COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 6 (2º trimestre de 2015) MULHERES NO
MINISTÉRIO DE JESUS
VERSO ÁUREO: “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em
Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos
revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre;
não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Gálatas
3:26-28
INTRODUÇÃO (sábado 2 de maio) - No Velho Testamento a mulher
era considerada sem valor e tida apenas como uma propriedade. Primeiro era
propriedade do seu pai, que arranjava o seu casamento como se fosse uma
transação comercial. Depois era propriedade do marido, que esperava que ela
fosse uma boa dona de casa e mãe. Jesus veio e colocou a mulher no seu devido lugar.
E, desde há muito tempo e ainda hoje a mulher vem galgando novas
posições, transpondo obstáculos e rompendo velhos preconceitos. A sociedade
moderna a cada dia atribui mais e mais valores à mulher. É bem verdade que em
alguns lugares a mulher ainda é desprezada, reprimida e desvalorizada. Um fator
negativo é que as mulheres, mesmo exercendo as mesmas funções profissionais do
homem, recebem um menor salário. O movimento feminista desenvolvido depois dos anos de 1960 é diferente da valorização que Jesus deu à mulher! Jesus efetuou uma transformação no pensamento machista sem violência!
Diante
dessa situação toda, qual é o valor que Jesus dá a mulher?
No Novo Testamento, ao examinarmos a atitude e o
comportamento de Jesus, conforme apresentado nos evangelhos, imediatamente
tomamos consciência de um contraste muito grande em comparação com a cultura do
Velho Testamento. A atitude de Jesus aparece claramente em todos os lugares e
de todas as formas: nas parábolas, nos milagres, nos discursos e tudo nos leva
à mesma conclusão: Ele estava interessado no grande potencial das mulheres em
promover o reino dos Céus. Assim, a atitude de Cristo para com as mulheres era
maravilhosa; Ele podia misturar-Se livre e naturalmente com as mulheres dos
seus dias. A Sua maneira pode ser descrita como revolucionária, mas deixou um
legado às mulheres de respeito e apoio da força feminina, não só no seio da
família mas também da igreja cristã e sociedade.
O Antigo Testamento trata de uma sociedade orientada e
dominada pelos homens, mas apesar disto, as mulheres também eram membros da
comunidade e com um importante papel a executar, não apenas como esposas e
mães, mas como pessoas que colaboravam com a obra de Deus. A atitude de Jesus,
nos evangelhos, contrasta vivamente com estes antecedentes. Embora, Jesus, de
maneira nenhuma negasse a diferença entre os sexos, houve pouca ou nenhuma,
diferença no Seu modo de tratar homens e mulheres.
É interessante como as Escrituras colocam a mulher no mesmo nível de relacionamento que os homem, assim como o Filho está relacionado com o Pai. De acordo com
a Bíblia, o homem é para estabelecer o padrão espiritual e dirigir as questões
da casa de tal maneira que Deus seja louvado e glorificado. Sua esposa é para
auxiliar e manter este compromisso. Um marido é para doar-se à sua esposa assim
como Cristo amou e deu-Se a Si mesmo à igreja; o marido deve amar a esposa como o seu próprio corpo. Esta é a razão para um casamento cristão feliz e para a
mulher ser igual ao homem e nunca inferior. Ver a comparação em Efésios 5:25-33.
Longe de ser uma relação sufocante para o casal, o desígnio de Deus para o casamento
cristão liberta marido e mulher para ser uma pessoa de Deus, consistente em suas diferenças, mas iguais em sua relação com Deus e pessoas.
DOMINGO (3 de maio) MULHERES QUE RECEBERAM COM ALEGRIA O
ADVENTO DE JESUS – A lição de hoje menciona três mulheres que contribuíram para
o início da religião cristã; Maria, Isabel e Ana. Vejam os textos de hoje: “E, naqueles dias, levantando-se Maria,
foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá, e entrou em casa de Zacarias,
e saudou a Isabel. E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a
criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo. E
exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o
fruto do teu ventre. E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe
do meu Senhor? Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a
criancinha saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que creu, pois
hão-de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas.” Lucas
1:39-45
“E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de
Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos,
desde a sua virgindade, e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se
afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia. E
sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava dele a todos os que
esperavam a redenção em Jerusalém.” Lucas 2:36-38.
Maria foi chamada para o ministério ainda jovem e aceitou
sofrer todos os preconceitos inerentes ao seu chamado, e desde o dia em que
ouviu o anúncio do anjo, no lar de Nazaré, ela aceitou todo o sinal de que Jesus
era o Messias. Sua doce e abnegada existência assegurava-lhe que Jesus não podia
ser outro senão o enviado de Deus. Mas sabia também que sofreria junto ao
filho, na cruz, pelos pecados da humanidade. No dia da crucifixão, a mãe de
Jesus, apoiada por João o discípulo amado, seguiu o seu Filho ao Calvário.
Isabel, mãe de João Batista e seu marido Zacarias como
conta o primeiro capítulo do Evangelho de Lucas, já com idade avançada, não
tinha filhos. Então o anjo Gabriel apareceu à Zacarias, que havia pedido a Deus
a graça de um filho, e lhe comunicou a boa notícia. Zacarias não acreditou e,
por isso ficou mudo até o dia do nascimento do menino. Maria, a mãe de Jesus,
era prima de Isabel. Durante a anunciação de Jesus, segundo Lucas, o anjo
disse à Maria que sua prima estava grávida. Então Maria dirigiu-se à Galiléia
para auxiliar Isabel. Do encontro das duas primas nasceu a famosa oração do
Magnificat; o cântico de Maria. Quando a criança nasceu e foi circuncidada ao
oitavo dia, as pessoas desejavam que o menino recebesse o nome do pai. Isabel
respondeu que o nome do filho seria João. Zacarias então confirmou as palavras
de Isabel escrevendo o seu nome em uma tábua, conforme o anjo havia
determinado. A partir de então, a Bíblia nada mais fala a respeito da vida de
Zacarias e de Isabel. Sem dúvidas, Isabel foi importante no preparo de João para
o Seu grande ministério.
A Bíblia não menciona muitas coisas a respeito da profetisa
Ana, mas sabemos que o Senhor quis que a conhecêssemos falando sobre ela em
apenas três versículos. Ali, Ele colocou o necessário para vermos nela uma
mulher de Deus, fiel e dedicada a Ele. A Palavra nos diz que ela viveu com seu
marido, apenas sete anos. Não sabemos como ele faleceu, mas podemos imaginar o sofrimento de Ana e os dias tristes e sombrios que ela teve que enfrentar.
Sendo uma serva de Deus, certamente, ela depositou no altar do Senhor todos
estes sentimentos e pediu à Ele o Seu conforto, sem contar é claro que com
tantos anos de serviço junto ao templo ela serviu o reino de Deus levando o amor de
Deus às pessoas. Devemos aproveitar o máximo do nosso tempo para estarmos envolvidos com as coisas espirituais. Deus precisa do nosso trabalho voluntário e de amor, e como resultado ficamos felizes em poder ajudar.
Tanto Maria como Isabel e Ana, são exemplos maravilhosos à
serem seguidos por mulheres fiéis a Deus que não medem esforços para cuidar bem
do marido, dos filhos, do lar e ainda dedicar tempo para a igreja de Deus. Essas
três mulheres foram usadas por Deus para dar início ao Cristianismo, e as
mulheres cristãs fiéis são igualmente usadas para terminar a obra de Deus afim de Jesus poder retornar pela segunda vez.
SEGUNDA-FEIRA (4 de maio) AS MULHERES E O MINISTÉRIO
RESTAURADOR DE JESUS - A lição de hoje menciona sobre a viúva de Naim cujo
filho havia morrido, e menciona a respeito da filha de Jairo que também foi
ressuscitada por Cristo. Ver a história da viúva de Naim em Lucas 7:11-17 e da
filha de Jairo em Lucas 8: 49-56. São histórias de duas mulheres que foram
grandemente beneficiadas pelo ministério redentor de Cristo. Uma recebeu de
volta o filho que havia morrido e a filha de Jairo recebeu a própria vida de
volta. Jesus realizou milagres de modo a também aliviar o sofrimento das
mulheres. Em uma sociedade em que as mulheres eram discriminadas e sem muito
valor, o Mestre Jesus deu uma atenção especial à classe feminina.
O ministério de Jesus foi muito breve, apenas três anos e
meio. Mas ninguém impactou tanto a história de maneira tão intensa quanto
Jesus. O que Ele ensinou e o que fez, alterou o curso da história e
dramaticamente mudou e continua mudando milhões de vidas ao redor do mundo. Os
Seus ensinamentos têm afetado cada aspecto da nossa vida; religião, educação,
trabalho, ética, saúde, justiça social, desenvolvimento econômico e as muitas
artes e ciências do viver humano. A Sua atitude para com as mulheres foi
maravilhosa! Isto é muito importante à luz de como o mundo na época de Jesus
tratava as mulheres. Romanos, gregos, judeus e gentios, davam às mulheres nada
mais que a segunda classe, como se elas fossem prestativas ferramentas em uma
sociedade de domínio machista; as mulheres deviam ficar disponíveis para cozinhar, dar
à luz, criar os filhos e desempenhar qualquer função que lhes fosse designada dentro das quatro paredes da sua casa. Em um mundo como aquele, Jesus veio e
abriu novas perspectivas de igualdade e dignidade humanas. Ele se opôs às
tradições e procurou redirecionar os homens e as mulheres de volta ao plano
original de Deus para a humanidade. As sinagogas do primeiro século mantêm
registros somente de homens. Homens e meninos, depois dos 13 anos podiam entrar nas sinagogas para
adorar, mas para as mulheres, meninas e crianças havia uma divisória separada onde era
permitido que elas se sentassem.
No caso da viúva de Naim, Jesus devolveu-lhe a alegria de viver,
pois uma viúva, e agora sem filhos, imagine o seu sofrimento! No relato bíblico
da vida de Cristo, as mulheres nunca foram discriminadas. Não há nada que apoie
que Jesus via a mulher como inferior. Pelo contrário; a atitude e a mensagem de Jesus
significaram uma ruptura com a dominante visão da mulher inferior. Jesus não
identificou as mulheres em harmonia com as normas do sistema patriarcal de seu
tempo, nem tomou parte no sistema como era; repressivo às mulheres. Jesus
proferiu um golpe mortal na praga da tradição e preconceitos que negavam dignidade às mulheres.
Através de Seu exemplo e ensino, Jesus reclamou para Seu novo reino as bênçãos
de Sua criação original, a igualdade do homem e da mulher.
Tanto a filha de Jairo como a viúva de Naim foram mulheres
beneficiadas pela grande compaixão que Jesus sentiu pelos sofredores. Veja este o texto: “E, vendo-a, o
Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores.” Lucas
7:13. Jesus deixou-nos o exemplo para também auxiliarmos as pessoas que estão a
passar por algum sofrimento e que estão no nosso alcance de socorro! Tanto homens e mulheres necessitam de ajuda, e também podem prestar socorro!Como indivíduos e como igreja podemos e devemos auxiliar os que sofrem.
TERÇA-FEIRA (5 de maio) MULHERES DE GRATIDÃO E DE FÉ – A
lição de hoje traz o exemplo de duas mulheres. A primeira foi a mulher que
derramou o vaso de perfume nos pés de Cristo, que de acordo com Ellen White foi Maria, e a outra foi a que mulher curada de
uma hemorragia. Eis as histórias: “E
rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu,
assentou-se à mesa. E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que
ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento;
e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com
lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e
ungia-lhos com o unguento.” Lucas 7:36-38
“E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze
anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser
curada, chegando por detrás dele, tocou na orla do seu vestido, e logo estancou
o fluxo do seu sangue. E disse Jesus: Quem é que me tocou? E, negando todos,
disse Pedro e os que estavam com ele: Mestre, a multidão te aperta e te oprime,
e dizes: Quem é que me tocou? E disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem
conheci que de mim saiu virtude. Então, vendo a mulher que não podia
ocultar-se, aproximou-se tremendo e, prostrando-se ante ele, declarou-lhe
diante de todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como logo sarara. E
ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz.” Lucas
8:43-48.
No primeiro exemplo vemos a mulher que expressou gratidão a
Jesus ungindo-lhe os pés com um caro perfume. Sabemos que a mulher que ungiu os
pés de Jesus tinha em seus ombros uma vida cheia de pecados. Naquele instante
em que Jesus se encontrava na casa de Simão, um fariseu, que O havia convidado
para comer com ele, ela, ao saber que Jesus estava lá, entrou na sala trazendo
em suas mãos um vaso de alabastro com unguento que era uma espécie de pasta que
se aplicava na pele e derretia com o calor do corpo e se transformava em um
perfume agradável. A mulher pecadora passou por cima de todo e qualquer tipo de
convenção humana, quando entrou naquela casa cheia de fariseus e de pessoas que
queriam ouvir Jesus. Um fariseu jamais receberia uma pecadora em sua casa; mas,
ela corajosamente entrou na casa levando consigo um vaso de alabastro cheio de
unguento. Chegando até onde Jesus estava, ela começou a regar-lhe os pés com
lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e
ungia-lhos com o unguento". Lucas 7:38.
No segundo exemplo vemos uma mulher que resolveu arriscar tudo para obter a cura tão desejada. Não é citado o nome dessa corajosa mulher, mas
foi registrada a sua grande e ousada atitude. Encontramos no texto que ela
padecia de uma hemorragia havia já 12 anos. Além de já estar fraca e com a sua
saúde debilitada, ela já tinha perdido tudo que tinha e talvez sua esperança de
ser curada. De acordo com as leis daquela época essa mulher não podia viver em
sociedade, muito menos tocar em alguém, pois era considerada impura. Se ela
fosse apanhada abraçando ou tocando em alguém na rua, era digna de pena de
morte e podia ser apedrejada. Mas ela desafiou tudo e todos, avançou pela fé e
tocou Jesus: Veja o texto: "E disse Jesus: Quem é que me tocou? E, negando todos, disse
Pedro e os que estavam com ele: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e
dizes: Quem é que me tocou? E disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem conheci
que de mim saiu virtude.” Lucas 8: 45 e 46.
As mulheres citadas nos exemplos de hoje tinham tudo para não
buscar mais nenhuma alternativa. Mas elas ouviram falar de Jesus, não perderam
tempo e foram ao encontro dele. A primeira, com um presente de gratidão e a
outra com um toque de fé foi curada instantaneamente de seu fluxo de sangue. As
duas receberam o poder de Jesus e continuaram falando do Seu amor. Da mesma
forma podemos nos aproximar do Senhor e buscar dele o Seu poder para vencermos
as nossas dificuldades. Não importa o tempo do nosso sofrimento, doença ou outro
problema. Assim como Jesus aceitou a oferta de uma mulher e curou a outra, Ele
aceita a oferta do nosso coração convertido e promete expulsar os pecados da nossa vida através do Seu perdão!
QUARTA-FEIRA (6 de maio) ALGUMAS MULHERES QUE SEGUIAM JESUS -
O preconceito contra as mulheres na época do Velho Testamento e de Cristo era
muito grande, mas assim mesmo Jesus fez questão de permitir que algumas
discípulas O seguissem. A tradição antiga afirmava que as mulheres não tinham
direito à salvação por seus próprios méritos. A única esperança de salvação era
se unir a um devoto homem judeu. As prostitutas eram excluídas porque não
tinham esse vínculo, e viúvas precisavam ter sido casadas com um judeu piedoso
para ter esse privilégio. Em um enterro, as mulheres caminhavam à frente do
caixão. Elas eram consideradas responsáveis pelo pecado e, por isso,
encabeçavam a procissão levando a culpa pelo que havia acontecido. Os homens,
não se sentindo responsáveis caminhavam atrás do corpo. Um homem era proibido
de falar com uma mulher em lugares públicos. Um rabi deveria ignorar uma mulher
em público, mesmo se ela pacientemente persistisse em busca de algum urgente
conselho espiritual. As mulheres eram consideradas, no nível cerimonial e social,
impuras durante seu período menstrual. Durante sua menstruação elas eram
isoladas. Até mesmo aos membros da família não era permitido chegar perto para
não serem contaminados. Aos olhos da sociedade, o valor de uma mulher estava
vinculado a sua habilidade de dar à luz. A esterilidade era um estigma social
terrível. A responsabilidade da mulher era dar à luz apenas a machos que perpetuariam, desta maneira, o nome do pai. Era privilégio do homem iniciar
um processo de divórcio, o qual ele podia exercer baseado em considerações que
hoje parecem frívolas e dignas de riso. A palavra de uma mulher, num tribunal,
precisava ser confirmada pelo menos por três homens, de outro modo, não tinha
valor. Não era permitido à mulher entrar em uma sinagoga para estudar; era
considerado perda de tempo. Não era permitido que as mulheres se aproximassem
do lugar sagrado no templo. Na época de Jesus, havia um pátio no templo para as
mulheres, localizado fora dos recintos reservados para sacerdotes e outros
homens, e uns 15 degraus abaixo, que indicava a posição subordinada da mulher.
O relacionamento de Cristo com as mulheres foi exemplar. Jesus convidou
algumas mulheres para serem Suas discípulas. Contrariando as expectativas
contemporâneas, Jesus deu as boas-vindas às mulheres em seu círculo íntimo de
discipulado. Veja este texto: “E
aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia,
pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, e
algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de
enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana,
mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam
com seus bens.” Lucas 8:1-3
A atitude de Cristo em aceitar que mulheres O seguissem veio
contrariar as especulações rabínicas. As mulheres que seguiram a Cristo
desprezaram as tradições da época. Elas se tornaram cuidadosas administradoras
de seus recursos e apoiaram a missão de Cristo em momentos críticos. Ver Lucas
8:13. As mulheres não podiam aprender a Tora, mas nada as proibia de seguirem
Jesus. Jesus aceitou a hospitalidade das mulheres e ensinou-as. O mais
importante exemplo é aquele da associação com Maria, Marta e Lázaro. O Mestre
encontrou descanso e companheirismo na casa deles. Veja Lucas 10:38-42.
Enquanto um rabi judeu quase não olhava para uma mulher, Jesus não hesitou em
falar com Maria e Marta em público ou em ensinar-lhes as grandes verdades sobre
a morte e ressurreição.
Jesus deu uma atenção muito especial a mulher samaritana. A
mais longa conversa registrada nos Evangelhos foi a de Jesus com a Samaritana.
Ver João 4:4-42. Nesta conversa, Jesus deixou registrado o plano da salvação
completo; a natureza do pecado, o significado da verdadeira adoração, a
disponibilidade de perdão para aqueles que se arrependem, a igualdade de todos
os seres humanos independentemente de serem judeus ou samaritanos. Para Jesus,
mulheres e homens eram igualmente importantes quando se tratava de ensinar
sobre as boas-novas de Seu reino. As mulheres tinham os privilégios tolhidos, Jesus disse de uma mulher: “Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será
tirada”. Lucas 10:42.
Em nenhuma parte da Bíblia está estabelecido que os homens
têm vantagem sobre as mulheres em termos de acesso à salvação. Contrariamente
às tradições rabínicas que ensinavam que as mulheres poderiam ser salvas
somente pela união com um devoto homem judeu, Jesus convidou tanto homens
quanto mulheres a se voltarem à Deus e a aceitarem o presente da salvação.
Veja a dedicação das mulheres em relação a Cristo: “E as
mulheres, que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e viram o
sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam
especiarias e unguentos; e no sábado repousaram, conforme o mandamento.” Lucas
23:55-56
“E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas
ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com
elas. E acharam a pedra revolvida do sepulcro.” Lucas 24:1-2
O que as mulheres de hoje podem fazer em favor do reino de Jesus?
Veja este texto
inspirado: “A uma só coisa que Marta necessitava, era espírito calmo,
devoto, mais profundo anseio de conhecimento da vida futura, imortal, e as
graças necessárias ao progresso espiritual. Precisava de menos ansiedade em
torno das coisas que passam, e mais pelas que permanecem para sempre. Jesus
quer ensinar Seus filhos a se apoderarem de toda oportunidade de adquirir o
conhecimento que os tornará sábios para a salvação. A causa de Cristo requer
obreiros cuidadosos e enérgicos. Existe vasto campo para as Martas, com seu
zelo no culto ativo. Sentem-se elas primeiro, porém, com Maria aos pés de
Jesus. Sejam a diligência, prontidão e energia santificadas pela graça de
Cristo; então a vida será uma invencível força para o bem.” O Desejado de Todas
as Nações, 525.
QUINTA-FEIRA (7 de maio) PERSISTENTES NA ORAÇÃO, DISPOSTAS AO SACRIFÍCIO NAS OFERTAS - A lição de hoje tem como base a história de duas viúvas para ensinar-nos lindas lições de oração, confiança e desejo de investir no reino dos céus.
Eis as histórias: "E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer, Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem. Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito. E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? Lucas 18: 1-8
"E, olhando ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; e viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva; porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha" Lucas 21:1-4.
Estas histórias mostram-nos que devemos atribuir a Deus toda a honra e glória, pois dependemos dele até para respirar, que devemos ser perseverantes na oração e a maneira como ofertamos a Deus conta mais do que a quantia que lhe oferecemos.
SEXTA-FEIRA (8 de maio) – LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO: MULHERES
NO MINISTÉRIO DE JESUS – O perdão que Jesus concedeu à mulher apanhada em
adultério revela que Sua definição de pecado e provisão para salvação
estabeleciam tratamento igual a homens e mulheres. Quando alguns líderes religiosos levaram
perante Jesus uma mulher apanhada em adultério, Cristo a defendeu. Ele sabia
que os líderes judeus, ao fazer a acusação contra a mulher, estavam violando as
leis de Moisés. A lei levítica estipulava que ambos, homem e mulher, deviam ser
submetidos a julgamento em tais casos. Ver Levítico 20:10, mas os críticos de
Jesus trouxeram apenas a mulher, e não os homens envolvidos no ato. A lei também
requeria pelo menos duas testemunhas, ver Deuteronômio 19:15, mas os fariseus
não levaram nenhuma. A resposta de Cristo não somente deu à mulher acusada o
benefício da lei, mas também mostrou aos presentes que o evangelho de perdão,
baseado no arrependimento, estava aberto a homens e mulheres. Assim Ele disse
esta notável frase: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro
que lhe atire pedra”. João 8:7. Em outras palavras, Jesus disse aos homens: se
vocês têm coragem de acusá-la, primeiro olhem para vocês mesmos em um espelho.
Jesus
usou homens e mulheres para simbolizar os atos de resgate de Deus. Em Lucas 15,
Jesus contou três parábolas para ilustrar a profunda e eterna verdade da
procura de Deus pela humanidade perdida.
Jesus permitiu a uma mulher pecadora ungir os Seus pés.
Quando Jesus foi convidado para uma festa na casa de Simão em Betânia, uma
mulher conhecida no povoado por sua má reputação lançou-se aos pés de Jesus e O
ungiu. Aqueles que estavam reunidos na festa, incluindo Seus discípulos
condenaram a atitude ousada da mulher. Como era possível uma mulher pecadora
tocar os pés do Messias e O ungir?
Veja estes textos:
“Cristo dá valor aos atos de sincera cortesia. Quando qualquer pessoa Lhe
prestava um favor, com celestial delicadeza Ele a abençoava. Não recusava a
mais singela flor arrancada pela mão de uma criança e a Ele oferecida com amor.
Aceitava as ofertas dos pequeninos, e abençoava os doadores inscrevendo-lhes o
nome nos livros da vida. A unção feita por Maria acha-se nas Escrituras,
mencionada como distintivo das outras Marias. Atos de amor e reverência para
com Jesus são uma demonstração de fé nEle como Filho de Deus.” O Desejado de
Todas as Nações, 564.
“Nenhuma oferta é pequena quando dada com sinceridade e
alegria de alma." Parábolas de Jesus, 359.
Há várias maneiras em que as mulheres podem servir na
pregação do evangelho. Em Lucas 2:36-38 menciona que Ana orava continuamente. Não
existe outra responsabilidade maior do que a oração, e as mulheres têm o
direito igual ao dos homens de se aproximarem do trono de Deus em oração. As
mulheres também podem ensinar. A mulher cristã pode e deve ensinar outras
mulheres e crianças, podem também ajudar os homens a entenderem melhor as
Escrituras. Ver Atos 18:24-26. No primeiro século, as mulheres profetizavam, ver
Atos 2:17-18; 21:9, isto é, revelavam a vontade de Deus pela inspiração do
Espírito Santo. Débora, no Velho Testamento, era uma mulher bastante procurada
por causa de seu sábio aconselhamento. A fé de Timóteo foi atribuída à
influência de sua mãe e avó, as quais eram devotas. As mulheres cristãs devem
conhecer as Escrituras e serem capazes de mostrar humildemente qual é a vontade
de Deus. Encontramos no Novo Testamento o trabalho que as mulheres faziam. Ver Romanos
16:12; Filipenses 4:2-3; Atos 1:14 e 9:2; 17:12. Pedro mostrou que as mulheres
devem dar mais importância ao caráter interior e menos à aparência externa.
Ver Pedro 3:1-6.
Tanto os homens quanto
as mulheres devem ser o sal da terra e a luz do mundo, pois mulheres e homens
são iguais diante de Deus e ambos têm maneiras importantes e diferentes pelas
quais devem servir a Deus. As mulheres devem desempenhar um trabalho especial
no lar, no trabalho profissional, na igreja e no serviço social em favor da
sociedade.
Luís Carlos Fonseca
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