COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 11 (4º
trimestre 2015) O CONCERTO
VERSO ÁUREO: “Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei
uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá.” Jeremias 31:31
INTRODUÇÃO (sábado 5 de dezembro) – A lição desta semana vai
tratar dos vários momentos da história do povo de Deus em que o Criador fez um
concerto com os Seus filhos.
Houve o Concerto Adâmico, conforme Gênesis 3:15; Concerto
com Noé, conforme Gênesis 9; Concerto Abraâmico, conforme Gênesis 12:1-3,
Gálatas 3: 6-9; Concerto do Sinai, conforme Êxodo 20:2; Concerto Davídico,
conforme Ezequiel 37:24-27 e o Novo Concerto, conforme Jeremias 31:31-34 e o
Concerto da Cruz de Cristo conforme o Novo Testamento relata.
A Bíblia menciona vários concertos, no plural, conforme
Romanos 9:4 e Gálatas 4:24, mas a ideia é de apenas um concerto que é o
concerto da Salvação e resgate do ser humano. A Bíblia chama de o “Concerto
Graça”.
O início do Novo Concerto da Salvação é mencionado, no contexto
do povo de Israel e Judá voltando do cativeiro Assírio e Babilônico,
respectivamente, e se tendo convertido ao Deus Criador dos céus e da terra, mas, o auge do “Novo Concerto” se dá com a vinda de Jesus para morrer em nosso lugar
e com o Seu sangue garantir-nos a salvação que é aceita pela fé. Por isso é
chamado de o “Concerto da Graça” ou Novo Concerto.
Um ponto que sempre tem preocupado a raça humana, desde que
conheceu a queda de Adão e Eva no Paraíso é; como poderia o homem
reconquistar o Paraíso? Como o homem atingir a perfeição outra vez? O
homem não foi criado para viver para si mesmo ou para as coisas do mundo,
tentando achar significado ou perfeição em si mesmo ou na humanidade. Perfeição
original do homem era a perfeita relação com seu Criador. Como isso foi perdido, foi necessário o Concerto da Graça.
Nos concertos passados, o centro da adoração era o altar de
sacrifícios, o santuário e seu sagrado culto expiatório. Era exigido dos filhos
de Deus uma relação com o sangue dos animais, que apontavam para o sangue de
Jesus que seria derramado. A relação com o Deus vivo determinava a qualidade
do coração e vida das pessoas. Esta relação espiritual com Deus era estabelecida por Ele no serviço do santuário.
Nos concertos antigos eram os sacerdotes que atuavam: "o sacerdote, por
essa pessoa, fará expiação do seu pecado que cometeu, e lhe será
perdoado." Lev. 4:35. E, já no Novo Concerto, Cristo era o próprio Sacerdote e Sumo-Sacerdote. No passado, o sacerdote era o representante apontado por Deus. Israel e Judá confiavam nos sacerdotes levíticos e nos seus sacrifícios de animais para o
perdão dos pecados do povo, mas era Deus que perdoava: "Eu, eu mesmo, sou o que
apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me
lembro." Isa. 43:25.
Somos salvos
unicamente pela graça. Ver Efésios 2:8. A graça é um atributo de Deus,
exercido para com as indignas criaturas humanas. A lei de Moisés já ensinava claramente que
não era Israel quem dava o sangue expiatório sobre seus altares a Deus, mas
pelo contrário, dizia: "Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer
expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da
vida." Lev. 17:11.
Graça, na teologia cristã significa; “favor imerecido” e
livremente concedido por Deus aos pecadores que são por meio dela redimidos e
santificados. Graça, no hebraico “hen” e no grego “charis” está associada
exclusivamente com a atuação de Cristo. Pela morte expiatória de Cristo, foi
revelado o ilimitado favor de Deus à humanidade. Graça é conceder à alguém algo
que não merece, no caso; vida eterna. Os anjos, que nada conhecem de pecado,
não compreendem o que seja a aplicação da graça para com eles; mas, nossa
pecaminosidade requer a concessão da graça por parte de um Deus misericordioso.
Foi a graça que enviou nosso Salvador à procurar-nos, errantes, e restituir-nos
ao Seu redil.
Veja este texto
inspirado: “Se a fé e as obras adquirissem o dom da salvação para alguém, o
Criador estaria em obrigação para com a criatura. Eis aqui uma oportunidade
para a falsidade ser aceita como verdade. Se alguém pode merecer a salvação por
alguma coisa que faça, encontra-se, então, na mesma posição que os católicos
para fazer penitência por seus pecados. A salvação, nesse caso, consiste em
parte numa dívida, que pode ser quitada com o pagamento. Se o homem não pode,
por qualquer de suas boas obras, merecer a salvação, então ela tem de ser
inteiramente pela graça, recebida pelo homem como pecador, porque ele aceita a
Jesus e crê nEle. A salvação é inteiramente um dom gratuito. A justificação
pela fé está fora de controvérsia. E toda essa discussão estará terminada logo
que seja estabelecida a questão de que os méritos do homem caído, em suas boas
obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele.” Fé e Obras, 17
DOMINGO (6 de dezembro) O CONCERTO DE DEUS COM TODA A
HUMANIDADE – A lição de hoje traz o propósito de Deus em salvar toda a
humanidade caída em pecados. Estes são
os textos principais para hoje: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e
entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar.” Gênesis 3:15.
Este foi o concerto
feito com Noé, que foi para toda a humanidade: “E abençoou Deus a Noé e a
seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra.”..
Mas vós frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra, e
multiplicai-vos nela. E falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo: E
eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência
depois de vós. E com toda a alma vivente, que convosco está, de aves, de gado,
e de todo o animal da terra convosco; com todos que saíram da arca, até todo o
animal da terra. E eu convosco estabeleço a minha aliança, que não será mais
destruída toda a carne pelas águas do dilúvio, e que não haverá mais dilúvio,
para destruir a terra. E disse Deus: Este é o sinal da aliança que ponho entre
mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações
eternas. O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança
entre mim e a terra. Gênesis 9: 1, 7-13.
Ainda com Adão e Eva, após o pecado, e com Noé e sua
família, após o dilúvio; Deus mostrou o Salvador e prometeu abençoar a terra
não a destruindo, nem com o dilúvio e nem com o fogo da destruição eterna, caso
as pessoas aceitassem, o “Novo Concerto” da salvação. O arco-íris foi o sinal
do concerto universal de que os animais e natureza não seriam mais destruídos
com outro dilúvio: “Porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança
entre mim e a terra.” Gên. 9:13. Deus e a humanidade fizeram um acordo solene.
No texto de hoje vemos Deus estabelecendo uma aliança com Noé e seus filhos
após o dilúvio. Ao prometer que nunca mais traria as águas de destruição sobre o
mundo, Deus faz uma “aliança” que é representada pelo arco-íris.
A aliança mostra a graciosa condescendência de um Deus que
Se preocupa tanto conosco que, a fim de nos tranquilizar, até mesmo aceita
firmar um compromisso conosco. A aliança procura nos mostrar que podemos
confiar em Deus, que Ele realmente Se preocupa conosco. Indica também que
somente Ele pode especificar o caminho da salvação. Embora diversas alianças
sejam mencionadas na Bíblia, todas elas nascem da “Aliança Eterna”,ver Hebreus
13:20, ratificada não com o sangue de animais, mas com o sangue de Cristo. Cada
promessa do Antigo Testamento, seja para Adão e Eva, Noé, Abraão, Davi ou Israel e
Judá, apontava para aquilo que o Cordeiro de Deus iria realizar, e descansava
na certeza daquela realização.
Portanto, sempre que você contemplar um
arco-íris pense no arco-íris existente sobre o trono de Deus, ver Apocalipse 4:3
e tenha a certeza que Deus o ama profundamente e oferece a você todos os recursos do céu e a salvação eterna.
Eis um texto
inspirado: “Quão grande é a condescendência de Deus, e Sua compaixão por
Suas criaturas falíveis, colocando assim o belo arco-íris nas nuvens como sinal
de Seu concerto com os homens! O Senhor declara que, ao olhar Ele o arco,
lembrar-Se-á de Seu concerto. Isto não implica que houvesse de esquecer-Se;
Ele, porém, fala-nos em nossa linguagem para que melhor O possamos compreender.
Era o propósito de Deus que, quando os filhos das gerações posteriores
perguntassem a significação do arco glorioso que abrange os céus repetissem
seus pais a história do dilúvio, e lhes dissessem que o Altíssimo distendeu o
arco, e o colocou nas nuvens como uma segurança de que as águas nunca mais
inundariam a Terra. Assim, de geração a geração testificaria do amor divino
para com o homem, e fortaleceria sua confiança em Deus.” Patriarcas e Profetas,
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SEGUNDA-FEIRA (7 de dezembro) O CONCERTO COM ABRAÃO – Sem
dúvidas, a história de Abraão é uma das maiores referências para nós no Antigo
Testamento, por que ele foi chamado de o pai da fé, ver Romanos 4:16 e amigo de
Deus, ver Tiago 2:23. Por isso a Aliança de Deus com Abraão nos ensina como
podemos fazer uma aliança com Deus.
A Aliança que Deus fez com Abraão vem explicada nos seguintes texto: Gênesis
12:1-3, 6-7; 13:14-17,15; 17:1-14 e 22:15-18. Neste pacto, Deus prometeu muitas
coisas à Abraão. Deus prometeu que tornaria o nome de Abraão grande, Gênesis
12:2, que Abraão teria inúmeros descendentes físicos, Gênesis 13:16, e que ele
seria o pai de uma multidão de nações, Gênesis 17:4-5. Deus também fez
promessas a respeito de uma nação chamada Israel. Na verdade, os limites
geográficos da Aliança com Abraão são mencionados em mais de uma ocasião no
livro de Gênesis, 12:7; 13:14-15 e 15:18-21. Uma outra provisão na aliança abraâmica
é que as famílias do mundo seriam abençoadas através da linhagem física de
Abraão, Gênesis 12:3 e 22:18. Esta é uma referência ao Messias, que viria da
linhagem de Abraão.
No texto de Gênesis 12:1-3 Abraão ainda não tinha uma aliança
com Deus, mas foi chamado por Deus, que o estava preparando para um pacto
eterno com Ele. Naquele momento Deus lhe falou três coisas principais:
A) “Sai da tua terra e da tua parentela”.
Isso significava deixar tudo para trás por amor a Deus. Ver Marcos 10:29. Servir a
Deus significa a renúncia de tudo que temos e somos. Antes de fazer uma aliança
com Deus, Abrão precisava se soltar de tudo que o prendia. Do mesmo modo não
podemos estar presos a nada e ninguém para servir a Deus. A família não pode
ser empecilho para servir a Deus, pois a família deve ser uma bênção e não
maldição.
B) “Sê tu uma bênção!”. Isso
nos ensina que não devemos apenas ter ou
receber bênção e sim devemos ser uma bênção. Então tudo o que temos e fazemos
será abençoado. Não é preciso correr atrás de bênçãos, pois elas vão lhe
alcançar quando estiver em íntima ligação com Jesus. Ver Deuteronômio 28:2. Após
este chamado, Abraão foi para o Egito e enfrentou lutas, ver Gênesis 14,
separações na família, ver Gênesis 13 e muitas dificuldades, mas em tudo foi
abençoado. Quando recebemos o Espírito Santo na vida Ele traz consigo todos as bênçãos que necessitamos inclusive forças para enfrentarmos os problemas.
C) “Abençoarei os que te
abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as
famílias da terra”. Além de ser abençoado, Deus prometeu à Abraão proteção
de que se alguém o amaldiçoasse, seria amaldiçoado pelo próprio Deus. Por isso
não devemos ter medo de nada e nem de ninguém que viva longe de Deus. Quando
servimos Deus, não só nossas famílias são abençoadas como também os nossos
empreendimentos pessoais e todas as famílias da terra. No contexto geral, Deus fez,com Abraão uma Aliança de
fidelidade, ver Gênesis 14:18-20; aliança de fé, ver Gênesis 15:5,6 e aliança
de entrega, ver Gênesis 17:1-11. Assim também Deus faz conosco aliança
espiritual para nos salvar dos nossos pecados. É importante nos conscientizar
disso e também fazer uma aliança com Deus. Assim como Abraão, a nossa aliança com Deus deve ser
de fidelidade em tudo, uma aliança de fé em cada situação da vida e uma
aliança de conversão e entrega, buscando a cada dia a santidade de vida.
Veja este pensamento
inspirado: “Se não fosse possível aos seres humanos sob o concerto
abraâmico guardar os mandamentos de Deus, cada um de nós estaria perdido. O
concerto abraâmico é o concerto da graça. “Pela graça sois salvos.” Efésios
2:8. Filhos desobedientes? Não, obedientes a todos os Seus mandamentos. The
S.D.A. Bible Commentary 1:1092. A indiscutível obediência de Abrão foi um dos
mais significativos exemplos de fé e confiança em Deus que se podem encontrar
no Registro Sagrado. ... É uma fé e confiança como essa de Abraão que os
mensageiros de Deus hoje necessitam.” Testimonies for the Church 4; 524.
Maravilhosa Graça de Deus, 130
TERÇA-FEIRA (8 de dezembro) O CONCERTO NO SINAI – A aliança
mosaica vem relatada em Deuteronômio 11 e Êxodo 24, e foi uma aliança
condicional que, ou trazia bênção direta de Deus pela obediência ou maldição de
Deus pela desobediência sobre a nação de Israel. Uma parte da Aliança Mosaica está nos Dez mandamentos, e o restante da Lei, que continha mais de 600
comandos, cerca de 300 negativos e 300 positivos. Os livros de história de Josué
e Ester detalham como Israel obteve sucesso ou fracassou miseravelmente em
obediência à Lei. Deuteronômio 11:26-28 detalha os temos de bênção e maldição. Israel
teve mais fracassos do que vitórias. Veja
este texto: “Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles,
mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada
com a fé naqueles que a ouviram.” Hebreus 4:2.
O concerto do Sinai ou mosaico continha a "fé" como um
ingrediente principal. Tudo o que acontecia na vida quotidiana religiosa do povo
de Deus apontava para Cristo. Mas, assim como hoje, muitos crentes não são
beneficiados pelas méritos de Cristo. Naquele tempo muitos israelitas se
perderam por não aceitarem, pela fé, o sacrifício da Cristo que viria. Eles
tinham apenas os simbolismos do tabernáculo que apontavam para Cristo. A
aliança Abraâmica era muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta,
era muito mais complexa, empregava a forma contemporânea das alianças de cada
país ditar as suas leis civís para os seus vassalos ou servos e cidadãos.
No concerto com Moisés Deus estipulou claramente o que
aconteceria se o seu povo deixasse de cumprir as obrigações do concerto. O
castigo pela desobediência era a destruição daquele povo, quer por banimento,
ou por morte, ver Êxodo 31:14,15. Tratava-se de uma repetição da advertência de
Deus, dada por ocasião do êxodo. Por exemplo; aqueles que não cumprissem as suas instruções
para a Páscoa seriam excluídos do povo, ver Êxodo 12:15,19 e 12:15. Em Cades-Barnéia,
por exemplo, quando os israelitas se rebelaram contra o Senhor e se recusaram a
entrar em Canaã, por medo dos seus habitantes, Deus os castigou e os fez
peregrinar no deserto durante os 40 anos e ali morreram todos os israelitas com
mais de vinte anos de idade, exceto Calebe e Josué, ver Núm. 13:26 até 14:39. O
castigo pela desobediência e incredulidades deles foi a perda do privilégio de
habitar na terra de Canaã. Ver Sal. 95:7-11 e Heb. 3:9-11 e 18.
Depois que a geração rebelde e infiel dos israelitas pereceu
durante os 40 anos de peregrinação no deserto, Deus chamou uma nova geração de
israelitas e preparou-os para entrarem na terra prometida, mediante a renovação
do concerto com Ele. Para uma conquista bem-sucedida da terra de Canaã, foi necessário que eles se comprometessem com esse Concerto e que tivessem a
garantia que o Senhor Deus estaria com eles. O conteúdo desse Concerto
continuou como o do Monte Sinai. Um assunto reiterado no livro inteiro de
Deuteronômio é que, se o povo de Deus obedecesse a todas as palavras do
concerto, teria a bênção divina; caso contrário, teria a maldição divina .
Ver Deut capítulos 27-30.
Nós também necessitamos renovar o concerto de fidelidade com
Deus e o convite para relembrar e renovar está no Novo Concerto , que é o concerto que
Deus fez conosco em Jesus Cristo. Lembramos do Seu Concerto para conosco quando
lemos e estudamos a Bíblia cada dia e quando decidimos obedecer pela fé os Mandamentos de Deus. Quando participamos da Ceia do Senhor renovamos nosso
compromisso de amar ao Senhor e de O servir de todo o nosso coração: Veja este texto: “Semelhantemente
também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo
Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória
de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice
anunciais a morte do Senhor, até que venha.” I Coríntios 11:25,26. A Santa-Ceia é o sinal do Novo concerto. Quando você participa da Santa-Ceia está confirmando o "Novo Concerto" em sua vida. Ver também Lucas 22:20
Veja este texto: “Outro pacto [não o concerto abraâmico] — chamado nas
Escrituras o “velho” concerto, foi formado entre Deus e Israel no Sinai, e foi
então ratificado pelo sangue de um sacrifício. O concerto abraâmico foi ratificado
pelo sangue de Cristo, e é chamado o “segundo”, ou o “novo” concerto, porque o
sangue pelo qual foi selado foi vertido depois do sangue do primeiro concerto. Logo
depois de se acamparem no Sinai, Moisés foi chamado à montanha a encontrar-se
com Deus. ... Israel ia ser agora tomado em uma relação íntima e peculiar para
com o Altíssimo — sendo incorporado como uma igreja e nação sob o governo de
Deus. A mensagem dada a Moisés, para o povo, foi: ... “Se diligentemente
ouvirdes a Minha voz, e guardardes o Meu concerto, então sereis a Minha
propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a Terra é Minha. E vós
Me sereis um reino sacerdotal e o povo santo.” Êxodo 19:5, 6. Moisés voltou ao
acampamento, e, tendo convocado os anciãos de Israel, repetiu-lhes a mensagem
divina. Sua resposta foi: “Tudo o que o Senhor tem falado, faremos.” Assim
entraram em um concerto solene com Deus, comprometendo-se a aceitá-Lo como seu
Governador, pelo que se tornavam, em sentido especial, súditos sob Sua
autoridade.” A Maravilhosa Graça, 132. Patriarcas e Profetas, 371, 372.
QUARTA-FEIRA (9 de dezembro) O NOVO CONCERTO – PARTE I – A
Nova Aliança teve dois momentos muito importantes na vida do povo de Deus. O
primeiro momento foi na época do povo de Israel, que é o tema da lição de hoje,
e o segundo momento aconteceu quando Jesus morreu na cruz e possibilitou a
salvação à todas as pessoas do mundo inteiro; esse será o tema de amanhã. O
cerne da “Nova Aliança” relatada em Jeremias é que Deus, faria uma nova aliança
com o Seu povo, perdoaria os seus pecados, colocaria a lei no seu interior e a
imprimiria dentro do seu coração, de modo que todos conhecessem a Deus.
A Nova Aliança do
Velho Testamento vem relatada em Jeremias 31:31-34. A Nova Aliança é um pacto
feito primeiro com a nação de Israel e Deus prometeu perdoar os pecados do Seu
povo, e haveria um conhecimento universal do Senhor. A promessa da Nova Aliança
foi dirigida em princípio à casa de Israel e de Judá, que tinham sido duramente
castigadas pelo Senhor, e levadas para os respectivos cativeiros, para que
tivessem confiança que o remanescente do povo, que fosse poupado por Deus,
poderia ter a plena confiança de que os antigos pecados e iniquidades seriam
totalmente esquecidos, porque o Senhor tornaria a lhes fazer o bem, nos dias
desta Nova Aliança que seria reinaugurada
através da reconstrução de Jerusalém e dos seus muros.
É muito interessante que Novo Testamento cita esta promessa,
especialmente o autor de Hebreus, para afirmar que a condição de se fazer essa
aliança com Cristo, é a obtenção do perdão total de pecados, por causa do
sangue deste Novo Pacto que foi derramado por Cristo justamente para a remissão
de pecados de toda a humanidade.
A Nova Aliança que foi feita com Israel e Judá foi estendida
também aos gentios, porque a promessa do
Messias, que foi dada aos judeus para apartá-los dos seus pecados, alcançaria
também os gentios, para que uma vez perdoados de seus pecados e reintegrados em
Jerusalém o podo judeu pudesse servir aos gentios com as bênçãos de Deus. Veja este texto: “E aos filhos dos
estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do
Senhor, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o
profanando, e os que abraçarem a minha aliança, também os levarei ao meu santo
monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus
sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa
de oração para todos os povos.” Isaías 56:6,7.
Até a época de Cristo o Templo e sinagogas eram o locais oficial de
adoração, mas depois, Deus providenciou para que não restasse pedra sobre pedra
do templo para que não houvesse dúvida de que no período atual, Jerusalém não é
o lugar oficial de adoração e nem o templo “a Casa de Oração", prova disso
é que o templo já não existe. Agora os crentes adoram a Deus nas igrejas
cristãs espalhadas sobre a terra, em suas casas ou junto a natureza.
A base e fundamento da Aliança do Velho Testamento está na
graça de Deus em perdoar os pecados de todos os arrependidos e na capacidade
dos filhos de Deus em aceitar o Espírito Santo para transformar a vida, ou seja;
todos podem e tem a oportunidade de
fazer uma nova aliança com o Senhor Jesus. Pois os principais elementos desta
aliança são; o amor e o perdão, onde Deus diz que depois de firmar o pacto, Ele
jamais se lembraria do pecado cometido pelo povo, e isso é uma prova de amor. Eis os textos: “Porque eu bem sei os
pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não
de mal, para vos dar o fim que esperais. Então me invocareis, e ireis, e
orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me
buscardes com todo o vosso coração.” Jeremias 29:11-13
“Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por
amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.” Isaías 43:25
QUINTA-FEIRA (10 de dezembro) O NOVO CONCERTO – PARTE II - Jesus
Cristo veio para criar uma Nova Aliança entre Deus e Seu povo. Agora que
estamos sob a Nova Aliança, tanto os judeus quanto os gentios podem ser livres
da penalidade da Lei. Os crentes em Cristo têm agora a oportunidade de receber
a salvação como um dom gratuito. Ver Efésios 2:8-9. No passado, a penalidade da
lei condenava o infrator à morte por apedrejamento e outras punições, conforme
as leis do Israel antigo.
Jesus veio e regulamentou a penalidade da lei. Embora
o “Aliança de Cristo” absolveu os filhos de Deus da punição física, não os
absolveu da punição espiritual, caso haja infração, pois Deus requer santidade
dos Seus filhos. Veja este texto: “Ouvistes
que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que
qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu
adultério com ela. Mateus 5:27,28. A Aliança de Cristo não isenta você de
obedecer os mandamentos da Lei de Deus, ao contrário; Jesus vinca ainda mais a
necessidade que temos de obedecer o Novo Concerto.
No Novo Concerto os crentes não necessitam mais obedecer os
rituais do passado como; sacrificar animais, ser circuncidados ou guardar os
sábados cerimoniais dos judeus, mas; o sábado do mandamento continua em vigor e
a fazer parte dos Mandamentos de Deus.Todas as pessoas necessitam obedecer Deus
em todos os pontos, mas Deus nos deixou os 10 Mandamentos como uma amostra e
reflexo do Seu carácter de amor, por isso, a Lei de Deus é conhecida como a Lei
do amor. Veja estes textos: “Se me
amais, guardai os meus mandamentos.” João 14:15
“Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só
ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás
adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas
matares, estás feito transgressor da lei. Assim falai, e assim procedei, como
devendo ser julgados pela lei da liberdade.” Tiago 2:10-12.
Esta Nova Aliança substitui a Antiga Aliança relatada em
Jeremias 31. É uma Aliança Superior a antiga, por que não foi feita por homens
pecadores e sim por Deus encarnado em Jesus que não experimentou pecados. Também
esta Nova Aliança tem promessas superiores à antiga, por isso a Nova substituiu
à Antiga. Veja este texto: “Quanto
mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo
imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para
servirdes ao Deus vivo? E por isso é Mediador de um novo testamento, para que,
intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do
primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.” Hebreus
9:14,15
O concerto de Cristo
é eterno. No passado, em todas as tentativas de Deus em fazer aliança com
Seu povo os homens mudaram o acordo e falharam. Foi preciso Deus fazer uma Nova
Aliança, que jamais pudesse ser mudada. A
Aliança de Cristo é tão perfeita que não pode ser mudada mesmo que
alguém escolha se separar de Deus ou quebrar o concerto. Por isso Jesus morreu
para ressuscitar e para sempre ser o Mediador da Nova Aliança que não está baseada
em homens ou em sangue de animais, mas sim unicamente no sacrifício de Cristo por nós
na cruz. Ver Hebreus 9:12. Mesmo que o pecador venha a abandonar sua aliança
com Deus, o Senhor continua fiel em Seu acordo. No momento que o pecador se
arrepende de seus pecados, o Espírito Santo o convence, e ele volta a fazer
parte desta mesma Aliança. Veja estes
textos: “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e
do juízo. Do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu
Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está
julgado.” João 16:8-11.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para
nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” I João 1:9
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não
pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o
justo.” I João 2:1
A Santa-Ceia é um sinal da Nova Aliança e quando você
participa dos símbolos e do lava-pés, está confirmando que aceita, em sua vida,
o Novo Concerto de Cristo . Daí a grande importância de sempre participar da
Santa-Ceia: “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice
é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós.” Lucas 22:20. Ver
também I Cor. 11: 24-26
SEXTA-FEIRA (11 de dezembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO 11:
O CONCERTO – O concerto que Deus faz com você é invisível. Invisível é tudo
aquilo nos foge aos olhos. A Nova Aliança é invisível porque é feita no
interior de cada um de nós e só pode ser vista espiritualmente.
Todas as outras
Alianças do Velho Testamento tinham sinais visíveis como o arco-íris para Noé,
o cordeiro para Abraão, a arca da Aliança para Israel, o templo para Salomão e
o trono para Davi, mas a Nova Aliança, embora tenha a Santa-Ceia como sinal visível, torna-se perceptível aos olhos dos outros, através da nossa vida de santidade. Veja este texto: “Porei as minhas leis no seu entendimento, e em
seu coração as escreverei...” Hebreus 8:10
Deus marcou a Sua lei e Palavra em nossa mente e coração
para que ninguém pudesse entrar e arrancar de lá. Deus sela a Sua Palavra em
nosso interior, somente se permitirmos. Jesus instituiu a Santa-Ceia como sinal
visível desta Nova Aliança, mas ao mesmo tempo em que vemos este memorial ao
ingerirmos, ele faz parte de nós e se torna invisível. As pessoas ao nosso redor
percebem a nossa vida espiritual santificada quando vivemos a experiência espiritual do Novo Pacto. essa experiência é vivida através da nossa vida plena de comunhão com Cristo.
Todas as alianças ou pactos humanos tiveram e tem condições
e prazos para serem cumpridos, e todos eles acabaram e acabam um dia, mas Jesus nos propôs
uma Aliança de vida eterna, quando derramou o Seu próprio sangue, o sangue do
pacto, o sangue da Nova Aliança. A diferença do pacto humano para a Nova Aliança com
Deus é que esta jamais será anulada, é para a eternidade.
Hoje Deus quer fazer ou refazer uma aliança com você. E, principalmente Deus quer fazer uma aliança de Salvação com você, uma aliança
que permitirá você se achegar diretamente a Deus, ter intimidade com Ele, ouvir Sua voz, sentir Sua presença, conhecer a Sua vontade e obedecer-lhe.
Veja este texto:
“Lembrai-vos de que Cristo é nossa única esperança, nosso único refúgio.
“Carregando Ele mesmo em Seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para
que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça.” 1 Pedro 2:24.
“Portanto, se o sangue de bode e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos
sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais
o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a Si mesmo Se ofereceu sem
mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos
ao Deus vivo! Por isso mesmo, Ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que,
intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira
aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.”
Hebreus 9:13-15. Manuscrito 3, 1903. Olhando para o Alto, 71
Luís Carlos Fonseca
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