de Nov. – Numa calma tarde de Sábado, Ming He, uma estudante do quarto ano de medicina em Dallas, deparou-se com um homem moribundo no Hospital VA. Sofria de uma forma rara de cancro e estava ligado a uma botija de oxigénio, este homem, um Judeu Ortodoxo, mal podia respirar, muito menos falar. Não tinha amigos nem familiares ao lado da sua cama para lhe dar conforto. Quando a jovem estudante entrou no seu quarto, o homem olhou para ela e disse, “Agora que estou a morrer, apercebo-me que nunca aprendi realmente a viver.” A Ming He, de 26 anos, não fazia ideia do que responder. “Pensei, meu Deus, o capelão não trabalha aos fins-de-semana, o que é que eu faço?” Ela segurou na mão do homem durante alguns minutos em silêncio; dois dias mais tarde, ele morreu. A assim que pode, ela inscreveu-se para o curso “Espiritualidade e Medicina” na Universidade da Escola de Medicina do Sudoeste do Texas, um curso que ensina aos estudantes a forma de falar com os pacientes sobre fé e doença. Fé & Cura – Newsweek Society – 19 de Setembro, 2006 (Metade das escolas do país têm cursos sobre fé e cura, de há 10 anos para cá). (Setenta e dois porcento dos Americanos acolhem bem um médico que lhes fale da sua fé).
Mais de metade das escolas de medicina no país oferecem agora tais cursos – eram apenas
três há uma década – sobretudo porque os pacientes estão a exigir mais cuidado espiritual. De acordo com o questionário da revista Newsweek, 72% dos americanos dizem que acolheriam bem uma conversa com o seu médico acerca de fé; o mesmo número diz que acredita que orar a Deus pode curar alguém – mesmo que a ciência diga que a pessoa não tem hipótese. No Beliefnet, um popular website interconfessional, perto de três quartos de mais de 35.000 círculos de oração online são relacionados com a saúde: os entes queridos de pacientes – assim como perfeitos estranhos – podem ligar-se e enviar orações para o vazio eletrónico, esperando curar cancros, incapacidades, doenças crónicas e dependências. Práticas populares como esta, assim como a crescente crença na comunidade médica, de que o que acontece na mente de uma pessoa (e, possivelmente, alma) pode ser tão importante para a saúde como o que acontece ao nível celular, estão a conduzir muitos médicos a abraçar o Deus que há muito tinham banido da clínica em favor do progresso tecnológico e farmacêutico. Por todas as instituições médicas, cientistas legítimos estão em busca das formas mais eficazes e éticas de combinar as crenças espirituais dos pacientes com os tratamentos de alta tecnologia. O ex magnata dos fundos mútuos, Sir John, gasta 30 milhões de dólares por ano a financiar projetos científicos que explorem a natureza de Deus. Em 2005 saiu o livro “A Anatomia da Esperança”, uma meditação sobre os efeitos do otimismo e fé sobre a saúde, do escritor médico nova-iorquino, Jerome Groopman. O Instituto Nacional de Saúde planeia gastar 3.5 Milhões de dólares no decorrer dos próximos anos na medicina “mente/corpo”. E a Escola de Medicina de Harvard acolheu uma conferência sobre espiritualidade e saúde, focando-se nos efeitos curativos do perdão. Tem havido uma mudança tremenda na abertura dos profissionais de medicina a este tópico, diz o Dr Andrew Newberg, um neurologista da Universidade da Pennsylvania que está a estudar os efeitos biológicos da meditação e da oração no cérebro. “Pessoas como eu estão muito intrigadas com o que estamos a observar.” A medicina moderna, claro, ainda exige provas científicas para além das evidências anedóticas. Por isso, na década que passou, os investigadores conduziram centenas de estudos, tentando medir cientificamente os efeitos da fé e da espiritualidade na saúde. Será que a religião pode retardar o cancro? Reduzir a depressão? Acelerar a recuperação de uma cirurgia? Baixar a pressão arterial? Será que crer em Deus pode adiar a morte? Embora os resultados das pesquisas tenham sido ambivalentes, os estudos inevitavelmente competem contra a dificuldade de usar métodos científicos para responder àquilo que são questões essencialmente existenciais. Como se mede o poder da oração? Será que a oração de uma pessoa pode ser mais forte – e mais eficaz – que a de outra? Como se separam os benefícios para a saúde em ir à igreja ou à sinagoga, do facto de que as pessoas que frequentam cultos religiosos tendem a fumar menos ou a ser menos deprimidos do que aqueles que não frequentam? Para os críticos desta tendência, isso é precisamente o problema. Em 1999, numa campanha pela Universidade de Columbia o professor Richard Sloan escreveu uma dissertação no jornal de medicina The Lancet atacando os estudos sobre fé e cura por usarem metodologias fracas e pensamentos débeis. Juntamente com uma segunda dissertação publicada um ano mais tarde no The New England Journal of Medicine, o ataque violento incendiou campanhas de cartas furiosas na imprensa académica e dividiu a profissão médica em dois campos. Alguns cientistas, como Sloan, acreditam que a religião não tem lugar na medicina e que direcionar os pacientes, no sentido de práticas espirituais pode fazer mais mal que bem. Outros, como o investigador pioneiro do tema fé-e-medicina da Universidade de Duke, o Dr Harold Koening, acreditam que um crescente corpo de provas apontam para os efeitos positivos da religião na saúde e que manter a espiritualidade fora da clínica é irresponsável. Para dar sentido à dispersão de dados, o NIH comissionou uma série de dissertações publicadas, na qual uma cientista tentou avaliar definitivamente o estado da investigação sobre fé-e-saúde. Lynda H. Powell, uma epidemiologista do Centro Médico da Universidade Rush em Chicago, reviu cerca de 150 dissertações, rejeitando dúzias delas, que tinham falhas – aquelas que falharam em dar conta da idade e etnia, por exemplo, que normalmente afetam a religiosidade. De certa forma, as suas descobertas não foram surpreendentes: embora a fé ofereça conforto em momentos de doença, não retarda significativamente o avanço do cancro ou melhora a recuperação de uma doença grave. Uma pequena informação, contudo, deixou-me boquiaberta, diz Powell. As pessoas que vão regularmente à igreja têm uma redução de 25 porcento na taxa de mortalidade – isto é, vivem mais tempo – do que as pessoas que não vão à igreja.

Lynda Powell – Pessoas que vão regularmente à igreja têm menos 25% de mortalidade. Quando foi colocada, a uma amostra aleatória de 338 pacientes hospitalizados, uma questão aberta sobre qual era o fator mais importante que lhes permitia fazer face à sua situação,
42,3% mencionaram a sua fé. 

Koenig H. G., et al. 1998. A relação entre atividades religiosas e pressão arterial noutros adultos. (International

Journal of Psychiatry in Medicine 28: 189-213.
Estudo #1 – Tensão Arterial – A relação entre as atividades religiosas e a tensão arterial foi examinada num estudo com 4000 adultos mais velhos, numa perspetiva de 6 anos. Entre os sujeitos que frequentavam cultos religiosos uma vez por semana e oravam ou estudavam a Bíblia uma vez por dia ou mais, a probabilidade de hipertensão diastólica era 40% mais baixa do que entre aqueles que frequentavam menos o culto e oravam menos frequentemente (p.>.0001, depois de um controlo para idade, sexo, raça, fumar, doenças crónicas e índice de massa corporal). Os autores concluíram que a os comportamentos religiosos de superação relacionados a uma melhor saúde mental eram pelo menos tão fortes, se não mais fortes, do que os comportamentos de superação não religiosos. Uma sondagem feita a 577 pacientes doentes e hospitalizados com a idade de 55 anos ou mais examinou a relação entre 21 tipos diferentes de superação religiosa e a saúde mental e física. Os comportamentos religiosos de superação que foram associados a uma melhor saúde mental foram a reapreciação de Deus como benevolente, a colaboração com Deus e o dar ajuda religiosa aos outros. Reapreciações de
Deus como castigador, reapreciações envolvendo forças demoníacas, implorar por interceção direta e descontentamento espiritual foram associados a uma pior saúde mental e física. Dos 21 comportamentos religiosos de superação, 16 estavam significativamente relacionados a um maior crescimento psicológico, 15 estavam relacionados a uma maior cooperação e 16 estavam relacionados a um maior crescimento espiritual.

Koenig, H. G., George, L. K., Peterson, B. L. 1998. O uso dos serviços de saúde por pacientes idosos deprimidos e doentes. American Journal of Psychiatry 155:536-542. Estudo #2 – Depressão – Descobriu que os pacientes deprimidos que tinham uma fé religiosa intrínseca e forte recuperaram 70% mais depressa do que aqueles com menos fé; entre um subgrupo de pacientes cuja doença não estava a melhorar, pacientes intrinsecamente religiosos recuperaram 100% mais rápido.

Koenig, HG., e Larson, D.B. 1998. Uso dos serviços hospitalares, frequência religiosa e filiação religiosa. Southern Medical Journal 91: 925-932. Descobriu uma relação inversa entre a frequência assídua a cultos religiosos e a probabilidade de admissão hospitalar, numa amostra de 455 pacientes. Aqueles que iam à igreja semanalmente ou mais frequentemente tinham uma probabilidade significativamente menor de, no ano anterior, terem sido admitidos no hospital, tinham menos admissões hospitalares e passavam menos dias no hospital que aqueles que iam menos à igreja; estas associações retiveram o seu significado depois de controladas para covariações. Os pacientes que não
eram afiliados a uma comunidade religiosa tinham um índice de permanência hospitalar significativamente mais elevado do que os que eram afiliados. Os pacientes não afiliados passavam, em média, 25 dias no hospital, comparados com os 11 dias dos pacientes filiados (p>.0001); esta associação foi reforçada quando foram controladas a saúde mental e outras covariações.

Koenig, H.G., et al. 1998. A relação entre atividades religiosas e o fumo de cigarros em adultos mais velhos. Journal of Gerontology a Biol Sci Med Sci 53:6. Taxas substancialmente mais baixas de tabagismo entre as pessoas mais religiosas envolvidas provavelmente traduzem-se em taxas mais baixas de cancro do pulmão, hipertensão, doenças coronárias e doenças crónicas de obstrução pulmonar. O tabagismo e as atividades religiosas foram examinados num estudo, com uma perspetiva de 6 anos, a 3,968 pessoas com 65 anos ou mais na Carolina do Norte. As probabilidades, tanto do fumo de cigarros atual como o número total de maços fumados ao longo dos anos foram inversamente relacionados à participação em serviços religiosos e atividades religiosas privadas. Uma elevada participação em atividades religiosas, numa oscilação, previa taxas de tabagismo mais baixas em futuras oscilações. Se as pessoas frequentavam tanto os cultos religiosos semanalmente, como também liam a Bíblia ou oravam pelo menos diariamente, tinham menos 990% de probabilidades de fumar que as pessoas envolvidas nestas atividades religiosas com menos frequência (p <.0001, depois de múltiplas covariações terem sido tidas em conta). Oman, D., e Reed, D. 1998. A religião e a mortalidade entre os idosos pertencentes à comunidade. American Journal of Public Health 88: 1469-1475.
Estudo #3 – Mortalidade – Num estudo demográfico com uma perspetiva de 5 anos a 1,931 residentes idosos de Marin County, California, as pessoas que frequentavam cultos religiosos tinham menos 36% de probabilidades de morrer durante o período de follow-up. Quando as variáveis (incluindo idade, género, estado civil, número de doenças crónicas, baixa incapacidade física, problemas de equilíbrio, exercício, tabagismo, consumo de álcool, peso, duas medidas de funcionamento social e apoio social e depressão) foram controladas, as pessoas que frequentavam cultos religiosos ainda tinham menos 24% de probabilidades de morrer durante o follow-up de 5 anos. Durante o follow-up de 5 anos ocorreram 454 mortes. Os sujeitos foram divididos em 2 categorias: “frequentadores” (semanais ou ocasionais) e “não-frequentadores” (nunca frequentavam).
Idler, E. L., & Kasl, S. V. 1997. A religião entre as pessoas incapacitadas e não incapacitadas II: frequência a cultos religiosos como previsão do curso da incapacidade. Journal of Gerontology 52: S306-316. Um estudo longitudinal a 2,812 adultos mais velhos em New Haven, CT, descobriu que os que iam assiduamente à igreja em 1982 tinham significativamente menos probabilidades de vir a
ser incapacitados fisicamente 12 anos mais tarde do que os que não iam assiduamente, uma descoberta que persistiu depois do controlo para práticas de saúde, laços sociais e indicadores de bem-estar.

Koenig H. G., et al. 1997. Frequência aos cultos religiosos, interleucina-6 e outros parâmetros biológicos da função imunitária em adultos mais velhos. International Journal of Psychiatry in Medicine 27: 233-250. Estudo #4 – Imune – As conclusões sugerem que as pessoas que vão à igreja
frequentemente têm sistemas imunitários mais fortes do que frequentadores menos assíduos e podem ajudar a explicar porque ambas, a saúde mental e física são características dos frequentadores assíduos à igreja. Reportou que a assiduidade religiosa frequente em 1986, 1989 e 1992 predisse níveis baixos de plasma interleucina-6 (IL-6) numa amostra de 1,718 adultos mais velhos seguidos durante seis anos. Os níveis de IL-6 são elevados em pacientes com SIDA, osteoporose, doença de Alzheimer, diabetes e outras doenças graves, e é um indicador do funcionamento do sistema imunitário.

Strawbridge, W. J., et al. 1997. Assiduidade frequente aos cultos religiosos e mortalidade ao longo de 28 anos. American Journal of Public Health 87: 957-961. Estudo #5 – Os frequentadores assíduos à igreja tinham mais probabilidade de parar de fumar, aumentar o exercício, aumentar os contactos sociais e permanecerem casados; mesmo depois destes fatores terem sido controlados, apesar de tudo, a diferença de mortalidade persistiu. O estudo relata os resultados de um estudo follow-up de 28 anos a 5,000 adultos envolvidos no Laboratório de População Humana de Berkeley. A mortalidade, para pessoas que frequentavam cultos religiosos uma vez por semana ou mais era quase 25% mais baixa do que a das pessoas que frequentavam a igreja com menos assiduidade; para as mulheres, a taxa de
mortalidade era reduzida em 35%. Kark, J.D., G. Shemi, Y. Friendlander. O. Martin, O. Manor e S. H. Blondheim. 1966. Será que a observância religiosa promove a saúde? A mortalidade no kibutz secular vs kibutz religioso em Israel. American Journal of Public Health 86: 341-346.
Mesmo depois de eliminar o apoio social e os comportamentos de saúde convencionais como
possíveis fatores de confusão, os membros dos kibutz religiosos continuavam a viver mais
tempo que aqueles dos kibutz seculares. Um estudo de 16 anos sobre a mortalidade, em que
foram comparados 11 kibutz religiosos e 11 kibutz seculares (n=3,900); …………………………………..
Tal como Robert Davis, também vós gostaríeis de dizer: - Jesus, o meu corpo pertence-te.
Quero que ele seja um templo preenchido com a Tua presença.
Quero que ele revele a Tua glória no serviço em prol dos outros.

Autor: Mark Finley - Oferecido pelo Depto de Saúde e Temperança da UPASD

Luís Carlos Fonseca

1 comentário: