segunda-feira, 16 de março de 2015

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (2º trimestre de 2015) O CHAMADO AO DISCIPULADO

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 4 (2º trimestre de 2015) O CHAMADO AO DISCIPULADO 

VERSO ÁUREO: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Lucas 9:23

INTRODUÇÃO (sábado 18 de abril) - A palavra discípulo quer dizer aprendiz ou seguidor. Apóstolo refere-Se a alguém que é enviado. 

Jesus também chamou os discípulos de apóstolos porque depois da Sua morte eles foram enviados ao mundo para pregar. Apóstolo significa "aquele que é enviado". Enquanto Jesus esteve na terra os doze eram chamados de discípulos, mas após a ressurreição e a ascensão de Jesus, Ele os enviou ao mundo, Ver Mateus 28:18-20 para que fossem Suas testemunhas. Eles então passaram a ser conhecidos como os doze apóstolos. Mas os termos discípulos e apóstolos eram, de certa forma, usados alternadamente mesmo quando Jesus os treinava e enviava para pregar.

Veja a lista dos doze apóstolos conforme Lucas: “E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos: (1)Simão, ao qual também chamou Pedro, e (2)André, seu irmão; (3)Tiago e (4)João; (5)Filipe e (6)Bartolomeu; (7)Mateus e (8)Tomé; (9)Tiago, filho de Alfeu, e (10)Simão, chamado Zelote; E (11)Judas, irmão de Tiago, e (12)Judas Iscariotes, que foi o traidor.” Lucas 6:12-16

Veja a missão que Jesus deu aos discípulos: “E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios, para curarem enfermidades. E enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos. E disse-lhes: Nada leveis convosco para o caminho, nem bordões, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas. E em qualquer casa em que entrardes, ficai ali, e de lá saireis. E se em qualquer cidade vos não receberem, saindo vós dali, sacudi o pó dos vossos pés, em testemunho contra eles. E, saindo eles, percorreram todas as aldeias, anunciando o evangelho, e fazendo curas por toda a parte.” Lucas 9:1-6

Ao comparar a lista dos discípulos nos evangelhos há algumas pequenas diferenças. Tadeu também era conhecido como “Judas, filho de Tiago”. Ver Lucas 6:16. Simão, o Zelote também era conhecido como Simão, o cananeu. Judas Iscariotes, que traiu Jesus, foi substituído entre os doze apóstolos por Matias. Ver Atos 1:20-26.

Os doze discípulos ou apóstolos eram homens comuns a quem Deus usou de maneira extraordinária. Entre os doze estavam pescadores, um cobrador de impostos e um revolucionário. Os Evangelhos registram as constantes falhas, dificuldades e dúvidas destes doze homens que seguiam a Jesus Cristo. Após testemunharem a ressurreição e a ascensão de Jesus ao Céu, o Espírito Santo transformou os doze apóstolos em homens poderosos de Deus que viraram o mundo de cabeça para baixo. Ver Atos 17:6. O motivo de tamanha revolução é o fato de que os discípulos estiveram com Jesus. Ver Atos 4:13. Que o mesmo possa ser dito de nós. Devemos ser verdadeiros discípulos e estar capacitados pelo Espírito Santo.

Veja este texto inspirado: “Deus toma os homens tais quais são, e educa-os para Seu serviço, uma vez que se entreguem a Ele. O Espírito de Deus, recebido na mente, vivificar-lhes-á todas as faculdades. Sob a direção do Espírito Santo, o intelecto que se consagra sem reservas a Deus desenvolve-se harmonicamente, e é fortalecido para compreender e cumprir o que Deus requer. O caráter fraco e vacilante muda-se em outro forte e firme. A devoção contínua estabelece uma relação tão íntima entre Jesus e Seu discípulo, que o cristão se torna como Ele em espírito e caráter. Mediante ligação com Cristo terá visão mais clara e ampla. O discernimento se tornará mais penetrante, mais equilibrado o juízo. Aquele que anela ser de utilidade a Cristo é tão vivificado pelo vitalizante poder do Sol da Justiça, que é habilitado a produzir muito fruto para glória de Deus. Homens da mais elevada educação em ciências e artes, têm aprendido preciosas lições de cristãos de condição humilde, classificados pelo mundo como ignorantes. Mas esses obscuros discípulos haviam recebido educação na mais alta das escolas. Tinham-se sentado aos pés dAquele que falava “como nunca homem algum falou” Desejado de Todas Nações, 168

DOMINGO (19 de abril) PESCADORES DE HOMENS – Em Lucas 5:1-11 encontramos o chamado que Jesus fez aos discípulos que estavam dedicados à pesca. Jesus se encontrava à beira-mar, seguido de perto pelo povo. Pedro, André, Tiago e João eram pescadores de profissão, ganhando a vida na carreira que aprenderam e praticaram neste mesmo lago. No dia em que Jesus chegou para os chamar, eles já haviam pescado a noite toda e sem resultados. Veja este texto: “E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede.” Lucas 5:5. Afinal, quem era Jesus para ensinar estes homens profissionais a pescar? O resultado é que os pescadores atenderam o pedido de Cristo e lançaram a rede ao mar e “apanharam grande quantidade de peixes”. Lucas 5:6. Quando Pedro deixou de confiar na sua própria experiência e sabedoria, ele escutou Jesus, e o resultado foi surpreendente! Apanharam tantos peixes que as redes estavam prestes a se romper, ver Lucas 5:6, por causa da enorme quantia de peixes. Pedro e André pediram a ajuda de seus sócios, Tiago e João. Ver Lucas 5:7. E quando estes vieram, encheram os dois barcos ao ponto do barco quase afundar.

Pedro teve uma reação muito rápida e indicou claramente que ele acreditava estar na presença do Divino Deus. Séculos antes, quando o Senhor apareceu à Isaías para comissioná-lo à sua missão, o profeta teve uma reação semelhante, dizendo: “ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!”. Isaías 6:5. Veja a reação de Pedro: “E vendo isto Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador.” Lucas 5:8. E Pedro adorou o Jesus Deus.

Jesus deu ânimo aos discípulos dizendo-lhes: “Não temas; doravante serás pescador de homens” Lucas 5:10-11. E admirados com o poder da palavra de Jesus, “deixando tudo, o seguiram” Lucas 5:11.

Depois da morte de Jesus a pregação do evangelho foi promovida com o poder do Espírito Santo. Jesus mesmo disse que a morte e a ressurreição dele eram apenas etapas no plano de Deus para a salvação. Uma outra etapa necessária seria a pregação destas boas novas “a todas as nações, começando de Jerusalém” Ver Lucas 24:44-47. Portanto, este trabalho continuará até que Jesus volte, e somos os discípulos que continuamos a obra do Senhor.

Qual é sua parte como pescador de pessoas?

Veja este texto inspirado: “Não haverá ninguém salvo no Céu com uma coroa sem estrelas. Se entrardes ali, haverá alguma pessoa nas cortes da glória que encontrou entrada ali por vosso intermédio. Antes de entrar na cidade de Deus, o Salvador concede a Seus seguidores os emblemas da vitória, conferindo-lhes as insígnias de sua condição real. As fileiras esplendentes são dispostas em forma de um quadrado aberto ao centro, em redor de seu Rei. ... Sobre a cabeça dos vencedores, Jesus com Sua própria destra põe a coroa de glória”. The Signs of the Times, 6 de Junho de 1892. Eventos Finais, 282.

SEGUNDA-FEIRA (20 de abril) A SELEÇÃO DOS DOZEEis a lista dos discípulos conforme Lucas: “E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos: (1)Simão, ao qual também chamou Pedro, e (2)André, seu irmão; (3)Tiago e (4)João; (5)Filipe e (6)Bartolomeu; (7)Mateus e (8)Tomé; (9)Tiago, filho de Alfeu, e (10)Simão, chamado Zelote; E (11)Judas, irmão de Tiago, e (12)Judas Iscariotes, que foi o traidor.” Lucas 6:12-16.

Jesus escolheu rudes pescadores da Galileia, um zelote e um desprezado cobrador de impostos chamado Levi Mateus. Assim como Deus escolheu os discípulos sem preparo como estavam, Ele nos escolheu também. “Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes”. I Coríntios 1:27. Deus usou aqueles homens dedicados para iniciar um movimento que afetou o mundo tão dramaticamente que o mundo foi virado de cabeça para baixo. Ver Atos 17:6

Às vezes, buscamos pessoas conhecidas, influentes e os ricas, e tendemos a ignorar pessoas com menos capacidades intelectuais, sociais e físicas para o serviço do mestre Jesus. Jesus colocou em Sua equipe algumas das pessoas menos desejáveis da sociedade, tratando a todos com igualdade. Com o poder e a orientação do Espírito Santo, nós podemos, assim como os discípulos pregar o evangelho e salvar almas para o reino de Deus.

Deus escolhe pessoas simples, mas com a Sua graça as pessoas conseguem seguir a Sua vontade. Vamos ver alguns exemplos: Moisés foi chamado para libertar o povo de Deus do Egito e protestou e disse: “Então disse Moisés ao Senhor: Ah, meu Senhor! eu não sou homem eloqüente, nem de ontem nem de anteontem, nem ainda desde que tens falado ao teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua.” Êxodo 4:10. Davi era o mais improvável candidato entre os filhos de Jessé. Quando o profeta Samuel foi à Belém, a pedido de Deus, para o ungir o novo rei, Davi não estava nem entre os candidatos. Jeremias disse que não passava de uma criança e também foi capacitado para a pregação do evangelho. Assim como essas pessoas e os apóstolos foram capacitados para o serviço, não temos desculpas a dar à Deus, devemos estar envolvidos no trabalho de Deus pois; “como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.” Efésios 1:4-5.

A relação entre o discípulo e o Mestre cria em nós um respeito profundo pela vontade do Senhor. Muitos defendem práticas erradas, dizendo que Deus não proíbe, mas permite. O discípulo fiel examina com cuidado a Palavra de Jesus e percebe que a Bíblia não é um livro de proibição e, sim, de permissão. Ao invés de tentar justificar a sua própria vontade, o seguidor de Jesus limita-se as coisas que Deus permite e que estão autorizadas nas Escrituras. Ele percebe, pelo estudo da Bíblia, que não devemos ultrapassar o que Deus revelou, pois tal abordagem aumenta a arrogância ao invés de demonstrar a humildade de servos do Senhor. O verdadeiro discípulo aceita as orientações de Deus. 

Veja este texto: “E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro”. I Coríntios 4:6. As pessoas egoístas seguirão a sua própria sabedoria e dirão que têm liberdade para tratar a Bíblia como uma mensagem dinâmica que se adapta às circunstâncias da vida, mas os discípulos mostrarão respeito profundo para com Deus. O discípulo humilde jamais ousaria mudar a lei ou ultrapassar o ensinamento de Jesus. Ver II João 9.

TERÇA-FEIRA (21 de Abril) DISTRIBUINDO RESPONSABILIDADES AOS APÓSTOLOS – O discípulo de Jesus produz frutos para o reino de Deus. Ver João 15:8. Pelo fato que aceita a Palavra de bom coração e desenvolve a sua fé com perseverança, ele se torna frutífero. Ver Lucas 8:15. O discípulo produz fruto pelas boas obras que faz. Ver Tito 3:14 e Efésios 2:10. Produzimos frutos e recebemos o Espírito Santo quando obedecemos ao nosso Senhor. Ver Lucas 6:46 e Atos 5:32

Eis a missão que Jesus deu aos discípulos: “E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios, para curarem enfermidades. E enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos. E disse-lhes: Nada leveis convosco para o caminho, nem bordões, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas. E em qualquer casa em que entrardes, ficai ali, e de lá saireis. E se em qualquer cidade vos não receberem, saindo vós dali, sacudi o pó dos vossos pés, em testemunho contra eles. E, saindo eles, percorreram todas as aldeias, anunciando o evangelho, e fazendo curas por toda a parte.” Lucas 9:1-6.

A tarefa de pregar o evangelho compreende três importantes partes:

1) Aprender com Jesus. É-nos dito que Jesus reuniu os discípulos antes de os capacitar e os enviar à missão. Ver Lucas 9:1. Os discípulos aprenderam com Jesus os Seus métodos e técnicas de evangelismo. O mestre teve o cuidado de dar o devido treinamento aos discípulos. Jesus deu aos discípulos o melhor treinamento possível para o ministério. Acima de tudo, deixou um exemplo perfeito para eles. Ver Lucas 6:40. No treinamento recebido, os discípulos de Cristo receberam instruções detalhadas. Veja Mateus 10:1-15 e Lucas 10:1-12 Isso deu bons resultados. Jesus ensinou os Seus métodos aos discípulos especialmente durante o Seu ministério. Ei-los “Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me.” A Ciência do Bom Viver, 143.

2) Receber poder e autoridade. Antes de comissionar Seus discípulos Jesus disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.” Será que Jesus realmente tem toda essa autoridade? Com certeza. Ele é Deus e comanda milhões de anjos. Ver I Tessalonicenses 4:16 e Apocalipse 12:7. Os discípulos receberam o poder do Céu para pregar e foram bem sucedidos, assim também nós podemos e devemos fazer o mesmo para obtermos êxito em nossos esforços de evangelismo. Pregar sem o poder do céu não leva a lugar nenhum. Necessitamos da comunhão com o Céu, pois quem converte uma alma é Deus e não você. Necessitamos de entrar pela fé e ter ousadia em entrar no trono da graça de Deus para receber a capacitação do Espírito Santo.

3) Levar o evangelho. Jesus passa então a dar a comissão, que começa com uma única palavra: “Ide.” Desse modo, Ele nos ordena a tomar a iniciativa de transmitir aos outros a mensagem do Reino. Podemos usar muitos métodos para cumprir esse aspecto da nossa comissão. Pregar de casa em casa é a maneira mais eficaz de falar pessoalmente com outros. Ver Atos 20:20. Também aproveitamos as oportunidades no nosso dia-a-dia para dar testemunho informal, procurando iniciar conversas sobre as Boas Novas em todo lugar que for apropriado. Devemos também convidar as pessoas amigas e conhecidas para assistirem um culto solene conosco na igreja. Nossos métodos específicos de pregação podem variar para se adaptar às circunstâncias e às necessidades da região onde vivemos. Uma coisa, porém, não muda; devemos pregar aos que desejam, e muitos querem viver com Jesus. Veja este texto: “E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí, até que vos retireis.

Veja este texto inspirado: “Há um vasto campo aberto diante do obreiro evangélico por conta própria. Muitos podem alcançar valiosas experiências no ministério, enquanto trabalham parte do tempo em alguma forma de atividade manual; e por este método, eficientes obreiros podem-se desenvolver para importantes serviços em campos necessitados. O voluntário e abnegado servo de Deus, que trabalha incansavelmente por palavra e doutrina, leva sobre o coração um pesado fardo. Ele não mede sua obra pelas horas. Seu salário não tem influência em seu trabalho, nem se desvia ele de seu dever por causa de condições desfavoráveis. Recebeu do Céu sua missão, e do Céu espera a recompensa quando a obra a ele confiada estiver concluída”. Atos dos Apóstolos, 355 e 336

QUARTA-FEIRA (22 de abril) O ENVIO DOS SETENTAEis o texto principal de hoje: “E depois disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforje, nem alparcas; e a ninguém saudeis pelo caminho”. Lucas 10:1-4

Além dos 12 discípulos, Jesus escolheu, treinou e enviou os outros 70 discípulos à seara. Os setenta discípulos representam todos nós que pertencemos a igreja de Cristo para estes últimos dias. Ao enviar esses discípulos, Jesus os alertou dizendo: "Ide, eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos". Isto, deixa claro a condição e o que eles haveriam de encontrar nessa sublime missão. Teriam dificuldades, sofreriam perseguições, oposições e poderiam até morrer em favor do Cristianismo. Esta sempre foi a realidade dos discípulos, ou seja, da igreja do Senhor.

Jesus disse também: "Não leveis bolsas, nem alforje, nem alparcas… ". Em outras palavras; deviam levar somente o necessário sem excessos. Isto é; deviam viver pela fé e sem desejar adquirir riquezas passageiras. A missão dos setenta discípulos corresponde à missão da igreja de Cristo. Da mesma forma como o Senhor enviou aqueles discípulos, Ele também nos enviou com a mesma missão, objetivos e cuidados que os setenta deveriam tomar. Nós também vivemos como cordeiros no meio de lobos. Nunca a igreja Cristã foi tão perseguida e prejudicada como atualmente. É uma perseguição velada e dissimulada, mas forte e perigosa! Se quisermos comprovar essa verdade é só desobedecer as regras impostas e certamente as igrejas serão fechadas. Vivemos sob as regras, obedecendo os horários impostos, sem cometer nenhum excesso em relação a barulho, enquanto os lobos se divertem até altas horas da madrugada em suas danças, festas e músicas altas. Mas, tudo isto Jesus já disse e sabíamos que iria acontecer. Os crentes são ridicularizados e muitos fazem das igrejas cristãs motivo de piadas nos meios de comunicação. Os setenta discípulos receberam um pode especial: "Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano”. A Igreja de Cristo deve ter poder e o Evangelho de Cristo é o poder. Ver Romanos 1:16.A igreja de Cristo está selada e devidamente documentada para realizar a missão dos setenta. É por esta razão que ninguém consegue deter a Igreja de Cristo.

Na época do Pentecostes foram 120 discípulos que receberam a dotação do Espírito Santo, depois disso converteram-se 3000 e depois 5000 pessoas, e assim o evangelho cresceu pois cada crente era um verdadeiro discípulo, Assim também devemos ser hoje!

Veja este texto: “Quando Ele enviou os doze, e depois os setenta, para proclamarem o reino de Deus, estava-lhes ensinando o dever de repartir com outros o que lhes dera a conhecer. Em toda a Sua obra Ele os estivera preparando para o trabalho em favor das pessoas, o qual deveria ser expandido à medida que seu número aumentasse, até finalmente alcançar os confins da Terra”. Atos dos Apóstolos, 17.

QUINTA-FEIRA (23 de abril) O CUSTO DO DISCIPULADO Qual é o custo do discipulado? Aí está: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?” Lucas 9:23-25.

Renunciar o próprio eu é uma tarefa somente para pessoas humildes; que reconhecem Deus como o Senhor de suas vidas. Renunciar significa abrir mão de algo do seu interesse próprio em favor de outra pessoa ou empreendimento. No caso, o crente renuncia viver de acordo com a sua vontade e passa a viver de acordo com a vontade de Deus.

Renúncia é a primeira condição para quem quiser seguir Jesus. Renunciar o ego é a maior dificuldade que as pessoas encontram para seguir Jesus. Assim como não é possível viver sem água, alimento, o ar; a vida cristã vitoriosa torna-se impraticável sem a renúncia do eu. Renunciar nosso ego é muito difícil, pois vivemos quase que totalmente em função dele. Para que haja crescimento espiritual precisamos renunciar nosso eu; isso significa evitar que nosso ego domine e recusar satisfazer os nossos próprios desejos carnais. Renunciar o eu significa não viver mais para nós mesmos, mas para Deus. Quando não há disposição para renúncia de coisas que são prejudiciais à nossa vida, não há crescimento espiritual. Quando não há disposição para renunciar nosso eu, o Espírito Santo não tem lugar para nos moldar e agir através de nós. Jesus disse: “Não resistais ao mal; mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda”. Quem não é capaz de suportar isto, não sabe o que é maturidade cristã.

Se a renúncia do eu refere-se as coisas do coração, a renúncia da vida refere-se às coisas externas que envolvem a vida. Jesus disse: “Aquele que quiser salvar sua vida, perdê-la-á, mas aquele que renunciar sua vida por amor a mim e do evangelho, acha-la-á”. Se desejamos agradar a Deus, precisamos renunciar a vida mundana, certas companhias, certos ambientes, certos programas e até certos trabalhos.

O crente é convidado para estar renovado no Espírito Santo: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12:1 e 2. Este mundo cria atmosferas espirituais que contribuem para os maus desejos da natureza humana. O mundo está cheio de busca insaciável de prazeres. Em termos práticos, o espírito deste mundo tira proveito do fato de que os seres humanos têm desejos carnais que lhes são natos: o desejo pelo prazer, pelo poder e o desejo de ter lucros. O diabo procura constantemente criar situações que são feitas à medida para instigar o desejo pecaminoso em nós. Este é o motivo pelo qual o diabo é chamado príncipe das potestades do ar. 

Muitos são os convites para o pecado e o filho de Deus deve renunciar; a pornografia, a perversão sexual, o uso e o comércio de bebidas alcoólicas, as músicas que pervertem os sentidos, as diversões excitantes, como bailes, jogos de azar, estádios de futebol, filmes de carácter espírita e destrutivo à moral, teatro e cinema, etc… Renunciar é deixar de praticar estas coisas até que esteja completamente restaurado e consciente dos seus limites, e é preciso decidir e manter a decisão em afastar-se daquilo que o leva a pecar. Até a casa deve ser cuidadosamente guardada. A televisão, é uma forma do inimigo poder trazer uma atmosfera de desejos exagerados para a sua sala. Outros itens dentro da casa devem ser vistos como ciladas potenciais como; revistas, jornais e hoje em dia principalmente a internet. Não é preciso necessariamente cortá-los completamente, mas pelo menos ser cuidadoso sobre o que há em casa. O crente que deseja morar com Jesus deve eliminar da sua vida e da sua casa tudo o que o diabo poderia usar num momento de fraqueza. Sacrifícios como estes são os que Jesus referiu-Se quando falou em arrancar os olhos e cortar as mãos.

Você cortaria alguma coisa para renunciar algum pecado?

A renúncia também está relacionada com a pregação do evangelho. É muito mais cômodo eu ficar em casa e deixar os pastores, obreiros bíblicos e missionários realizarem a missão de evangelizar, mas todos os crentes são convidados à saírem da sua zona de conforto do sofá e estar envolvidos em atividades missionárias. Veja este texto inspirado: “A obra que os discípulos fizeram, também nós devemos fazer. Cada cristão deve ser missionário. Cumpre-nos, em simpatia e compaixão, servir aos que necessitam de auxílio, buscando, com abnegado zelo, aliviar as misérias da humanidade sofredora.” A ciência do bom viver, 104.

SEXTA-FEIRA (24 de abril) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO: O CHAMADO AO DISCIPULADO – Quando gostamos de uma pessoa temos prazer em estar com ela e de falar bem dela aos outros. Assim são os filhos de Deus; passam momentos maravilhosos com Jesus e pregam e anunciam o evangelho aos outros.

Veja este texto: “Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como um missionário. Assim que vem a conhecer o Salvador, deseja pôr os outros em contato com Ele. A santificadora verdade não pode ficar encerrada em seu coração. Aquele que bebe da água viva torna-se uma fonte de vida. O recipiente vem a ser um doador. A graça de Cristo na alma é como uma fonte no deserto, vertendo para refrigerar a todos, e fazendo com que os prestes a perecer tenham sede da água da vida. Fazendo esta obra, é recebida uma maior bênção do que se trabalhamos unicamente para nos beneficiar a nós mesmos. É trabalhando para disseminar as boas-novas de salvação que somos levados perto do Salvador”.  O Desejado de Todas as Nações, 195

Ser discípulo significa levar o jugo de Cristo: “Cumpre-nos levar o jugo de Cristo a fim de sermos postos em inteira união com Ele. “Tomai sobre vós o Meu jugo” (Mateus 11:29), diz Ele. ... O levar o jugo une o homem finito em companheirismo com o tão querido Filho de Deus. O erguer a cruz separa o eu da alma, e põe o homem em condições de aprender a levar os fardos de Cristo. Não podemos seguir a Cristo sem usar o Seu jugo, sem erguer a cruz e carregá-la após Ele. Caso nossa vontade não esteja em harmonia com as reivindicações divinas, temos de renunciar a nossas inclinações, abandonar a nossos acariciados desejos, e seguir os passos de Cristo. Quando se tornam conscientes da própria fraqueza, das próprias deficiências, deleitam-se em fazer a vontade de Deus. Submeter-se-ão ao jugo de Cristo. Então Deus pode realizar neles o querer e o efetuar segundo a Sua vontade, às vezes contrário aos planos da mente humana. Ao vir sobre nós a divina unção, aprenderemos a lição da mansidão e da humildade, que sempre traz sossego ao coração”. The Review and Herald, Outubro de 1900.

Ser discípulo significa ser guiado pelo Espírito Santo:“Muitos há que crêem e professam reclamar a promessa do Senhor; falam acerca de Cristo e acerca do Espírito Santo, e todavia não recebem benefício. Não entregam a alma para ser guiada e regida pelas forças divinas. Não podemos usar o Espírito Santo. Ele é que deve servir-Se de nós. Mediante o Espírito opera Deus em Seu povo “tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade”. Filipenses 2:13. Mas muitos não se submeterão a isso. Querem dirigir a si mesmos. É por isso que não recebem o celeste dom. Unicamente aos que esperam humildemente em Deus, que estão atentos à Sua guia e graça, é concedido o Espírito. O poder de Deus aguarda que o peçam e o recebam. Essa prometida bênção, reclamada pela fé, traz após si todas as outras bênçãos. É concedida segundo as riquezas da graça de Cristo, e Ele está pronto a suprir toda alma segundo sua capacidade para receber.” O Desejado de Todas as Nações, 672.

Luís Carlos Fonseca


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