O
Ódio e a Serenidade do Amor
Introdução
“O
ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões”. Prov. 12:13
Onde
o fogo do amor é guardado, as chamas da ira não se ascenderão com facilidade.
O
fogo do amor não alimenta as labaredas da contenda.
Como
a faísca que cai no mar não lhe prejudica, mas se extingue por si mesma, assim,
o mal que cai sobre a alma cheia de amor será extinto sem inquietude”.
O
amor não é facilmente provocado. Poderá ser, mas não se ira, e se irar-se não
peca.
Paulo
não é o único a considerar o amor como um dom supremo (I Cor. 13). Pedro
expressou: “Amai-vos uns aos outros”. (
). João disse: “Deus é amor”, e Jesus completa: “Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que
nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16.
O
amor não é apenas a essência da religião. O amor é a essência de Deus. E o ódio
é a essência de Satanás.
I. Ódio versus
Amor
Coisas
em comum entre o ódio e o amor:
Estão
ao alcance de todos.
Ambos
se dirigem aos outros e acabam voltando para a própria pessoa.
Oposição
entre o amor e o ódio:
O
ódio é a renúncia da valorização pessoal.
O
amor é a afirmação de si mesmo em harmonia com Deus.
O
ódio é destruidor.
O
amor é restaurador de roturas. Isa. 58:12
Ilustração – O Ciclo do Ódio
O
presidente da empresa, irado devido aos maus investimento, ameaça o supervisor
por ter atrasado o relatório de vendas.
O
supervisor ressentido, briga com a mulher por causa do feijão.
A
esposa magoada, xinga o filho pelos brinquedos espalhados pelo chão.
O
filho, triste com a aspereza da mãe, dá um chute no cachorro que mordeu sua
bola nova.
O
cachorro briga com o gato porque nunca combinaram mesmo.
Na
convivência com o mundo, percebemos que ele está cheio de lixo e dos destroços
do ódio humano.
Homens
e mulheres se exasperam, se provocam pelas mínimas coisas. Em todos os lugares
vê-se as pegadas do ódio e da contenda.
II.
No
quadro mais incompreensível do mundo, a nossa Esperança (João 23:34)
Imagino
Jesus no madeiro pendurado, quando no horizonte se punha o sol para o reino do
ódio. O fim do reino de Satanás. E ao mesmo tempo brotava a esperança e
despontava uma nova aurora para a humanidade.
Os
soldados ao pé da cruz, lançavam sortes sobre as vestes do Salvador. Aqueles
homens nunca haviam sentido um lampejo sequer do amor de um israelita. Eram
odiados pelo povo. Homens maus e pervertidos. Foram a eles que Jesus disse:
“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. João 23:24. E não sabiam
mesmo. Eles jamais imaginavam que aquilo que faziam já havia sido predito.
Naquele
dia o ódio, a inveja, a ira, foram desvestidos completamente e desmascarados
perante o universo. Por todos os séculos idos e passados. Pelos mais recônditos
lugares do coração humano, o veredito estava estabelecido: DEUS É AMOR.
III. O Amor
Analisado (I Cor. 13:4-7)
Uma
das maiores autoridades em analisar o amor na bíblia é o apóstolo Paulo, apesar
de, no passado, em sua ignorância, suas mãos estarem manchadas do sangue
inocente de Estevão e das lágrimas dos que perseguia, açoitava e encerrava nas
prisões.
Ele
dirige a sua análise em quatro curtos versos e nos mostra os ingredientes do
amor (versos 4-7). Aqui está o sustentáculo, o alicerce, a identificação
daquele que professa ter amor.
As Qualidades do Amor
Imaginem
viver num mundo assim: numa escola, numa igreja, no lar, onde a ocupação
principal de cada um é buscar o bem dos outros! Onde a paciência, bondade,
generosidade, cortesia, altruísmo, humildade e inocência são as notas tônicas a
vibrarem em seus corações.
Essas
qualidades existem apenas em relação com as pessoas. Não é uma coisa abstrata,
vaga. Elas são intimamente ligadas à vida, com o meu próximo. Com aquilo que eu
conheço, que está à minha volta. E este é o verdadeiro teste da religião. Dizer
que amo a Deus a quem não se vê é fácil, a prova está em dizer que ama aquele
que está perto de você, ao seu lado. (I João 4:20). O amor é um princípio que
invade cada área da vida.
O amor é paciente.
Nunca está apressado.
O amor é bondoso.
Por ser bondoso não se vangloria, não pode invejar, nem arder em ciúme, nem se
ensoberbecer. A inveja é qualidade demoníaca.
O amor é humilde.
Depois de praticar atos de bondade, o amor descansa à sombra da humildade.
Podemos dizer que a humildade é a mais divina das qualidades do amor.
O amor é cortês.
A cortesia é o amor compartilhado nos pequenos detalhes da vida.
O amor não de porta
inconvenientemente, com leviandade. Em
qualquer lugar que aquele que ama estiver, ele haverá de se portar
decentemente.
O amor não busca os seus interesses
próprios. Porque ele está acima do
interesse individual. Foi por isso que Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes porque
não sabem o que fazem”.
O amor não se irrita, não suspeita mal.
A ira é uma coisa muito séria. Não por causa daquilo que ela é em si, mas por
aquilo que ela é capaz de revelar. A ira é uma espécie de teste do amor porque
ela é capaz de expor o “nosso real eu”.
O amor não se ressente do mal.
Tem você problemas em perdoar as pessoas? Está ofendido com alguém? Então
lembre-se daquela cena do calvário: “Pai, perdoa-lhes...”.
O amor se alegra com a justiça e com a
verdade.
O amor é divino.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. O amor jamais acaba!
Conclusão
Você
deve estar pensando: depois de ouvir todas essas qualidades tão lindas do amor,
jamais vou conseguir amar de verdade. Eu não consigo ser bom. É mais fácil ter
ódio do que amar. Eu não consigo!
Se
você está sentindo isso em seu coração, está certo, por que o amor é um dom que
não podemos fabricá-lo. É Deus quem nos dá gratuitamente. Basta ter o desejo e
a disposição de recebê-lo.
Ilustração
Certa
vez um rico fazendeiro adoeceu para a morte. Já bem combalido, resolveu chamar
o
seu funcionário de confiança. Era um ancião de
idade avançada, que prontamente atendeu ao chamado.
–
Diga-me o que eu devo fazer para receber o amor de Deus antes da minha morte?
Disse
o velho: – Vá lá no chiqueiro junto aos porcos e ajoelhe-se ali na lama entre
eles; erga as mãos para o céu e grite bem alto: Senhor meu Deus, tem
misericórdia de mim miserável pecador e me dê o Seu amor!
–
Nunca! Respondeu o patrão. O que vão pensar de mim os meus vizinhos?
Por
duas vezes mais o empregado foi chamado e a mesma pergunta foi feita, porém, a
condição também era a mesma, ir ter com os porcos.
Na
quarta vez, o patrão já nas últimas consequências disse:
– Eu
vou ao chiqueiro. Por favor, me ajude a caminhar até lá.
Ao
chegarem na porta para descerem os degraus o velho e experiente funcionário
disse:
–
Patrão, não precisa ir mais.
– Mas
como, agora que eu decidi ir e já estou a caminho!
–
Sim, agora não será mais necessário. Basta ter o desejo. Basta ter disposição.
O amor de Deus já o alcançou.
Meu
querido irmão e irmã, você tem esse desejo?
Oferecido pelo Depto de comunicação da Associação Paulista Sudoeste
Luís Carlos Fonseca
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