COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 1 (2º trimestre de 2015) A PRIMEIRA VINDA DE
JESUS
VERSO ÁUREO: “Porque para Deus nada é impossível.” Lucas
1:37
INTRODUÇÃO: (sábado 28 de março) – Neste novo trimestre
vamos estudar sobre o livro de Lucas.
Quem
foi Lucas? Era médico e companheiro
fiel do apóstolo Paulo. Lucas escreveu dois livros; o Evangelho de Lucas e Atos
dos Apóstolos. Lucas era uma pessoa bem instruída e também era historiador.
Lucas não se classifica como testemunha ocular dos eventos na vida de Cristo,
registrados no seu Evangelho, ver Luc. 1:2, portanto, parece que ele se tornou
cristão algum tempo depois de Pentecostes do ano 33 d.C
Ele estava com Paulo
em Trôade, na segunda viagem missionária, e acompanhou-o dali à Filipos, onde
talvez tenha permanecido até o retorno de Paulo na sua terceira viagem
missionária. Lucas também acompanhou Paulo à Judeia, no fim desta viagem
missionária, ver Atos 21:7, 8, 15, e, enquanto o apóstolo estava por uns dois
anos encarcerado em Cesaréia, Lucas provavelmente escreveu seu Evangelho ali entre os anos 56-58 d.C. O médico evangelista acompanhou Paulo na sua viagem à Roma, para
este ser julgado, ver Atos 27:1 e 28:16. Visto que o livro de Atos abrange
eventos a partir do ano 33 d.C até o fim dos dois anos de encarceramento de Paulo
em Roma, mas não registra o resultado do apelo de Paulo a César, é provável que
Lucas tenha completado ali o livro de Atos por volta de 61 d.C. Alguns dizem que
Lucas era gentio, baseando-se principalmente em Colossenses 4:11, 14. Este
texto menciona que Lucas não era da circuncisão, logo não era judeu.
De acordo com o prefácio do livro, o propósito de Lucas é relatar
o início do Cristianismo, enquanto procura o significado teológico da história.
O evangelista divide seu evangelho em três fases: a primeira termina com João
Batista, a segunda consiste no ministério terrestre de Jesus e a terceira é a
vida da igreja após a ressurreição de Cristo. O livro contém 24 capítulos e o
autor retrata o Cristianismo como divino, respeitável, cumpridor da lei e de
âmbito mundial. Lucas endereçou a sua carta ao amigo Teófilo, que era um grego
que se converteu ao Cristianismo, sabendo que ele ia espalhar o evangelho aos
gentios. E hoje temos os importantes relatos do evangelho de Lucas.
O propósito do livro de Lucas é revelar o Senhor Jesus
Cristo e tudo o que Ele começou a fazer e a ensinar até ao dia em que foi
elevado às alturas. Ver Atos 1:11-22. O Evangelho de Lucas é único por ter uma
narração meticulosa e uma exposição em ordem dos acontecimentos. ver Lucas 1:3, compatível com a
mente médica de Lucas, muitas vezes dando detalhes que as outras narrativas
omitem. O evangelho de Lucas enfatiza o ministério e compaixão de Cristo aos
gentios, samaritanos, mulheres, crianças, cobradores de impostos, pecadores e
outros considerados marginalizados.
DOMINGO (29 de março) UMA NARRAÇÃO EM ORDEM – O Evangelho de
Lucas é único por ter uma narração meticulosa e uma exposição em ordem. Lucas
menciona Teófilo que colocou os eventos relatados em seu livro em ordem:
“Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre
nós se cumpriram.” Lucas 1:1
O livro de Lucas é conhecido por ser o melhor escrito.
O médico Lucas começa contando-nos sobre os pais de Jesus, o nascimento de seu
primo, João Batista, a viagem de José e Maria a Belém, onde Jesus nasceu numa
manjedoura, e a genealogia de Cristo através de Maria. O ministério público de
Jesus revela a Sua perfeita compaixão e perdão através das narrativas do filho
pródigo, do homem rico e Lázaro e do Bom Samaritano. Enquanto muitos acreditam
nesse amor sem preconceitos que ultrapassa todos os limites humanos, outros;
especialmente os líderes religiosos desafiam e opõem-se às reivindicações de
Jesus. Por fim, Jesus é traído, julgado, condenado e crucificado. Entretanto, a
sepultura não pode prendê-lo! Sua ressurreição garante a continuação do seu
ministério de buscar e salvar o perdido.
Mateus, Marcos e Lucas são chamados de Evangelhos sinóticos
porque incluem muitos dos mesmos acontecimentos da vida de Jesus. A palavra
sinótico significa; ter a mesma visão. Lucas relata a vida e o ministério de
Jesus de Nazaré, detalhando a história dos acontecimentos de Seu nascimento até
Sua Ascensão. Certas histórias, como o Filho Pródigo e o Bom samaritano, são
encontrados somente neste evangelho.
Mateus menciona o Messias como o Rei de Israel. Ver 1:1; 16:16-19 e 28:18-20. Mateus faz conexão
com o Velho Testamento e revela o Messias; Rei prometido do Velho Testamento
aos Judeus. O Novo Testamento é o cumprimento do Velho. É por isso que Deus diz em
Mateus: "Este é o meu amado Filho em quem me comprazo: escutai-o".
Marcos menciona Cristo como o Servo de Deus. Marcos
representa o Messias como o Servo Fiel e Obediente de Deus. Marcos é um
Judeu-gentio; João Marcos, que faz conexão com o judeu e o gentio.
Lucas mostra Cristo como o Filho do Homem. A frase chave;
"Filho do Homem" é muito conhecida no Velho Testamento.. Lucas foi escrito principalmente para os crentes
gentios, por isso também explica costumes judaicos e usa nomes gregos. Lucas
escreveu uma narrativa metódica da vida de Jesus, onde O apresenta como o Filho
do Homem, enfatizando a Sua humanidade plena.
João, que não é evangelho sinotico, mostra Cristo como Deus
e o Filho do Deus eterno. Ver João1:1-4 e 20:31.
Os evangelhos não foram escritos por acaso nesta ordem; certa
e fixa de Mateus, Marcos, Lucas e João. A ordem escrita dos evangelhos é divina
e tem propósitos e desenho divinos.
SEGUNDA-FEIRA (30 da março) – O SEU NOME É JOÃO – A lição de
hoje menciona sobre João Batista. A misericórdia divina Se manifestou na missão
importante vivida por João. Ele nasceu seis meses antes de Jesus Cristo,
de quem é primo. É o último e o maior dos profetas, aquele que veio para dar
testemunho da Luz verdadeira que é Jesus Cristo.
O sacerdote Zacarias e sua mulher Isabel, eram judeus e moravam em
Jerusalém. Eles obedeciam aos mandamentos de Deus e durante muitos anos eles
oraram para ter um filhinho. Quando ficaram velhos, ainda não tinham tido
filhos.Ver Lucas 1:5 - 7, 13. Zacarias, como sacerdote, trabalhava no templo.
Um dia o anjo Gabriel apareceu à ele. Gabriel disse que Deus iria responder às suas orações.
Eles teriam um filho. Gabriel disse que deveriam
colocar-lhe o nome de João. Ver Lucas 1:8–13, 19. O anjo disse que João seria um
homem justo e um profeta de Deus. Ele ensinaria a respeito de Jesus Cristo. Ver Lucas 1:15 - 17. Zacarias não acreditou no anjo, pois ele e Isabel eram velhos
demais para ter um filho. Gabriel disse que, por não ter acreditado no que Deus
havia prometido, Zacarias ficaria mudo até que João nascesse. Ver Lucas 1:18 –20.
Por ser um sacerdote, Zacarias era um homem de fé e servia no
templo do Senhor. Mesmo um homem de fé pode cair na incredulidade e na dúvida. Então a sua fé se torna estéril.
Foi o que aconteceu com Zacarias. Aquilo que Isabel e Zacarias pediram por
tantos anos, na hora em que Deus concedeu-lhes,
Zacarias teve dúvida e fez seus questionamentos: “Mas como eu vou ter certeza
disto? Sou velho, minha mulher é de idade avançada!”. Incrível não é?
A esterilidade de Isabel, como a de tantas mulheres que têm
dificuldades para gerar filhos, não é a maior das esterilidades. A maior delas
é ser estéril na fé, é ter uma fé que não gera frutos, é ter uma fé que não tem
obras concretas, é ter uma fé que apenas crê que Deus existe; mas não conhece o
poder da mão de Jesus agindo em nosso meio. Que Deus cure a nossa incredulidade
e tudo aquilo quem está coxo e paralisado em nós por causa da nossa falta de
fé! Amém?
O modo de viver de João Batista lembra Elias, o profeta que
vivia no deserto, impelido pelo Espírito Santo. No evangelho de Lucas, o anjo
anuncia que João andaria no espírito de Elias, o mais típico homem de Deus do
Antigo Testamento. João foi testemunha da Luz, sobretudo por ter apontado
Cristo no meio da humanidade. Ele encarnou a plenitude do Antigo Testamento e a
preparação para o Evangelho de Cristo. E teve a bênção de batizar o próprio
Cristo, marcando o início da missão do divino Salvador. Elias é considerado o
maior profeta do antigo Testamento e João Batista é comparado com Elias. Assim
o evangelho de Lucas inicia o canto de Zacarias que louva a Deus pelo
nascimento do filho João Batista. E mais adiante ele proclama: “E tu, menino,
serás chamado profeta do Altíssimo porque irás adiante da face do Senhor a preparar
os seus caminhos.” Luc. 1, 68:76.
Você tem o “Espírito”
de Elias e de João Batista e está comprometido com o reino de Deus, como eles?
TERÇA-FEIRA (31 de março) O SEU NOME SERÁ JESUS – Estes
são os textos para hoje: “E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré,
à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de
Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. E
aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à
luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o
numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” Lucas 2:4-7
“E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho,
e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.” Lucas 1:31.
Seis meses depois do anjo Gabriel ter anunciado a Zacarias o
nascimento de João, ele anunciou à Maria o nascimento de Jesus. Jesus é maior
do que João Batista e de todos os profetas descritos na Bíblia Sagrada, porque
Ele é o próprio Deus. O que me chama a atenção na lição de hoje é a disposição,
tanto de Maria como de Deus, em aceitar a missão em favor da humanidade. Maria
foi voluntária em aceitar o nascimento virginal de Cristo, e Deus em vir e
morrer para nos salvar. Veja estes
textos: “E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço
homem algum? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito
Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o
Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. E eis que também
Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para
aquela que era chamada estéril; porque para Deus nada é impossível. Disse então
Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o
anjo ausentou-se dela. Lucas 1:34-38.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.” João 3:16.
Maria foi a escolhida por Deus entre tantas. Por que? Se era somente para ser uma
espécie de ”barriga de aluguel”, como muitos pensam, e não a mãe do Seu filho,
por que Deus escolheu tanto? É porque ela era extremamente humilde e temente a
Deus e podia enfrentar os preconceitos de uma sociedade machista e discriminatória
daquela época. Assim que Maria ficou sabendo de que seria mãe do Messias, ela
foi tranquilizada pelo anjo e soube que seria fruto do Espírito Santo. Ver
Lucas 1:29 -31. Depois de ouvir o anjo enviado pelo Senhor, Maria deu o seu sim,
dizendo: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra".
Lucas 1: 38.
Jesus também revelou a mesma humildade em deixar a vontade
de Deus predominar em Sua vida. Por três
vezes Jesus orou: “E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e,
pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice;
todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.” Lucas 22:41-42
Jesus veio para cumprir a missão que o Pai deixou à ele.
Para os judeus era comum que um Pai quando desejava passar uma mensagem
importante não mandasse um servo, mas o próprio filho e de preferência o primogênito.
Dentro desse contexto Jesus é apresentado como o único Filho do Pai celestial a
quem foi confiada a missão de revelar Aquele que O enviou e completar a obra de
redenção em favor da humanidade. Temos três situações onde Jesus diz claramente: "Eu vim", que nos revelam que Jesus entendeu a Sua missão como salvífica. Para
Zaqueu Jesus disse: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”.
Luc 19:10. Essa postura de buscar o perdido também é vista no pastor que busca
a ovelha perdida, na moeda perdida. Ver
Luc 15. Isso exigia que Jesus gastasse tempo com os marginalizados pela sociedade,
ver Mat. 8:1-17, o que trazia consigo a reprovação dos fariseus. Respondendo
Jesus disse: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar
justos, e sim pecadores” Marcos 2:17. Lucas ainda inclui que: “Não vim chamar
justos, e sim pecadores, ao arrependimento. Lucas 5:32.
Tendo em vista tanto
amor que nos é revelado, qual é a nossa resposta?
QUARTA-FEIRA (1º de abril) A MANJEDOURA DE BELÉM – Lucas,
sendo também historiador, começa a história da manjedoura de Belém com uma nota
histórica. José e Maria partiram de casa e viajaram para Belém como resultado
de um decreto de César Augusto, o imperador de Roma que marcou um censo quando
Quirino era governador da Síria. Lucas inspirado por Deus, relatou pontos
históricos que confirmam o nascimento de Cristo. Para os descrentes, a história e a arqueologia comprovam os eventos bíblicos.
O curioso do nascimento de Cristo são as circunstâncias e o
local onde Ele nasceu. Veja o texto de
hoje: “E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e
deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” Lucas
2:7. É curioso que Lucas é o único que nos conta que Jesus nasceu em uma manjedoura.
Por que teria Deus; o Pai, tolerado que o Seu Filho nascesse numa estrebaria?
Por que foram os animais do campo a Sua primeira companhia? Veja alguns pontos:
1) Ele nasceu em uma manjedoura porque não havia lugar na
pensão. Se o dono da hospedaria soubesse de quem se tratava, talvez tivesse
arranjado um quarto especial para o nascimento de Cristo. Como isso
revela a avaliação que o mundo faz do Cristo de Deus! Não havia conhecimento
das profecias sobre o nascimento do Messias. E assim permanece até hoje; em
muitos corações não há lugar para Jesus nas escolas, na sociedade, no mundo dos
negócios, entre a grande multidão dos que buscam seus próprios prazeres, no
âmbito político, nos jornais, nem mesmo em muitas das igrejas. É uma mera
repetição da história. Tudo o que o mundo deu ao Salvador foi um estábulo como
berço, uma cruz para morrer, e um túmulo emprestado para receber Seu corpo sem
vida.
2) Jesus nasceu em
uma manjedoura para mostrar o propósito da Sua nobre missão. Veja este texto: “pois conheceis a
graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de
vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos”. II Coríntios 8:9. A
pobreza de Jesus ficou marcada logo no Seu nascimento. Jesus que, mais tarde,
não tinha onde reclinar a cabeça, que teve de pedir uma moeda quando quis
responder a Seus críticos sobre a questão do tributo, que teve de usar a casa
de um amigo quando instituiu a Santa Ceia e que não tinha uma casa fixa para a
Sua habitação; a manjedoura foi a evidência inicial disso.
3) Jesus nasceu em uma manjedoura para tornar-Se acessível a
todos as pessoas. Se tivesse nascido em um palácio real, poucos O procurariam. Pensamos
que talvez fosse mais apropriado para Jesus nascer num palácio e ser colocado
num berço de ouro, forrado de seda fina e cara. Mas como Ele mesmo nos lembra
no evangelho de Lucas: “aquilo que é elevado entre homens é abominação diante
de Deus”. Lucas 16.15. O seu convite é
para que todos O aceitem: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas
almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11:28-30
4) Jesus foi posto em uma manjedoura para mostrar o
estado real do ser humano sem Deus. O estábulo era o lugar dos animais do campo, e quão
bem eles simbolizam o caráter moral dos homens! Os animais do campo estão
destituídos de qualquer vida espiritual, e em decorrência disso não possuem o conhecimento de Deus. Essa era, também, a condição tanto dos judeus como dos
gentios. E como eram semelhantes aos animais, no sentido; estúpidos e teimosos
como o jumento e a mula; astutos e cruéis como a raposa; baixos e imundos como
porcos; e sempre sedentos do Seu sangue, como os mais selvagens dos animais. De
forma correta Jesus foi posto entre os animais do campo por ocasião do Seu
nascimento.
5) Jesus foi posto numa manjedoura para indicar a Sua identificação
com o sofrimento e a miséria humana. Aquele que nasceu era o Filho do Homem.
Ele havia deixado as alturas da glória celestial e desceu ao nosso nível, e
aqui O vemos identificando-Se com a sorte humana em sua mais baixa condição.
Adão foi colocado num jardim, cercado da extraordinária beleza da Natureza
exatamente como ela havia saído das mãos do Criador. Mas entrou o pecado, e com
ele todas as suas tristes consequências de sofrimento e miséria. Por essa razão,
Jesus a fim de recobrar e restaurar aquilo que o primeiro homem perdeu, surgiu
primeiro num ambiente pobre para depois conceder-nos as riquezas do Seu reino:
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com
todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.” Efésios 1:3. A
manjedoura também era o lugar onde a vida vegetal era sacrificada para
sustentar a vida animal e depois alguns animais eram mortos para vários fins.
Era um lugar apropriado para representar Jesus que iria morrer para nos salvar.
QUINTA-FEIRA (2 de abril) AS TESTEMUNHAS DO SALVADOR – A
lição de hoje fala da apresentação de Jesus no templo. Veja os textos de hoje: “E, quando os oito dias foram cumpridos,
para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora
posto antes de ser concebido. E, cumprindo-se os dias da purificação dela,
segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor
(Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será
consagrado ao Senhor); E para darem a oferta segundo o disposto na lei do
Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos.” Lucas 2:21-24
“Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este
homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o
Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que
ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. E pelo Espírito foi ao
templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem
segundo o uso da lei, Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e
disse: Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; Pois
já os meus olhos viram a tua salvação, A qual tu preparaste perante a face de
todos os povos; luz para iluminar as nações, e para glória de teu povo Israel.”
Lucas 2:25-32.
A dedicação de crianças ao Senhor era praticada nos tempos
do Antigo Testamento. Quarenta dias após o nascimento de Jesus, seus pais O levaram
ao templo para ser apresentado ao Senhor, obedecendo o que a lei mandava. Ana
dedicou seu filho Samuel à Deus e ao serviço de Sua casa. Ver I Sam. 1:27 e 28.
Maria e José levaram o menino Jesus ao templo em Jerusalém para O apresentarem
ao Senhor. Sobre Jesus nos é dito:
“O sacerdote fez a cerimônia de seu serviço oficial. Tomou a criança nos
braços, e ergueu-a perante o altar. Depois de a devolver à mãe, inscreveu o
nome Jesus na lista dos primogénitos.” O Desejado de Todas as Nações, 52.
Simeão disse que a criança Jesus era uma luz para mostrar o
caminho de Deus à todos. Simeão também entendeu que Jesus era a luz enviada por
Deus para iluminar o caminho dos que não eram judeus e estes dariam glória a
Deus pelo Messias que saiu do meio deste povo. Mais uma vez vemos a citação sobre Jesus como a Luz de Deus para iluminar o caminho dos homens. A vida de Cristo,
Seu ensino, morte e ressurreição trazem luz à vida daquele que crê. Em Lucas
1:78-79, Zacarias, pai de João Batista reafirma o que está em Isaías 9:2: “a
luz de "Cristo" iluminará o caminho de todos os que vivem na escuridão da sombra
da morte, levando-os ao caminho da paz”. Esta luz fará com que muitos percebam
e se desviem do abismo da morte eterna. Simeão afirmou que o ministério de
Cristo seria responsável pela salvação de muita gente, mas que também definiria
a destruição de muitos que O viriam rejeitar. Ver I Pedro 2:8; Isaías 8:14,15 e
Romanos 9:33. Não só Simeão, que apresentou Jesus, testemunhou o Seu
nascimento, mas também os anjos, pastores e sábios do oriente deixaram o seu
relato na história e Bíblia. Lucas menciona os pastores e os anjos como
testemunhas do nascimento de Cristo. Ver Lucas 2:8-20.
Você é testemunha de Jesus? Veja estes textos: “Pois nós não podemos deixar de falar das coisas que temos
visto e ouvido”. Atos 4:20
“Porque hás-de ser sua testemunha para com todos os homens
do que tens visto e ouvido”. Atos 22:15
Para os apóstolos de Cristo não se tratava simplesmente de
pregar, mas sim de contar tudo o que tinham visto e ouvido. É isto que uma
testemunha faz! Quando Paulo recebeu a missão de ser uma testemunha de
Cristo, foi colocado debaixo do mesmo encargo de falar daquilo que veria e
ouviria
As testemunhas em processos legais sabem muito bem o que é
ser testemunha. Elas são intimadas a falar, e não se trata de uma oportunidade
de emitir uma opinião sobre algo, mas sim do dever de falar estritamente
daquilo que viram e ouviram. Ninguém tem autoridade para testemunhar com base no
que outros viram, e sim naquilo que ele próprio viu. Isto é testemunhar. Jesus
não considerou Seus discípulos aptos à testemunhar somente pelo fato de o terem
visto ressuscitado. Isto tinha muito peso, mas não bastava. Como cristãos
devemos ter alegria em testemunhar de
Jesus Cristo que já cumpriu o Seu ministério e vai voltar para buscar os Seus
filhos.
SEXTA-FEIRA (3 de abril) LEITURA COMPLEMENTAR DA LIÇÃO: A VINDA
DE JESUS - O nascimento de Jesus foi resultado da atuação do Espírito Santo
dentro do corpo de Maria. O Espírito Santo e o útero de Maria foram envolvidos.
Maria, é claro, não poderia ter engravidado sozinha, e neste sentido, foi
simplesmente um receptáculo. Somente Deus poderia fazer o milagre da encarnação.
Negar uma conexão física entre Maria e Jesus seria sugerir que Jesus não foi
verdadeiramente humano. As Escrituras ensinam que Jesus foi totalmente humano,
com um corpo físico, assim como o nosso e isso Ele recebeu de Maria. Ao mesmo
tempo, Jesus era totalmente Deus, com uma natureza eterna e sem pecado. Ver
João 1:14; I Timóteo 3:16 e Hebreus 2:14-17. Jesus não nasceu em pecado, ou
seja, Ele não herdou a natureza pecaminosa de Maria. Hebreus 7:26. Poderia parecer que a
natureza pecaminosa é passada de geração a geração através do pai, ver Romanos
5:12, 17, 19, no caso de Jesus isso não aconteceu. O fato de ter nascido de uma virgem frustrou a transmissão da
natureza pecaminosa e permitiu que o Eterno Deus Se tornasse um homem perfeito.
A condição espiritual do mundo diante de Deus é
desesperadora! Os homens estão no caminho da perdição; não interessa a sua
raça, a sua condição social e o seu nível cultural, todos são pecadores e escravos
de toda espécie de concupiscências carnais; são filhos da ira por natureza e
vivem debaixo da condenação divina por causa do pecado que entrou no mundo. A Bíblia menciona que não há algum justo, nem sequer um, todos se corromperam,
nem sequer um pratica o bem; isto é o que diz a Palavra de Deus. A mesma Bíblia
diz também que os pés dos homens são velozes para derramar sangue; que a sua
garganta é um sepulcro aberto, que debaixo os seus lábios há um veneno de
áspides, que sobre os seus caminhos há destruição e miséria e que diante dos
seus olhos não há temor de Deus.
Está marcada uma destruição total do planeta com a segunda volta de Cristo. O homem têm necessidade de ser salvo deste
horrível fim que o espera. Mas de que maneira a humanidade pode ser salva?
Crendo no Filho de Deus! Jesus disse: "Para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. A salvação é
gratuita e o homem não pode fazer nada para merecê-la. A não ser aceitar Jesus
e Sua maravilhosas salvação.
“Lucas, o autor do evangelho que tem seu nome, era
médico-missionário. Ele é, nas Escrituras, chamado “o médico amado”.
Colossences 4:14. O apóstolo Paulo ouviu falar de sua habilidade como médico, e
procurou-o como a alguém a quem o Senhor havia confiado uma obra especial.
Obteve sua cooperação, e por algum tempo Lucas o acompanhou em suas viagens de
um lugar para outro. Depois de certo tempo, Paulo deixou Lucas em Filipos, na
Macedônia. Ali continuou ele a trabalhar por vários anos, tanto como médico,
como na qualidade de ensinador do evangelho. Em sua obra médica, ministrava aos
enfermos, e orava então para que o poder restaurador de Deus repousasse sobre
os aflitos. Assim era o caminho aberto para a mensagem evangélica. O êxito de
Lucas como médico conseguiu-lhe muitas oportunidades para pregar a Cristo entre
os gentios. É o plano divino que trabalhemos como os discípulos fizeram. A cura
física está ligada à incumbência evangélica. Na obra do evangelho, o ensino e a
cura nunca se devem separar.” A Ci~encia do bom viver, 47 (edição condensada)
Luís Carlos Fonseca
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