domingo, 11 de outubro de 2015

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (4º trimestre de 2015) AS REFORMAS DE JOSIAS

COMENTÁRIOS DA LIÇÃO 8 (4º trimestre de 2015) AS REFORMAS DE JOSIAS

VERSO ÁUREO: “E antes dele não houve rei semelhante, que se convertesse ao Senhor com todo o seu coração, com toda a sua alma e com todas as suas forças, conforme toda a lei de Moisés; e depois dele nunca se levantou outro tal.” II Reis 23:25.

INTRODUÇÃO (sábado 14 de novembro) – O rei Josias destacou-se entre a maioria dos reis de Judá. De Josias é dito que “ele fez o que era bom e reto aos olhos do Senhor”. O reino de Judá foi muito abençoado com sua última grande reforma religiosa, pois Josias foi temente a Deus, e foi com grande ajuda do Sacerdote Hilquias, pai do profeta Jeremias, que Josias fez grande reforma no sistema Judaico. Josias, reinou em Judá entre os anos 640 a 609 a.C. Ver II  Reis 22 e 23 e II Crôn 34 e 35. Manassés, que foi o avô de Josias, reinou por 55 anos, perseguiu as pessoas piedosas e reprimiu a verdadeira religião em Judá. Amom, o pai de Josias, governou por apenas 2 anos. Ver II Reis 21: 19-26 e II Crôn 33:21-25 e deu continuidade às práticas malignas de seu pai. O reinado de Amom foi interrompido por intrigas na corte que culminaram com seu assassinato. Ver II Reis 21:24.  

E, nessa época difícil, Josias chegou ao trono, com apenas 8 anos de idade. Depois de sua fase adulta, Josias percebeu os pecados do povo e do sacerdócio e logo reagiu a tudo isso. Ao invés de amoldar-se às práticas idólatras, Josias em quatro anos promoveu a devida reforma no sistema religioso em Judá.
Josias foi motivado pelo Espírito Santo a reformar a religião judaica e quando foi encontrado o livro da lei de Deus, por Hilquias, logo o povo foi convocado para ouvir a palavra de Deus. Veja este texto: “Então disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da lei na casa do Senhor. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu. Então o escrivão Safã veio ter com o rei e, dando-lhe conta, disse: Teus servos ajuntaram o dinheiro que se achou na casa, e o entregaram na mão dos que têm cargo da obra, que estão encarregados da casa do Senhor. Também Safã, o escrivão, fez saber ao rei, dizendo: O sacerdote Hilquias me deu um livro. E Safã o leu diante do rei. Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da lei, rasgou as suas vestes. E o rei mandou a Hilquias, o sacerdote, a Aicão, filho de Safã, a Acbor, filho de Micaías, a Safã o escrivão e a Asaías, o servo do rei, dizendo: Ide, e consultai o Senhor por mim, pelo povo e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do Senhor, que se acendeu contra nós; porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem conforme tudo quanto acerca de nós está escrito.” II Reis 22:8-13.

Primeiro o povo de Judá passou pelo reavivamento depois de ter lido e ouvido a lei, relembrou e fez o pacto de seguir a palavra de Deus, e somente depois do reavivamento, Josias conseguiu fazer a devida reforma. Assim também deve ser conosco, primeiro devemos experimentar o reavivamento e, depois passamos pela reforma espiritual de forma automática.

Em que consiste o reavivamento? Consiste em eu ter uma vida de oração particular e familiar diária e constante, ter um programa diário de leitura da Bíblia, participar das atividades semanais da igreja, incluindo as reuniões de oração, vigílias, santa-ceia de e motivação espiritual. Só depois é que sou levado pelo Espírito Santo a fazer as devidas reformas na minha vida. Fazer reforma excluindo-se dos outros e não se envolvendo com as coisas espirituais é puro legalismo. 

Qual foi a reforma de Josias? Josias fez uma grande reforma no templo e também no culto da religião. Ele derrubou os altares pagãos e suas casas de culto. Josias profanou até mesmo o altar de Jeroboão e o demoliu, o que era o altar em que a pessoas levavam os filhos e os faziam passar pelo fogo sacrificadas ao deus Moloque. Josias também quebrou as estátuas e cortou os bosques que eram locais de idolatria. Josias não apenas erradicou as coisas que estavam erradas, mas também restabeleceu as que deviam estar funcionando para glória de Deus. Josias restaurou a festa da Páscoa de uma forma que nenhum rei de Judá ou Israel jamais havia feito. Eis o texto: “O rei deu ordem a todo o povo, dizendo: Celebrai a Páscoa ao Senhor vosso Deus, como está escrito no livro da aliança. Porque nunca se celebrou tal páscoa como esta desde os dias dos juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem tampouco dos reis de Judá. Porém no ano décimo oitavo do rei Josias esta páscoa se celebrou ao Senhor em Jerusalém.” II Reis 23:21-23.

Assim, não houve, desde os tempos do profeta Samuel, uma festa celebrada com tanta solenidade e espiritualidade como foi à grande celebração de Páscoa feita pelo rei Josias. Temos poucos detalhes na Bíblia sobre a morte de Josias. Ele foi morto por Faraó Neco durante a batalha de Megido, em 608 A.C. O Faraó não queria batalhar contra Judá, mas Josias se negou a dar passagem para Faraó, para atacar os caldeus. Assim morreu o último grande rei de Judá, temente ao único Deus verdadeiro.

Primeiro o reavivamento: “Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação. Importa haver diligente esforço para obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para recebê-la. Nosso Pai celestial está mais disposto a dar Seu Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas a seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa oração, corresponder às condições estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua bênção. Só podemos esperar um reavivamento em resposta à oração. Enquanto o povo se acha tão destituído do Espírito Santo de Deus, não pode apreciar a pregação da Palavra; mas quando o poder do Espírito lhes toca o coração, então os sermões não ficarão sem efeito. Guiados pelos ensinos da Palavra de Deus, com a manifestação de Seu Espírito, no exercício de sã discrição, os que assistem a nossas reuniões adquirirão preciosa experiência e, voltando ao lar, acham-se preparados para exercer saudável influência.” Reavivamento Verdadeiro, 9.

DOMINGO (15 de novembro) OS REINADOS DE MANASSÉS E AMOM – Manassés e Amom eram, respectivamente avô e pai de Josias. Manassés estava com 12 anos de idade quando se tornou rei de Judá, e reinou por 55 anos. É-nos dito que ele fez o que era mau à vista do Senhor. Eis o texto: “Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar, e cinqüenta e cinco anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hefzibá. E fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme as abominações dos gentios que o Senhor expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel.” II Reis 21:1,2. A lista dos seus pecados é repulsiva, até mesmo para aqueles que não se preocupam muito com Deus. Ele se envolveu em todos os tipos de adoração idólatra, incluindo a de sacrifício humano. Ele até fez passar pelo fogo alguns dos seus próprios filhos “como oferta no vale do filho de Hinom”. Ver II Crônicas 33:6. Ele derramou muitíssimo sangue inocente. 

Veja estes outros textos: “Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha destruído, e levantou altares a Baal, e fez um bosque como o que fizera Acabe, rei de Israel, e se inclinou diante de todo o exército dos céus, e os serviu. E edificou altares na casa do Senhor, da qual o Senhor tinha falado: Em Jerusalém porei o meu nome. Também edificou altares a todo o exército dos céus em ambos os átrios da casa do Senhor. E até fez passar a seu filho pelo fogo, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e ordenou adivinhos e feiticeiros; e prosseguiu em fazer o que era mau aos olhos do Senhor, para o provocar à ira. Também pôs uma imagem de escultura, do bosque que tinha feito, na casa de que o Senhor dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre.” II Reis 21:3-7

“Além disso, também Manassés derramou muitíssimo sangue inocente, até que encheu a Jerusalém de um ao outro extremo, afora o seu pecado, com que fez Judá pecar, fazendo o que era mau aos olhos do Senhor.” II Reis 21:16

Em consequência dos seus pecados, Deus fez com que Manassés fosse levado embora com ganchos, amarrado com cadeias, para o cativeiro assírio. Ver II Crônicas 33:11. A Bíblia nos diz que Manassés se arrependeu! Sim, creia ou não, no cativeiro ele realmente se humilhou grandemente diante de Jeová e pediu a misericórdia de Deus. Veja este texto: “Assim o Senhor trouxe sobre eles os capitães do exército do rei da Assíria, os quais prenderam a Manassés com ganchos e, amarrando-o com cadeias, o levaram para Babilônia. E ele, angustiado, orou deveras ao Senhor seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais; e fez-lhe oração, e Deus se aplacou para com ele, e ouviu a sua súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu reino. Então conheceu Manassés que o Senhor era Deus.” II Crônicas 33:11-13

Tão genuíno foi seu arrependimento que Deus realmente permitiu-lhe retornar a Jerusalém para terminar seu reinado. E quando voltou para Jerusalém, ele completou seu arrependimento removendo todos os ídolos, restaurando a verdadeira adoração de Deus e ordenando à nação que servisse a Jeová novamente. Ver II Crônicas 33:14-16. Mas, o arrependimento do próprio Manassés não afetou o coração de seu filho, nem mudou o coração da nação de Judá. Os muitos anos de sua perversa influência simplesmente foram fortes para afetar o povo. A evidência disto é muito clara: quando Manassés morreu, foi dito que “Amom, seu filho, reinou em seu lugar... Fez o que era mau perante o Senhor, como fizera Manassés, seu pai”. II Crônicas 33:20-22. Ainda que o próprio Manassés tivesse uma mudança de coração, seu arrependimento tardio na vida não pôde desfazer todo o terrível dano já causado pelo seu envolvimento anterior com depravada impiedade.

Assim também acontece consoco, quando decidirmos passar uma boa porção da nossa vida praticando pecados voluntários, não fiquemos surpresos se isso afetar tragicamente outros em nossa volta. Nossa recusa em fazer o bem influenciará outros, incluindo nossa própria família! E com certeza muitas pessoas não acreditarão no nosso arrependimento. E, teremos o coração partido pela perda de almas por nossa causa. Agora é hora de pôr ponto final em qualquer má influência que possamos ter sobre outros.

“O reino de Judá, próspero nos tempos de Ezequias, foi uma vez mais para o declínio durante os longos anos do ímpio reinado de Manassés, quando o paganismo foi reavivado, e muitos dentre o povo foram levados à idolatria. “Manassés tanto fez errar a Judá e aos moradores de Jerusalém, que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído”. II Crônicas 33:9. A gloriosa luz de gerações anteriores fora seguida pelas trevas da superstição e do erro. Graves males brotaram e floresceram; a tirania, a opressão, o ódio a tudo que era bom. A justiça foi pervertida e prevaleceu a violência.” Profetas e Reis, 195

“Como amostra do que poderia sobrevir ao povo se este continuasse impenitente, o Senhor permitiu que seu rei fosse capturado por um bando de soldados assírios, os quais “o amarraram com cadeias, e o levaram a Babilônia”, sua capital temporária. Esta aflição trouxe o rei ao seu juízo; “ele, angustiado, orou deveras ao Senhor seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais; e Lhe fez oração, e Deus Se aplacou para com ele, e ouviu a sua súplica, e o tornou a trazer a Jerusalém, ao seu reino. Então conheceu Manassés que o Senhor era Deus”. II  Crônicas 33:11-13. Mas esse arrependimento, notável embora, veio demasiado tarde para salvar o reino da influência corruptora de anos de prática idolátrica. Muitos haviam tropeçado e caído, não se levantando mais.” Profetas e Reis, 196

SEGUNDA-FEIRA (16 de novembro) UM NOVO REI – Entre o povo de Judá tinha um remanescente fiel que desejava um rei justo e fiel aos mandamentos de Deus. Deus olhou para a necessidade do povo e para um menino, e viu nele um grande potencial para reinar, e veja o contexto em que Josias subiu ao trono: “Porém o povo da terra feriu a todos quantos conspiraram contra o rei Amom; e o povo da terra fez reinar em seu lugar a Josias, seu filho.” II Crônicas 33:25. Josias chegou ao trono em uma época de grande agitação, apostasia e violência. O povo estava descontente com a forma despótica que a monarquia vinha sendo dirigida nos últimos 60 anos, com Manassés e Amom. 

Como vemos no texto para hoje o povo fiel lançou Josias como rei. Veja a inquietação dos fiéis, expressa através de Habacuque: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! e não salvarás? Por que razão me mostras a iniquidade, e me fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida.” Habacuque 1:2-4.

Do ponto de vista humano, a vontade de Deus, em ter um rei que rompesse com a corrupção de várias décadas, era quase impossível, mas Deus ouviu o clamor dos Seus filhos fiéis para colocar um rei que lhes fosse justo. Veja estes textos inspirados: “A apostasia dos primeiros séculos havia angariado forças com o passar dos anos; dez das tribos tinham sido espalhadas entre os pagãos; apenas as tribos de Judá e Benjamim permaneceram, e essas mesmas pareciam agora às bordas da ruína nacional e moral. Os profetas tinham começado a predizer a completa destruição de sua aprazível cidade, onde se erguia o templo de Salomão e onde se centralizavam todas as suas esperanças de grandeza nacional. Seria possível que Deus estivesse prestes a tornar atrás em Seu juramentado propósito de levar livramento aos que nEle confiassem? Em face da longa perseguição dos justos, e da aparente prosperidade dos ímpios, poderiam os que haviam permanecido leais a Deus aguardar dias melhores?” Profetas e Reis, 197

“Deus respondeu ao clamor de Seus filhos leais. Por intermédio de Seu porta-voz Ele revelou Sua determinação de levar a correção à nação que O tinha desprezado para servir aos deuses dos gentios. Nos dias mesmos de alguns que estavam então inquirindo com respeito ao futuro, Ele miraculosamente modelaria os planos das nações dominantes na Terra, levando Babilônia à ascendência. Esse povo caldeu, “horrível e terrível” (Hebreus 1:7), cairiam subitamente sobre a terra de Judá como um açoite divinamente apontado. Os príncipes de Judá e os mais distintos dentre o povo seriam levados cativos para Babilônia; as cidades e vilas da Judéia e os campos cultivados seriam devastados, a nada se poupando.” Profetas e Reis, 197

Josias fez um lindo trabalho para Deus, mas cometeu dois grandes erros: o primeiro lhe custou a vida e outro custou-lhe o reino. Quando o Faraó Neco resolveu lutar contra os medos e os babilônios, Josias o impediu em Megido. Neco alertou para não fazer isso. Ele foi ferido e morreu. O outro erro de Josias foi o de não preparar um sucessor ao trono. Os filhos de Josias seguiram seu avô e bisavô e foram mais corruptos que os anteriores, levaram o reino ao fracasso, como já foi analisado.

TERÇA-FEIRA (17 de novembro) JOSIAS NO TRONO – Quando Amom, pai de Josias, faleceu, Josias foi coroado rei com apenas 8 anos de idade. Porém ele tinha sua mãe, e muitos súditos bastante competentes que o ajudavam a governar o reino de Judá. Nunca foi fácil ser rei, principalmente naquela época. O Nome Josias, significa “Deus traz salvação”. E realmente Deus o abençoou bastante. A Bíblia diz sobre Josias : “Fez o que era reto aos olhos do Senhor, andou nos caminhos de Davi..., sem se desviar deles nem para a direita e nem para a esquerda.” II Crôn. 34:2. Josias aprendeu, ainda na infância, a por as coisas de Deus em primeiro lugar em tudo! Nem sempre a hereditariedade dita o carácter. Ellen White menciona: “Há poder em Cristo para vencer toda e qualquer tendência, quer herdada ou adquirida”. Josias foi um “Lírio no meio do lodo!” Josias tinha um grande amor pelas coisas de Deus. Veja este texto: “Porque no oitavo ano do seu reinado, sendo ainda moço, começou a buscar o Deus de Davi, seu pai; e no duodécimo ano começou a purificar a Judá e a Jerusalém, dos altos, e dos bosques, e das imagens de escultura e de fundição.” II Crônicas 34:3

Um dos primeiros serviços que Josias fez, foi reformar o Templo de Jerusalém, pois estava muito abandonado e sujo!Ver II Crônicas 34:10. Ele organizou uma campanha, onde as pessoas da comunidade levavam dinheiro, e assim puderam comprar o que era preciso e ainda pagar os trabalhadores. Ver II Reis 22: 4-7. No meio dos trabalhos de reforma e limpeza, o sacerdote achou o livro da Lei que era uma parte importante da Bíblia deles. Ver  II Crôn. 34:14 Um rapaz chamado Safã, levou rapidamente o livro para o rei Josias lá no palácio, e o rei pediu para que esse mesmo jovem lesse o livro para ele. V.16. O rei ficou tão preocupado com que o livro dizia, e com a situação do seu povo, que até chorou. Ver v. 27.

Após Josias perceber que a lei de Deus pedia para o povo se arrepender dos pecados, ele foi motivado a realizar uma grande reforma no estado de Judá. Veja este texto: “Sucedeu que, no ano décimo oitavo do rei Josias, o rei mandou ao escrivão Safã, filho de Azalias, filho de Mesulão, à casa do Senhor, dizendo: Sobe a Hilquias, o sumo-sacerdote, para que tome o dinheiro que se trouxe à casa do Senhor, o qual os guardas do umbral da porta ajuntaram do povo, e que o dêem na mão dos que têm cargo da obra, e estão encarregados da casa do Senhor; para que o dêem àqueles que fazem a obra que há na casa do Senhor, para repararem as fendas da casa; aos carpinteiros, aos edificadores e aos pedreiros; e para comprar madeira e pedras lavradas, para repararem a casa. Porém não se pediu conta do dinheiro que se lhes entregara nas suas mãos, porquanto procediam com fidelidade.” II Reis 22:3-7.

Josias teve a preocupação de restaurar a vida espiritual do povo e logo tomou as providências para reformar o templo e colocar em condições de adoração. Cada família israelita tomou a decisão de seguir as orientações da lei de Deus.

Nossa necessidade hoje: “Se houve um tempo em que cada casa deve ser uma casa de oração, é hoje. Prevalecem a incredulidade e o ceticismo. Predomina a iniquidade. A corrupção penetra nas correntes vitais da alma, e irrompe na vida a rebelião contra Deus. Escravas do pecado, as faculdades morais estão sob a tirania de Satanás. A alma torna-se o joguete de suas tentações; e a menos que se estenda um braço poderoso para o salvar, o homem passa a ser dirigido pelo arqui-rebelde. Contudo, neste tempo de terrível perigo, alguns que professam ser cristãos não celebram culto doméstico. Não honram a Deus no lar; não ensinam os filhos a amá-Lo e temê-Lo. Muitos se afastaram tanto dEle que se sentem sob condenação ao dEle se aproximar. Não podem chegar-se “com confiança ao trono da graça” (Hebreus 4:16), “levantando mãos santas, sem ira nem contenda”. 1 Timóteo 2:8. Não desfrutam viva comunhão com Deus. Têm a forma de piedade sem o poder. A idéia de que a oração não seja prática essencial é um dos mais bem-sucedidos artifícios de Satanás para destruir almas. Oração é comunhão com Deus, a Fonte da sabedoria, o Manancial de poder, paz e felicidade.”  Testemunhos Seletos 3, 340

QUARTA-FEIRA (18 de novembro) O LIVRO DA LEI – Josias encontrou partes importantes da lei de Deus quando realizava as reformas físicas no templo. Quando Josias se dispõe a reparar o templo, um dos homens que estava trabalhando achou o livro da Lei, ver II Crôn 34:15 e o rei tomou uma decisão: reuniu todo o povo no pátio do templo e pediu para que lessem o livro, para todas as pessoas. E o rei fez um juramento dizendo que daquele dia em diante, ele seria ainda mais fiel em sua vida pessoal com Deus, e faria de tudo pelo templo e seria mais zeloso pelas coisas de Deus, mais do que ela já tinha sido. Josias pediu que todo o povo seguisse a Deus e guardasse os Seus mandamentos de todo o coração, com toda a alma, cumprindo as palavras que estavam escritas no livro. Deus também quer nos usar no meio desta geração, assim como usou Josias naquele tempo. Deus pede-nos que ensinemos a Sua Palavra e levemos crianças, jovens e pessoas adultas a fazerem uma aliança através do batismo com o Senhor, como nós já pertencemos ao reino de Deus.

E Safã leu o livro para Josias e ao ouvir as palavras daquele livro, Josias rasgou suas vestes e veio sobre ele temor de Deus, arrependimento e quebrantamento de coração. O povo de Judá pecava com sua idolatria a outros deuses, eles desobedeceram ao que estava escrito na Palavra de Deus. Não ficamos muito longe deles quando desobedecemos a Deus e ao que está escrito na Bíblia. Será que como Josias, reconhecemos nossos erros diante do Senhor, nos humilhamos, ou o máximo que chegamos é a um simples pedido de perdão que demonstra mais um remorso do que um arrependimento verdadeiro? Deus está perto de quem tem um coração humilde. Isaías disse: “Porquanto assim afirma o Alto e Sublime, Aquele que vive para sempre, e cujo Nome é Santíssimo: “Habito no lugar mais majestoso e santo do universo; contudo, estou presente com o contrito e humilde de espírito, a fim de proporcionar um novo ânimo ao quebrantado de coração e um novo alento ao coração arrependido.” Isaías 57:15

Por causa da humilhação de Josias Deus lhe fez uma promessa: “Eis que te reunirei a teus pais, e tu serás recolhido ao teu sepulcro em paz, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus habitantes. E tornaram com esta resposta ao rei.” II Crônicas 34:28. Deus sempre protege os Seus filhos! O rei apelou para todo o povo que tomassem a mesma decisão que ele; e a resposta deles foi maravilhosa. Veja este texto: “E pôs-se o rei em pé em seu lugar, e fez aliança perante o Senhor, para seguirem ao Senhor, e para guardar os seus mandamentos, e os seus testemunhos, e os seus estatutos, com todo o seu coração, e com toda a sua alma, cumprindo as palavras da aliança, que estão escritas naquele livro. E fez com que todos quantos se achavam em Jerusalém e em Benjamim o firmassem; e os habitantes de Jerusalém fizeram conforme a aliança de Deus, o Deus de seus pais.” II Crônicas 34:31,32

Deus deseja que assim como Josias, tenhamos coragem e ousadia para acabar com a idolatria e o pecado desta geração. Que sejamos crentes sem medo de nos expôr por amor a Cristo. Deus quer que sejamos conhecidos como a geração segundo o coração de Deus que faz o que é reto aos olhos do Senhor, sem nos desviar nem para direita nem para esquerda.

Veja este texto inspirado: “Cerca de um século antes, durante a primeira celebração da Páscoa por Ezequias, tomaram-se medidas para a leitura pública do livro da lei ao povo, por sacerdotes-instrutores. Foi a observância dos estatutos escritos por Moisés, especialmente os que haviam sido dados no livro do concerto, e que faziam parte do Deuteronômio, que fizera próspero o reinado de Ezequias. Porém Manassés ousara pôr de lado esses estatutos; e durante seu reinado a cópia do livro da lei que estava no templo, por negligência e descuido, havia-se perdido. Assim foi o povo durante muitos anos privado de maneira generalizada de sua instrução. O manuscrito por tanto tempo perdido foi achado no templo por Hilquias, o sumo-sacerdote, quando o edifício estava sob intensivos reparos, em harmonia com o plano do rei Josias para a preservação da estrutura sagrada.” Profetas e Reis, 201

QUINTA-FEIRA (19 de novembro) AS REFORMAS DE JOSIAS – Graças a Deus, a reforma de Josias não foi só nas paredes, móveis do templo e nos serviços dos sacerdotes, mas a maior reforma ocorreu no coração das pessoas. A isso dá-se o nome de reavivamento. Josias foi corajoso ao decidir pela reforma. Ele voltou-se contra toda prática desaprovada por Deus. Deu ouvidos aos escritos dos profetas do passado e aos que viviam no presente. Isso é o que todos os maus reis anteriores deveriam ter feito.

Que reformas Josias efetuou? Em II Cronicas 34 e 35 menciona as reformas de Josias. Ele restaurou o culto a Deus no templo de Jerusalém, extinguiu todos os cultos estrangeiros e pagãos, reparou o templo de Jerusalém que estava abandonado desde o tempo de Manassés, Destruiu os ídolos, os postes ídolos e outros deuses e suas imagens, despediu os falsos sacerdotes e falsos profetas, profanou os túmulos dos falsos sacerdotes de Israel, queimando seus ossos sobre o altar, destruiu os centros de culto do norte em Betel e Dã, purificou todas as cidades de Samaria da idolatria e do falso culto, centralizou o culto no Sul, em Jerusalém, os altares a Baal foram destruídos, os vasos sagrados aplicados ao culto dos ídolos, foram retirados, eliminou os lugares de culto à prostituição, os cavalos, que tinham sido dedicados ao sol, foram tirados da entrada do templo e 108 carros foram destruídos pelo fogo, A prática do sacrifício de crianças foi abolida, os altares erigidos por Manassés no átrio do templo foram esmagados e os restos espalhados pelo vale do Cedrom, até alguns dos lugares altos erigidos por Salomão foram destruídos por Josias. A oferta de incenso à Baal, ao sol, à lua e às estrelas cessou.

O rei Josias acreditava que grandes transformações são possíveis quando estamos no centro da vontade de Deus. Por que não fazemos como ele? Precisamos acreditar e trabalhar para que a sociedade se aproxime de Deus e dos seus princípios para conter a maldade e os efeitos desastrosos dela sobre nossa sociedade. Temos que ter a coragem de quebrar tradições perversas aos princípios de Deus, como Josias fez! Josias, ao contrário de seu avô e pai, começou a buscar ao Deus verdadeiro com apenas 16 anos. Aos 20 anos começou uma grande reforma em Judá com o alvo expresso de fazer o seu povo voltar aos caminhos do Senhor.

Na verdade, a situação nos dias de Josias não era muito diferente dos nossos dias, pois o que o rei Josias tinha diante de si era algo tão terrível quanto o que temos presenciado em nossos dias. O afastamento de Deus era evidente de muitas formas. Praticavam o culto à deusa Astarote com orgias e a prática da prostituição cultual. Chegaram a acomodar prostitutos cultuais nas dependências do templo! Tratavam com completo descaso a lei de Deus dada por Moisés e por isto os ricos oprimiam e saqueavam os pobres fazendo-os seus servos. Pior ainda, passaram a sacrificar seus próprios filhos e filhas. Havia, do lado de fora de Jerusalém um local chamado Tofete, no vale de Hinom onde algumas crianças eram sacrificadas.

O pecado da idolatria se repete hoje. Você acha mesmo que estamos livres dela? A idolatria nos leva ao afastamento de Deus para buscar nossos próprios interesses. Cultuamos a nós mesmos! Precisamos combater a idolatria moderna, começando com a nossa idolatria. O que orienta as nossas ações? É mesmo a vontade de Deus? Que reformas você precisa fazer em sua vida?

Lembre-se que antes da reforma deve acontecer o reavivamento na nossa vida, não podemos inverter a ordem. A mudança deve acontecer primeiro no interior, no coração: “Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação.” Reavivamento Verdadeiro, 9.

SEXTA-FEIRA (20 de novembro) LEITURA ADICIONAL DA LIÇÃO: AS REFORMAS DE JOSIAS - Graças a Deus, que a reforma promovida por Josias e seus fiéis seguidores não foi só nas paredes e móveis do templo, mas a maior reforma ocorreu no coração das pessoas. Teve lugar uma reforma e purificação espiritual! Lembre-se que antes da reforma deve acontecer o reavivamento na nossa vida, não podemos inverter a ordem. A mudança deve acontecer primeiro no interior, no coração: Veja este texto inspirado: “Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação.” Reavivamento Verdadeiro, 9.

O rei Josias e o povo ficaram tão entusiasmados com a reforma que eles tinham feito, que decidiram ampliar estas boas novas com outras pessoas que moravam mais longe, em outras cidades e até no reino do norte que estava dominado por nações pagãs. Veja este texto: “E também o altar que estava em Betel, e o alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, com que tinha feito Israel pecar, esse altar derrubou juntamente com o alto; queimando o alto, em pó o esmiuçou, e queimou o ídolo do bosque.” II Reis 23:15

Josias, com a ajuda de Deus, inspirou e reorganizou o trabalho dos sacerdotes em seus turnos e funções. Trouxe de volta para o templo a arca da aliança. Todos ficaram muito felizes em andar com Deus, que quando a reforma do templo ficou pronta, eles decidiram comemorar com uma festa que eles há muito tempo já não faziam; a Páscoa! E para a Páscoa veio gente não só de Jerusalém e Judá, mas do reino do norte e de outros lugares mais. Todos queriam ver pessoalmente Josias e queriam ver o templo, que tinha ficado muito bonito. Mas, o mais importante; é que eles vieram para adorar a Deus; de uma forma que muitos nunca tinham adorado. Para aquela Páscoa foram sacrificados 37.000 cordeiros, 300 cabritos e 3.500 novilhos. Aquela foi a maior festa da Páscoa dos últimos 500 anos e durou sete dias. Em II Crôn. 35:18 menciona que não se comemorava uma Páscoa com aquela grandeza, desde os dias do profeta Samuel.

A Bíblia menciona que certo dia, o jovem Josias foi ferido numa batalha no vale de Megido, foi levado em um carro pelos seus soldados, não resistiu e morreu em Jerusalém. Todo o povo pranteou a morte do Rei Josias e o profeta Jeremias compôs uma poesia fúnebre especial, sobre Josias. A Bíblia menciona que por muitos anos, todos os cantores de Judá e Jerusalém, escreveram canções sobre a fé e a dedicação do estimado rei Josias! Ver em II Crônicas capítulo 35.

Josias tomou como base, para a reforma espiritual de seus dias, a lei contida no Pentateuco e nos serviços do santuário e templo, que eram um modelo do plano da salvação em Cristo. Josias estava certo na esperança do Messias que um dia viria ao mundo. Este sim seria o grande e verdadeiro Rei de todas as pessoas e o verdadeiro Cordeiro que tiraria o pecado do mundo. Assim como o rei Josias e o povo fiel, quando você resolve seguir os caminhos de Deus e obedecer os Seus mandamentos, a sua vida vai muito bem.


Luís Carlos Fonseca

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