COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 12 (4º trimestre de 2014) ORAÇÃO, CURA
E REABILITAÇÃO
VERSO ÁUREO: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e
orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito
em seus efeitos”. Tiago 5:16
INTRODUÇÃO (sábado 13 de dezembro) – A lição desta semana
menciona sobre as curas divinas; físicas e espirituais relacionadas com a
oração de fé. A Bíblia é pródiga em mencionar várias curas que foram realizadas
por Jesus e apóstolos. Sim, Deus também cura pessoas hoje. Deus cura o Seu povo
através da oração que Seus servos fiéis realizam. Até mesmo na medicina humana,
quem realmente cura é Deus, os médicos são apenas agentes que aplicam os
recursos deixados pela natureza e ciência. Todas as bênçãos e maravilhas vêm de
Deus.Veja esta declaração: “Toda a
boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em
quem não há mudança nem sombra de variação”. Tiago 1:17
Como Deus realizou curas no passado Ele também o faz hoje.
Eu acredito nas curas e milagres do Deus Criador. Inúmeras religiões e
filosofias cristãs tomam como base especialmente os milagres de Cristo para
defender as suas ações, de aparente bondade, em curar pessoas. Espíritas, Católicos Carismáticos, Pentecostais, e igrejas das denominações tradicionais,
como; Batista, Presbiteriana, Adventistas, etc… , defendem que Deus cura,
milagrosamente, as pessoas. Para alguns, essa cura vem através da bênção
especial de um ritual mágico; para outros, através da peregrinação à algum santuário;
para outros, através da imposição das mãos de alguém abençoado com um dom
especial do Espírito Santo e para outros através da unção do Espírito Santo,
com azeite de oliva. Sabemos que Deus cura, pois a Bíblia sagrada assim o
ensina.
As curas bíblicas
sempre são realizadas de acordo com a vontade de Deus. As muitas
advertências contra os falsos sinais e maravilhas precisam ser examinadas. O
diabo sempre simula as obras de Deus. Veja Êxodo 8, Deut. 13:1-5; II Coríntios
11:13-15; II Tessalonicenses 2:9-12; II Timóteo 3:13; Apocalipse 13:13-14 e
16:13-14. O diabo é muito hábil em trabalhar através das religiões. Veja este texto explícito de Jesus:
“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como
ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os
conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos
maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos
seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no
reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome?
E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas
maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de
mim, vós que praticais a iniquidade.” Mateus 7:15-23
Deus realiza milagres
apenas através de agentes autorizados por Ele. Os milagres e curas bíblicas eram
sinais para confirmar a mensagem dos homens que os operavam. Os agentes de Deus
são pessoas que vivem de acordo com a Sua Palavra. Deus autenticou a Sua
Palavra com Sua autoridade. Veja estes
textos: “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando
com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram.
Amém.” Marcos 16:20
“Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande
salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois
confirmada pelos que a ouviram; Testificando também Deus com eles, por sinais,
e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua
vontade?”. Hebreus 2:3-4
Gerações posteriores aos apóstolos tinham que confiar na mensagem escrita
daqueles que demonstravam as credenciais para revelá-la e deviam imitar o
exemplo de Cristo e dos apóstolos. Quem faz diferente não tem as credenciais de
Deus. Veja este texto: “Jesus, pois,
operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não
estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu
nome”. João 20:30-31. A presença das supostas curas miraculosas em algumas
igrejas cristãs hoje, as quais são totalmente diferentes das curas na Bíblia,
não deve surpreender o cristão que é sincero. Veja este outro texto: “Porque tais falsos apóstolos são obreiros
fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha,
porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que
os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será
conforme as suas obras”. II Coríntios 11:13-15
DOMINGO (14 de dezembro) ESTOJO ESSENCIAL DAS FERRAMENTAS DO
CRISTÃO – Quais são as duas ferramentas
do cristão, proposto no verso de hoje? “Está alguém entre vós aflito? Ore.
Está alguém contente? Cante louvores.” Tiago 5:13. São oração e louvor! O
cristão passa por momentos tristes e alegres. Para os momentos tristes somos
desafiados à oração e busca do poder do Espírito Santo e para os momentos
felizes somos chamados à louvar a Deus.
Cantar - Cantar
sempre fez e faz bem às pessoas, mesmo quando estamos desanimados. Aqueles que buscam
cantar na simplicidade, humildade e sem exaltação própria, mesmo sem entender
muito bem de música, podem, através de hinos cristãos abençoados, ser abençoados e
abençoar outros. A música quando é bem tocada e cantada, em nome de Deus,
derruba barreiras e muralhas, quebra as correntes que antes aprisionavam a alma.
Então amigo; cante hinos em casa com os membros da família e cante na igreja, sempre
com alegria e motivação, com sua bela ou desafinada voz. Cantar a Deus, com
sinceridade e desejo de o louvar, o seu louvor sempre soará aos ouvidos de
Deus como uma linda oração. Lembre-se que no céu os salvos vão cantar louvores ao Criador, então é bom irmos treinando aqui!
Orar - Por falar
em oração, é necessário contar a Deus o que se passa conosco. Só podemos adorar
em espírito e cantar hinos quando temos um coração puro, aberto e arrependido.
Quando o coração do rei Davi se encheu de culpa pelo seu pecado com Bate-Seba,
ver II Samuel 11, ele achou impossível adorar. Ele se sentia como se Deus estivesse
longe dele, e "bramiu durante o o dia todo", sentindo a mão pesada de
Deus sobre ele. Ver Salmo 32:3 e 4. Entretanto, ao confessar o seu pecado, a
comunhão com Deus foi restaurada e a adoração e louvor jorraram do seu ser. Ele
entendeu que "O sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração
quebrantado e contrito" Salmo 51:17. Louvor e adoração a Deus não podem
vir de corações cheios de pecado ainda não confessados. Você tem o dever de apresentar-se perante Deus, quer para
cantar ou para orar em favor de alguém, com o coração purificado. Você é
convidado à confessar os seus pecados antes de apresentar-se perante Deus para O louvar e interceder por pessoas. Deus promete habilitar-nos ao ministério do louvor e da
oração de intercessão. Veja estas promessas:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” I João 1:9
“Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, E de
seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.” Hebreus 8:12.
Desenvolva o canto em casa e na igreja, e na próxima vez que
for convidado para o ministério do louvor individual ou em grupo, aceite
participar, lembre-se, portanto, que para poder oferecer louvor aceitável e ter
suas orações atendidas, necessita ter os seus pecados confessados. O cristão
que não confessa os seus pecados a Deus é candidato ao pecado contra o Espírito
Santo!
SEGUNDA-FEIRA (15 de dezembro) ORAÇÃO PELOS DOENTES – Este é o texto para hoje: “Está alguém
entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o
com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o
levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” Tiago 5:14-15.
Diz a Bíblia que os homens devem “orar sempre e nunca
desfalecer”. Lucas 18:1; e, se há um tempo em que eles sintam sua necessidade
de orar, é quando lhes faltam as forças, e a própria vida lhes parece fugir. Frequentemente
os que estão com saúde esquecem as maravilhosas misericórdias a eles feitas
continuadamente, dia após dia, ano após ano, e não rendem a Deus tributo e
louvor por Seus benefícios. Ao sobrevir a doença, porém, Deus é lembrado. Ao
faltarem as forças humanas, sentem os homens a necessidade do auxílio divino. E, nunca o nosso misericordioso Deus Se afasta da alma que para Ele em sinceridade
se volta em busca de auxílio. Ele é nosso refúgio na enfermidade assim como na
saúde.
Jesus é agora o mesmo compassivo médico que era durante o Seu
ministério terrestre. Nele há bálsamo curativo para toda doença e poder
restaurador para toda enfermidade. Os discípulos de Cristo de hoje devem orar
pelos doentes tão verdadeiramente como os discípulos de Cristo no passado. E as curas acontecerão; pois “a oração da fé salvará o doente”. Tiago 5:15. Temos
o poder do Espírito Santo, a calma certeza da fé, de que podemos reivindicar as
promessas de Deus em nossos dias.
Veja este texto
maravilhoso! “A promessa do Senhor: “Imporão as mãos sobre os enfermos e os
curarão”. Marcos 16:18, é tão digna de fé hoje como nos dias dos apóstolos. Ela
apresenta o privilégio dos filhos de Deus, e nossa fé deve lançar mão de tudo
quanto aí se encerra. Os servos de Jesus são os instrumentos de Sua operação, e
por meio deles deseja exercer Seu poder de curar. É nossa obra apresentar o
enfermo e sofredor a Deus, nos braços da fé. Devemos ensinar-lhes a crer no
grande Médico. O Salvador deseja que animemos os enfermos, os desesperançados,
os aflitos a apegarem-se a Sua força”. A Ciência do Bom Viver, 225, 226.
Há uma condição especial
para que a oração seja atendida. Unicamente
vivendo em obediência a palavra de Deus que podemos pedir o cumprimento das promessas
que nos faz. O salmista diz: “Se eu atender à iniquidade no meu coração, o
Senhor não me ouvirá”. Salmo 66:18. Se lhe prestamos apenas uma obediência
parcial, com a metade do coração, Suas promessas não se cumprirão em nós.
Nós, os Adventistas do 7º Dia, administramos a unção às
pessoas que estão doentes. Não podemos confundir “unção” com extrema-unção. Caso
seja da vontade de Deus a pessoa enferma, ao ser “ungida”, é curada. Temos na
Palavra de Deus instruções relativas à oração especial pelo restabelecimento de
um doente. Mas tal oração é um ato soleníssimo, e não o devemos realizar sem
atenta consideração. Em muitos casos de oração pela cura de um doente, o que se
chama fé não é nada mais que presunção por parte de quem ora. Cuidado!
Para além da oração
de “unção” que é feita por pastores ou anciãos, cada crente pode e deve exercer
o ministério da oração em favor de pessoas em hospitais, lares de terceira
idade e em seus próprios lares. Participe deste ministério, é maravilhoso e
reconfortante!
TERÇA-FEIRA (16 de dezembro) A CURA DA ALMA – Mais
importante do que a cura do corpo é a cura da alma. Existe uma relação muito
forte entre a mente e o corpo. Ellen White escreveu em 1885 que nove décimos
das doenças originam-se na mente. Veja
este texto: “Enfermidades mentais prevalecem por toda parte. Nove
décimos das doenças das quais os homens sofrem têm aí sua base. Talvez algum
vivo problema doméstico esteja, qual cancro roendo até à alma e enfraquecendo
as forças vitais. Remorsos pelos pecados às vezes solapam a constituição e
desequilibram a mente. Há também doutrinas errôneas, como a de um inferno
sempre ardente e o intérmino tormento dos ímpios que, dando exagerada e
distorcida visão do caráter de Deus, têm produzido os mesmos resultados sobre
as mentes sensíveis.” Testem. Para a Igreja, vol 5, 444.
Hoje não é diferente. Estudos científicos mostram que as
doenças mentais são as responsáveis pela maior parte dos atendimentos em hospitais e
medicamentos. Na Europa, os problemas de saúde mental respondem por cerca de
26,6% da carga total de problemas de saúde, sendo o suicídio um das 10
principais causas de morte prematura. Muitas pessoas sofrem de algum distúrbio disfuncional
na mente, mas não buscam ajuda médica o que eleva ainda mais esse índice estatístico.
O verso principal
para hoje é este: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai
uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em
seus efeitos.” Tiago 5:16. A base para a libertação do peso da culpa da alma
está na confissão dos pecados. Confissão
de pecados em três níveis: Quando
ofendemos Deus e as pessoas, devemos resolver o assunto seguindo as orientações
de Deus. O livro Caminho à Cristo traz um texto onde menciona a necessidade que
temos de confessar os pecados em três níveis, sempre quando se fizer
necessário. Veja o texto: “A
confissão verdadeira tem sempre caráter específico e faz distinção de pecados.
Estes podem ser de natureza que devam ser apresentados a Deus unicamente;
podem ser faltas que devam ser confessadas a pessoas que por elas foram
ofendidas; ou podem ser de caráter público, devendo então ser
confessados com a mesma publicidade. Toda confissão, porém, deve ser definida e
sem rodeios, reconhecendo justamente os pecados dos quais somos culpados.”
Caminho a Cristo, 37, 38.
A lição de hoje traz o exemplo do paralítico de Cafarnaum
que foi curado por Jesus, ver Marcos 2:1-12, mas antes da cura, o homem recebeu
o perdão dos seus pecados. A Bíblia nos diz que todos nós precisamos do perdão
de Deus. Todos nós temos cometido pecados. Eclesiastes 7:20 proclama: “Não há
homem justo sobre a face da terra que faça o bem e que não peque.” E I João 1:8
diz: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a
verdade não está em nós.” No final das contas todo pecado é contra Deus, ver
Salmos 51:4, por isso, precisamos desesperadamente do perdão de Deus. A pessoa
que vive em seus pecados e que não concede perdão ao próximo leva consigo uma
neurose mental. Quando somos perdoados sentimos o alívio que Jesus pode
conceder e quando concedemos ou recebemos o perdão das pessoas, somos curados igualmente.
Veja a experiência de Davi neste texto: “Quando
eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia.
Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em
sequidão de estio. (Selá.) Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não
encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu
perdoaste a maldade do meu pecado.” Salmos 32:3-5
QUARTA-FEIRA (17 de dezembro) MODELOS DE ORAÇÃO – Este é o texto referência para hoje:
“Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não
chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra
vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.” Tiago 5:17-18.
Elias não era um super-homem, mas teve suas orações
atendidas em vários momentos. Qual era o
segredo de Elias? A) Ele vivia em
oração na montanha sagrada. No monte, Elias falava com Deus; profetizava,
vencia os seus inimigos e via a glória de Deus. Quando Elias se sentiu fraco,
cansado e só, o Senhor o chamou para o monte, porque, ali no monte Elias teria
um encontro como Senhor Deus Todo Poderoso que sempre lhe deu vitórias. Deus
tratou com Elias no monte, através de uma brisa suave. Ver I Reis 19:11-13.
B) Elias era obediente. Deus mandou Elias
se apresentar ao rei Acabe porque o Seu povo se desviaria da verdade servindo
deuses idolátricos. Aquele encontro deveria ser no monte Carmelo, pois no monte
do Senhor haveria vitória sobre os inimigos. Ver I Reis 18:17-20. O Espírito de
Deus ordenou a subida no monte, Elias obedeceu. Elias era temente a Deus, ele
sabia obedecer para vencer. I Reis 18:36.
C) Elias tinha coragem para obedecer.
Elias era como todo profeta de Deus, um homem ousado. Quando Elias disse que
não haveria chuva na terra segundo a palavra dele, ele afrontou o rei Acabe. A
partir dali, Acabe procurava por Elias, querendo matá-lo, e Elias corria risco
de cair nas mãos dele. Mas quando o Senhor mandou ir ao encontro do rei, Elias
não temeu. Ver I Reis 18:1.Quando novamente, após a derrota dos profetas de Baal depois da morte do rei Acabe, Acazias seu filho reinou em seu lugar e este
mandou soldados atrás de Elias, e Elias se encontrava no monte. O anjo do
Senhor disse a Elias que descesse para se encontrar com Acazias, Elias
novamente não temeu. Ver II Reis 1:15. O grande segredo da fé, de uma pessoa de
Deus está na coragem para obedecer, porque a ordem de Deus o leva a bater de
frente com a realidade do pecado, e sem temer as consequências!
D) Oferecia adoração sincera ao Senhor. O altar já estava preparado no monte Carmelo. Chegou então o
momento do profeta Elias colocar sobre o altar a sua oferta de sacrifício. I
Reis 18:33. O sacrifício no altar era a certeza da resposta de Deus, era a honra
dada ao Deus que não falha e que não deixa a palavra do profeta cair por terra.
Ver I Reis 8:56. O sacrifício no altar em cima do Monte Carmelo era o segredo
de Elias para envergonhar os seus inimigos.
Assim também devemos nós fazer. Todos necessitam fazer uma
entrega total a Deus para que os nossos pedidos sejam atendidos. O filho de
Deus não pode ter qualquer associação com o pecado, caso contrário; leva uma
vida de derrotas espirituais. Veja que na época de Elias o Senhor fez vir a
seca sobre a terra, porque o altar estava em ruínas, o povo havia parado de
sacrificar ao Senhor e Deus atendeu a oração de Elias. Existem muitas pessoas
que necessitam das nossas orações e auxílio. O que temos feito para ajudar? Como
tem sido o seu culto e adoração a Deus em casa e na igreja?
QUINTA-FEIRA (18 de
dezembro) REABILITAÇÃO E PERDÃO – Este é o texto para hoje: “Irmãos, se
algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que
aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte
uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.” Tiago 5:19-20.
Primeiro vem o perdão e depois a reabilitação da pessoa. A
lição de hoje trata do assunto da apostasia. Como buscar o irmão que afastou-se da comunhão da igreja? Realmente
este tema é muitíssimo importante! Em Gálatas menciona a maneira como devemos
tratar as pessoas que caíram em apostasia ou em alguma falta. Veja o texto: “Irmãos, se algum homem
chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai
o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também
tentado.” Gálatas 6:1
O que você diria para
uma igreja em que um de seus membros não apenas deixou a comunhão, mas se
voltou para ela com hostilidade? Esse é um quadro triste que acontece em
todas as igrejas. O índice de pessoas que caem em apostasia é grande, e isso tem
levado tristeza para o corpo de crentes em Cristo. Alguns cristãos ficam
abalados pela apostasia de outros cristãos professos. “Se ele pode cair, que
esperança há para mim?” Todo o Antigo Testamento é a história da apostasia de
Israel. No Novo Testamento, vemos apóstatas como Judas e Demas. Alguns em
Corinto negaram a ressurreição e alguns na Galácia voltaram à lei como forma de
salvação. Não é surpresa que os Apóstolos alertavam a igreja quanto a essa
possibilidade. Ver Atos 20.29,30; 1 Coríntios 11.19; 1 Timóteo 4.1; Judas; 1 João
2.19.
John Owen destacou três áreas nas quais a apostasia
normalmente começa: doutrina, estilo de vida e adoração. Owen relacionou a
apostasia doutrinária com a falta de experiência cristã. Ele disse que quando
alguém não sente uma necessidade pessoal, nenhum senso da justiça
de Deus, nenhum vislumbre da glória de Deus, nenhuma submissão à soberania de
Deus e nenhum temor à Palavra de Deus, então a apostasia estará logo ali na próxima
esquina. Owen ressaltou que um estilo de vida sem santidade é mais capaz de
levar a apostasia do que o abandono das doutrinas cristãs. Ele enxergava tanto
o legalismo quanto a falta de normas como eventuais caminhos para a apostasia. Owen
também argumentou que se negligenciarmos, não obedecermos ou acrescentarmos
regras além do necessário à adoração, a apostasia não tarda a chegar. Pastores e
líderes de igreja devem estar atentos a essas três zonas de perigo: doutrina,
estilo de vida e adoração. E devem chamar a atenção do rebanho para isso.
Fazer diferença entre um tropeço e uma queda. somos convidados a discernir com sabedoria um tropeço de um cristão da queda de um apóstata.
Alguns cristãos se desviam da doutrina, caem em pecados ou falha na adoração de
vez em quando. Isso não faz dele um apóstata. Apostasia é rebelião e
desobediência contínuas, persistentes e declaradas contra Deus e sua Palavra ou renúncia
pública final e total de todos os princípios e doutrinas do Cristianismo.
Como reabilitar um
apóstata? A restituição espiritual é algo muito importante na vida de quem se
afastou dos caminhos de Deus, porque engloba em ter de volta, multiplicado e
restaurado, tudo o que o inimigo “roubou, matou e destruiu”, ver João 10:10,
incluindo todos os sonhos que o Senhor teve sobre a sua vida. Aquele que se
afastou de Deus não pode projetar o seu futuro baseado no seu passado, porque no
passado havia a marca do inimigo; logo a partir de agora a pessoa deve olhar
para o futuro. Para você reabilitar alguém que está fora da igreja deve seguir
alguns passos simples, mas muito importantes: 1) Deve aproximar-se da pessoa e
fazer uma amizade sincera e despretensiosa com ela. 2) Deve desenvolver atividades
pessoais e sociais, juntos como; passeios e viagens. 3) Deve introduzir a Palavra
de Deus, mas de forma simpática, como por exemplo; convidar para ir à sua casa e
servir um lanche e fazerem um pequeno e agradável culto doméstico. 4) Convidar
para irem juntos à igreja. 5) Ministrar alguns estudos bíblicos doutrinários
para relembrarem alguns pontos da bíblia. Se você conseguir trazer uma pessoa
de volta para Cristo você é “…aquele que fez converter do erro do seu caminho
um pecador, salvou da morte uma alma, e cobriu uma multidão de pecados.” Tiago
5:19-20. Que Deus te abençoe nessa missão! Se for o caso de ser você o apóstata, volte para a igreja de Deus, mesmo sabendo que há lá dentro pessoas falhas como eu sou e como você o é!
SEXTA-FEIRA (19 de dezembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO – Os Adventistas crêem no dom da cura? Sim,
crêem! Segundo as Escrituras, Deus pode ouvir nossas orações e curar aqueles
por quem oramos. Ver Tiago 5:13-15. Alguns têm dificuldades de compreender a natureza
desse dom, por duas razões: a) Pode parecer que hoje, a
manifestação desse dom não seja tão comum quanto nos tempos apostólicos. b) Nossa percepção foi manchada pelo que vemos entre as igrejas cristãs
carismáticas. Alguns tendem a crer que esse dom deveria se manifestar entre nós
do mesmo modo como é manifesto entre essas comunidades cristãs.
O maior milagre e a maior cura é a da alma em que uma pessoa
se converte a Jesus. Mas, o dom de cura ainda está na igreja de Deus;
mas o Senhor escolhe quando e como deve manifestá-lo. Os milagres de cura
acontecem entre o povo remanescente de Deus, em todo mundo, como resposta às
orações fervorosas de pastores e membros. Isso ocorre esporadicamente, isolados
uns dos outros, por meio da silenciosa presença do Espírito entre nós. O Senhor
provavelmente escolheu que fosse assim porque no final do conflito cósmico, as
forças do mal usarão os milagres para validar seus atos como vindos de Deus. Ver Apoc. 13:13 e 16:14. Nossa segurança não está em milagres e nas curas, mas nos
ensinamentos das Escrituras. Ao nos aproximarmos do final do conflito cósmico,
a apostasia e a confusão atingirão dimensões globais e Deus manifestará o poder
do Espírito gloriosamente. Ele intensificará a manifestação de Seu Espírito
entre nós e a profecia de Joel finalmente se cumprirá. Ver Joel 2:28-32. Deus
confirmará a mensagem e a missão do Seu povo remanescente por meio das
Escrituras e por meio de magnífica demonstração do poder do Espírito.
Veja este texto
inspirado: “Cristo veio ao mundo, a fim de pôr a salvação ao alcance de
todos. Na cruz do Calvário pagou o preço infinito exigido pela redenção do
mundo. Sua abnegação e renúncia, Seu trabalho desinteressado, Sua humilhação,
e, sobretudo, o holocausto de Sua vida, atestam o amor profundo que dedicou à
humanidade decaída. Veio para salvar o que se perdera. Sua missão atingia os
pecadores de todas as categorias, de qualquer língua ou nação. Por todos pagou
o preço de sua redenção, a fim de reintegrá-los na comunhão e harmonia do Céu.
Não desprezava os que se haviam feito culpados dos mais graves erros e delitos.
Seu trabalho era desempenhado com especial consideração pelos que mais
necessitavam da salvação que viera trazer. Quanto mais urgente reforma um caso
pedia, tanto mais profundo era Seu interesse, maior Sua simpatia e mais
devotados Seus esforços. Seu amorável coração se comovia até às profundezas por
aqueles cuja condição menos esperança oferecia e que mais necessitavam de Sua
graça regeneradora. Testemunhos para a Igreja. Vol 5, 603.
Luís Carlos Fonseca
Sem comentários:
Enviar um comentário