quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 – DEUS COMO REDENTOR


RESUMO E COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 3 – DEUS COMO REDENTOR

VERSO ÁUREO: “E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.” Apocalipse 5:11-12

OBJETIVOS DA LIÇÃO: Avaliar a cruz como centro da salvação que é o ponto principal da Bíblia. Desde o Velho Testamento Jesus era apontado como o Salvador do mundo. Perceber que os nossos sofrimentos não podem ser comparados com o sofrimento do Pai ao ver o Filho sendo morto para salvar a humanidade. Alegrar nas tribulações sabendo que Deus está do nosso lado.

INTRODUÇÃO: O tema da Cruz tem levado alívio para alguns, e preocupação para outros. Alívio porque todos os que se curvam diante da Cruz são perdoados, lavados do seu passado de pecados e redimidos. Aqueles que não aceitam a cruz são, até certo ponto frustrados e o senso de culpa os acompanha. Mesmo as religiões não cristãs sofrem por não aceitarem Jesus. Dentro deste raciocínio veja o que Paulo disse:  “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” I Coríntios 1:18
O apóstolo Paulo ainda disse: “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” I Coríntios 2:1-2

E para você, que peso tem a cruz? Dentro do Cristianismo pode haver aqueles que se tornaram profissionais de igreja; como alguns pastores e líderes de igrejas, em seus departamentos. O fato de irem cada dia de culto à igreja, podem ter se acostumado com os ritos, e aquilo não tocar suas vidas. Há também alguns crentes que, por já serem membros de igreja há vários anos, já perderam aquele entusiasmo com Jesus e Sua igreja.  Alguns já não participam da Santa-Ceia; e quando participam, podem não ser beneficiados com a mensagem inerente nos ritos.


É pena que para alguns o tema da redenção tem se tornado desculpa para tomar o pecado de forma ligeira e praticá-lo, com a desculpa de que o sangue de Cristo pode perdoar. Na realidade pode mesmo, pois Cristo tem poder para perdoar todos os tipos de pecados. Jesus só não perdoa o pecado contra o Espírito Santo; que é a repetição dos mesmos pecados, sem que haja arrependimento e confissão. A Redenção é antes de tudo um apelo a uma grata obediência para com Deus; por Ele ter enviado Jesus, não só para perdoar os nossos pecados, mas também para nos livrar do poder do pecado.
O seguinte quadro apresenta uma síntese  das três facetas da salvação:

A Justificação é a salvação dos nossos pecados passados. A Santificação é a salvação dos nossos pecados presentes e a glorificação é a libertção futura de todos os pecados.

A Justificação limpa os registros de nossa vida. A Santificação conserva os registros limpos e na Glorificação não há mais lembranças desses registros.

A Justificação liberta-nos da penalidade ou culpa do pecado, a Santificação liberta-nos do poder do pecado e a Glorificação liberta-nos da presença do pecado.

DOMINGO(15 de Janeiro) – NA CRUZ – O verso de hoje é este: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5:8

De que forma o texto acima contraia a tendência humana de avaliar o amor de Deus? Normalmente pensamos que o fato de Jesus ter morrido na cruz iria aumentar o amor de Deus por nós. Os valores humanos geralmente são egoístas. Tendemos a amar as pessoas depois que elas nos oferecem algo que nos traga lucros ou vantagens. Por exemplo: Em um relacionamento entre namorados, a moça passa a gostar e a amar o namorado depois que ele a conquista com uma for, um sorriso e atenções especiais. Com Deus isso não se dá. Antes de passar pela mente de alguém amar a Deus, ele já enviou o Seu Filho para morrer por nós. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho” Este conceito de amor deve sacudir a nossa estrutura emocional e espiritual, pois essa demonstração de amor não é nada convencional. Em uma linguagem material e humana seria mais ou menos isso que Deus fez conosco: Alguém chega para nós, sem nos conhecer, e nos oferece uma casa quitada e montada, com um belo carro na garagem e com um emprego garantido para o marido e a mulher, de 3 mil euros para cada um. Como deixaríamos de respeitar e amar essa pessoa? Agora vem outra pergunta: Temos demonstrado gratidão e um amor verdadeiro, genuíno e contínuo a Deus; por Jesus ter morrido por nós e garantido a vida eterna?
Se Deus é amor, como explicar a declaração da ira Divina neste verso? “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.” Romanos 1:18

O amor de Deus não tolera e nem condescende com o pecado. O pecado corroe e corrompe alguns filhos de Deus; e então Deus em seu amor, graça e misericórdia tem que tratar com alguns filhos, que insistem em permanecer nos seus pecados. É por isso que Ele fica aborrecido; e Paulo em sua linguagem traduziu como ira.

Você aborrece o pecado ou o ama?

SEGUNDA-FEIRA(17 de Janeiro)  - O EVANGELHO NO ANTIGO TESTAMENTO. Mesmo antes de Adão e Eva caírem em pecados, Deus já tinha tomado providências através de uma reunião, com a Divindade, para socorrer a humanidade. E tão logo eles caíram, Deus já providenciou a promessa da vinda de Cristo. Veja a promessa que alegrou nossos pais: E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gênesis 3:15.

Embora o conflito do pecado existe, o fim do conflito já está anunciado. A primeira etapa já foi cumprida aquando da 1ª vinda de Cristo; já a segunda ,será cumprida por ocasião da 2º volta de Jesus.
Veja como Paulo cita o verso de Gênesis: “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém.” Rom. 16:20

Em Gênesis 22:1-19 mostra o pedido que Deus fez para Abraão sacrificar Isaque. Este relato é muito significativo, pois retrata de forma clara o  grande amor de Deus em e enviar o Seu único filho para resgatar a humanidade. Repare nas várias menções das palavras “pai e filho” no texto. Geralmente damos ênfase à fé de Abraão, mas o que chama-me mais a atenção é a disponibilidade de Isaque em morrer, pois mesmo sendo mais jovem resolveu morrer, símbolo de Cristo que poderia recusar a morte;  mas “foi obediente até a morte e morte de cruz.”

Deus instituiu o sistema e sacrifícios  no Velho Testamento.  Veja o evangelho no V. T através  dos utensílios do santuário e os seus significados:

Pátio  - Todos os dias o sacerdote ministrava nesse local.  Nele estava o altar que representava a cruz de Cristo. O sangue derramado apontava para o sacrifício de Jesus.  A pia , representava o batismo . Desta forma este local ensinava a justificação pela fé.  O crente é salvo quando aceita o sacrifício expiatório de Cristo, e é batizado.

Santo -  O sangue do cordeiro morto no pátio era recolhido e levado pelo sacerdote somente ao lugar Santo.  Esse era o serviço diário , quando os pecados eram simbolicamente transferidos para o santuário.  Esse local continha a mesa com doze pães da proposição , que indicavam simbolicamente Jesus como o Pão da vida e o alimento diário do cristão que é a Bíblia.  Encontrava-se também neste local o candelabro que apontava para o ministério do Espírito Santo ao conduzir as pessoas à Cristo Jesus, a verdadeira luz do mundo.  Outro objeto sagrado era o altar de incenso , ver Ap 8:3, que representava a oração dos santos e a intercessão contínua de Cristo, desta forma, Deus ensinava o processo da santificação através do estudo da Bíblia, oração e o testemunho.

Santíssimo - Uma vez por ano acontecia a purificação do santuário, e era um dia de juízo para o povo de Deus.  O sacerdote oferecia um bezerro e um cordeiro por si e por sua família e outro em holocausto pelo povo.  Lançava a sorte sobre dois bodes: Um era separado para Deus e outro era chamado de Azazel.  No lugar Santíssimo estava a arca da aliança, que continha as tábuas com os Dez Mandamentos, e uma porção do maná e também a vara de Arão. Através deste local Deus ensinava a verdade sobre o juízo, a santidade de Sua Lei, o sábado, a reforma de saúde e a verdade sobre o milênio quando a culpabilidade dos pecados do povo de Deus será transferida para o autor do pecado, Satanás. Através do ritual do santuário, o povo de Deus conseguia vislumbrar o plano da salvação.

TERÇA-FEIRA(17 de Janeiro)  - A SALVAÇÃO EM ISAÍAS Em nenhum outro lugar do Antigo Testamento o Evangelho de Jesus Cristo brilha mais fortemente do que no Livro do Profeta Isaías, mais precisamente em Isaías 53. 700 anos antes de Cristo vir ao mundo, Deus abriu os olhos de Seu profeta e o fez ver o cerne do ministério redentor do Messias prometido de Israel. O que se vê no coração desta profecia de Isaías, portanto, no coração de Deus,  é a salvação. O Messias é “traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades”. O Messias toma sobre Si “o castigo que nos traz a paz”. Castigo que era nosso. Ele toma o nosso lugar. Ele é o justo no lugar do injusto; Ele Se fez maldição por nós. Ele é o Pastor amoroso no lugar da ovelha perdida; perdida porque escolheu se perder. O Rei exaltado no lugar de súditos rebeldes. Quando Deus enviou o Seu Filho Jesus ao mundo, a fim de salvar os Súditos Rebeldes, a humanidade O desprezou.  Por quê? Vejam o que diz Isaías:

“ Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.  Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.” Isa. 53:2-3  Aqui Isaías está dizendo o seguinte: A conduta de Jesus, o Seu estilo de vida, a Sua visão de mundo, dos prazeres, do dinheiro, dos bens e possessões, dos relacionamentos, do trabalho, do sexo oposto, da amizade, da sociedade, da piedade, da oração, da adoração, da religião, etc.... nada do que Ele tenha dito ou ensinado, a forma como Ele viveu, enfim, coisa alguma nele ou de Sua mensagem, endossavam, a maneira de viver dos “Súditos Rebeldes”. Ninguém, que queira viver segundo os padrões do mundo ou da carne, pode agradá-Lo.

O livro de Isaías era muito querido pelos filhos de Deus do Velho Testamento. Isaías era considerado o evangelho do Velho Testamento. Em uma época que ainda não havia o Novo Testamento escrito, encontramos uma linda história do eunuco, tesoureiro  da rainha de Candace, que quando deu boléia para Filipe, aquele lia o livro de Isaías. Veja parte desta  história a seguir:  “Regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro. E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca.” Atos 8:28-32

QUARTA-FEIRA(18 de Janeiro) – OS EVANGELHOS E A CRUZ A vida de Jesus foi muito importante, pois possibilitou a criação de uma nova ordem de coisas. Jesus revelou o Pai do Velho testamento que, algumas vezes era mal compreendido, e Sua vida contribuiu também para a criação de novos conceitos políticos e sociais. Por exemplo: A pena de morte por apedrejamento deixou de existir a partir de Cristo, e assuntos relacionados com o divórcio e homicídio. Mas a Sua morte foi o diferencial para todos os que crêem em Seu nome. Nos evangelhos encontramos Jesus a preparar os Seus discípulos para a Sua morte iminente.

Como Jesus descreve a Sua morte? “Eis que nós subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios. E o escarnecerão, e açoitarão, e cuspirão nele, e o matarão; e, ao terceiro dia, ressuscitará.” Marcos 10:33-34

O que havia de errado no pedido de Tiago e João? “E aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos.
E ele lhes disse: Que quereis que vos faça? E eles lhe disseram: Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda.” Marcos 10:35-37

Qual foi a resposta direta de Cristo? “Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; e qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Marcos 10:42-45

É curioso que os 4 evangelhos salientam a última semana da vida de Cristo e a consequente morte de Jesus. O relato da última semana de vida de Cristo ocupa mais de 1/3 dos escritos dos evangelhos. Isso é no mínimo interessante. A boa notícia é que Deus é capaz de salvar-nos totalmente, sem a nossa ajuda. O Evangelho não é um anúncio de emprego. Tudo o que tentarmos realizar por nós mesmos vai manchar a obra de Deus. Basta aceitar o Seu amor revelado na cruz e confiar.

O que fazer com o poder do evangelho? “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” Romanos 1:16. Em primeiro lugar devemos aceitar o evangelho de Cristo e depois devemos divulgá-lo.

Não são as credenciais acadêmicas, a oratória brilhante ou a persuasão do pregador, porém o Evangelho puro que convence os ouvintes. Não devemos atentar para a sabedoria humana e zelo, a fim de embelezar, melhorar, ou de qualquer forma fazer o Evangelho mais atrativo para os perdidos. O Evangelho, apresentado em sua imutável pureza, é a mensagem que o Espírito Santo honra convencendo e dando convicção àqueles que O ouvem . Ver João 16.8-11. Essa verdade deve voltar a concentrar a atenção daqueles que são salvos pelo evangelho de Cristo. Ao contrário da crença popular, perícia na pregação, a homilética ensinada no seminário, são importantes, mas não pode atrapalhar. O domínio da oratória ou das técnicas de vendas mais recentes pode ser útil numa profissão secular, mas não "na loucura da pregação." A não ser que tais metodologias e capacidades sejam colocadas de lado, ou usadas com humildade, para proclamar a verdade de Deus, elas podem obscurecer o Evangelho.

QUINTA-FEIRA(19 de Janeiro) – O GRITO NA CRUZ – “E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? “ Mateus 27:46. De que modo este clamor de Jesus nos ajuda a compreendermos o tamanho dos nossos pecados? O pecado tem a função de separar-nos de Deus. Já em Isaías 59:2 menciona que “os nossos pecados  fazem separação entre nós e o nosso Deus para que Ele não nos ouça.”  Todas as pessoas que escolhem viver longe de Deus tem dificuldades de ouvir a voz de Deus. Três evangelistas mencionam o fato de Jesus ter clamado no ato da morte; em Hebreus 5:7 também faz referência a este pormenor.

Veja este texto: “E agora, o Senhor da Glória estava a morrer, como resgate pela raça humana...Sobre Jesus, como nosso substituto e penhor, foi posta a iniquidade de todos nós. Foi considerado transgressor, para nos redimir da condenação da lei...O salvador não podia ver para além dos portais do sepulcro...Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus que a Sua separação tivesse de ser eterna.” D.T. Nações 642.

No caso de Jesus foi o pecado da raça humana que O impediu de ver Deus, que motivos fazem com que, as vezes, não ouçamos a voz de Deus?

Veja as frases que Jesus proferiu quando estava na cruz:
"Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem." Lucas 23:34
"Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso." Lucas 23:43
"Mulher, eis aí o teu filho. Eis aí tua mãe." João 19:26-27
"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Mateus 27:46
"Tenho sede." João 19:28
"Está consumado" João 19:30
"Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito" Lucas 23:46

Veja esta citação de Ellen White: “Oh, quão ineficiente, quão incapaz eu sou de expressar as coisas que ardem na minha alma com referência a missão de Cristo... Não sei como falar ou como traçar com a pena o grande tema do sacrifício expiatório. Não sei como apresentar os assuntos com o vivo poder em que se acham diante de mim. Tremo de temor, não seja eu a mesquinhar o grande plano da salvação por palavras comuns.” Mens. Escolhidas Vol. 3, 115.

Luís Carlos Fonseca

 

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