O Dom Divino da Graça Curadora
Introdução: O despontar do século dezanove estava cheio
de promessas para a inexperiente conglomeração de territórios chamada união.
Então foram atingidos pelo desastre. O presidente do país estava acometido de uma
doença. George Washington desenvolveu uma doença grave. Assim que se apercebeu da
seriedade da situação mandou chamar, não um médico, mais um “flebotomista1”,que retirou das suas veias cerca de 400 ml de sangue. Na manhã seguinte, o médico da família foi
chamado. Ele descobriu que o caso era altamente alarmante, por isso mandou buscar mais dois
médicos para se aconselhar. Enquanto esperava por eles, solicitou uma segunda e copiosa sangria. Quando os dois médicos chegaram concordaram numa terceira sangria, em que foram retirados
cerca de 650ml de sangue. O último pedido de Washington, compreendido com muita
dificuldade devido à sua fraqueza, foi que lhe fosse permitido morrer sem mais interrupções.
A necessidade do Dom - Enquanto a nação chorava a morte de Washington, a
imprensa relatava que “o amado líder tinha recebido os melhores cuidados e que a sua morte
intempestiva tinha ocorrido, apesar de tudo o que todo o conhecimento e capacidades humanas
podiam fazer para conter o rumo da doença.”
Os Cuidados Médicos no Início/Meados do séc. 19. Como eram realmente os cuidados médicos durante o início
e meados do séc. 19, quando o movimento adventista cresceu, a partir de solo Americano?
Em 1858, o Dr Worthington Hooker escreveu um livro médico de bolso no qual ele
recomendava: A combinação de calomel (cloreto de mercúrio) e aspirina
como tendo grande valor no
tratamento de doenças inflamatórias. O mercúrio como remédio para tratar doenças crónicas. Sangria, e usada criteriosamente. O álcool como tratamento de doenças para ajudar o
paciente a dormir. Quinina para as cólicas e febres intermitentes.
A Mensagem de Saúde Adventista. O Dr Chapman, no livro “Caixa de Enfermaria da Medicina
Familiar”, (livro sobre remédios caseiros) publicado em 1835, prescrevia o uso de tabaco
como remédio para pulmões doentes. Aquele que realiza a sangria. Pessoa que acreditava na cura quase exclusiva através da
realização de sangrias. Ao discutir os benefícios de fumar cigarros, aconselhava
“o paciente deve puxar frequentemente o fumo livremente para que a superfície
interna dos vasos respiratórios possa ser exposta à ação do vapor.”
O Dr J. Boyd desenvolveu um tratamento único para as
crianças que sofriam de febres altas. Ele disse, “Permitam que o pequeno paciente seja sangrado
livremente no início do caso e
depois dêem às crianças, com três anos ou mais, vinho
misturado com tártaro emético. Se
necessário, repitam o procedimento após uma meia hora. Se
a segunda dose não causar
vómito, dobrem a quantidade, a menos que seja um caso
muito suave. O vómito deve ser
encorajado através de bebidas mornas e a náusea continuada
por algumas horas.” Este é o cenário para a mensagem de saúde Adventista. O
pano de fundo para a preparação das pessoas para se encontrarem com Jesus quando ele
viesse. Foi durante este período de ignorância generalizada das leis da vida e da saúde, que
as promessas joviais do movimento do Advento depunham os fundamentos de um trabalho que
deveria assentar em homens e mulheres que deixariam vivos este mundo quando Jesus
viesse.
Estado da Saúde dos Primeiros Pioneiros Adventistas. A maioria destes primeiros líderes Adventistas estavam a
passar por doenças físicas e as suas forças vitais estavam a ser esgotadas devido à sua falta
de conhecimento sobre alguns dos princípios elementares de boa saúde.
O ancião J. N. Loughborough:
1. Um médico aconselhou-o a usar cigarros para um
problema no pulmão. Isto levou-o ao hábito de fumar cigarros.
2. Ele declarou, “Eu era um grande amante de carne
enquanto alimento. Desejava carne de porco frita ao pequeno-almoço, carne cozida ao jantar,
fatias frias de presunto ou bife para a ceia. Uma das minhas mais doces tentações era
pão ensopado em molho da carne de porco.”
Aos 34 anos, J. N. Andrews estava num tão débil estado de
saúde que escreveu, “A minha força geral era facilmente esgotada. Considerava difícil
desempenhar o trabalho que recaía sobre mim enquanto pregador.”
O entendimento de J. N. Andrews sobre saúde:
1. Supunha que o queijo velho (envelhecido) era bom para
ajudar na digestão.
2. No que se refere a tarte de carne picada e salsicha,
eu não pensava que estes eram
prejudiciais.
3. Biscoitos quentes, manteiga, donuts, pickles,
conservas, chá, café, porco em todas as
suas formas eram de uso comum.
Loughborough e Andrews, Tiago e Ellen White, assim como
muitos outros membros Adventistas neste período entre 1844-1863, estavam
frequentemente doentes. Os seus corpos trabalhavam debaixo de um excesso de carga laboral,
doença e uma geral ausência de conhecimento sobre saúde.
A origem do Dom – Uma Visão Miraculosa. No dia 6 de Junho de 1863, na casa do Irmão Hillard em
Otsego, Michigan, Deus penetrou. Ellen White recebeu uma visão memorável e notável sobre o
tema da reforma da saúde. Sob a data de 6 de Junho de 1863, Ellen White escreveu os
detalhes desta visão. Ainda possuímos o documento original conservado, escrito à mão. Aqui estão
apenas alguns excertos: “Eu vi que era um dever sagrado cuidar da nossa saúde…” “Não é seguro nem agradável a Deus a violação das leis da
nossa saúde e depois pedir-Lhe que nos cure, e nos proteja das doenças, quando vivemos de
forma contrária às nossas orações.” Nesta visão celestial, Deus revelou a relação entre os
hábitos de estilo de vida e a nossa saúde. Deus revelou os benefícios da dieta, exercício, ar puro,
luz solar, descanso. Na Sua misericórdia Deus enviou uma mensageira para salvar as vidas destes
primeiros líderes Adventistas, para que estes pudessem proclamar poderosamente a Sua mensagem
para os últimos dias.
O Propósito de Deus ao Dar-nos o Dom da Mensagem da Saúde
1. Deus é um Deus que anseia que tenhamos boa saúde e a
melhor qualidade de vida: Deut. 4:40, João 10:10… “(…)para que tenham vida, e a
tenham em abundância.”
2. Deus é um Deus que anseia que tenhamos profundo
companheirismo com Ele. Uma
vez que os nossos hábitos de saúde afetam a nossa vida
espiritual, Deus está
interessado na nossa saúde. O Espírito Santo adequa-se ao
nosso cérebro. O nosso
cérebro é nutrido pela qualidade do sangue, é nutrido
pelo oxigénio, pelos bons
alimentos, pelas emoções positivas. É por isto que Ellen
White escreve: “A saúde deve
ser tão seguramente protegida quanto o caráter.” Vamos
olhar novamente para uma
passagem familiar. I Coríntios 6:19, 20 – O corpo é templo, santuário,
glória. Há um santuário no Céu? É o nosso corpo um santuário? O santuário no Céu é real? Será
que a glória de Jesus habita lá? Nos últimos dias Deus anseia habitar no templo
do nosso corpo para revelar a Sua glória (390 vezes glória/honra/presença de Deus). Apo. 14:7 – “Dai glória” – permitindo que a presença de
Deus preencha o santuário ou templo da vossa vida. Apo. 18:1 – “A terra foi iluminada com a Sua glória” – a
presença de Jesus revelada através de pessoas comprometidas com a Sua forma de vida.
3. O dom de Deus da saúde é parte da mensagem para os
últimos dias para preparar
um povo para a Sua breve vinda. I Tessalonicenses 5:23:
“E o mesmo Deus de paz vos
santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e
corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis, para a vinda do nosso Senhor
Jesus Cristo.”
4. O dom de Deus da saúde é parte do Seu testemunho ao
mundo. Ezequiel 47:1 – Água, Vida de Deus; verso 12 – medicina. Ciência do Bom Viver 3/7 – “Veremos a obra
médico-missionária ampliando-se e aprofundando-se em todos os pontos de seu progresso, em
virtude de centenas e
milhares de rios afluentes, até que toda a Terra esteja
coberta como as águas cobrem
o mar.” Malaquias 4:2 – O Sol da Justiça irá surgir trazendo cura
nas Suas asas.
A Singularidade da Mensagem de Saúde Adventista. É verdade que os Adventistas do Sétimo Dia não alegam ter
originado a mensagem de saúde em meados do séc. 19. Não fomos pioneiros na área.
Homens como o Dr Krall e Jackson ensinavam estes princípios em meados do séc. 19.
Ellen White elucida sobre qual o propósito em Deus ter dado a mensagem da saúde aos
ASD: “(…)a reforma de
saúde é um ramo da grande obra que deve preparar um povo para
a vinda do Senhor.” (34/63). J. Waggomen acrescentou: “Quando colocada ao
nível das grandes verdades da Tríplice Mensagem Angélica pela sanção e autoridade do
Espírito de Deus e assim declarada como sendo o meio pelo qual um povo fraco pode
ser feito forte, para superar, e os nossos corpos doentes limpos e aptos para a
trasladação, então ela (a mensagem da saúde), vem até nós como parte essencial da
verdade presente, para ser recebida, com a bênção de Deus, ou rejeitada para nosso
perigo. (Review & Herald, 7 Ago., 1886). A Doença de Alzheimer: “É uma disfunção cerebral
progressiva que destrói a memória da pessoa e a capacidade de aprender,
de raciocinar, ajuizar, comunicar e executar as atividades diárias. À
medida que a doença progride os indivíduos podem experimentar mudanças
na sua personalidade como ansiedade, desconfiança, agitação
assim como ilusões ou alucinações.”
Aqui estão três aspectos únicos da mensagem de saúde
Adventista:
1. Clareza Mental: A mensagem de saúde é parte da
mensagem de Deus para os últimos dias para preparar um povo para a vinda de Jesus.
2. Relação Corpo/Mente: Um corpo saudável contribui para
uma vida espiritual saudável. A forma como trata o seu corpo tem impacto na
sua vida espiritual.
3. Corpo/Vida Espiritual: Uma experiência religiosa
positiva contribui para uma
saúde melhor.
Enquanto Médico-Missionários ao ministrarmos às
necessidades totais da
pessoa no seu todo:
a. Estamos a cooperar com Deus para produzir cura física
para que a mente esteja descongestionada para compreender a Sua vontade para a
vida da pessoa.
b. Ganhamos acesso ao coração; estabelece-se um elo de
confiança. Quando demos resposta a uma necessidade física as pessoas estarão
abertas espiritualmente. Uma sondagem de 1993, nos Estados Unidos, sobre Oração no
gabinete do Médico, revelou que: 77% dos pacientes disseram que gostam que o seu Médico
orasse por eles. 72% gostam de ter uma conversa com o Médico sobre a sua
fé.
Reverendo Robert Davies – A minha viagem pela Doença de
Alzheimer. 1939 – A perder a memória - a perder a cabeça – cheio de
ansiedade e medo. Uma noite, quando estava deitado no quarto de hotel a
suplicar ao meu Senhor, as minhas longas e desesperadas orações foram subitamente
atendidas. Quando ali estava na escuridão gritando as minhas, frequentemente repetidas, orações, de
repente houve uma luz que pareceu preencher toda a minha alma. A doce e santa
presença de Cristo veio até mim. Ele falou ao meu espírito e disse “toma a minha paz; para de
te debater. Está tudo bem. Tudo isto é parte da minha vontade para a tua vida. Descansa nos
braços do teu pastor.” Optei por levar as coisas momento a momento, grato por
tudo o que tenho em vez de me enfurecer grandemente pelas coisas que perdi.
O Recebimento do Dom e a Aplicação na Nossa Própria Vida. Romanos 12:1,2 – “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão
de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, que é o vosso culto racional." Outras traduções podem dizer “Ato de Adoração” ou “culto
espiritual”.
a. Consagrar o seu corpo a Deus e dedicar a sua vida a
seguir as leis da saúde é um ato de
adoração.
b. Reparem que a nossa passagem diz “sacrifício vivo”. Os
sacrifícios eram trazidos vivos ao altar mas não saiam de lá vivos…eles morriam.
c. Morrer para as paixões, apetites, luxúrias, vida fácil
– consagrar os nossos corpos a
Deus…Porquê? Simplesmente para que possamos ter melhor saúde…não, de
todo. Não estou a sugerir que seja errado mas o secularista pós moderno que não conhece
Deus pode fazer isso. Nós
consagramos os nossos corpos a Deus por dois motivos mais
profundos:
1. Para que as nossas mentes estejam limpas para O
conhecer melhor.
2. Para que o nosso testemunho seja mais poderoso. Para
que possamos viver vidas de
serviço.
Número de 10 de Nov. – Numa calma tarde de Sábado, Ming
He, uma estudante do quarto ano de medicina em Dallas, deparou-se com um homem
moribundo no Hospital VA. Sofria de uma forma rara de cancro e estava ligado a uma
botija de oxigénio, este homem, um Judeu Ortodoxo, mal podia respirar, muito menos falar.
Não tinha amigos nem familiares ao lado da sua cama para lhe dar conforto. Quando a jovem
estudante entrou no seu quarto, o homem olhou para ela e disse, “Agora que estou a morrer,
apercebo-me que nunca aprendi realmente a viver.” A Ming He, de 26 anos, não fazia
ideia do que responder. “Pensei, meu Deus, o capelão não trabalha aos fins-de-semana, o que é
que eu faço?” Ela segurou na mão do homem durante alguns minutos em silêncio; dois dias
mais tarde, ele morreu. A assim que pode, ela inscreveu-se para o curso “Espiritualidade e
Medicina” na Universidade da Escola de Medicina do Sudoeste do Texas, um curso que ensina aos
estudantes a forma de falar com os pacientes sobre fé e doença. Fé & Cura – Newsweek
Society – 19 de Setembro, 2006 (Metade das escolas do país têm cursos sobre fé e cura,
de há 10 anos para cá). (Setenta e dois porcento dos Americanos acolhem bem um
médico que lhes fale da sua fé).
Mais de metade das escolas de medicina no país oferecem
agora tais cursos – eram apenas
três há uma década – sobretudo porque os pacientes estão
a exigir mais cuidado espiritual. De acordo com o questionário da revista Newsweek, 72% dos
americanos dizem que acolheriam bem uma conversa com o seu médico acerca de
fé; o mesmo número diz que acredita que orar a Deus pode curar alguém – mesmo que a
ciência diga que a pessoa não tem hipótese. No Beliefnet, um popular website
interconfessional, perto de três quartos de mais de 35.000 círculos de oração online são relacionados com a
saúde: os entes queridos de pacientes – assim como perfeitos estranhos – podem ligar-se e
enviar orações para o vazio eletrónico, esperando curar cancros, incapacidades, doenças crónicas
e dependências. Práticas populares como esta, assim como a crescente crença na comunidade
médica, de que o que acontece na mente de uma pessoa (e, possivelmente, alma) pode ser tão
importante para a saúde como o que acontece ao nível celular, estão a conduzir muitos
médicos a abraçar o Deus que há muito tinham banido da clínica em favor do progresso
tecnológico e farmacêutico. Por todas as instituições médicas, cientistas legítimos
estão em busca das formas mais eficazes e éticas de combinar as crenças espirituais dos pacientes
com os tratamentos de alta tecnologia. O ex magnata dos fundos mútuos, Sir John,
gasta 30 milhões de dólares por ano a financiar projetos científicos que explorem a natureza de
Deus. Em 2005 saiu o livro “A Anatomia da Esperança”, uma meditação sobre os efeitos do
otimismo e fé sobre a saúde, do escritor médico nova-iorquino, Jerome Groopman. O
Instituto Nacional de Saúde planeia gastar 3.5 Milhões de dólares no decorrer dos próximos
anos na medicina “mente/corpo”. E a Escola de Medicina de Harvard acolheu uma conferência
sobre espiritualidade e saúde, focando-se nos efeitos curativos do perdão. Tem havido
uma mudança tremenda na abertura dos profissionais de medicina a este tópico, diz o Dr
Andrew Newberg, um neurologista da Universidade da Pennsylvania que está a estudar os
efeitos biológicos da meditação e da oração no cérebro. “Pessoas como eu estão muito
intrigadas com o que estamos a observar.” A medicina moderna, claro, ainda exige provas científicas
para além das evidências anedóticas. Por isso, na década que passou, os investigadores
conduziram centenas de estudos, tentando medir cientificamente os efeitos da fé e da
espiritualidade na saúde. Será que a religião pode retardar o cancro? Reduzir a depressão? Acelerar a
recuperação de uma cirurgia? Baixar a pressão arterial? Será que crer em Deus pode adiar a
morte? Embora os resultados das pesquisas tenham sido ambivalentes, os estudos
inevitavelmente competem contra a dificuldade de usar métodos científicos para responder
àquilo que são questões essencialmente existenciais. Como se mede o poder da
oração? Será que a oração de uma pessoa pode ser mais forte – e mais eficaz – que a de
outra? Como se separam os benefícios para a saúde em ir à igreja ou à sinagoga, do facto de
que as pessoas que frequentam cultos religiosos tendem a fumar menos ou a ser menos deprimidos
do que aqueles que não frequentam? Para os críticos desta tendência, isso é precisamente o
problema. Em 1999, numa campanha pela Universidade de Columbia o professor Richard Sloan
escreveu uma dissertação no jornal de medicina The Lancet atacando os estudos sobre fé e
cura por usarem metodologias fracas e pensamentos débeis. Juntamente com uma segunda dissertação
publicada um ano mais tarde no The New England Journal of Medicine, o ataque violento
incendiou campanhas de cartas furiosas na imprensa académica e dividiu a profissão
médica em dois campos. Alguns cientistas, como Sloan, acreditam que a religião não tem
lugar na medicina e que direcionar os pacientes, no sentido de práticas espirituais pode fazer
mais mal que bem. Outros, como o investigador pioneiro do tema fé-e-medicina da
Universidade de Duke, o Dr Harold Koening, acreditam que um crescente corpo de provas apontam para
os efeitos positivos da religião na saúde e que manter a espiritualidade fora da clínica é
irresponsável. Para dar sentido à dispersão de dados, o NIH comissionou
uma série de dissertações publicadas, na qual uma cientista tentou avaliar
definitivamente o estado da investigação sobre fé-e-saúde. Lynda H. Powell, uma epidemiologista do
Centro Médico da Universidade Rush em Chicago, reviu cerca de 150 dissertações,
rejeitando dúzias delas, que tinham falhas – aquelas que falharam em dar conta da idade e etnia, por
exemplo, que normalmente afetam a religiosidade. De certa forma, as suas descobertas não
foram surpreendentes: embora a fé ofereça conforto em momentos de doença, não retarda
significativamente o avanço do cancro ou melhora a recuperação de uma doença grave. Uma pequena informação, contudo, deixou-me boquiaberta,
diz Powell. As pessoas que vão regularmente à igreja têm uma redução de 25 porcento na
taxa de mortalidade – isto é, vivem mais tempo – do que as pessoas que não vão à igreja.
Lynda Powell – Pessoas que vão regularmente à igreja têm
menos 25% de mortalidade. Quando foi colocada, a uma amostra aleatória de 338
pacientes hospitalizados, uma questão aberta sobre qual era o fator mais importante que lhes
permitia fazer face à sua situação,
42,3% mencionaram a sua fé.
Koenig H. G., et al. 1998. A relação entre atividades
religiosas e pressão arterial noutros adultos. (International
Journal of Psychiatry in Medicine 28: 189-213.
Estudo #1 – Tensão Arterial – A relação entre as
atividades religiosas e a tensão arterial foi examinada num estudo com 4000 adultos mais velhos, numa
perspetiva de 6 anos. Entre os sujeitos que frequentavam cultos religiosos uma vez por
semana e oravam ou estudavam a Bíblia uma vez por dia ou mais, a probabilidade de
hipertensão diastólica era 40% mais baixa do que entre aqueles que frequentavam menos o culto e
oravam menos frequentemente (p.>.0001, depois de um controlo para idade, sexo,
raça, fumar, doenças crónicas e índice de massa corporal). Os autores concluíram que a os comportamentos religiosos
de superação relacionados a uma melhor saúde mental eram pelo menos tão fortes, se não
mais fortes, do que os comportamentos de superação não religiosos. Uma sondagem
feita a 577 pacientes doentes e hospitalizados com a idade de 55 anos ou mais examinou a
relação entre 21 tipos diferentes de superação religiosa e a saúde mental e física. Os
comportamentos religiosos de superação que foram associados a uma melhor saúde mental foram a
reapreciação de Deus como benevolente, a colaboração com Deus e o dar ajuda
religiosa aos outros. Reapreciações de
Deus como castigador, reapreciações envolvendo forças
demoníacas, implorar por interceção direta e descontentamento espiritual foram associados a
uma pior saúde mental e física. Dos 21 comportamentos religiosos de superação, 16 estavam
significativamente relacionados a um maior crescimento psicológico, 15 estavam relacionados a
uma maior cooperação e 16 estavam relacionados a um maior crescimento espiritual.
Koenig,
H. G., George, L. K., Peterson, B. L. 1998. O uso dos serviços de saúde
por pacientes idosos deprimidos e doentes.
American Journal of Psychiatry 155:536-542. Estudo #2 – Depressão – Descobriu que os pacientes deprimidos
que tinham uma fé religiosa intrínseca e forte recuperaram 70% mais
depressa do que aqueles com menos fé; entre um subgrupo de pacientes cuja doença não estava a
melhorar, pacientes intrinsecamente religiosos recuperaram 100% mais rápido.
Koenig,
HG., e Larson, D.B. 1998. Uso dos serviços hospitalares, frequência
religiosa e filiação religiosa. Southern Medical Journal 91: 925-932. Descobriu uma relação inversa entre a frequência assídua
a cultos religiosos e a probabilidade de admissão hospitalar, numa amostra de 455 pacientes.
Aqueles que iam à igreja semanalmente ou mais frequentemente tinham uma
probabilidade significativamente menor de, no ano anterior, terem sido admitidos no hospital,
tinham menos admissões hospitalares e passavam menos dias no hospital que aqueles que iam menos
à igreja; estas associações retiveram o seu significado depois de controladas para
covariações. Os pacientes que não
eram afiliados a uma comunidade religiosa tinham um
índice de permanência hospitalar significativamente mais elevado do que os que eram
afiliados. Os pacientes não afiliados passavam, em média, 25 dias no hospital, comparados com
os 11 dias dos pacientes filiados (p>.0001); esta associação foi reforçada quando foram
controladas a saúde mental e outras covariações.
Koenig, H.G., et al. 1998. A relação entre atividades
religiosas e o fumo de cigarros em adultos mais velhos. Journal of Gerontology a Biol Sci Med Sci 53:6. Taxas substancialmente mais baixas de tabagismo entre as
pessoas mais religiosas envolvidas provavelmente traduzem-se em taxas mais baixas de cancro
do pulmão, hipertensão, doenças coronárias e doenças crónicas de obstrução pulmonar. O
tabagismo e as atividades religiosas foram examinados num estudo, com uma perspetiva de 6
anos, a 3,968 pessoas com 65 anos ou mais na Carolina do Norte. As probabilidades, tanto do
fumo de cigarros atual como o número total de maços fumados ao longo dos anos foram
inversamente relacionados à participação em serviços religiosos e atividades
religiosas privadas. Uma elevada participação em atividades religiosas, numa oscilação, previa taxas de
tabagismo mais baixas em futuras oscilações. Se as pessoas frequentavam tanto os cultos
religiosos semanalmente, como também liam a Bíblia ou oravam pelo menos diariamente,
tinham menos 990% de probabilidades de fumar que as pessoas envolvidas nestas
atividades religiosas com menos frequência (p <.0001, depois de múltiplas covariações
terem sido tidas em conta). Oman, D., e Reed, D. 1998. A religião e a mortalidade
entre os idosos pertencentes à comunidade. American Journal of Public Health 88: 1469-1475.
Estudo #3 – Mortalidade – Num estudo demográfico com uma
perspetiva de 5 anos a 1,931 residentes idosos de Marin County, California, as pessoas
que frequentavam cultos religiosos tinham menos 36% de probabilidades de morrer durante o
período de follow-up. Quando as variáveis (incluindo idade, género, estado civil, número
de doenças crónicas, baixa incapacidade física, problemas de equilíbrio, exercício,
tabagismo, consumo de álcool, peso, duas medidas de funcionamento social e apoio social e
depressão) foram controladas, as pessoas que frequentavam cultos religiosos ainda tinham
menos 24% de probabilidades de morrer durante o follow-up de 5 anos. Durante o follow-up
de 5 anos ocorreram 454 mortes. Os sujeitos foram divididos em 2 categorias:
“frequentadores” (semanais ou ocasionais) e “não-frequentadores” (nunca frequentavam).
Idler, E. L., & Kasl, S. V. 1997. A religião entre as
pessoas incapacitadas e não incapacitadas II: frequência a cultos religiosos como previsão do curso da incapacidade.
Journal of Gerontology 52: S306-316. Um estudo longitudinal a 2,812 adultos mais velhos em New
Haven, CT, descobriu que os que iam assiduamente à igreja em 1982 tinham
significativamente menos probabilidades de vir a
ser incapacitados fisicamente 12 anos mais tarde do que
os que não iam assiduamente, uma descoberta que persistiu depois do controlo para práticas
de saúde, laços sociais e indicadores de bem-estar.
Koenig H. G., et al. 1997. Frequência aos cultos
religiosos, interleucina-6 e outros parâmetros biológicos da função imunitária em adultos mais velhos. International Journal of Psychiatry in Medicine
27: 233-250. Estudo #4 – Imune – As conclusões sugerem que as pessoas
que vão à igreja
frequentemente têm sistemas imunitários mais fortes do
que frequentadores menos assíduos e podem ajudar a explicar porque ambas, a saúde mental e
física são características dos frequentadores assíduos à igreja. Reportou que a
assiduidade religiosa frequente em 1986, 1989 e 1992 predisse níveis baixos de plasma
interleucina-6 (IL-6) numa amostra de 1,718 adultos mais velhos seguidos durante seis anos. Os níveis
de IL-6 são elevados em pacientes com SIDA, osteoporose, doença de Alzheimer, diabetes e
outras doenças graves, e é um indicador do funcionamento do sistema imunitário.
Strawbridge,
W. J., et al. 1997. Assiduidade frequente aos cultos religiosos e
mortalidade ao longo de 28 anos. American
Journal of Public Health 87: 957-961. Estudo #5 – Os frequentadores assíduos à igreja tinham
mais probabilidade de parar de fumar, aumentar o exercício, aumentar os contactos
sociais e permanecerem casados; mesmo depois destes fatores terem sido controlados, apesar de
tudo, a diferença de mortalidade persistiu. O estudo relata os resultados de um estudo follow-up de
28 anos a 5,000 adultos envolvidos no Laboratório de População Humana de Berkeley. A
mortalidade, para pessoas que frequentavam cultos religiosos uma vez por semana ou mais
era quase 25% mais baixa do que a das pessoas que frequentavam a igreja com menos
assiduidade; para as mulheres, a taxa de
mortalidade era reduzida em 35%. Kark, J.D., G. Shemi, Y. Friendlander. O. Martin, O.
Manor e S. H. Blondheim. 1966. Será que a observância religiosa promove a saúde? A mortalidade no kibutz secular vs
kibutz religioso em Israel. American Journal of Public Health 86: 341-346.
Mesmo depois de eliminar o apoio social e os
comportamentos de saúde convencionais como
possíveis fatores de confusão, os membros dos kibutz
religiosos continuavam a viver mais
tempo que aqueles dos kibutz seculares. Um estudo de 16
anos sobre a mortalidade, em que
foram comparados 11 kibutz religiosos e 11 kibutz
seculares (n=3,900); …………………………………..
Tal como Robert Davis, também vós gostaríeis de dizer: -
Jesus, o meu corpo pertence-te.
Quero que ele seja um templo preenchido com a Tua
presença.
Quero que ele revele a Tua glória no serviço em prol dos
outros.
Autor: Mark Finley - Oferecido pelo Depto de Saúde e Temperança da UPASD
Luís Carlos Fonseca
ok. que Deus o abençoe!
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